BÁRBARA LIBÓRIO
DE SÃO PAULO
FELIPE MAIA
EDITOR-ADJUNTO DE CARREIRAS
DE SÃO PAULO
FELIPE MAIA
EDITOR-ADJUNTO DE CARREIRAS
Os consumidores brasileiros são os mais impacientes com os sistemas de
atendimento ao consumidor, segundo uma pesquisa da consultoria
Loudhouse, de Londres.
Quando o contato é feito por e-mail, 90% deles querem que o problema
seja resolvido em até um dia. Nas redes sociais, 79% querem respostas em
até duas horas.
Esses são os maiores índices medidos entre os sete países em que a
pesquisa foi realizada (Estados Unidos, Austrália, Brasil, França,
Alemanha, Japão e Reino Unido). Foram entrevistados mil consumidores em
cada país.
Quando o contato é feito por telefone, o país só perde para os
franceses: 68% dos brasileiros querem uma solução em até 30 minutos,
ante 73% dos europeus.
"O brasileiro é muito exigente e impaciente. Se ele tem um problema com
uma empresa, tenta resolvê-lo por todos os meios possíveis: telefone,
e-mail, redes sociais etc.", afirma Marcio Arnecke, diretor da companhia
de tecnologia Zendesk, que encomendou o estudo.
Para solucionar um problema, são 62% os brasileiros que dizem tentar todos os canais disponíveis -a média global é de 45%.
A coordenadora de eventos Vivian Martins, 29, costuma fazer isso. "Já
tive casos em que liguei, mandei e-mail, reclamei nas redes sociais e
não fui atendida", diz.
Na visão dela, "quando a empresa quer resolver seu problema, ela resolve por telefone, na hora".
Se isso não acontece, a saída é recorrer a sites de reclamação, que têm visibilidade.
Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da Proteste, diz que um dos
motivos dessa impaciência é a existência de diversos órgãos de defesa
do consumidor, como os Procons, e uma legislação forte sobre o tema,
algo que não existe nos EUA e na Europa, de acordo ela.
Outro fator é a deficiência das empresas no pós-venda. "Se o produto vem
com defeito, a pessoa tem de procurar uma assistência técnica, que às
vezes não tem peça para reposição", diz Dolci.
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