Os países da América Latina e do Caribe registraram em 2013, pela primeira vez, taxa média de 50% de participação feminina no mercado de trabalho
Mulheres: mulheres continuam sendo o grupo mais afetado pelo desemprego e pela informalidade
Brasília – Os países da América Latina e do Caribe registraram em 2013, pela primeira vez, taxa média de 50% de participação feminina no mercado de trabalho.
Ainda assim, as mulheres continuam sendo o grupo mais afetado pelo
desemprego e pela informalidade. Os dados são do Panorama Laboral da
América Latina e do Caribe 2013, relatório da Organização Internacional
do Trabalho (OIT) divulgado hoje (17).
“Uma análise sobre a evolução da taxa de participação por sexo no
mercado de trabalho demonstra que se mantém a tendência positiva sobre a
redução da brecha de gênero”, aponta trecho do documento.
De acordo com o relatório, a taxa média de participação das mulheres no
mercado está relacionada ao comportamento da demanda por mão de obra.
Essa taxa é um indicador que expressa a proporção de pessoas de cada
gênero incorporadas ao mercado de trabalho como ocupadas. No caso dos
homens, a participação total na região chegou a 71,1% em 2013.
No Brasil, foi registrada uma taxa de participação de mulheres um pouco
inferior à média regional – 49,3%, apesar de ter sido superior ao
resultado alcançado em 2012, de 49%.
Entre os países, os que tiveram participação feminina mais baixa no
mercado de trabalho em 2013 foram a República Dominicana (37,9%), o
Equador (44,2%) e Honduras (44,7%). As mais altas, por outro lado, foram
no Peru (64,7%), no Panamá (61,1%) e na Colômbia (60%).
Apesar da melhora em termos de participação, o estudo indica que o
desemprego de mulheres é 35% maior do que o dos homens. Dos cerca de
14,8 milhões de pessoas sem trabalho na região, 7,7 milhões são do sexo
feminino (52%). As taxas de desemprego feminino chegaram a 20,2% na
Jamaica e 13% na Colômbia.
Quando se cruzam dados sobre mulheres e jovens, contata-se que jovens
do sexo feminino são 70% dos desempregados na faixa etária dos 15 aos 24
anos de idade. As estimativas da OIT são a de que haja cerca de 6,6
milhões de jovens sem emprego em áreas urbanas da região – dos quais
aproximadamente 4,6 milhões seriam do sexo feminino.
Entre 2012 e 2013, o desemprego de trabalhadores do sexo feminino na
América Latina e no Caribe teve redução de três pontos percentuais – de
7,9% para 7,6%. A taxa de desemprego entre os homens, em contraponto,
teve redução menor, passando de 5,7% para 5,6%. Para a OIT, isso
demonstra que houve a intensificação da demanda pelo trabalho feminino
no período.
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