Criada há um ano por um time que reúne empresários da indústria farmacêutica e do e-commerce, a companhia encerra 2013 com cerca de 20 mil itens na carteira
Remédios: comodidade de comprar produtos pela internet impulsionou as vendas da Netfarma
São Paulo - A Netfarma, empresa online de medicamentos, avalia a entrada de investidores para acelerar seu plano de expansão para as principais capitais do país. Criada há um ano por um time que reúne empresários da indústria farmacêutica e do e-commerce, a companhia encerra 2013 com cerca de 20 mil itens na carteira (14 mil produtos diferentes), entre remédios e produtos de higiene e beleza.
O negócio foi criado como uma alternativa aos entregadores de bicicleta
das farmácias de bairro, brinca Nelson Libbos, um dos sócios da
companhia e ex-presidente da farmacêutica Teva no Brasil. “Algumas das
grandes redes farmacêuticas têm a opção de entrega com pedidos na
internet, mas a Netfarma foi criada só para essa finalidade”, diz.
A comodidade de comprar produtos pela internet impulsionou as vendas da
Netfarma. Neste primeiro ano de operação, a companhia deverá registrar
receita de cerca de R$ 20 milhões. A meta é triplicar o faturamento no
ano que vem e multiplicar por dez até 2015.
O processo de expansão está sendo planejado sem atropelos. “Nós já
fomos procurados por fundos de investimentos, mas não estamos com
negociação em curso”, diz Libbos.
A entrada de dinheiro novo está sendo discutida como forma para
impulsionar o crescimento da companhia pelos sócios - entre eles,
Omilton Visconde Jr. (ex-Biosintética, atual MIP Farma Brasil) e Márcio
Kumruian (da Netshoes), todos como pessoa física.
Hoje a Netfarma, com sede em São Paulo, tem um centro de distribuição
em Barueri (Grande São Paulo) e planeja construir outros centros em
capitais das regiões Sudeste e Sul, em uma primeira etapa.
A compra de remédios pela internet pode até parecer simples. E de fato
é. Mas tem suas limitações. A venda de medicamentos de tarja preta, que
exige a apresentação de receita azul, é proibida pela Agência Nacional
de Vigilância (Anvisa). Os de tarja vermelha, com receita controlada,
como antidepressivos, também, explica Geraldo Mol, presidente da
Netfarma. “A venda de antibióticos (que também exige receita) só é feita
em São Paulo. Nesse caso, o consumidor é obrigado a entregá-la ao
motoboy quando recebe o produto”, diz Mol.
Os produtos da Netfarma são entregues em todo o País. Fora da capital
paulista e da Grande São Paulo, os pedidos chegam via Correios. Para
valores acima de R$ 100, o frete é grátis. Em São Paulo, há a opção de
entrega expressa, para o mesmo dia, e superexpressa, em até 4 horas, com
taxa de R$ 8,50. “Nosso tíquete médio é de R$ 110”, afirma Mol.
Vantagem online
A Netfarma tem atualmente 1.230 CPFs cadastrados. Boa parte das vendas é
de produtos de higiene e beleza, apesar de o site ter sido criado como
um canal de vendas de medicamentos. “A compra pela internet, além da
comodidade, tem a vantagem de manter o consumidor no anonimato. Muitos
ficam constrangidos de entrar em uma farmácia para comprar produtos,
como fraldas geriátricas, preservativos e medicamentos para disfunção
erétil, por exemplo”, afirma Mol. A empresa planeja criar programa de
fidelização de clientes, a exemplo das redes do varejo.
As informações
são do jornal O Estado de S. Paulo.
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