Mariana Branco
Da Agência Brasil
Da Agência Brasil
O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto
Azevêdo, disse nesta quinta-feira (19) que é provável haver solução
negociada para o pedido de consultas apresentado pela União Europeia em relação ao Brasil.
O bloco econômico considera que o governo brasileiro intensificou
práticas de tributação discriminatória. A reclamação está relacionada a
eletroeletrônicos produzidos na Zona Franca de Manaus e, especialmente, à
indústria automobilística.
De acordo com Azevêdo, "um grande
número de pedidos de consulta [à OMC] não resulta em contencioso". Ele
explicou que o Brasil tem um prazo para decidir se aceita as consultas
pedidas pela União Europeia e a resposta provavelmente será positiva.
"Normalmente [as consultas] são mantidas, são conduzidas. O próprio
Brasil já pediu consultas e não chegou a ser instalado [contencioso].
Não é descabido haver esperança de que haja solução negociada",
destacou.
Azevêdo disse que não poderia comentar o mérito das
alegações da União Europeia. Ele deu as declarações em entrevista
coletiva na Confederação Nacional da Indústria (CNI), após reunir-se com
o presidente da entidade, Robson Andrade.
Foi o primeiro
encontro do diretor-geral com o setor privado desde o acordo de
facilitação de comércio celebrado em Bali, na Indonésia.
O
presidente da CNI, Robson Andrade, não considera que haja problemas com
os incentivos concedidos à indústria automobilística, que têm ocorrido
principalmente no âmbito do programa Inovar-Auto.
"Eu não vi na
proposta brasileira nada que pudesse ensejar discussão nesse nível. Faz
parte da política de desenvolvimento de um setor muito importante no
Brasil", declarou.
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