FELIPE MAIA
EDITOR-ADJUNTO DE "CARREIRAS"
EDITOR-ADJUNTO DE "CARREIRAS"
Produtores de cachaça da região de Salinas, no norte de Minas Gerais,
vão tentar convencer revendedores a pagar R$ 3.000 para serem
distribuidores autorizados das bebidas feitas na área.
A intenção é ampliar no mercado a presença de pequenos produtores, que têm dificuldades para, sozinhos, encontrarem compradores.
No ano passado, o INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial)
decidiu que só as destilarias da região podem usar a marca Salinas.
Pedro Vilela/Divulgação/Agencia i7 |
Eilton Santiago Soares, produtor da Cachaça Canarinha |
Os revendedores poderão usar a identificação, mas terão de dedicar um
espaço para a marca. Terão também de comprar um kit inicial com 12
garrafas de cada um dos 21 produtores –no total, o investimento será de
até R$ 12 mil. Em troca, terão desconto de nas compras seguintes.
O objetivo é fechar acordo com 80 revendedores –que terão exclusividade
em uma área com até 2 milhões de habitantes. A meta é elevar a a
produção atual em 40%, para 4,5 milhões de litros de cachaça, em 2015.
"O que queremos é posicionar melhor a cachaça no Brasil", afirma
Filomeno Oliveira Junior, do Sebrae Minas, que prestou consultoria para a
Apacs (Associação dos Produtores Artesanais da Cachaça de Salinas).
José Lúcio Ferreira, presidente do Centro Brasileira de Referência da
Cachaça, concorda que a distribuição é o maior gargalo dos produtores,
mas diz que eles precisam investir mais em marketing. "Não adianta
colocar o produto na prateleira e não fazê-lo girar."
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