Saiba como funciona a geração de créditos do programa e veja quais produtos e estabelecimentos geram mais ou menos retorno ao consumidor
Notas de real: Compras de supermercado e combustíveis costumam gerar menos crédito do que roupas e joias
São Paulo – Nesta sexta-feira (13) acontece o sorteio de Natal de 1 milhão de reais da Nota Fiscal Paulista. Os sorteios e a liberação de créditos são incentivos usados pelo governo do Estado de São Paulo
para que clientes registrem seu CPF em compras e contribuam para
reduzir a sonegação fiscal. Mas o valor que de fato entra no bolso dos
consumidores pode ter efeito oposto e desapontar alguns participantes.
Isso acontece porque os créditos podem ser irrisórios ou até nulos
dependendo do estabelecimento onde foi realizada a compra. E notas de
milhares de reais podem facilmente se transformar em créditos de menos
de 10 reais.
Os créditos gerados variam, resumidamente, conforme o valor do imposto
efetivamente recolhido pelo estabelecimento, o número de consumidores que forneceram o CPF nas suas compras e o valor das compras de cada cliente.
Até 30% do ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) pago pelos estabelecimentos é devolvido ao consumidor por meio dos créditos. Como
as lojas cadastradas no programa rateiam o imposto entre todos os
clientes que informaram o CPF, quanto menos pessoas pedirem a nota no
local, maior deverá ser o crédito.
Os estabelecimentos especializados em produtos que não sofrem redução ou isenção de ICMS, nem substituição
tributária, são os mais vantajosos. Pelo regime de substituição
tributária, os produtos são tributados nas primeiras etapas da cadeia
produtiva e não no estabelecimento que faz a venda ao consumidor final.
Nesses casos, sem o recolhimento na loja, não há ressarcimento de
créditos ao cliente.
Mas, mesmo os produtos que não têm ICMS podem devolver créditos
se a loja vender outros itens. Isso pode ocorrer, por exemplo, nos
postos de combustíveis: mesmo que os combustíveis não tenham ICMS,
outros produtos do posto que sofrem a incidência desse imposto podem
gerar créditos.
O crédito gerado também pode ser influenciado pelo volume de
estoque das lojas. Como o recolhimento do ICMS dos estabelecimentos é
uma via de duas mãos - aumenta quanto maior o volume de vendas, mas
diminui quanto maior o volume de compras -, a loja pode liberar mais
créditos quando seus estoques estão cheios.
Por fim, mas não menos relevante, o crédito também é influenciado
pela alíquota de ICMS incidente. Na maior parte dos produtos, é cobrado
o ICMS de 18%, mas para alimentos básicos, como arroz e feijão, o ICMS
cobrado é de 7%. No lado oposto, produtos que não são essenciais, como
cigarros e cosméticos, aplica-se a alíquota de 25%.
Independentemente do tamanho do crédito, vale a pena sempre pedir a
nota paulista, porque a cada 100 reais em compras, seja qual for o
reembolso de ICMS obtido, o consumidor ganha um bilhete eletrônico para
concorrer aos sorteios realizados mensalmente.
Veja a seguir quais são os estabelecimentos que geram mais créditos na Nota Fiscal Paulista:
Lojas de roupa
Por não sofrer substituição tributária, nem redução ou isenção de ICMS,
produtos de vestuário são tributados à alíquota de 18% do imposto,
gerando bons créditos ao consumidor.
Lojas de calçados
Pela mesma lógica aplicada às roupas, os calçados
também costumam gerar mais créditos. E considerando que alguns sapatos
podem ser mais caros do que peças de roupa, é possível obter um retorno
ainda mais robusto com esse tipo de compra.
Joalherias
As joalherias se beneficiam por ter um produto com preço médio mais
alto e por ter menos clientes dividindo os créditos. Além disso, também
são estabelecimentos que não sofrem substituição tributária e isenções
fiscais.
Lojas de acessórios
Tributados como peças de vestuário, os acessórios também costumam
render bons créditos. Além de bijuterias, chapéus, lenços, bolsas,
cintos, perucas e até fantasias de carnaval são enquadrados no segmento
de vestuário.
Restaurantes, bares e lanchonetes
Restaurantes, bares e lanchonetes são bons geradores de créditos, mas
só não são melhores por dois motivos. Todas as bebidas, inclusive as
alcoólicas, sofrem substituição tributária. E muitos estabelecimentos
são pequenas e médias empresas enquadradas no Simples Nacional, cujas
tributações são reduzidas. É por isso que grandes redes de restaurantes
costumam gerar mais créditos do que um boteco de esquina.
Lojas de cama, mesa e banho
Ainda que talheres e outros utensílios de cozinha não rendam créditos, lençóis, toalhas de mesa e banho e edredons proporcionam bons retornos aos compradores.
Petshops
Ração animal é um dos produtos que entra na lista de créditos zerados,
mas se a compra for feita em um pet shop que comercialize diversos
outros produtos, como coleiras, casinhas e outros acessórios para
animais, as notas podem trazer altos créditos.
Óticas
Sem a tributação antecipada na fábrica, as óticas são mais um exemplo
de estabelecimento no qual você não deve esquecer de pedir sua nota. E
considerando que os óculos, lentes e armações podem ter preços altos, os
retornos podem ser ainda maiores.
Móveis
Eletrodomésticos
e eletroeletrônicos não rendem créditos, por serem tributados
antecipadamente, mas as mobílias, como cadeiras e mesas, rendem notas
com créditos razoáveis. É por isso que, ao comprar uma televisão em uma
loja que vende também móveis o cliente pode ganhar créditos.
Não rendem crédito
Talvez você já tenha percebido que gastos em farmácias, postos de
combustíveis e supermercados costumam render créditos irrisórios ou
zerados. Isso ocorre porque a maioria dos seus produtos entra no regime
de substituição tributária, e os créditos são gerados apenas pelos
produtos cujo tributo é recolhido pelo varejista, que costumam ser
minoria nesses casos.
Veja a seguir quais produtos não geram créditos em cada estabelecimento:
Em concessionárias de veículos: carros, motos, pneus e autopeças.
Em postos de gasolina: combustíveis e lubrificantes.
Em lojas de material de construção: cimento, tintas e vernizes, materiais elétricos e materiais de construção em geral.
Em farmácias: medicamentos, perfumaria e higiene.
Em lojas de eletrodomésticos, eletroeletrônicos e utilidades domésticas: todos os produtos sofrem substituição tributária.
Em lojas de brinquedos: bicicletas e brinquedos em geral.
Em papelaria: papel e produtos de papelaria em geral.
Em lojas de instrumentos musicais e de CD: instrumentos musicais em geral e produtos fonográficos em geral.
Em lojas de colchões: todos os produtos de colchoaria, como travesseiros, colchões e camas box.
Em supermercados: sorvetes, bebidas alcoólicas e não alcoólicas, produtos alimentícios industrializados, produtos de limpeza, ração animal, pilhas e baterias, lâmpadas elétricas e ferramentas.
Veja a seguir quais produtos não geram créditos em cada estabelecimento:
Em concessionárias de veículos: carros, motos, pneus e autopeças.
Em postos de gasolina: combustíveis e lubrificantes.
Em lojas de material de construção: cimento, tintas e vernizes, materiais elétricos e materiais de construção em geral.
Em farmácias: medicamentos, perfumaria e higiene.
Em lojas de eletrodomésticos, eletroeletrônicos e utilidades domésticas: todos os produtos sofrem substituição tributária.
Em lojas de brinquedos: bicicletas e brinquedos em geral.
Em papelaria: papel e produtos de papelaria em geral.
Em lojas de instrumentos musicais e de CD: instrumentos musicais em geral e produtos fonográficos em geral.
Em lojas de colchões: todos os produtos de colchoaria, como travesseiros, colchões e camas box.
Em supermercados: sorvetes, bebidas alcoólicas e não alcoólicas, produtos alimentícios industrializados, produtos de limpeza, ração animal, pilhas e baterias, lâmpadas elétricas e ferramentas.
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