sábado, 14 de dezembro de 2013

Empresário dá carros de presente a funcionários


Comerciante de polo mundial do corte de pedras preciosas na Índia presenteou com um carro zero cada um de seus 70 funcionários, como bônus de final de ano

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Carros em concessionária

Carros em concessionária: o paradoxo é que muitos dos presenteados não têm nem a carteira de habilitação

Nova Déli - Um comerciante de diamantes da localidade de Surate, polo mundial do corte de pedras preciosas na Índia, presenteou com um carro zero cada um de seus 70 funcionários como bônus de final de ano, informou nesta sexta-feira a imprensa local.

O empresário, Savij Dholakia, tem em suas empresas cerca de 2 mil artesãos responsáveis pelo corte dos diamantes, e como disse ao jornal The Indian Express, "100 deles alcançaram as metas de produção fixadas no ano passado".

Enquanto 70 empregados receberam um Chevrolet-Beat como incentivo, outros 30 foram agraciados com a some de 300 mil rupias (cerca de 3,5 mil euros) "porque tinham algumas dívidas para pagar", explicou o empreendedor que tem uma fábrica em Varachcha, o distrito onde são trabalhados a maior parte dos diamantes brutos do mundo.

No passado, Dholakia já tinha aparecido nas notícias dos jornais pela sua generosidade e um luxuoso casamento do filho organizado em Singapura.

O paradoxo é que muitos dos artesãos não têm nem a carteira de habilitação para dirigir um carro, destaca o jornal.

Segundo o presidente da Associação dos Diamantes de Surat, Dinesh Navadia, depois da crise dos anos passados, o setor está em forte crescimento graças ao baixo custo da mão de obra indiana.

"Premiações em dinheiro são frequentes no final do ano, mas é a primeira vez que são dados carros", informou ele.

Petrobras compra 2,9 mi barris de diesel indiano


Companhia teria reservado cargas extra de combustível após um incêndio paralisar a sua quinta maior refinaria

Sindipetro-PR/SC/Divulgação via Reuters 

Danos casados pelo incêndio que atingiu a refinaria Getúlio Vargas, da Petrobras, em Araucária
Danos casados pelo incêndio que atingiu a refinaria Getúlio Vargas, da Petrobras, em Araucária

Houston/Nova Délhi - A Petrobras encomendou cargas extras de combustível da Índia, a maior parte delas de diesel, disseram fontes do mercado nesta sexta-feira, após um incêndio paralisar a quinta maior refinaria da estatal, há duas semanas.

A refinaria indiana Reliance, que se tornou um fornecedor corriqueiro, ajudando o Brasil a suprir sua grande defasagem na produção de derivados, irá enviar à Petrobras cerca de 2,9 milhões de barris de diesel em dezembro.

A Petrobras comprou três cargas e está negociando uma entrega adicional após o incidente na refinaria Repar, de capacidade de 200 mil barris por dia (bpd), em Araucária, no Paraná, disseram operadores.

Outros carregamentos devem seguir, somando-se a uma abrupta recuperação na demanda latino-americana por combustível importado que tem ajudado a impulsionar globalmente as margens de lucro das refinarias.

O Equador também está buscando embarques extras após um incêndio em Esmeraldas, sua principal refinaria, responsável pela produção de 110 mil bpd.

Devido aos problemas na Repar, a Petrobras receberia em dezembro um volume total de 3,65 milhões de barris de combustíveis da Ásia, alta de pelo menos 20 por cento ante novembro.

O Myrtos, petroleiro grego de tipo Aframax, deve chegar a um porto brasileiro não revelado entre 19 e 20 de dezembro para entregar cerca de 700 mil barris de diesel comprados antes do incêndio, segundo operadores e o sistema de rastreamento de navios da Reuters.

O carregamento, embarcado em 16 de novembro no porto indiano de Sikka, ajudaria a Petrobras a fornecer combustível para postos localizados no Sul do Brasil, depois que a empresa limitou o abastecimento de várias cidades.

A Repar produz cerca de 100 mil bpd de diesel e 60 mil bpd de gasolina para o Sul do país, fornecendo inclusive para partes de São Paulo --coração industrial do país. A refinaria responde por cerca de 11 por cento da capacidade nacional.

O incêndio ocorreu em uma das unidades de destilação da refinaria, forçando uma paralisação da refinaria. A Repar está prevista para retomar suas operações em 17 de dezembro, mas só será capaz de operar a dois terços de sua capacidade por conta dos danos, disse um diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) nesta sexta-feira.

Embora a ANP tenha permitido nesta semana que a Petrobras utilize um oleoduto para transportar diesel importado, a empresa precisa receber mais combustível importado para satisfazer a demanda doméstica, disseram analistas.

A estatal também lançou uma licitação na semana passada para comprar um carregamento de 300 mil a 450 mil barris de diesel para entrega entre 22 e 28 de dezembro.

A Petrobras importou uma média de 55,6 mil bpd de gasolina entre janeiro e outubro, mostrou um estudo independente.

Francesa Total quer crescer mais no Brasil


Além de arrematar 10 blocos de exploração de petróleo na 11ª Rodada da ANP, grupo garantiu fatia de 20% no consórcio para explorar o campo de Libra

Antonio Pita, do
Wikipedia
Posto da Total

Posto da Total: empresa negocia a entrada no ramo de distribuição de combustíveis, com a conclusão da compra da mineira Ale Distribuidora

Rio - Com o objetivo declarado de estreitar os laços comerciais com o país, a visita do presidente François Hollande, da França, é acompanhada de perto pelos executivos do grupo Total - que fez de 2013 um marco de sua expansão e consolidação no país.

"Só olhando o que foi realizado nos últimos meses, têm-se uma visão ampla e integral da presença e estratégia do grupo Total no país", avalia o diretor-geral, Luis David Rodriguez.

Além de arrematar 10 blocos de exploração de petróleo na 11ª Rodada da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o grupo ainda garantiu uma fatia de 20% no consórcio para explorar o campo de Libra no pré-sal brasileiro. Agora, negocia a entrada no ramo de distribuição de combustíveis, com a conclusão da compra da mineira Ale Distribuidora, dona de 1.800 postos em todo o país.

"Não posso confirmar nem desmentir. O grupo Total pensa em desenvolver outros negócios, seja na área de exploração e produção, na área de combustíveis renováveis, ou em outra área de negócio, como a área de distribuição", diz o executivo, sobre o estágio avançado de negociações.

"A ambição de crescimento do grupo passa pela presença maior em grandes países. É uma lista que não chega a dez, como a China e a África do Sul, e a Rússia", completa Rodriguez, executivo do segmento de Lubrificantes.

De concreto, o investimento de R$ 20 milhões na ampliação de sua fábrica, na cidade de Pindamonhangaba, interior de São Paulo, para dobrar a capacidade de processamento dos lubrificantes. O objetivo é repetir em 2014 os resultados deste ano, quando o segmento representou um crescimento de 20% no faturamento.
"É a única empresa do mercado que tem cinco anos consecutivos de crescimento no market share. Hoje estamos indo para 2,5%. Até 2017 e 2018 a meta é 5% de participação de mercado só levando em conta o crescimento orgânico das vendas", descreve.

O desafio, segundo ele, é expandir suas operações em direção ao Nordeste, Rio de Janeiro e Minas Gerais. A estratégia é descentralizar a venda, com a busca por parceiros locais, como operadores logísticos e distribuidores de combustíveis e lubrificantes. Uma das apostas são os projetos de fornecimento para montadoras, como a Honda, que passará a integrar o time de clientes como Peugeot, Citroen e Renault.

"Não podemos inventar a roda em relação à logística da distribuição no País. A logística é uma fraqueza do Brasil todo, e afeta a muitos negócios. Às vezes, ela é um freio, mas a gente, mesmo assim, vai ter um crescimento de vendas para o ano a partir da aproximação com o cliente", garante.

Recém-criada, Netfarma avalia entrada de fundo


Criada há um ano por um time que reúne empresários da indústria farmacêutica e do e-commerce, a companhia encerra 2013 com cerca de 20 mil itens na carteira

Mônica Scaramuzzo, do
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Remédios

Remédios: comodidade de comprar produtos pela internet impulsionou as vendas da Netfarma

São Paulo - A Netfarma, empresa online de medicamentos, avalia a entrada de investidores para acelerar seu plano de expansão para as principais capitais do país. Criada há um ano por um time que reúne empresários da indústria farmacêutica e do e-commerce, a companhia encerra 2013 com cerca de 20 mil itens na carteira (14 mil produtos diferentes), entre remédios e produtos de higiene e beleza.

O negócio foi criado como uma alternativa aos entregadores de bicicleta das farmácias de bairro, brinca Nelson Libbos, um dos sócios da companhia e ex-presidente da farmacêutica Teva no Brasil. “Algumas das grandes redes farmacêuticas têm a opção de entrega com pedidos na internet, mas a Netfarma foi criada só para essa finalidade”, diz.

A comodidade de comprar produtos pela internet impulsionou as vendas da Netfarma. Neste primeiro ano de operação, a companhia deverá registrar receita de cerca de R$ 20 milhões. A meta é triplicar o faturamento no ano que vem e multiplicar por dez até 2015.

O processo de expansão está sendo planejado sem atropelos. “Nós já fomos procurados por fundos de investimentos, mas não estamos com negociação em curso”, diz Libbos.

A entrada de dinheiro novo está sendo discutida como forma para impulsionar o crescimento da companhia pelos sócios - entre eles, Omilton Visconde Jr. (ex-Biosintética, atual MIP Farma Brasil) e Márcio Kumruian (da Netshoes), todos como pessoa física.

Hoje a Netfarma, com sede em São Paulo, tem um centro de distribuição em Barueri (Grande São Paulo) e planeja construir outros centros em capitais das regiões Sudeste e Sul, em uma primeira etapa.

A compra de remédios pela internet pode até parecer simples. E de fato é. Mas tem suas limitações. A venda de medicamentos de tarja preta, que exige a apresentação de receita azul, é proibida pela Agência Nacional de Vigilância (Anvisa). Os de tarja vermelha, com receita controlada, como antidepressivos, também, explica Geraldo Mol, presidente da Netfarma. “A venda de antibióticos (que também exige receita) só é feita em São Paulo. Nesse caso, o consumidor é obrigado a entregá-la ao motoboy quando recebe o produto”, diz Mol.

Os produtos da Netfarma são entregues em todo o País. Fora da capital paulista e da Grande São Paulo, os pedidos chegam via Correios. Para valores acima de R$ 100, o frete é grátis. Em São Paulo, há a opção de entrega expressa, para o mesmo dia, e superexpressa, em até 4 horas, com taxa de R$ 8,50. “Nosso tíquete médio é de R$ 110”, afirma Mol.


Vantagem online


A Netfarma tem atualmente 1.230 CPFs cadastrados. Boa parte das vendas é de produtos de higiene e beleza, apesar de o site ter sido criado como um canal de vendas de medicamentos. “A compra pela internet, além da comodidade, tem a vantagem de manter o consumidor no anonimato. Muitos ficam constrangidos de entrar em uma farmácia para comprar produtos, como fraldas geriátricas, preservativos e medicamentos para disfunção erétil, por exemplo”, afirma Mol. A empresa planeja criar programa de fidelização de clientes, a exemplo das redes do varejo. 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Cia Hering investirá na expansão do e-commerce em 2014


O objetivo inicial é que a internet, que hoje representa apenas 1% das vendas, chegue aos 5%

Dayanne Sousa, do
Divulgação
Hering: vestuário

Hering: com relação às lojas físicas, a Cia Hering espera abrir 100 novas unidades em 2014

São Paulo - A Cia Hering vai investir em uma nova plataforma de comércio eletrônico em 2014. Hoje a internet representa cerca de 1% das vendas da empresa, de acordo com diretor comercial da Cia Hering, Ronaldo Loos. "Sabemos que no mercado internacional esse porcentual é de 5% a 15% e nosso desafio inicial é chegar a esses 5%", declarou durante reunião com analistas e investidores em São Paulo.

Segundo o executivo, a nova plataforma permitirá também o relacionamento no canal multimarcas por meio da internet, que pode funcionar como um complemento para a estratégia de distribuição.

Com relação às lojas físicas, a Cia Hering espera abrir 100 novas unidades em 2014: 70 Hering Store e 30 lojas da marca infantil Hering Kids. Em 2013, a Cia Hering espera encerrar com 57 lojas Hering e 592 Hering Store. Segundo Loos, as lojas a serem inauguradas já estão mapeadas.

No caso de Hering Kids, todas as novas lojas serão localizadas em shoppings. Para o executivo, a marca tem grande potencial para ocupar shoppings de diferentes perfis e a companhia identifica que há baixa concorrência no segmento infantil, principalmente no caso de marcas com posicionamento que não é restrito a consumidores de classe alta.


Nova marca


A empresa anunciou ainda o lançamento no primeiro semestre de 2014 de uma nova marca de loja, a Hering for You, totalmente voltada para o público feminino. Ao todo, serão três categorias de produtos: a moda íntima, incluindo lingerie e pijamas; loungewear (peças confortáveis e casuais), além de fitness (roupas para prática de exercícios e moda praia).

"Tivemos vários meses de testes destas categorias e temos certeza que estamos inaugurando mais uma avenida de crescimento para a marca Hering", declarou Bueno. "Estamos aumentando a oferta dessas categorias que hoje não conseguem ter uma presença tão grande nas nossas lojas", completou.

De acordo com o executivo, as categorias da Hering for You que já estão disponíveis nas lojas do formato tradicional da companhia representam um faturamento de R$ 100 milhões e fazem parte de um mercado que soma R$ 22 bilhões por ano, sendo que a parte feminina responde por R$ 14 bilhões.
Vendas


Bueno anunciou ainda a implementação de um plano para retomada do crescimento de vendas no critério mesmas lojas (abertas há mais de um ano) da marca Hering, que prevê mudanças de planejamento, sortimento de produtos (focando itens de maior valor agregado, que apresentam melhor desempenho), estilo e execução.

A empresa deve aumentar a oferta de itens de moda e reduzir a participação de itens com velocidade de venda menor. No acumulado dos primeiros nove meses de 2013, as vendas mesmas lojas caíram 1,5%. O diretor informou ainda que a companhia aumentará sua capacidade analítica sobre o sucesso de uma coleção.

"Faremos com que cada estilista saiba qual produto criado por ele vendeu e qual não teve venda", exemplificou.


Hope cresce com projeto em multimarcas


O Hope Sob Medida deve completar 250 unidades neste ano

Embraer se beneficia de cenário positivo nos EUA


Jato E190, principal aposta da Embraer no segmento da aviação comercial _ Foto: Divulgação
Jato E190, principal aposta da Embraer no segmento da aviação comercial _ Foto: Divulgação

Empresa divulgou venda firme de 60 jatos desse modelo para American Airlines, por US$ 2,5 bilhões
Chico Pereira

São José dos Campos

Pelo menos três fatores contribuiram para a Embraer voltar a fechar contratos com companhias aéreas norte-americanas para o segmento de aeronaves comerciais regionais de 70 a 80 lugares.

A recuperação da economia dos Estados Unidos, com aumento [/TXT]da demanda pelo transporte aéreo, necessidade da renovação de frota das aéreas e o acordo fechado pelas empresas com o Sindicato dos Local dos Aeronautas .

É a avaliação de especialistas em aviação comercial.

Dos três fatores, o acordo trabalhista com o sindicato dos aeronautas tem peso significativo. Havia disputa entre o sindicato e as áreas com relação ao número da tripulação para operação das aeronaves com mais de 50 lugares.

Vencida esta barreira, as aéreas começaram a planejar a renovação de frota.

Nicho.
Este ano, a Embraer fez importantes vendas do jato E175 no mercado dos Estados Unidos. Anteontem, a empresa divulgou a venda firme de 60 jatos desse modelo para a American Airlines, contrato no valor de US$ 2,5 bilhões.

A aérea também tem a opção de compra de mais 90 aeronaves 175. Se exercidas, eleva o contrato para cerca de US$ 6,25 bilhões.

Anteriormente, a empresa brasileira havia anunciado contratos com aéreas dos Estados Unidos no total de 117 unidades. Os acordos fechados foram com as companhias Republic Airways, United Airlines e SkyWest.

Renovação.
Marcos Barbieri, economista e professor da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), diz que os contratos anunciados pela Embraer nos Estados Unidos reforça a sua presença em um mercado competitivo.

“A permanência da Embraer nesse mercado é importante e reforça a sua presença em um nicho de demanda que estava um pouco desaquecido”, disse o especialista.
Ele ponderou que as condições favoráveis para as companhias renovarem suas frotas ajudou nas vendas.

“As aéreas estão em busca de aviões mais econômicos, mais modernos, para terem maior ganho”, frisou.

Estratégia.
Para Barbieri, a estratégia da Embraer de manter uma família de jatos para atender vários nichos de mercado foi acertada.

“A empresa tem um portfólio que atende as necessidades de vários nichos de mercado. Foi uma decisão acertada em relação aos concorrentes”, destacou o economista.

No contrato anunciado ontem, as primeiras entregas para a American Airlines começa em 2015.  A empresa ajustará a produção para atender os contratos firmados este ano.

SAIBA MAIS

 Nicho
Embraer consolida presença no nicho da aviação comercial de aeronaves de 70 a 80 lugares com vendas efetivadas ao longo deste ano

EUA
O mercado dos Estados Unidos continua sendo o principal em todo mundo

Renovação
As aéreas dos Estados Unidos estão em processo de renovação da frota de jatos comerciais regionais

Potencial
Esse mercado tem potencial de mais de 500 aeronaves