segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Hyundai tem planos de ampliar produção no Brasil

Além de aumentar fabricação em Piracicaba, grupo Caoa, que representa marcas Premium, deve produzir o i30 em Anápolis (GO)

Por Rafael Poci Déa, da MotorShow 

A fabricante coreana de carros Hyundai estuda ampliar a capacidade produtiva de sua fábrica de Piracicaba, no interior de São Paulo. Em entrevista concedida no Salão de Detroit, nos Estados Unidos, o diretor global de operações da marca, Tak Uk Im, falou a respeito dos planos da empresa para o País. "Temos que investir para produzir e atender ao grande volume do Brasil", afirmou o executivo.

A fábrica de Piracicaba opera em três turnos e atingiu a sua máxima capacidade produtiva de 150 mil carros ao ano. "Estamos em estudo para expandir esse volume", disse Im. "Só depois poderemos pensar em exportações."

A respeito do grupo Caoa, responsável pela importação dos veículos premium da Hyundai (i30, Genesis, Elantra, entre outros), Im afirmou que a relação permanecerá. O executivo, no entanto, deixou claro que um novo carro premium poderá ser produzido na fábrica de Anápolis, em Goiás. É lá que são produzidos, atualmente, os utilitários esportivos Tucson e o ix35, além do caminhãozinho HR. 

Ao que tudo indica, o próximo carro da Hyundai fabricado no Brasil será o hatch médio i30, vendido por R$ 69.000 e equipado com motor 1.6 de 128 cv e câmbio automático de seis marchas. 

O Hyundai HB20, primeiro carro produzido na fábrica de Piracicaba, é um sucesso de vendas. Em 2013, o modelo fechou com 122 mil carros vendidos, computadas todas as versões. Com esse resultado conquistado no ano passado, o modelo ficou na sétima posição do ranking elaborado pela Fenabrave, associação que reúne os distribuidores de veículos.

Juiz pede à CEF que FGTS seja corrigido pelo IPCA-E


Em decisão inédita, juiz pede que Caixa atualize saldo sacado por trabalhador pelo IPCA em vez da Taxa Referencial, cuja correção é muito menor

Julio Cesar Lima, do
Marcos Santos/USP Imagens
Dinheiro: notas de 50 reais
Notas de 50 reais: Para o juiz, pelo fato da TR não acompanhar o índice inflacionário, ela não deve ser usada como referência
 
Curitiba - Uma decisão do juiz substituto da 2ª Vara Cível de Foz do Iguaçu (PR), Diego Viegas Veras, poderá alterar o método de correção do saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Em uma decisão inédita, ele condenou a Caixa Econômica Federal (CEF) a trocar a Taxa Referencial (TR) pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E) a partir de janeiro de 1999 até o dia em que o saldo fosse sacado pelo trabalhador em sentença promulgada no último dia 15. A CEF ainda não se pronunciou sobre a decisão.

Segundo o despacho, a TR "não tem promovido a necessária atualização" do saldo. A decisão, porém, é de 1ª instância e cabe recurso. "Por meio da presente demanda, seja a ré condenada a substituir o índice de correção monetária aplicado às contas vinculadas do FGTS (Taxa Referencial - TR) pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC ou pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA, com o pagamento das diferenças decorrentes da alteração. Em síntese, alega que a TR, índice atualmente utilizado, não tem promovido a necessária atualização do saldo existente na conta fundiária, uma vez que se encontra em patamar inferior àqueles utilizados para indicação do porcentual de inflação, como é o caso do IPCA ou do INPC", anota.

Além dessas observações, o juiz destaca que o "Supremo Tribunal Federal já se manifestou no sentido de não reconhecer a TR como índice capaz de corrigir a variação inflacionária da moeda, não servindo, portanto, como índice de correção monetária". Essa decisão, apesar de inédita, compõe um conjunto de 29.350 ações em que os correntistas pediram a substituição dos índices. A CEF havia informado de que saíra vencedora em 13.664 casos que tiveram decisões.

Para o juiz, o fato da TR não acompanhar o índice inflacionário não a permite ser usada como referência. "Não sendo a Taxa Referencial (TR), índice disposto pela Lei 8.177/91, hábil a atualizar monetariamente tais saldos, e estando tal índice em lei não específica do FGTS, entende-se que como inconstitucional a utilização da TR para tal fim, subsistindo a necessidade de aplicar-se índice de correção monetária que reflita a inflação do período", concluiu.

Os escritórios de Direito ficaram bem mais modernos


Flexibilidade de horário, informalidade no vestuário, políticas antiestresse e ambiente menos hierárquico. Os escritórios de Direito mudaram para atrair e reter profissionais com perfil colaborativo e empreendedor

Helena Fruet, da
Raul Junior / VOCÊ S/A
Giovanni Falcetta, do Aidar SBZ
Giovanni Falcetta, do Aidar SBZ: sala com TV e videogame para relaxar no expediente

São Paulo - Quando compareceu à entrevista de emprego em um escritório concorrente do seu, o advogado Giovanni Falcetta, de 33 anos, pensou ter se enganado de endereço. As mesas de trabalho eram separadas por baias de vidro e todos trabalhavam no mesmo ambiente.

Seus prováveis futuros colegas estavam vestidos sem formalidade e alguns conversavam animadamente em rodas de bate-papo. Giovanni foi recebido pessoalmente por um dos sócios do escritório e, em seguida, apresentado à sala de descompressão, local dotado de televisor, video game e sofás confortáveis para quem quiser se desestressar durante o expediente.

Expediente, aliás, que poderia ser cumprido em home office, se necessário. Acostumado ao clima formal de escritórios tradicionais de São Paulo, o advogado estranhou a proposta, mas não pensou duas vezes para aceitá-la. "Eu queria mais qualidade de vida e um ambiente menos competitivo, mais acolhedor", diz.

Falcetta foi contratado pelo Aidar SBZ, criado há dois anos, que ilustra a tendência dos novos escritórios de advocacia de trocar o ar sisudo da área por ambientes despojados, com políticas de RH mais atraentes para os jovens profissionais.

Segundo Carlos Ferreira, sócio da consultoria de recolocação 4Hunter, especializada nas áreas jurídica e financeira, as mudanças na economia e o aumento do mercado de trabalho na área jurídica — com o consequente aumento da concorrência pelos melhores profissionais — impulsionaram as transformações no perfil dos escritórios de advocacia.

"Para se destacar, os escritórios mais novos (muitos deles resultantes de cisões de bancas tradicionais) oferecem políticas de remuneração mais atraentes, flexibilidade de horário e de vestuário, treinamento e mais qualidade de vida. E em troca querem um profissional criativo, proativo, capaz de trazer e fidelizar seus clientes. Além, é claro, de ser muito bons na parte técnica" diz Carlos.

Resolva problema da mobilidade de SP e ganhe curso na NASA


Para participar, candidato deve ser maior de idade, estar cursando ou já ter concluído o ensino superior e precisa apresentar solução relacionada com tecnologia

Jéssica Miwa, do
Andrew Harrer/Bloomberg News
Carros no trânsito da Avenida 23 de Maio, em São Paulo
Trânsito da Avenida 23 de Maio: Call to Innovation presenteará dono da melhor ideia para solucionar trânsito caótico da cidade de São Paulo com curso de dez semanas na NASA

O tema mobilidade urbana deu o que falar em 2013. Não falta, porém, empenho e interesse da parte dos paulistanos para desatar o grande nó do transporte.

Então, aqui vai mais uma motivação: uma bolsa de estudos no valor de U$ 30 mil – o equivalente a, aproximadamente, R$ 71,1 mil.

Parceria entre a Fiap – Faculdade de Informática e Administração Paulista e a Singularity University, o desafio Call to Innovation presenteará o dono da melhor ideia para solucionar o trânsito caótico da cidade de São Paulo com curso de dez semanas na NASA – Agência Espacial Americana, entre junho e agosto de 2014. 

As aulas, sediadas na Califórnia, reunirão empreendedores do mundo inteiro.
Além disso, o vencedor do desafio terá direito a uma bolsa integral para cursar qualquer MBA da Fiap.

Para participar, o candidato deve ser maior de idade, estar cursando ou já ter concluído o ensino superior e precisa apresentar uma solução relacionada com tecnologia. Inscrições abertas até 16/03, pelo site da Fiap.

Dia mais triste do ano, Blue Monday é uma ação de marketing


Terceira segunda-feira de janeiro foi taxada à fama de dia mais melancólico do ano em pesquisa encomendada por marca


Stock.Xchange
Depressão - tristeza
Ttristeza: estudo estabeleceu que a terceira segunda-feira de janeiro é o dia do ano na qual as pessoas se sentem mais tristes

São Paulo - Há alguns anos, a terceira segunda-feira de janeiro ganhou a inglória fama de Dia Mais Triste do Ano. A data ficou conhecida como Blue Monday, e seu renome de descoberta cientítica espalhou-se como lenda urbana mundo afora, principalmente nos países de língua inglesa.

O que poucos sabem é que a ideia anunciada como fruto de pesquisa matemática é, na verdade, uma ação de marketing transformada em verdade para a sorte da marca anunciante, o canal de TV britânico Sky Channel, explicam o jornal inglês The Guardian e a revista Inc

Tudo começou com o estudo de um certo psicólogo Cliff Arnall, da Universidade de Cardiff, no País de Gales, que chegou à uma equação que apontaria o dia mais melancólico do ano. Publicado em 2005, o cálculo levaria em consideração a meteorologia do período, as dívidas realizadas no Natal, a queda da motivação e uma crescente cobrança para realizar conquistas no ano que se inicia. 

Por mais que janeiro possa ser um mês difícil, a pesquisa de Arnall não tem embasamento científico e foi feita por encomenda da anunciante, afirmam os veículos. Seu artigo não fora publicado em nenhum jornal acadêmico, e sim diretamente em um material de divulgação da Sky Travel. E virou verdade depois disso. 

A ideia da marca, descobriu-se, era promover o desejo de viajar e estimular possíveis clientes a espantar a tristeza através do turismo. Considerando que todos os anos a data volta à tona, a estratégia de gosto duvidoso ajudou a Sky Travel a fazer (muito) barulho até hoje.

*Atualizada às 16h04.

Dilma vai a Davos pela primeira vez para atrair investidores


Presidente tentará convencer a elite empresarial do mundo de que o país ainda é um bom investimento, apesar do baixo crescimento

Anthony Boadle, da
Roberto Stuckert Filho/PR
Presidenta Dilma Rousseff durante cerimônia de anúncio de investimentos do PAC 2 Mobilidade Urbana
Dilma Rousseff durante cerimônia em Belo Horizonte: viagem será a primeira da presidente ao Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça

Basília - A presidente Dilma Rousseff tentará convencer nesta semana a elite empresarial do mundo em Davos de que o país ainda é um bom investimento, apesar de três anos de baixo crescimento.

Será a primeira visita de Dilma ao Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça. O objetivo é assegurar aos ricos e poderosos que ela adota uma postura amigável com empresas e responsável pelo lado fiscal.

É uma grande reviravolta para a presidente, que desenvolveu uma reputação por medidas de mão pesada que apertaram os lucros de algumas companhias e prejudicaram os preços das ações. Dissipar o ceticismo sobre o futuro do Brasil será uma tarefa difícil antes do processo eleitoral em outubro.

"Ela tentará convencer a comunidade empresarial internacional de que é mais pragmática que ideológica, mas ninguém realmente espera que o governo faça um esforço imenso para equilibrar a política fiscal no ano eleitoral", afirmou o analista político da MCM Consultores, Ricardo Ribeiro.

A economia brasileira cresceu apenas 1 por cento em 2012 e as saídas de capitais tiveram o maior fluxo desde 2002. Os gastos públicos registraram gradual expansão e as receitas tributárias desaceleraram devido ao fraco crescimento e às maiores desonerações feitas com objetivo de estimular indústrias, elevando o risco de rebaixamento de crédito neste ano.

O Brasil não é mais a menina dos olhos de Wall Street que foi durante a expansão alimentada por commodities na época do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010). Ele, ao contrário de Dilma, participava regularmente de Davos.


Promovendo o Brasil 


Assessores presidenciais disseram que Dilma decidiu que era o momento de uma visita pessoal a Davos para mostrar a investidores que o Brasil está aberto a negócios, explicando as concessões privadas para rodovias, ferrovias, aeroportos e outros tipos de infraestrutura fortemente necessários.

"Os mercados financeiros não estão entendendo bem o Brasil", afirmou o ministro da Secretaria de Assuntos Especiais e presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcelo Neri.

"Investimento privado é fundamental para o Brasil e a presidente precisa mostrar o potencial do país e ouvir investidores de forma que a maneira como fazemos as coisas possa ser ajustada", disse Neri à imprensa estrangeira na semana passada.

Dilma falará publicamente em Davos na sexta-feira e comparecerá a uma sessão lotada privada com investidores, economistas e executivos das principais companhias multinacionais.

O interesse na presidente não é uma surpresa: espera-se amplamente que ela conquiste um segundo mandato e decida a direção da sétima maior economia do mundo por mais quatro anos.

Após Davos, Dilma viajará a cúpula regional em Cuba, onde ela e o presidente cubano, Raúl Castro, inaugurarão um terminal de contêineres de 900 milhões de dólares construído no porto de Mariel pela Odebrecht , um dos maiores conglomerados multinacionais brasileiros.

Espera-se que Mariel torne-se um importante porto caribenho quando o embargo comercial dos EUA contra Cuba for revogado.

O gabinete de Dilma sublinhou que a visita dela a Cuba deve-se a negócios mais do que a política. "Isso não diz respeito a ideologia esquerdista. O Brasil está se posicionando estrategicamente ao investir na Cuba pós-Castro", disse um assessor da presidência.

Quem é a Oriental Brewery, a compra bilionária da AB InBev


Cervejaria sul-coreana foi adquirida por US$ 5,8 bilhões e só produz bebida à base de arroz


Divulgação/Oriental Brewery
Cerveja da Oriental Brewery
Oriental Brewery: uma das principais cervejarias da Coreia do Sul

São Paulo – A Anheuser-Busch InBev anunciou, nesta segunda-feira, a aquisição da Oriental Brewery (OB) por 5,8 bilhões de dólares.

A operação, considerada a maior já anunciada na Ásia envolvendo fundos de private equity, foi fechada com o KKR e Affinity Equity Partners.

A OB já pertenceu à InBev no passado, mas em 2009 foi vendida ao fundo KKR por 1,8 bilhão de dólares.

Na época, o dinheiro levantado com o negócio ajudou a pagar a dívida da aquisição da Anheuser-Busch, anunciada um ano antes pela companhia belga.

Com o acordo de venda, a Anheuser-Busch InBev, companhia formada com a fusão da Anheuser-Busch e da InBev,  teria o direito de recomprar a cervejaria sul-coreana em até cinco anos e foi isso o que aconteceu, mesmo ela pagando três vezes a mais pela operação.


Quem é a OB


Fundada no início da década de 50, a Oriental Brewery produz  as cervejas mais populares da Coreia do Sul, entre elas a OB, Cass, número um por lá, e a Cafri.

O curioso é que nenhuma cerveja da OB é feita a partir da cevada, todas elas são fabricadas à base de arroz, como boa parte das bebidas alcoólicas orientais.    

Segundo Carlos Brito, presidente-executivo da AB InBev, a OB irá fortalecer a posição da companhia na região.

“Estamos muito animado para investir na Coreia do Sul e de trabalhar com a Oriental Brewery novamente”, afirmou o executivo, em comunicado.

Entre 2009 e 2012, o mercado de cerveja na Coreia do Sul apresentou taxa de crescimento de  2%. Nos próximos 10 anos, no entanto, esse crescimento deve ser de 13% na região - o que justifica o interesse da AB Inbev na OB.