sábado, 25 de janeiro de 2014

FUTURO ESTATUTO DO ESTRANGEIRO EM ANÁLISE

 

 

Projeto de Lei estabelece novas regras para estrangeiros no Brasil.

A Câmara dos Deputados analisa projeto (PL 5655/09) que dispõe sobre situações como ingresso, permanência e saída de estrangeiros no território nacional, acolhimento de imigrantes e naturalização.

Hoje esse trânsito é regulamentado pelo Estatuto do Estrangeiro (Lei 6.815/80), que, segundo o deputado Carlos Zarattini, do PT de São Paulo, foi elaborado na época da ditadura militar e trata o estrangeiro como um inimigo em potencial.

“Nós não podemos conviver com isso. Nós precisamos deixar as portas abertas no Brasil. Garantir que aqui não seja um refúgio de criminosos, mas sim um país onde as melhores pessoas, os trabalhadores, os médicos, os cientistas, os engenheiros de outros países possam vir ao Brasil e colaborar com o desenvolvimento do nosso país, da mesma forma que nós queremos que os brasileiros que vão ao exterior sejam bem recebidos.”

Entre as principais inovações do projeto, destaca-se a permissão para que os estrangeiros participem de administração de sindicatos, de associações profissionais e de entidades fiscalizadoras do exercício de profissões regulamentadas. A proposta também extingue a exigência de boa saúde para entrada e permanência no País.

O projeto acaba com o visto de trânsito e une os vistos de turismo e negócios. Antes, o visto de negócio era temporário e valia por apenas 90 dias. Com a mudança, o visto de negócio passa a ter duração de cinco anos, mesmo prazo de validade que o de turistas.

Como já é previsto na legislação atual, esses vistos permitem ao estrangeiros múltiplas entradas no País, com estada de 90 dias prorrogáveis por igual período, com limite de 180 dias por ano.

O texto inova ainda ao permitir a estudantes exercer atividade remunerada, condicionada apenas à autorização do Ministério do Trabalho.

Por outro lado, a proposta exige autorização prévia para a atuação de imigrantes em regiões consideradas estratégicas, como a Amazônia Legal, e áreas ocupadas por índios, quilombolas ou outras comunidades tradicionais. O projeto também proíbe estrangeiros de possuir terras em regiões de fronteira.

Pelo texto, estrangeiros também ficam proibidos de possuir empresas de vigilância. A legislação atual já proíbe o estrangeiro de ser proprietário de empresa jornalística e de explorar recursos minerais, inclusive os potenciais hidráulicos. Essas proibições são mantidas no projeto.

O novo Estatuto do Estrangeiro foi aprovado na Comissão de Turismo e Desporto em novembro de 2012 e será analisado por mais duas comissões, antes de ser votado em Plenário.

(Rádio Câmara – 24/01/2014)

IMIGRANTES SERÃO REPRESENTADOS NO CONSELHO MUNICIPAL DE SÃO PAULO

 

 

Antiga reivindicação dos imigrantes em passe de ser atendida.

O Conselho Participativo Municipal de São Paulo contará com representações de imigrantes, em subprefeituras onde o Censo 2010 tenha apontado pelo menos 0,5% de população composta por grupos de outras nacionalidades. As inscrições vão ocorrer entre 27 de janeiro e 27 de fevereiro e os candidatos devem ser maiores de 18 anos, residentes na área da subprefeitura pela qual vai concorrer e portar documento brasileiro ou do país de origem.

A eleição será no dia 30 de março, das 8h às 17h. Assim como na votação ocorrida em 8 de dezembro, para as vagas comuns de conselheiros, será necessário apresentar 100 assinaturas de moradores da região, em apoio à candidatura. Os 22 eleitos se somarão aos 1.113 escolhidos no dia 8 de dezembro.

As regionais que terão eleição são: Aricanduva/Vila Formosa, Butantã, Campo Limpo, Capela do Socorro, Casa Verde, Ermelino Matarazzo, Freguesia/Brasilândia, Ipiranga, Jabaquara, Jaçanã/Tremembé, Lapa, Mooca, Penha, Pinheiros, Pirituba/Jaraguá, Santana/Tucuruvi, Santo Amaro, Vila Maria/Vila Guilherme, Vila Mariana, Vila Prudente e Sé. Será eleito um representante em cada local, exceto na subprefeitura da Sé, que terá duas vagas.

A prefeitura já pretendia incluir a representação dos imigrantes nos conselhos, mas encontrou problemas por estes não portarem título eleitoral. Como a eleição geral realizada em dezembro foi organizada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo, com uso de urnas eletrônicas, não foi possível incluí-los.

A participação em conselhos é uma reivindicação dos imigrantes da cidade, que não tinham espaços institucionais para lutar por políticas públicas específicas e conquista de direitos políticos. Estes foram dois dos principais temas discutidos na 1ª Conferência Municipal de Migrantes, que ocorreu em novembro do ano passado.

A gestão Haddad tem articulado outras ações em prol da população imigrante na cidade. O Plano de Metas propõe a criação de uma política municipal para imigrantes e foi criada uma coordenadoria específica sobre o tema, ligada à Secretaria de Direitos Humanos.


Posse dos eleitos


No sábado (25), aniversário de São Paulo, Haddad vai empossar os 1.113 conselheiros eleitos na eleição do dia 8 de dezembro, para um mandato de dois anos. A cerimônia de posse será no Grande Auditório Anhembi, na zona norte da capital.

Os conselheiros poderão propor ações e fiscalizar gastos e obras das 32 subprefeituras da capital. Eles não serão remunerados. Além disso, um representante de cada regional será eleito por seus pares para compor o Conselho Participativo de Orçamento e Planejamento, junto a membros dos conselhos temáticos (educação, saúde, cultura), que irá elaborar o orçamento municipal de 2015.

Rodrigo Gomes
(Rede Brasil Atual – 24/01/2014)

O TIMBRE INTERNACIONAL DO BRASIL

 

 

 

Ensino de música atrai estrangeiros de vários países.

Não é preciso entrar em muitas salas do prédio da Faculdade Fesp, que sedia os cursos da segunda fase da Oficina de Música de Curitiba, para encontrar alunos de fora do Brasil. Eles vieram às dezenas da Argentina, Uruguai e Venezuela; e o cadastro do festival ainda registra inscritos da Holanda, Inglaterra, Islândia e Itália.

Assim como na fase erudita, os alunos desta segunda etapa buscam, em geral, a profissionalização e são atraídos por professores renomados. Mas, para os estrangeiros, a Oficina também é uma oportunidade de mergulhar na música brasileira, conforme explica o professor de saxofone Pedrinho Figueiredo.
“Temos uma linguagem brasileira, uma forma de tocar que é distinta, diferente, e essa troca é muito legal”, explica o saxofonista.

O bandolinista venezuelano Román Otero, que veio à Oficina pela primeira vez, por meio de uma seleção da Fundación Festival Internacional de Jazz Barquisimeto, conta que tem um grupo de choro em Caracas. As aulas com Izaías Bueno de Almeida são uma chance de ir direto à fonte no estilo que toca. “Chegar aqui e escutar autenticamente o choro e amúsica brasileira mudou muito minha perspectiva”, diz o instrumentista.

O aluno de trompete Joaquin Mujica é outro adepto do choro fora do país. Integrante do grupo La Chorona Uruguay, de Montevidéu, o músico está na Oficina pela segunda vez. “Gosto muito da música brasileira. No Uruguai, não tem música brasileira e tampouco outros gêneros populares no ensino universitário. É preciso ir até o Brasil e a Argentina para ter aulas de música popular”, explica Mujica.

Também vinda do Uruguai, Elena Ciavaglia destaca a importância do intercâmbio cultural vivido pelos alunos no festival. “Gosto de vir por tudo em que implica a Oficina – conhecer pessoas e conhecer mais a música brasileira, que é muito importante no Uruguai”, diz.

Acordeonista de um grupo de forró radicado em Karlsruhe, no sul da Alemanha, o brasileiro Alex Almeida conta que o interesse dos estudantes de música pelo Brasil também é claro na Europa, onde há oferta escassa de ensino neste segmento. “A música brasileira está na moda”, diz.

(Gazeta do Povo – 23/01/2014)

O 1o. MUNDIAL DE FUTEBOL DOS ‘GRINGOS’ DE SÃO PAULO

‘Copa Gringos’ promete jogo, confraternização e prêmios.

O projeto foi idealizado por Stéphane Darmani, francês apaixonado por futebol, que mora em São Paulo há 10 anos. Ele já criou em 2009 um formato de campeonato de futebol muito original, a Virada de Futebol, único campeonato que acontece de madrugada em São Paulo, onde 32 times se enfrentam das 10 da noite até as 06 da manha.

“Criei a Virada de Futebol porque São Paulo é a cidade 24 horas, que não para nunca. Da mesma forma hoje organizo a Copa Gringos porque São Paulo é a umas das cidades mais cosmopolita do mundo. Mais de 70 nacionalidades estão representadas em São Paulo… ou seja, o mundo inteiro esta em São Paulo! Com a Copa do Mundo chegando e fazendo a sua estreia na capital paulista, o momento é ideal para oferecer um “mundial dos estrangeiros” de São Paulo.”


Confraternização
O evento irá  começar depois do Carnaval, com uma grande festa de confraternização entre as 32 equipes.
“Será uma grande confraternização dos “gringos-paulistanos” que terminara com o mesmo ritual que nas grandes competições profissionais: o sorteio das chaves, com as bolinhas coloridas sorteadas pela mão inocente do padrinho do evento, um famoso jogador cujo nome será divulgado no final do ano”.

O evento terá duas Cerimônias Oficiais: a Cerimônia de Abertura (com o sorteio das chaves, seguido de uma festa de confraternização) e a Cerimônia de Premiação (com a entrega dos prêmios, também seguido de uma festa de confraternização).

Por outro lado, segundo a organização do evento, durante a premiação, o grupo Air-France KLM, mandará dois jogadores para Paris e dois para Amsterdam.

Em breve serão anunciadas as demais parcerias para a realização do torneio.
Competição A modalidade será o “Futebol Society”, praticado em campos sintéticos, com 7 jogadores de cada lado. De Abril a Junho, os times se enfrentam dentro do mesmo formato de competição que a Copa do Mundo: fase de grupos (com 3 jogos), oitavas, quartas e semifinal.

A Virada de Futebol, com mais de 1 000 jogos já organizados, nos trouxe muita experiência e uma rede de parceiros selecionados: árbitros, mesários, atendimento médico.

Domingo 15 de junho é o dia da grande final, seguida da festa de encerramento do evento com entrega dos troféus e da premiação.


Inscrição


A produtora do Stéphane Darmani, La Vista, conta com o apoio do Consulado da França em São Paulo a través da assessoria de imprensa e do próprio Consul, Sr. Damien Loras, que comunicara o evento para os mais de 50 consulados estrangeiros presentes na capital paulista.

O primeiro passo é a campanha de divulgação do evento, convidando os jogadores estrangeiros de São Paulo a montar e inscrever seu time a través do site do evento.

Atualmente algumas Seleções já tem time montado para a Copa Gringos:
México, Portugal, Áustria, França, Bélgica, Inglaterra, Espanha, Argentina, Itália, USA, Paraguai, Rep. Tcheca.

Outras estão a caminho: Canadá, Rússia, Turquia, Irlanda, Equador, Bolívia, Peru, Chile, Alemanha, Uruguai, Suíça, Colômbia.

Inicio: 13/04/2014 – Fim: 15/06/2014
Local: (complexo Futebol Society, Playball Pompéia, Rua Nicholas Boer, 66, Vila Pompéia)
Categoria: Adultos (> 16 anos), 32 times.
Inscrição: Até 15/03
Contato para imprensa: Stéphane Darmani e Marcelo Sturari
Fone 9 8220 0088 – sdarmani@gmail.com
Fone 9 9819 4833 – marcelo@la-vista.net

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Nestlé anuncia investimentos de US$ 1 bilhão no México


Por Assis Moreira | Valor
AP Photo/Keystone, Laurent Gillieron

DAVOS  -  A Nestlé, maior fabricante de alimentos do mundo, anunciou hoje em Davos que vai investir US$ 1 bilhão no México, na construção de duas novas fábricas. O anúncio foi feito pelo presidente da Nestlé, Paul Bulcke, durante o Fórum Econômico Mundial, um dia depois de ter lamentado o baixo crescimento da economia no Brasil, que não fez as reformas estruturais necessárias.

Bulcke disse na ocasião que, se o país cresce menos, os investimentos da Nestlé também tendem a diminuir. No entanto, a expectativa do governo de Minas Gerais, por exemplo, é de que a companhia suíça venha a expandir as fábricas no Estado.

O presidente do México, Enrique Peña Nieto, foi recebido de braços abertos por investidores no Fórum Econômico Mundial, em razão de um pacote de 16 reformas que conseguiu aprovar no Parlamento. Entre as medidas, está a abertura do setor petroleiro para a participação privada e estrangeira pela primeira vez em mais de 50 anos.

Estrangeiros perderam US$ 284 bilhões no Brasil em 3 anos, diz FT

Por Valor
 
SÃO PAULO  -  Os investidores estrangeiros que aplicaram recursos no Brasil assistiram a uma destruição de valor de seus ativos em uma "escala colossal" nos últimos três anos. É o que conclui o jornal britânico Financial Times após análise de dados do Banco Central brasileiro.

O subeditor de mercados emergentes do jornal, Jonathan Wheatley, diz em seu artigo que esses investidores sofreram uma destruição de patrimônio de mais de US$ 284 bilhões entre janeiro de 2011 e novembro de 2013. Para chegar ao número, considerou o fluxo de entrada de dólares para investimento direto e em ativos financeiros, que foi de mais de US$ 260 bilhões, e a perda de valor dos ativos em posse desses investidores. No mesmo intervalo, o valor dos ativos caiu de US$ 1,351 trilhão para US$ 1,327 trilhão - ou seja, não só esse estoque não refletiu a entrada dos US$ 260 bilhões, como ainda diminuiu em US$ 24 bilhões. Assim, a destruição de valor seria de mais de US$ 284 bilhões.

O texto lembra que o Brasil foi um paraíso para os investidores em anos anteriores - como 2009, quando, pelo mesmo raciocínio, as aplicações feitas pelos estrangeiros viram uma geração de valor de US$ 190 bilhões. Mas diz que o cenário se inverteu nos últimos três anos, influenciado pelos efeitos da crise global sobre os mercados emergentes e pela maior intervenção do estado na economia brasileira.

Ouvido pela reportagem do FT, o chefe de Mercados Emergentes do Citi, David Lubin, diz que o Brasil é um quebra-cabeças em alguns aspectos. Para ele, as contas externas (que podem indicar a vulnerabilidade de um país) estão sob controle, com elevadas reservas internacionais e financiamento por investimento direto. No entanto, os investidores teriam dificuldade em confiar no modelo de crescimento brasileiro. O FT cita como razão para essa cautela o papel crescente do Estado na economia. Lembra que os bancos públicos - e não os privados - têm fornecido a maior fatia do crédito e que a Petrobras tem papel decisivo na exploração das reservas do pré-sal.

Já John-Paul Smith, estrategista do Deutsche Bank, avalia que os ativos brasileiros se aproximam da situação de estar "tão ruim, que ficam bons". Ele recomenda aos investidores monitorar a governança corporativa no país e a relação do empresariado com o governo.

Déficit em conta corrente do Brasil é o maior em mais de seis décadas


Por Eduardo Campos e Leandra Peres | Valor
 
Marcello Casal Jr/ABr

BRASÍLIA  -  (Atualizada às 11h27) O Brasil encerrou 2013 com déficit de US$ 81,374 bilhões em suas transações correntes com outros países. O resultado ficou acima dos US$ 79 bilhões projetados pelo Banco Central (BC) e é o maior déficit da série histórica, iniciada em 1947. Em 2012, o déficit tinha somado R$ 54,23 bilhões ou 2,41% do PIB. 

Em proporção do Produto Interno Bruto (PIB), o déficit representa 3,66%, o maior desde os 4,19% registrados em 2001. O BC projetava 3,57% do PIB. 

Em dezembro passado, o BC apresentou sua primeira estimativa para as transações correntes em 2014 e o prognóstico é de novo saldo negativo, na casa dos US$ 78 bilhões, ou 3,53% do PIB. Vale notar que a última vez em que o país registrou superávit em transações correntes foi em 2007, de US$ 1,55 bilhão.
Somente no último mês de 2013, o déficit em transações correntes somou US$ 8,678 bilhões, ficando acima dos US$ 6,3 bilhões projetados pelo BC.

A autoridade monetária informou ainda que o Brasil registrou déficit de US$ 5,926 bilhões no balanço de pagamentos no ano passado. Em dezembro apenas, o balanço de pagamentos foi deficitário em US$ 2,746 bilhões.

Quanto às remessas de lucros e dividendos, totalizaram US$ 26,045 bilhões em 2013, o que representa alta sobre os US$ 24,112 bilhões registrados no ano anterior. No mês de dezembro, foram remetidos US$ 4,829 bilhões, depois de uma saída de US$ 2,842 bilhões no mês de novembro. 

Olhando apenas para remessas brutas, ou seja, sem considerar a remuneração de investimentos brasileiros no exterior, o Brasil gastou US$ 30,652 bilhões em 2013, contra US$ 28,604 bilhões em 2012. Já as receitas no ano ficaram em US$ 4,607 bilhões, contra US$ 4,492 bilhões em 2012.