quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Fundos de renda fixa ganham da poupança com folga


Fundos de renda fixa ganham da caderneta de poupança agora que a Selic foi elevada mais uma vez

Getty Images
Cofrinhos
Cofrinhos: rendimento da poupança só supera a rentabilidade de fundos mais caros, com taxa de administração acima de 2,0% ao ano

São Paulo - Com a elevação da Selic de 10,50% para 10,75% ao ano, os fundos de renda fixa ganharam ainda mais atratividade, batendo a poupança na maior parte das situações.

A caderneta, contudo, permanece mais vantajosa que os fundos mais caros, cuja taxa de administração supera os 2,00% ao ano. A taxa de administração média dos fundos DI para o público de varejo em dezembro (data do último dado) era de 1,18% ao ano, enquanto que para os fundos de renda fixa era de 1,06% ao ano.

Quando a taxa Selic é maior ou igual a 8,50% ao ano, a remuneração da caderneta de poupança permanece em 0,50% ao mês mais Taxa Referencial (TR), a mesma remuneração atribuída aos depósitos feitos até 4 de maio de 2012, que seguem a antiga regra da poupança.

A nova regra da caderneta de poupança, de rendimento de 70% da Selic mais TR, só se aplica quando a taxa básica de juros é inferior a 8,50%.

Além disso, a poupança é isenta de imposto de renda, enquanto que os fundos de investimento sofrem tributação conforme a tabela regressiva do imposto de renda: quanto menor o prazo de aplicação, maior a alíquota do IR.

Assim, apesar de os fundos terem capacidade de ganhar bem mais que a poupança, a taxa de administração e o imposto de renda "comem" parte da sua rentabilidade. Dessa forma, os fundos mais caros são capazes de perder da poupança, principalmente em cenários de Selic mais baixa.

A estimativa da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) é de que, no atual cenário de Selic, a rentabilidade da poupança seja de 0,55% ao mês.

A tabela a seguir traz uma simulação da Anefac com a rentabilidade mensal simulada para fundos de renda fixa com diferentes taxas de administração e diferentes prazos. Os rendimentos em azul ganham da poupança, e aqueles em vermelho perdem dela.


Prazo de Resgate 0,50% 1,00% 1,50% 2,00% 2,50% 3,00%
Até 6 meses 0,63% 0,59% 0,56% 0,52% 0,49% 0,45%
Entre 6 meses e 1 ano 0,65% 0,62% 0,58% 0,54% 0,51% 0,47%
Entre 1 ano e 2 anos 0,67% 0,64% 0,60% 0,57% 0,53% 0,49%
Acima de 2 anos 0,70% 0,66% 0,62% 0,59% 0,55% 0,52%
 

Fonte: Anefac

Celular custará 58 reais, com configuração similar ao iPhone


No entanto, o aparelho da Mozilla será muito mais lento do que o iPhone, lançado em 2007, e há uma gama muito menor de aplicativos para o sistema Firefox OS

Lucas Agrela, de
Reprodução
Smartphone com o sistema Firefox OS, da Mozilla
Smartphone com o sistema Firefox OS, da Mozilla: para viabilizar o aparelho, a fundação se aliou a empresa chinesa Spreadtrum

A Mozilla Foundation anunciou durante a Mobile World Congress, em Barcelona, que planeja um smartphone com o sistema Firefox OS que custará 25 dólares, ou seja, cerca de 58 reais — valor sem impostos.

O interessante é notar que o aparelho tem uma configuração similar à do iPhone original, lançado em 2007.
O smartphone contará com processador single core, tela de 3,5 polegadas com resolução de 320p por 480p, Bluetooth, Wi-Fi, 2G (nada de 3G) e uma única câmera de 2 MP, assim como o primeiro iPhone.

No entanto, o aparelho da Mozilla será muito mais lento do que o iPhone e há uma gama muito menor de aplicativos para o sistema Firefox OS, que foi lançado no ano passado.

Não há, por exemplo, apps do WhatsApp ou do Instagram. Apesar disso, é possível acessar aplicações web escritas em HTML5. A construção também não será tão refinada quanto a do dispositivo da Apple.

Para viabilizar o aparelho, a fundação se aliou a empresa chinesa Spreadtrum, que foi a responsável por criar um chip voltado para um projeto de smartphone de baixo custo. O objetivo é vender o dispositivo em mercados emergentes.

Ainda não há data de lançamento do aparelho, nem uma confirmação oficial de que ele chegará ao Brasil ou quanto ele realmente custará por aqui.

Mas se ele chegar ao mercado nacional custando tão pouco conforme anunciado, ele pode ser um sério concorrente para a linha Nokia Asha, que também oferece celulares básicos com recursos avançados.

Lula leva Maggi a Cuba para aconselhar Castro sobre soja

26 de fevereiro de 2014 | 19h 44


MARCELO DE MORAES - Agência Estado
Menos de um mês depois de a presidente Dilma Rousseff passar por Cuba para inaugurar o Porto de Mariel, construído na sua maior parte com financiamento do BNDES, agora foi a vez do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitar a ilha. Lula se encontrou com o líder cubano Raúl Castro, a quem entregou uma camisa da seleção brasileira, como mostrou o blog de Marcelo de Moraes no estadão.com.

Além das amenidades de sempre, o tema das conversas passou pelo compartilhamento de experiências brasileiras na área de energia, especialmente com a ampliação do uso da biomassa em Cuba, sobretudo o cultivo de cana-de-açúcar.

Mas a grande novidade nas conversas foi a presença do senador Blairo Maggi (PR-MT), em Havana, para dar conselhos ao regime cubano sobre os segredos do plantio de soja. Trata-se de uma cena inimaginável até alguns anos atrás, quando Blairo era muito criticado por petistas e outros partidos de esquerda por suas atividades como um dos principais expoentes do agronegócio, justamente no plantio de soja.

Com o passar do tempo, Blairo, dono de um dos maiores grupos agroindustriais do País, se aproximou de Lula e do seu governo, se transformando em parceiro político. E, agora, se tornou uma espécie de consultor informal de Lula nas conversas com Raúl Castro e os cubanos.

No fim de janeiro, a presidente Dilma esteve em Cuba para inaugurar a primeira etapa do Porto de Mariel, resultado de um empréstimo de US$ 682 milhões do BNDES. A iniciativa rendeu, à época, muitas críticas da oposição e uma defesa veemente de Dilma, que acusou uma "visão pequena" dos críticos. Na ocasião, a presidente anunciou um novo financiamento de US$ 290 milhões para a implantação de uma Zona de Desenvolvimento Especial no porto cubano.


Para Gilberto Carvalho, apoio do governo a evento do MST é 'legítimo'

Ministro da Secretaria-Geral da Presidência afirma que órgãos do governo também financiam o agronegócio e considera dever ajudar a agricultura familiar

26 de fevereiro de 2014 | 12h 18
 
 
Lisandra Paraguassu
 
 
O ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, defendeu o financiamento do governo ao Congresso do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), realizado há dez dias em Brasília. Gilberto classificou de "ideológica e política" a revelação de que Caixa Econômica Federal, BNDES e Petrobrás haviam patrocinado uma feira agroecológica realizada durante o congresso e comparou o financiamento ao que é dado a feiras agropecuárias em diversas cidades do País.
Nesta quarta, o Estado revelou que a Petrobrás patrocinou o congresso com R$ 650 mil e a Caixa Econômica Federal e o BNDES colaboraram com um total de R$ 550 mil para o evento, por meio de patrocínios para a Associação Brasil Popular (Abrapo). O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) aplicou R$ 448,1 mil para montar a estrutura da feira agroecológica.

"A Caixa Econômica, o BNDES e qualquer órgão público financiaram simplesmente o apoio à produção legítima de agricultores que estão contribuindo muito para a melhoria da qualidade do produto que chega à mesa do brasileiro", afirmou o ministro ao chegar no Itamaraty para um evento sobre política externa. "E vamos seguir fazendo, seja com agronegócio, financiando em centenas de milhões por ano, seja financiando a agricultura familiar. É disso que se trata. O resto é tentativa de uso ideológico e político de uma ação que, ao nosso juízo, é legítima".

Para o ministro, é um dever do governo financiar ações que estimulem a "organização da cidadania e da produção" e é próprio de um governo democrático fazê-lo. "Portanto nós repelimos qualquer tentativa de dizer que estamos financiando a baderna ou a violência", disse.

Gilberto defendeu o MST, afirmando que o governo considera o movimento legítimo e não o vê como um mal e defendeu as ações. "Eu quero dizer de maneira clara que não se pode confundir o MST com baderneiros. O MST não é um movimento de baderneiros, é um movimento legítimo e responsável por uma realização importante no País no processo de reforma agrária e, mais do que isso, hoje responsável pela produção de alimentos orgânicos, em cooperativa em todo o País".

Ela fala pelo Brasil







O Estado de S.Paulo

Até mesmo o lusófono presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, deve ter tido sérias dificuldades para entender os dois discursos da presidente Dilma Rousseff proferidos em Bruxelas a propósito da cúpula União Europeia (UE)-Brasil. Não porque contivessem algum pensamento profundo ou recorressem a termos técnicos, mas, sim, porque estavam repletos de frases inacabadas, períodos incompreensíveis e ideias sem sentido.

Ao falar de improviso para plateias qualificadas, compostas por dirigentes e empresários europeus e brasileiros, Dilma mostrou mais uma vez todo o seu despreparo. Fosse ela uma funcionária de escalão inferior, teria levado um pito de sua chefia por expor o País ao ridículo, mas o estrago seria pequeno; como ela é a presidente, no entanto, o constrangimento é institucional, pois Dilma é a representante de todos os brasileiros - e não apenas daqueles que a bajulam e temem adverti-la sobre sua limitadíssima oratória.

Logo na abertura do discurso na sede do Conselho da União Europeia, Dilma disse que o Brasil tem interesse na pronta recuperação da economia europeia, "haja vista a diversidade e a densidade dos laços comerciais e de investimentos que existem entre os dois países" - reduzindo a UE à categoria de "país".

Em seguida, para defender a Zona Franca de Manaus, contestada pela UE, Dilma caprichou: "A Zona Franca de Manaus, ela está numa região, ela é o centro dela (da Floresta Amazônica) porque é a capital da Amazônia (...). Portanto, ela tem um objetivo, ela evita o desmatamento, que é altamente lucrativo - derrubar árvores plantadas pela natureza é altamente lucrativo (...)". Assim, graças a Dilma, os europeus ficaram sabendo que Manaus é a capital da Amazônia, que a Zona Franca está lá para impedir o desmatamento e que as árvores são "plantadas pela natureza".

Dilma continuou a falar da Amazônia e a cometer desatinos gramaticais e atentados à lógica. "Eu quero destacar que, além de ser a maior floresta tropical do mundo, a Floresta Amazônica, mas, além disso, ali tem o maior volume de água doce do planeta, e também é uma região extremamente atrativa do ponto de vista mineral. Por isso, preservá-la implica, necessariamente, isso que o governo brasileiro gasta ali. O governo brasileiro gasta um recurso bastante significativo ali, seja porque olhamos a importância do que tiramos na Rio+20 de que era possível crescer, incluir, conservar e proteger." É possível imaginar, diante de tal amontoado de palavras desconexas, a aflição dos profissionais responsáveis pela tradução simultânea.

Ao falar da importância da relação do Brasil com a UE, Dilma disse que "nós vemos como estratégica essa relação, até por isso fizemos a parceria estratégica". Em entrevista coletiva no mesmo evento, a presidente declarou que queria abordar os impasses para um acordo do Mercosul com a UE "de uma forma mais filosófica" - e, numa frase que faria Kant chorar, disse: "Eu tenho certeza que nós começamos desde 2000 a buscar essa possibilidade de apresentarmos as propostas e fazermos um acordo comercial".

Depois, em discurso a empresários, Dilma divagou, como se grande pensadora fosse, misturando Monet e Montesquieu - isto é, alhos e bugalhos. "Os homens não são virtuosos, ou seja, nós não podemos exigir da humanidade a virtude, porque ela não é virtuosa, mas alguns homens e algumas mulheres são, e por isso que as instituições têm que ser virtuosas. Se os homens e as mulheres são falhos, as instituições, nós temos que construí-las da melhor maneira possível, transformando... aliás isso é de um outro europeu, Montesquieu. É de um outro europeu muito importante, junto com Monet."

Há muito mais - tanto, que este espaço não comporta. Movida pela arrogância dos que acreditam ter mais a ensinar do que a aprender, Dilma foi a Bruxelas disposta a dar as lições de moral típicas de seu padrinho, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Acreditando ser uma estadista congênita, a presidente julgou desnecessário preparar-se melhor para representar de fato os interesses do Brasil e falou como se estivesse diante de estudantes primários - um vexame para o País.

Quando Dilma fala, é o Brasil que fica constrangido

Rodrigo Constantino


Dilma

Dilma parece um robô quando faz discursos na TV ou no palanque, lendo aquilo que foi escrito por seu marqueteiro João Santana ou por algum auxiliar qualquer. A expressão é a de um autômato. Mas todos aqueles que acham este desempenho sofrível, devem lembrar o que acontece quando a presidente resolve falar… de improviso!

Quando isso ocorre no Brasil mesmo, para os brasileiros, o estrago é restrito. Não foi o PT que desde sempre vendeu a ideia de que criticar a falta de articulação ou a incapacidade de se expressar de forma minimamente inteligível era coisa de elitista? Tudo bem, a gente mata no peito por aqui.

Mas quando a presidente resolve falar para o resto do mundo… aí é o Brasil que está sendo exposto, pois Dilma, querendo ou não (e aqueles mais esclarecidos naturalmente não querem), é a representante de nossa nação lá fora. Foi o que nos lembrou o editorial do Estadão de hoje, ao dizer:

Até mesmo o lusófono presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, deve ter tido sérias dificuldades para entender os dois discursos da presidente Dilma Rousseff proferidos em Bruxelas a propósito da cúpula União Europeia (UE)-Brasil. Não porque contivessem algum pensamento profundo ou recorressem a termos técnicos, mas, sim, porque estavam repletos de frases inacabadas, períodos incompreensíveis e ideias sem sentido.

Ao falar de improviso para plateias qualificadas, compostas por dirigentes e empresários europeus e brasileiros, Dilma mostrou mais uma vez todo o seu despreparo. Fosse ela uma funcionária de escalão inferior, teria levado um pito de sua chefia por expor o País ao ridículo, mas o estrago seria pequeno; como ela é a presidente, no entanto, o constrangimento é institucional, pois Dilma é a representante de todos os brasileiros – e não apenas daqueles que a bajulam e temem adverti-la sobre sua limitadíssima oratória.

Em seguida, o jornal passa a esmiuçar os erros grosseiros da presidente, e qualquer leitor que ainda não perdeu a vergonha na cara, percebe que sua face começa a corar de vergonha por ser brasileiro. Se esta é a líder máxima do país, então o que esperar dos demais brasileiros?

Aqueles que tentam blindar a presidente com a acusação de que tal crítica é elitista nem percebem que estimulam a manutenção do status quo. Paradoxalmente, essas mesmas pessoas costumam alegar que a solução para todos os nossos males está na educação. Ora, e não devemos cobrar da presidente da República o mínimo de inteligência, cultura e articulação? O editorial conclui:

Movida pela arrogância dos que acreditam ter mais a ensinar do que a aprender, Dilma foi a Bruxelas disposta a dar as lições de moral típicas de seu padrinho, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Acreditando ser uma estadista congênita, a presidente julgou desnecessário preparar-se melhor para representar de fato os interesses do Brasil e falou como se estivesse diante de estudantes primários – um vexame para o País.

Não custa lembrar, para refrescar a memória do leitor, que o PT (com apoio da imprensa) tentou vender a imagem de que Dilma, ao contrário de Lula – que abertamente tinha orgulho de não ler nada, pois lhe dava azia – era alguém voltada para a leitura. Eis o resultado de tanta leitura e educação:






terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Dispositivo que gela cerveja e outras bebidas em segundos pode ter versão para casa e comércio

Empresa aprimora inovação desenvolvida na Inglaterra e que chamou atenção da União Europeia

cerveja gelada


A Enviro-Cool, empresa responsável por desenvolver uma tecnologia patenteada como V-Tex, deve colocar à disposição no mercado duas versões do produto capaz de gelar cerveja, refrigerante e outras bebidas em aproximadamente 45 segundos. Uma versão será para uso doméstico, outra para ser colocada em supermercados, lojas de conveniência e outros estabelecimentos que costumam vender bebidas.

No site da companhia inglesa, é possível obter detalhes das duas versões do produto. Na descrição do dispositivo para uso doméstico, o empreendimento afirma que será possível inclusive usar o aparelho em ouotros ambientes da casa, que não a cozinha, pelo fato de que o aparelho funciona praticamente em silêncio.
http://www.industriahoje.com.br/wp-content/uploads/2014/02/gela-cerveja.jpg


Já o aparelho para uso comercial apresenta outros diferenciais para os possíveis interessados. De acordo com a empresa, a redução de energia pelo uso do Enviro-Cool e sua tecnologia V-Tex oscila entre 54% a 80%. Foi exatamente a possibilidade de reduzir o consumo de energia que fez com que a União Europeia demonstrasse interesse pelo produto e até investisse dinheiro no projeto.


cerveja gelada



Ansiedade. Embora o produto esteja em fase final de elaboração, ainda não há informações sobre a aplicação comercial – não há detalhes, por exemplo, sobre onde ele será vendido. Um dos caminhos a serem trilhados pela companhia é fazer parceria com grandes indústrias para iniciar a produção em larga escala do produto – aparentemente, a julgar pelo interesse do público, há espaço para iniciar a produção em uma escala maior.


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