RIO - A
Polícia Federal (PF) deflagrou hoje a segunda fase da Operação Lava
Jato, que apura esquema de lavagem de dinheiro. Entre os alvos dessa
nova etapa está uma empresa de Macaé (RJ) que assinou contratos
milionários com a Petrobras.
Ao todo, os policiais cumprem 21 mandados, sendo dois de prisões
temporárias, quatro conduções coercitivas - quando o investigado é
procurado e obrigado a depor - e 15 buscas em São Paulo, Campinas,
Macaé, Niterói e Rio de Janeiro.
"O material arrecadado hoje contribuirá para os relatórios finais dos inquéritos em andamento", informou a PF.
A reportagem apurou que um dos alvos é uma empresa que teve pelo
menos dois contratos no valor total de R$ 14,31 milhões com a Petrobras
entre 2009 e 2011 para prestar serviços de tratamento de água e
recuperação de rios. Com sede em Macaé (RJ), a empresa é fornecedora
antiga da Petrobras.
A operação faz parte da segunda etapa da Operação Lava Jato, que em
março prendeu quatro doleiros suspeitos de comandarem um esquema que
movimentou R$ 10 bilhões de forma suspeita.
Entre os investigados está o ex-diretor de refino da Petrobras, Paulo
Roberto Costa, acusado de manter negócios com o doleiro Alberto
Youssef. Costa afirma que apenas prestou um serviço de consultoria a
Youssef, que lhe pagou uma Land Rover de R$ 250 mil pelo serviço.
Até as 11h, a reportagem não havia localizado ninguém da empresa para falar sobre a operação.
(Folhapress)