quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Renner arruma a casa e vende mais que a concorrência em 2015



Paulo Fridman/Bloomberg News
Mulher fazendo compras em uma loja da Renner em São Paulo
Renner: no ano, o lucro líquido da varejista foi de 578,8 milhões de reais, alta de 22,8% frente 2014
 
 
 
São Paulo - Lojas bem organizadas, menores filas para pagar as compras e agilidade no lançamento de produtos. Segundo a Renner, foi graças ao investimento nessas três frentes que ela conseguiu vender mais em 2015, mesmo com o varejo de moda em retração no país.

A receita líquida das vendas de mercadorias da empresa chegou a 5,45 bilhões de reais no ano passado, um número 17,4% maior do que os 4,64 bilhões alcançados em 2014.

No critério mesmas lojas, que contempla unidades abertas há pelo menos um ano, o faturamento cresceu 10,8% em 2015 – um índice um pouco menor do que o aumento de 11,1% registrado em 2014, mas surpreendente frente ao desaquecimento do mercado.
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Na mesma comparação, as vendas do segmento de varejo de vestuário do país, no geral, caíram 0,6% no ano passado, conforme dados do IEMI Inteligência de Mercado. 

"Nós apostamos muito em visual merchandising, o que gerou mais compras espontâneas; também ampliamos os provadores e atualizamos a operação dos caixas, o que diminuiu em 45% o tempo de espera nas filas", disse o presidente da companhia, José Galló, em teleconferência com analistas nesta sexta-feira (5).

De acordo com ele, esforços para acelerar o lançamento de coleções também contribuíram para o resultado.

"Nós já há algum tempo investimos muito em saber o que o consumidor quer e em transformar isso rapidamente em produto", afirmou.

Entram nessa estratégia um novo sistema de reposição de estoques e o apoio à gestão dos fornecedores, para garantir que a entrega dos itens aconteça no menor tempo possível.

"Hoje temos na Renner 12 engenheiros dedicados a ajudar os parceiros a melhorar os custos, a reduzir o consumo de água e energia, por exemplo. Isso não existia dois anos atrás", comentou Galló.

No ano, o lucro líquido da varejista foi de 578,8 milhões de reais, alta de 22,8% frente a 2014.

Para 2016, a rede de lojas prevê um aumento moderado nas vendas e uma possível redução da margem Ebitda – índice que mede a eficiência da empresa e ficou em 24,7% neste ano.

Cortes de custos também estão nos planos da companhia, justificados pela inflação, maiores gastos com folha de pagamento e novos tributos esperados para o ano.
 

Abertura de lojas


Cerca de 60 novas lojas de bandeiras controladas pela empresa devem ser abertas em 2016: 25 da própria Renner, 15 da Camicado e 25 da Youcom.

Para esses investimentos, além da remodelação de unidades já existentes e do aprimoramento de sistemas de TI, a empresa reservou uma quantia de 550 milhões de reais.

A Renner pode ainda aproveitar a vacância de pontos de venda estratégicos, abandonados por outras varejistas por conta da crise, para lançar lojas extras, principalmente da Camicado e da Youcom.

"Tivemos um período muito favorável, de 2003 a 2011, em que todo mundo ia bem, até os incompetentes. Agora, quem tem proposta de valor, diferencial competitivo, continua no mercado. 

Quem não tem, cai fora", disse Galló.

Aquisições ou fusões com concorrentes, porém, estão descartadas. "Estamos posicionados para vender para as classes A-, B e C+. Não vemos no mercado ninguém que seja compatível com isso e temos muita oportunidade de crescer organicamente", disse.
 

Sucessão


Nesta sexta-feira, a Renner divulgou também a prorrogação do contrato com Galló. O executivo ficará no comando da rede até 2019.

A notícia gerou preocupação no mercado de que a empresa não tenha um nome para substituí-lo. De acordo com ele, porém, sua sucessão está sendo bem orquestrada.

"A gente vem investindo muito no desenvolvimento de líderes. Conheço outras empresas e garanto que muito poucas tem um plano tão bem estruturado quanto o nosso", disse.

Empresas criam núcleos de combate à corrupção



Rodolfo Burher/Reuters
O executivo Marcelo Odebrecht, preso na Operação Lava Jato
O executivo Marcelo Odebrecht, exemplo do que não fazer: milhares de funcionários, do baixo ao alto escalão de empresas, tiveram de assistir a pelo menos uma palestra sobre como combater a corrupção em 2015
 
Naiana Oscar e Renée Pereira, do Estadão Conteúdo


São Paulo - As fotos de alguns dos maiores empresários e executivos do país sendo levados para a carceragem da Polícia Federal têm aparecido na maioria dos treinamentos internos que tentam estancar desvios de conduta no dia a dia das corporações. 

No ano passado, milhares de funcionários, do baixo ao alto escalão de empresas brasileiras, tiveram de assistir a pelo menos uma palestra sobre como combater a corrupção.
 
Marcelo Odebrecht, ex-presidente da maior empreiteira do país, e Otávio Marques de Azevedo, da Andrade Gutierrez, apareceram em algumas delas para ilustrar o capítulo 'por que não fazer'.
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Catequizar os funcionários é uma das primeiras tarefas das equipes de "compliance", o mais novo departamento de algumas das maiores companhias do país.

Essa área, que já integrava a estrutura de multinacionais, é responsável por investigar e conter iniciativas fraudulentas nas empresas, especialmente no relacionamento com o poder público.

Nos últimos dois anos, o que tem se visto é uma verdadeira corrida dos grupos nacionais para criar essa estrutura internamente.

Uma pesquisa da consultoria Deloitte com 103 empresas mostra que, no ano passado, 65% dos entrevistados afirmaram já ter um programa de compliance. Em 2013, o porcentual era de 30%.

"Para atender à demanda por esse tipo de serviço, nosso time teve um acréscimo de 50% em dois anos", diz Ronaldo Fragoso, sócio-líder de consultoria em gestão de riscos da Deloitte. A empresa tem 400 profissionais dedicados à investigação.

Dois acontecimentos estão por trás do interesse súbito das companhias por ser e parecer decentes: a Operação Lava Jato da Polícia Federal - que investiga esquema bilionário de desvio e lavagem de dinheiro envolvendo Petrobrás, empreiteiras e políticos - e a Lei Anticorrupção, em vigor desde 2014.

A lei responsabiliza a empresa por atos de corrupção praticados por funcionários e fornecedores, com punições que incluem multa de até 20% do faturamento da companhia.

Mas o texto indica também que as sanções podem ser amenizadas se a empresa provar que adota mecanismos para inibir a corrupção, como treinamento, investigações internas e canais de denúncia.

Se ficar comprovada a eficácia dos programas, a multa pode ser reduzida a zero, em alguns casos.

"O prejuízo financeiro e de imagem é inacreditável e empresários estão começando a entender isso", diz o sócio da PwC, Jerri Ribeiro, especialista em compliance.

"O aprendizado dos últimos 12 meses é de que a corrupção pode destruir uma empresa ou acabar com seus planos de crescimento."

A Petrobras sabe bem disso. No centro das investigações da Lava Jato, a empresa montou uma das maiores e mais caras estruturas de compliance de que se tem notícia no país.

Cerca de 1 mil funcionários são alvo da investigação interna que já levou à demissão de 17 deles entre janeiro e setembro de 2015. Outros 61 foram suspensos e 94 receberam advertências.

As empreiteiras que caíram com a petroleira no emaranhado da Lava Jato também se viram obrigadas a criar estruturas de combate à corrupção.

A Camargo Corrêa anunciou há duas semanas um programa de delação interna, para incentivar os 15 mil colaboradores e ex-funcionários a denunciarem atos ilícitos relacionados à operação da Polícia Federal.

A iniciativa, batizada de Programa Interno de Incentivo à Colaboração (PIIC), é parte do acordo de leniência que a construtora firmou com o Ministério Público Federal e com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e que inclui o ressarcimento de R$ 804 milhões.

Para tocar a área de compliance, a empresa contratou, em julho do ano passado, o executivo Flávio Rímoli, ex-Embraer.

Criar um canal de denúncias, como o da Camargo, é uma das primeiras medidas adotadas pelas equipes.

"O grande desafio, no entanto, é cultural", diz Shin Jae Kim, sócia do escritório Tozzini Freire responsável pela área de compliance desde 2007.

"A mudança de hábito passa obrigatoriamente pela conscientização dos sócios e dos principais executivos. São eles que vão liderar esse processo."

Por isso, os especialistas em medidas anticorrupção definiram como "desastrosa" a declaração de Marcelo Odebrecht à CPI da Petrobras em setembro de 2015, quando ele chamou os delatores de "dedos-duros".

Herdeiro da maior construtora do país, Marcelo disse que, em casa, quando as duas filhas brigavam, levava bronca a que dedurou e não a que fez a coisa errada. Fontes afirmam que a Odebrecht também está reforçando a área de compliance. A empresa não comentou. 

Medida Provisória 692 representa extorsão tributária institucionalizada





Em plena festa carnavalesca somos obrigados a ter a mesma opinião considerada agressiva, como bem comentou um estudante de direito quando em nossa coluna de 8 de agosto de 2015 examinamos a MP 685 convertida na Lei 13.202 de 8 de dezembro de 2015.

A própria data da conversão é uma irônica grosseria, eis que nela se comemora o dia da Justiça, uma das inúmeras comemorações que não servem para nada.

Consta que essa data “tem o objetivo de homenagear o Poder Judiciário brasileiro e todos os profissionais responsáveis em fazer com que a justiça seja cumprida com imparcialidade”.

A MP 692, já aprovada com emendas pela Câmara e em fase de apreciação pelo Senado, altera vários artigos da Lei 8.981 de 20 de janeiro de 1995 para tratar da incidência do imposto de renda sobre ganhos de capital tanto para as pessoas físicas quanto as jurídicas.

Tudo isso resulta em atos destinados a viabilizar verdadeira extorsão sobre os contribuintes brasileiros. Tal palavra, considerada agressiva, descreve com clareza os objetivos dos nossos governantes que nos agridem todos os dias com uma carga tributária confiscatória e injusta.

Para maior clareza, vejamos o dicionário: Extorsão - sf (lat extorsione) 1 Ato ou efeito de extorquir. 2 Exação violenta. 3 Emprego de força ou ameaça para a obtenção de bens alheios. 4 Usurpação. “

Não estamos em regime de exceção e não existe mais decreto-lei! O artigo 62 da Constituição Federal é claríssimo: MP só se edita em caso de relevância e urgência! Não pode a presidente invocar essas atribuições em qualquer situação para, de fato, tornar-se chefe de uma ditadura!  Ela, mais que ninguém, sabe que não estamos mais numa ditadura.

A suposta urgência na adoção dessas medidas provisórias revela a absoluta e permanente improvisação com que são feitas alterações legislativas num governo que não tem programa viável e factível para cumprir suas funções ou, pior ainda, perdeu o necessário equilíbrio emocional.

Ora, o artigo 62 da CF no seu § 1º, III, proíbe a edição de MP em matéria reservada à lei complementar. A matéria aqui tratada assim é, pois implica em alteração do artigo 43 do Código Tributário Nacional (que tem status de lei complementar) a saber:
 “Art. 43. O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer natureza tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica: I - de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos; II - de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos no inciso anterior.”
Esse conceito indica que o fato gerador só ocorre quando o contribuinte tenha aumentado seu patrimônio de forma real. Ocorre que ao apurar o suposto ganho de capital da pessoa física a legislação ordinária não mais permite que o valor original dos bens e direitos que formam a base de cálculo seja atualizado pela correção monetária. Tal recusa implica em verdadeiro confisco, por alcançar o que não se pode considerar renda  ou provento.

O vigente regulamento do imposto de renda (decreto nº 3.000/99) em seu artigo 39 prevê hipóteses de isenção, ali incluída a que protege ganhos de capital relacionados a imóveis. O limite está defasado, pois para que houvesse um ganho próximo da realidade teria que ser admitida SEMPRE a correção monetária de qualquer bem que faça parte do patrimônio do contribuinte.

Correção monetária não se pode discutir neste país. Os índices oficiais são irreais e sempre manipulados conforme os interesses dos governos. Afirma-se que temos inflação por volta de 10% ao ano, mas não é o que vemos ao pagar nossas despesas.

Deixam nossos governantes de observar o Código Tributário Nacional: “Art. 212. Os Poderes Executivos federal, estaduais e municipais expedirão, por decreto, dentro de 90 (noventa) dias da entrada em vigor desta Lei, a consolidação, em texto único, da legislação vigente, relativa a cada um dos tributos, repetindo-se esta providência até o dia 31 de janeiro de cada ano.

Transformaram a legislação em pântano com enorme cipoal, onde tudo é armadilha a nos impedir entender o que deveria ser claro e sempre atualizado. A MP 692 desrespeita tudo o que a justificaria. 

A Câmara resolveu emendá-la apenas para reduzir um pouco a verdadeira extorsão ali contida, quando diminui um pouco seus valores originais.

A Receita Federal afirmou que o suposto ganho de capital leva em conta o custo do ativo e ignora a necessidade da  sua correção monetária. Outrossim, não sendo corrigidos os demais valores (a tabela de retenção por exemplo) , comete-se confisco contra os mais pobres.

O valor dos imóveis pode ser facilmente aferido por qualquer autoridade. Para isso existe o valor venal do IPTU e o de referência para o ITBI, que os municípios adotam. Já foi o tempo em que o primeiro era fixado abaixo da realidade. Hoje, com os avanços da tecnologia e a elaboração da planta genérica de valores usada pelos municípios, tais lançamentos são confiáveis.

Claro está que o fisco pode e deve adotar providencias quando ocorram  possíveis fraudes. Para tanto conta com instrumentos adequados, especialmente as informações transmitidas pelos tabelionatos e instituições financeiras. A chamada inteligência fiscal ou fazendária, para merecer sua denominação, não pode se limitar a adotar presunções como forma de atuação. Como é evidente, fraude não se presume e cabe apenas ao fisco provar o que venha a constar de seus lançamentos.

Fora disso, o que se vê é mesmo uma exação violentaum dos conceitos da palavra extorsão. Também devemos lembrar o crime de excesso de exação, definido no artigo 316 do Código Penal, embora não nos lembremos de que alguém tenha sido condenado por ele.

Resumo do enredo carnavalesco ruim e diabólico adotado pela Escola de Samba Unidos da Tributação Abusiva: “Nós podemos tudo e o povo que se dane”. Abaixo o confisco e Justiça Tributária ainda que tardia!

Oi pode ser alvo de aquisição com novo marco regulatório


Exame
Loja da Oi em São Paulo
Oi: novo marco deve atrair investimentos estrangeiros e estimular movimentos de fusão e aquisição no país, segundo ministro das Comunicações
 
Fabiola Moura, da Bloomberg


A Oi, operadora de telefonia que está lutando para sair de uma montanha de dívida, está perto de conseguir uma tábua de salvação do governo.

André Figueiredo, ministro das Comunicações, disse em entrevista que daria apoio a uma mudança no Marco Regulatório que mude o foco para a universalização da banda larga, eliminando as obrigações relacionadas à expansão da telefonia fixa de concessionárias como a Oi.

O novo marco deve atrair investimentos estrangeiros e estimular movimentos de fusão e aquisição no país, segundo ele.
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“O nosso marco regulatório está extremamente defasado”, disse Figueiredo. O ministro Nelson Barbosa e a presidente Dilma Rousseff apoiam a ideia de submeter ao Congresso um projeto de lei para o novo marco até o final de março, segundo o ministro.

A Oi, na condição de concessionária, está obrigada a manter uma vasta infraestrutura de telefonia fixa ao redor do país, incluindo 650.000 telefones públicos, que custam à empresa cerca de R$ 300 milhões por ano. Uma nova lei permitiria que a empresa de telecom mais endividada do país se concentrasse em serviços de telefonia celular e de banda larga, ao invés de focar em seu negócio de telefonia fixa em declínio - e tornar os ativos da Oi e R$ 37,2 bilhões de dívida mais atrativos.

“As mudanças em discussão, que seguem a evolução já observada em outros países, destravariam um setor estratégico de infraestrutura para o desenvolvimento do Brasil, atraindo investimentos para o país e contribuindo para fomentar a atividade econômica”, disse a Oi em comunicado em resposta a perguntas da Bloomberg.

A LetterOne, empresa de investimentos do bilionário russo Mikhail Fridman, se comprometeu a injetar até US$ 4 bilhões na Oi, desde que ela realize uma fusão com a concorrente Tim que é controlada pela Telecom Italia. Mas a LetterOne vai se afastar de qualquer negócio envolvendo a Oi e a Tim, a menos que o pacote de desregulamentação geral se torne lei, disse a Oi.

O Ministério das Comunicações recebeu 915 comentários escritos pedindo mudanças no Marco Regulatório para refletir o apetite aparentemente insaciável dos consumidores por mobilidade e acesso à internet. As regras que regem a Oi foram postas em prática quando o modo dominante de comunicação era um telefone fixo.

Em novembro, havia 269 milhões de linhas de celulares ativas no Brasil, superando a população de 205,4 milhões. Ao mesmo tempo, o serviço de internet ainda não está amplamente disponível.

“Seria impensável” que as políticas continuem a se concentrar em telefones fixos em vez de banda larga, disse Figueiredo.

A Oi perdeu 223.000 clientes de telefone fixo no terceiro trimestre, terminando com 10 milhões no total, em comparação com 12,1 milhões no terceiro trimestre de 2013. A Oi recebe cerca de 37 por cento de sua receita de telefones fixos, em comparação com cerca de 60 por cento em 2013.

A Telefônica Brasil encontra-se em uma situação similar. Os telefones de linha fixa representam 30 por cento dos negócios da empresa e esse número está caindo, disse o diretor financeiro Alberto Horcajo em entrevista. A Telefônica está investindo em serviços de banda larga e telefonia móvel para atender a demanda do consumidor, disse ele.

“Temos uma visão otimista de que o governo entende muito bem essas mudanças e vai abordá-las de alguma forma”, disse Horcajo.

A Tim preferiu não comentar.
 

“Ruim em fazer”


Na verdade, não há garantia de que um novo marco regulatório vá estimular o investimento e as aquisições ou fusões, ou mesmo que será aprovado.

A Anatel, reguladora de telecomunicações do país, e o Ministério das Comunicações devem primeiro apresentar uma proposta ao Congresso. A economia do Brasil vai encolher 3,7 por cento em 2016, de acordo com economistas consultados pela Bloomberg.

Além disso, um processo de impeachment de Dilma pode levar meses e distrair ainda mais os legisladores impedindo que trabalhassem em qualquer reforma proposta.

Volpi Netto, da Eleven Financial Research, acrescentou que o governo brasileiro é “muito bom de discurso e muito ruim de ação”.

4 práticas para quebrar o choque de culturas após uma fusão


Sasiistock;Thinkstock
Acordo
Fusões ou aquisições: integração de culturas deve ser tratada com mesmo afinco que sinergias, diz BCG
 
 
 
São Paulo - Em um processo de fusão ou aquisição, não acertar as diferenças entre culturas pode estragar até mesmo a integração de empresas que parecem combinar perfeitamente.

Muitos gestores, porém, focam muito na redução de custos e sinergias e não dedicam tanta atenção a esse ponto. Essa é a constatação do Boston Consulting Group.

Segundo a consultoria, as diferenças nas culturas corporativas muitas vezes estão onde menos se imagina e ignorá-las prejudica não só a integração, como o desempenho final da companhia combinada.
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Para não cometer esse erro, o BCG identificou quatro práticas a serem seguidas. Confira:
 
1. Identificar as diferenças de cultura o quanto antes
Saber onde estão as diferenças de cultura é crucial para que o processo de integração seja bem-sucedido.

O mapeamento deve ser feito, se possível, ainda no período de due diligence – no qual uma companhia investiga informações sobre possíveis parceiras, antes de fazer uma proposta para comprar ou se fundir a elas.

Para identificar as discrepâncias, de acordo com o BCG, a chave é focar no comportamento das pessoas.

Nessa hora, as seguintes perguntas podem ajudar: quão estruturadas ou flexíveis são as definições de processos e comportamentos aceitáveis na empresa? O poder é controlado de cima ou é delegado? A diplomacia é mais valorizada que a franqueza? Os funcionários se importam mais com sua performance individual ou com colaboração?

Descobertas as respostas, é possível saber onde a cultura das duas empresas divergem.
 
2. Tratar as diferenças assim que possível

Por mais que seja tentador postergar o tratamento das diferenças culturais para focar nas questões financeiras, isso não deve ser feito.

Só lidando rapidamente com elas é que o negócio de fato terá valor e os talentos não vão querer ir embora. Encará-las rapidamente também evita a instalação do modo "para sempre em integração", segundo o BCG.
 
3. Ter uma abordagem sistemática para as diferenças culturais

Para o BCG, por mais complexa que uma cultura seja, só é possível alinhá-la a outra com prazos estabelecidos e com o engajamento dos líderes, já que eles tomarão sozinhos muitas decisões que afetam o processo.

Sabendo disso, é necessário tomar as seguintes medidas: se comprometer a anunciar como ficará a nova estrutura organizacional e a comunicar qualquer sobreposição que possa ocorrer dentro de um prazo determinado, determinar funções para as três primeiras camadas da hierarquia da empresa, e priorizar esforços para replicar os principais processos do RH.

Também é preciso organizar as políticas e processos. Para tal, deve-se identificar as políticas não negociáveis, ajustar as políticas de aprovação de gastos, e desenvolver um plano para resolver políticas informais para fraqueados (se for o caso).

Alinhar a comunicação é outro ponto imprescindível. Entram aqui as seguintes ações: destacar os valores compartilhados em um plano de comunicação, identificar programas e processos que vão mudar muito, e manter o compromisso com programas essenciais.
 
4. Migrar para a cultura-alvo e mensurar os resultados

Cumpridas todas as etapas anteriores, é hora de migrar toda a empresa para a cultura almejada. Desde que ela esteja bem definida, sua implementação pode ser feita em "ondas".

O BCG recomenda começar com pequenos incentivos, como um prêmio que reconheça os novos comportamentos desejados ou uma reorganização dos postos de trabalho para incentivar a colaboração, por exemplo.

Já a mensuração dos resultados das mudanças culturais deve ser feita da mesma forma que a de sinergias. Ou seja: a conquista dos objetivos do negócio é que vai indicar se a cultura alvo está sendo alcançada.

Por exemplo: se o foco da empresa for em inovação, deve-se identificar métricas como o número de ideias em desenvolvimento, ou o tempo para novos produtos chegarem ao mercado.

Já se o centro da estratégia for focar no consumidor, deve-se considerar métricas relacionadas à satisfação e fidelidade do cliente, ou o tempo que a companhia leva para resolver os problemas dele.

Empresas chinesas oferecem US$ 1,2 bi por Opera Software


thinkstock
Internet
Internet: a Opera se transformou nos últimos anos em um serviço de publicidade móvel
 
 
Da REUTERS


Oslo - Um grupo de empresas chinesas fez uma oferta em dinheiro pela desenvolvedora norueguesa do navegador de Internet Opera, avaliando a companhia em 10,5 bilhões de coroas, ou 1,23 bilhão de dólares, disse a empresa nesta quarta-feira.

Os compradores, que incluem a empresa listada em Nova York Qihoo 360, de busca na Web e segurança, e a Kunlun Tech, de distribuição de jogos online e móveis, fizeram uma oferta de 71 coroas norueguesas (8,29 dólares) por ação, um prêmio de 45,6 por cento sobre o preço de fechamento de sexta-feira.

As negociações das ações da Opera Software foram suspensas na sexta-feira depois dos papéis terem subido para 48,77 coroas.

Os papéis subiram em antecipação a um prometido anúncio sobre o futuro da companhia após a Opera dizer no ano passado que buscava ser vendida.

O presidente do conselho de administração da Opera, Sverre Munck, disse nesta quarta-feira que era essencial que a empresa encontrasse parceiros para se desenvolver.

Os compradores também incluem as empresas chinesas não listadas Golden Brick Silk Road (Shenzhen) Equity Investment Fund e Yonglian Investment.

A Opera se transformou nos últimos anos em um serviço de publicidade móvel, pelo qual a empresa agora obtém a maior parte de sua receita.

A companhia previu nesta quarta-feira lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebtida) de entre 100 milhões e 125 milhões de dólares em 2016, sob receita de 690 milhões a 740 milhões de dólares.

A divisão encarregada pelo browser de Internet agora é especializada em compressão de dados para minimizar tempos de download e custos para os usuários, especialmente durante exibição de vídeo, o que torna o Opera popular em mercados emergentes onde a banda de dados pode ser restrita.

"Queremos ser um ecossistema com um bilhão de usuários", disse o presidente-executivo da Opera, Lars Boilesen, à Reuters, acrescentando que o acordo ainda precisa ser aprovado por autoridades chinesas.

Gamesa e Siemens negociam termos de fusão em energia eólica


Evaristo Sa/AFP
Geração de energia eólica
Geração de energia eólica: acordo poderia criar um gigante da indústria eólica
 
 
Da REUTERS


Munique/Madrid - O grupo alemão de engenharia Siemens e a companhia espanhola de energia renovável Gamesa estão em negociações finais de um negócio para fundir seus ativos em energia eólica, disseram duas fontes com conhecimento do assunto à Reuters nesta quarta-feira.

"Eles estão todos sentados juntos em Madri no momento", disse uma das fontes.

"O negócio é iminente. O valor de mercado da joint venture é próximo de 10 bilhões de euros".
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O acordo poderia criar um gigante da indústria eólica, que ultrapassaria a dinamarquesa Vestas para se tornar a maior produtora de equipamentos eólicos do mundo em participação de mercado, presente tanto nos maduros mercados norte-americano e europeu quanto em regiões de rápido crescimento como Índia, México e Brasil.

A Siemens tem domínio no mercado de energia eólica offshore, em que as turbinas são instaladas em alto-mar, mas é relativamente fraca no mercado onshore, e tem lutado para tornar lucrativa sua unidade eólica.

A Gamesa é forte nos mercados emergentes, principalmente na América Latina, onde se expandiu quando o governo espanhol cortou subsídios a produtores de energia limpa em 2013.

Um negócio entre Gamesa e Siemens poderia ser o último de uma série na indústria de energia eólica. A fabricante alemã de turbinas Nordex disse em outubro de 2015 que está comprando a unidade eólica da espanhola Acciona por 785 milhões de euros.

Também no ano passado a GE adquiriu a unidade de energia da Alstom, resultando na fusão dos negócios de produção de turbinas eólicas das companhias.