terça-feira, 24 de maio de 2016

Potencial de Crescimento


Programas de Fidelidade Ganham Espaço no Varejo




Potencial de Crescimento
Potencial de Crescimento
Potencial de Crescimento


Segundo a Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização (Abemf), em 2015 esse mercado faturou R$ 5,04 bilhões, uma alta de 27,1% em relação a 2014. O resultado é baseado no faturamento bruto das empresas associadas, entre elas a Netpoints, que prevê novamente um crescimento para este ano, em especial por conta do atual cenário econômico. "Em um período de crise, para crescer o varejo aposta em ferramentas para a atração de demanda, para gerar escala em vendas", disse Carlos Formigari, presidente da empresa, em entrevista ao Portal Giro News.


Mercado em Alta

 
Da alta no faturamento registrado ao longo de 2015, o último trimestre foi responsável por movimentar R$ 1,3 bilhão, quando o número de fidelizações ultrapassou  a marca dos 70,7 milhões, o que representa um crescimento de 20% em relação ao mesmo período de 2014, quando o total era de 58,7 milhões. A Netpoints viu sua base de inscritos no programa crescer 23% no ano passado. "Em um período desafiador do ponto de vista econômico, o consumidor busca formas de economizar e os programas de relacionamento são uma maneira interessante de complementar as compras, com as trocas no PDV dos supermercados, por exemplo, ou mesmo conseguir realizar uma viagem por meio de gastos que já iriam realizar", complementa o executivo.


Varejo Alimentar

 
A adesão aos programas de fidelidade tem aumentado no varejo alimentar e é um canal promissor para essas empresas, já que as compras por parte dos consumidores são inevitáveis, mesmo no atual cenário econômico. "Hoje, disponibilizamos para nossos parceiros formas diferentes para resgate de produtos com utilização dos pontos, podendo ser desconto sobre o total da compra, no próprio check out, ou o parceiro seleciona alguns produtos para promocionar durante um período.  Com isto há uma grande variedade de produtos trocados, alguns que normalmente o cliente não levaria ou havia cortado do carrinho, como achocolatados em pó, caixas de bombom, leite, sorvetes, refrigerantes ou cervejas, até produtos de uso doméstico, como amaciantes e sabão em pó", finaliza Carlos.

http://www.gironews.com/negocios/potencial-de-crescimento-37360/

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Temer avalia futuro de Jucá após vazamento de conversa








Ueslei Marcelino/Reuters
Vice-presidente Michel Temer discursa durante evento do PMDB em Brasília
Michel Temer: no início da tarde, Temer chamou de volta ao Jaburu Jucá e o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha
 
Da REUTERS



Brasília - A divulgação de conversa em que o ministro do Planejamento, Romero Jucá, teria sugerido um pacto para tentar paralisar a operação Lava Jato foi um “complicador” que o governo não estava preparado para lidar nesse momento, disse à Reuters uma fonte de alto escalão do governo e, mesmo após as explicações do ministro, não está descartada sua saída do cargo, que será avaliada pelo presidente interino Michel Temer nas próximas horas.

“Acredito que esta será uma decisão tomada no máximo até amanhã de manhã”, disse a fonte.
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Temer não assistiu às explicações dadas por Jucá em entrevista à imprensa, mas vai avaliar, com seus principais ministros, o impacto da fala do ministro do Planejamento no mercado financeiro, no Congresso e na sociedade antes de tomar uma decisão.

No início da tarde, Temer chamou de volta ao Jaburu Jucá e o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha.
Jucá chegou cedo nesta segunda-feira ao Palácio do Jaburu, residência oficial do presidente interino Michel Temer, para conversar sobre o vazamento de gravações da conversa com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, reveladas pelo jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com a fonte, Temer deixou claro a Jucá que seu discurso era de “prestigiar e respaldar” a Lava Jato, porque a “população exige do governo o combate à corrupção”.

Jucá, em resposta, disse que não queria criar problemas para o governo, mas pediu um tempo para tentar explicar suas declarações.

Apesar da longa entrevista do ministro, o mercado reagiu com ceticismo às declarações de Jucá. Em nota, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) afirmou que investigados na Lava Jato –caso de Jucá– não deveriam estar no ministério.

No Congresso, há reações até mesmo dentro de partidos da base, como o pedido de Ronaldo Caiado (DEM-GO) para que Jucá deixe o ministério.

Há um temor de uma reação popular mais forte contra o governo, que ainda luta para ter legitimidade depois do afastamento de Dilma Rousseff em decorrência do processo de impeachment.

Em sua conversa com Temer, o ministro admitiu que havia se encontrado com Machado, mas alega que as suas declarações publicadas são apenas uma parte  da conversa e editadas de forma a comprometê-lo –o mesmo que afirmou depois em entrevista.

Alguns auxiliares do presidente interino sugeriram a ele tirar Jucá do ministério imediatamente. Outros, aconselharam cautela e a espera pelo impacto das declarações do ministro.

“Jucá é muito inteligente. Se ele sentir que está atrapalhando o governo, ele mesmo vai pedir para sair”, avaliou a fonte.

Essa mesma fonte, no entanto, reconhece que o vazamento das conversas do ministro, mantidas em março deste ano segundo o jornal, quando ainda estava no Senado, já atrapalharam o governo.

“Sem dúvida é complicador. Não é algo que o governo estava preparado para lidar nesse momento”, afirmou.

Na sexta-feira, Jucá, junto com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, anunciaram a estimativa no déficit fiscal de 170,5 bilhões de reais para este ano.

Na terça-feira, está previsto que o ministro do Planejamento esteja junto ao presidente interino no anúncio de medidas para tentar controlar o déficit, das quais Jucá seria um dos principais articuladores.

No Planalto, ainda há o temor de que outras conversas Machado pode ter gravado e que impacto isso pode ter no governo.

Há a crença de que os demais podem não ser membros do atual governo, mas dentro da força-tarefa da operação Lava Jato, Machado é apontado como um operador do PMDB no esquema de propinas da estatal.

O ex-presidente da Transpetro estaria negociando uma delação premiada com a Força Tarefa da Lava Jato.

Com apenas 10 dias, o governo de Michel Temer passa por crise semelhante às que infernizaram a vida da presidente afastada Dilma Rousseff a cada vez que uma delação premiada era divulgada, com ministros e aliados sendo citados e o temor do que mais estaria por vir.

Com exceção de bancos, empresas têm pior retorno em 13 anos










Thinkstock/denphumi
Dinheiro, moedas
Dinheiro: o ROE mede quanto uma empresa gera de lucro a partir do capital imvestido por seus acionistas
São Paulo - No primeiro trimestre, a rentabilidade sobre patrimônio (ROE) das empresas não financeiras de capital aberto no Brasil atingiu o menor nível em 13 anos, segundo dados da Economatica.

O indicador mede o quanto de lucro um negócio gera a partir do capital investido por seus acionistas.
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Com exceção dos bancos, a mediana do retorno sobre o patrimônio das companhias abertas do país ficou em 4,14% de janeiro a março, patamar que não era atingido desde o primeiro trimestre de 2003.

Para os bancos brasileiros, o cenário é diferente, mas também houve queda. A mediana do ROE foi de 9,74% no período, queda de 1,55 pontos percentuais frente aos três primeiros meses de 2015. Veja no gráfico:


Reprodução/Economatica
Economatica

As maiores rentabilidades


A Economatica também analisou a rentabilidade sobre o patrimônio das empresas que compõem o Ibovespa.

Entre as 20 que tiveram os maiores indicadores no trimestre, três são do setor de energia elétrica, duas são bancos e outras duas são da indústria química.

Os demais segmentos da economia aparecem diluídos na lista, com um representante cada. Veja na tabela:
Empresas da carteira teórica do Ibovespa com maiores ROEs em março de 2016 - 12 meses


Empresa Setor ROE em março de 2016
Braskem Indústria química 96,39%
Smiles Outros serviços de apoio 76,75%
BB Seguridade Seguros 51,78%
Cielo Serviços de processamento de dados 38,43%
Natura Comércio de bens não duráveis 29,52%
Cetip Outras atividades relacionadas a investimentos financeiros 27,98%
Lojas Renner Varejo de moda 27,16%
Ambev Indústria de bebidas 26,93%
Equatorial Geração, transmissão e distribuição de energia elétrica 24,81%
Tractebel Geração, transmissão e distribuição de energia elétrica 23,17%
EDP Geração, transmissão e distribuição de energia elétrica 22,62%
Itaú Unibanco Bancos 22,33%
CCR Atividades auxiliares ao transporte rodoviário 21,96%
Localiza Locação de automóveis 21,63%
WEG Indústria de motores, turbinas e transmissores de energia 21,08%
Itaúsa Admnistração de empreendimentos 19,69%
Bradesco Bancos 19,17%
Ultrapar Indústria química 18,94%
BRF Abatedouros 18,82%
Estácio Participações Educação 18,44%

Serra chega à Argentina em meio a protestos






Enrique Marcarian / Reuters
Manifestantes protestam contra o ministro das relações exteriores José Serra durante sua visita ao país, Buenos Aires, Argentina, dia 23/05/2016
Protesto contra Serra: "Fora Temer, fora Serra", gritaram em português uma centena de manifestantes nos arredores da chancelaria em Buenos Aires
 
Da AFP


O novo ministro das Relações Exteriores, José Serra, reuniu-se nesta segunda-feira com a colega argentina, Susana Malcorra, em meio aos protestos de uma centena de pessoas, que gritavam "golpista!", em um primeiro encontro oficial, que simboliza a sintonia buscada pelos dois governos.

Serra será recebido mais tarde pelo presidente do país, Mauricio Macri, mas não foram fornecidos outros detalhes destas reuniões, cujas agendas não foram divulgadas à imprensa.
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"Fora Temer, fora Serra", gritaram em português uma centena de manifestantes nos arredores da chancelaria em Buenos Aires.

Malcorra surpreendeu os presentes ao receber Serra do lado de fora do Palácio San Martin, onde atrás das grades da propriedade e em meio a grande uma mobilização policial foi possível ver os dois chanceleres se cumprimentando.

Com cartazes que mostravam a foto de Serra com a legenda "Procurado - Golpista", os manifestantes esperaram o ministro brasileiro desde cedo.

No protesto estavam presentes vários brasileiros que vivem na Argentina e militantes de grupos de esquerda do país anfitrião.

Serra é uma das figuras de destaque do novo governo do ex-vice-presidente e atual presidente interino Michel Temer, que permanecerá no poder enquanto o Senado julga a agora presidente afastada Dilma Rousseff por suposta manipulação das contas públicas.

Durante o desenrolar da crise brasileira, a Argentina expressou confiança na solidez da democracia do Brasil, seu principal sócio comercial na região, e em meio a uma postura sobretudo cautelosa considerou que a mudança poderia ser uma oportunidade para refundar o Mercosul.

A reação do governo de centro-direita do presidente Mauricio Macri diante da crise brasileira lhe valeu críticas dos opositores de esquerda, que enxergaram nas declarações oficiais o que consideram "um reconhecimento do golpe institucional" contra Dilma.

Serra anunciou na quarta-feira passada uma mudança de rumo na política externa, que priorizará os interesses econômicos do país e não estará ancorada em afinidades ideológicas ou partidárias.

Serra, duas vezes candidato à presidência, inaugurou a nova fase da diplomacia do Brasil com um discurso crítico à gestão de Dilma Rousseff.

"A diplomacia voltará a refletir de modo transparente e intransigente os legítimos valores da sociedade brasileira e os interesses de sua economia, a serviço do Brasil como um todo e não mais das conveniências e preferências ideológicas de um partido político e de seus aliados no exterior", disse Serra.

"Tenho e terei, como sempre em minha vida pública, os olhos voltados para o futuro e não para os desacertos do passado", afirmou.

As compras e os hábitos dos brasileiros no shopping







evgenyatamanenko/Thinkstock
Mulher segura várias sacolas de compra e cartão
Consumo:
 
 
 
 
 
São Paulo –Os brasileiros estão passando mais tempo no shopping center e gastando mais. Em 2016, o frequentador ficou 76 minutos, em média, no shopping, enquanto em 2012, o tempo médio era de 73 minutos.

O tíquete médio aumentou de dois anos para cá, de R$ 196,81 em 2012 contra R$ 243,82 este ano, em valores ajustados pelo IPCA.
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Os dados constam da pesquisa bianual da Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers) em parceria com a GFK, empresa alemã de estudos de mercado.

Foram realizadas 3.327 entrevistas em Brasília, Belém, Salvador, Porto Alegre, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Ribeirão Preto e São Paulo.

Segundo a pesquisa, a principal razão para o aumento do tíquete e das visitas pode ser, ironicamente, a crise econômica.

Com a alta do dólar, os consumidores de maior poder aquisitivo e que costumavam realizar compras no exterior deixaram de viajar e passaram a comprar nos shoppings, analisa a pesquisa. Esse público costuma gastar mais que duas vezes o valor gasto pela classe C.

 

O que eles buscam


Fazer compras é o maior motivo para visitar o shopping center, citado por 45% dos entrevistados. 

Em 2012, no entanto, a proporção era de 47%.

Ainda que nem todos os que visitam o centro saiam com alguma sacola nova, a proporção de pessoas que fazem alguma compra aumentou. Cerca de 59% fizeram alguma compra em sua última visita ao shopping e, em 2012, no entanto, essa fatia era de 48%.

Cerca de 72% dos frequentadores foi ao shopping buscando uma loja específica. A Renner motivou 9% das visitas, a C&A 7% e a Saraiva 4%.

Riachuelo, Centauro e Marisa também atraíram os consumidores. Em 2012, Lojas Americanas e Carrefour eram mais atraentes para 8% e 2% dos clientes, mas não apareceram no ranking deste ano.

O cinema ficou mais popular e se tornou um dos principais motivos para 7% dos visitantes em 2016, contra 4% quatro anos atrás, segundo levantamento da Abrasce.

A maioria dos entrevistados, 61%, vai ao cinema pelo menos uma vez por mês e, desses, 12% vão assistir a algum filme semanalmente.
 
Caixa eletrônico, lotérica e agência bancária foram serviços usados por grande parte dos clientes, apontou a pesquisa.

A visita à praça de alimentação não poderia deixar de faltar: 41% dos visitantes do shopping parou para comer algo.

 

Mais novos e solteiros


Os frequentadores dos centros de compra no Brasil estão cada vez mais novos. A presença de menores de 19 anos cresceu de 10% a 18% de 2012 a 2016.

Esse também é o público que passa mais tempo no local. São 81 minutos por visita, contra uma média de 76 minutos. Em 2012, a média total era de 73 minutos. 

Enquanto mais adolescentes vão aos shoppings, o público com mais de 45 anos caiu, de 26% em 2012 para 20% em 2016.

Os solteiros também estão indo mais ao shopping. Eles representam 63% dos visitantes, contra 49% registrado em 2012. Esse público também visita mais o shopping, com cerca de 7,56 idas por mês.

A classe B corresponde à maioria dos frequentadores: eles são 50%. A classe A corresponde a 21% e a classe C, 29%. Em Salvador, a classe C corresponde à 46% dos visitantes. Já São Paulo tem os frequentadores mais ricos: 33% estão na classe A.

As mulheres representam pela maior parte do público, 59%. A cidade com a maior proporção de mulheres é Belém: em 2016, elas eram 68% dos frequentadores dos shoppings. Apenas Ribeirão Preto, entre as cidades pesquisadas, teve um público masculino maior do que o feminino: eles eram 56% dos entrevistados e elas, 44%.

Ainda que as mulheres sejam maioria dos visitantes, os homens têm uma frequência maior. Eles vão, em média, 8,11 vezes no shopping em um mês e as mulheres fazem 6,81 visitas por mês.

Embraer fecha contrato de venda de jatos por US$ 260 milhões







Divulgação/Embraer
Legacy 500, da Embraer
Embraer: contrato fechado inclui a venda de oito jatos Legacy 500 (na foto), oito Phenom 300 e sete Phenom 100E
 
Jamil Chade, do Estadão Conteúdo
correspondente, do Estadão Conteúdo


Genebra - A Embraer anuncia nesta segunda-feira, 23, um contrato inicial para a venda de 23 aeronaves para a operadora mexicana Across e num entendimento de que o pedido poderá ainda dobrar, chegando a mais de US$ 500 milhões.

O negócio faz parte de uma nova tendência no mercado de jatos executivos: o surgimento de companhias aéreas que oferecem aeronaves executivas de uma forma flexível aos empresários.
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Com custos mais baixos, algumas dessas operadoras já estão sendo chamadas de "Uber-aéreo", numa referência aos serviços de taxi.

No anúncio desta segunda, a Across, provedora de serviços de aviação executiva do México, irá adquirir oito aeronaves Legacy 500, oito Phenom 300 e sete Phenom 100E, com um valor estimado em mais de US$ 260 milhões.

O anúncio está sendo realizado na 16ª Convenção e Mostra de Aviação Executiva Europeia (EBACE), em Genebra.

As negociações ainda continuam entre mexicanos e brasileiros e o valor da entrega final pode passar de e US$ 500 milhões.

Mas é a forma pela qual a empresa mexicana quer usar as aeronaves que chama a atenção: a propriedade compartilhada de jatos e o atendimento a empresas de uma forma mais flexível.

Across oferece um programa de horas a cada ano para as empresas que a contratam e o uso é feito de forma flexível. A operadora batizou o serviço de Avião à sua medida.

"Os jatos executivos da Embraer vão se tornar a base das soluções da Across para o programa de propriedade compartilhada e serviços de fretamento para clientes do mundo todo que necessitam voar às Américas para negócios ou lazer", disse Pedro Corsi Amerlinck, presidente da Across.

Marco Tulio Pellegrini, Vice Presidente Executivo de Negócio de Aviação Executiva da Embraer, afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo que os jatos da empresa brasileira são "ideais" para esse tipo de estratégia. Segundo ele, os aviões da Embraer tem um custo operacional que chega a ser 20% menor que o dos concorrentes. "Para operadoras que vendem o serviço por hora, essa é a melhor opção", disse.

Segundo ele, o segmento de jatos executivos estagnou em alguns mercados e teve um crescimento abaixo do esperado em outros. A opção por empresas que fornecem esse serviço, portanto, aparece como uma forma de manter o mercado aquecido. "Para clientes que usam até 200 horas de voo por ano, essa é uma opção que atende às necessidades", disse o executivo brasileiro, afirmou.

A aposta em serviços de maior flexibilidade para executivos tem sido também o foco da Embraer em outras iniciativas. No fim de semana, ela estava no aeroporto London City para apresentar o Legacy 500. A autorização para operar em London City foi comemorada pela Embraer.

A empresa já presta serviços hoje para a Flexjet, um dos maiores provedores de propriedade compartilhada do mundo. Apesar de ser americana, ela adquiriu jatos da Embraer para começar suas operações na Europa. Com a recessão, a empresa notou o interesse dos clientes por comprar uma fração de um jato ou usar serviço de táxi aéreo.

Nos EUA e na Europa, outra empresa que segue o mesmo caminho é a JetSmarter. Com o foco em atrair os passageiros que hoje iriam de primeira classe ou executiva num voo regular, mas sem o poder aquisitivo ou interesse em ter seu próprio jato, a operadora oferece lugares vagas em aviões fretados em rotas mais procuradas.

Um voo de uma hora entre Londres e Genebra pode sair por US$ 1 mil e o executivo pode comprar por meio de um aplicativo no celular, da mesma forma que faria no caso do Uber. Outra opção é de comprar uma cota anual de US$ 9 mil. Nos próximos dois anos, a empresa pretende oferecer os serviços para 150 cidades do mundo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Bayer faz proposta de US$ 62 bilhões por Monsanto







John Macdougall/AFP
Sede da Bayer, em Berlim
Bayer: o setor agroquímico da Bayer registrou queda nas vendas nos últimos meses
DPA/AFP/Arquivos, da AFP


O grupo alemão Bayer revelou nesta segunda-feira uma oferta de 62 bilhões de dólares (55 bilhões de euros) para assumir o controle da produtora americana de grãos transgênicos Monsanto, uma operação que criaria a líder mundial do setor de pesticidas e adubos.

"A Bayer fez uma oferta em dinheiro por todas as ações da Monsanto a 122 dólares por ação, por 62 bilhões de de dólares", anunciou o grupo químico-farmacêutico germânico.
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A Bayer, fabricante dos criticados pesticidas chamados de "assassinos de abelhas", havia anunciado na quinta-feira, sem revelar detalhes, que estava em contato com a Monsanto, fabricante de glifosato, princípio ativo do herbicida Roundup usado em muitos de seus grãos transgênicos.

A empresa alemã explicou que a proposta representa um aumento de 37% em comparação à cotação do título da Monsanto na véspera da oferta, em 9 de maio, apesar de o grupo com sede em Saint-Louis ter registrado desde então uma valorização importante graças aos boatos sobre os contatos de fusão/aquisição.

A operação permitirá "criar uma empresa líder no setor da agricultura, com capacidades excepcionais de inovação, em benefício dos agricultores, de nossos funcionários e das comunidades onde estamos presentes", afirmou o presidente da Bayer, Werner Baumann, que assumiu o comando do grupo em 1º de maio.

A Bayer espera obter com a operação uma economia de 1,5 bilhão em três anos e registrar um aumento do lucro de 5% no primeiro ano e de pelo menos 10% nos seguintes.

O setor agroquímico da Bayer registrou queda nas vendas nos últimos meses.

A Monsanto também sofre uma queda nas vendas das sementes transgênicas.

Ao mesmo tempo, a empresa foi afetada na Europa pela polêmica sobre o glifosato, um produto criticado pelas organizações ecológicas.

O Greenpeace organizou no fim de semana protestos em vários países para exigir a proibição dos pesticidas e dos organismos geneticamente modificados (OGM).

A fusão Bayer-Monsanto confirmaria a consolidação do movimento no setor, com a fusão em curso entre as americanas Dow Chemical e DuPont, assim como a do grupo suíço Syngenta com a chinesa ChemChina.