John Macdougall/AFP
Bayer: o setor agroquímico da Bayer registrou queda nas vendas nos últimos meses
DPA/AFP/Arquivos, da AFP
O grupo alemão Bayer
revelou nesta segunda-feira uma oferta de 62 bilhões de dólares (55
bilhões de euros) para assumir o controle da produtora americana de
grãos transgênicos Monsanto, uma operação que criaria a líder mundial do
setor de pesticidas e adubos.
"A Bayer fez uma oferta em dinheiro por todas as ações da Monsanto a 122 dólares por ação, por 62 bilhões de de dólares", anunciou o grupo químico-farmacêutico germânico.
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A Bayer, fabricante dos criticados pesticidas chamados de "assassinos de
abelhas", havia anunciado na quinta-feira, sem revelar detalhes, que
estava em contato com a Monsanto, fabricante de glifosato, princípio
ativo do herbicida Roundup usado em muitos de seus grãos transgênicos.
A empresa alemã explicou que a proposta representa um aumento de 37% em
comparação à cotação do título da Monsanto na véspera da oferta, em 9 de
maio, apesar de o grupo com sede em Saint-Louis ter registrado desde
então uma valorização importante graças aos boatos sobre os contatos de
fusão/aquisição.
A operação permitirá "criar uma empresa líder no setor da agricultura,
com capacidades excepcionais de inovação, em benefício dos agricultores,
de nossos funcionários e das comunidades onde estamos presentes",
afirmou o presidente da Bayer, Werner Baumann, que assumiu o comando do
grupo em 1º de maio.
A Bayer espera obter com a operação uma economia de 1,5 bilhão em três
anos e registrar um aumento do lucro de 5% no primeiro ano e de pelo
menos 10% nos seguintes.
O setor agroquímico da Bayer registrou queda nas vendas nos últimos meses.
A Monsanto também sofre uma queda nas vendas das sementes transgênicas.
Ao mesmo tempo, a empresa foi afetada na Europa pela polêmica sobre o
glifosato, um produto criticado pelas organizações ecológicas.
O Greenpeace organizou no fim de semana protestos em vários países para
exigir a proibição dos pesticidas e dos organismos geneticamente
modificados (OGM).
A fusão Bayer-Monsanto confirmaria a consolidação do movimento no setor,
com a fusão em curso entre as americanas Dow Chemical e DuPont, assim
como a do grupo suíço Syngenta com a chinesa ChemChina.
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