Jeff Swensen/Getty Images
Funcionários da US Steel: Apolo Tubulars, da qual a americana detém 50%,
é suspeita de participar de esquemas de contratos para a Petrobras
As repercussões da gigantesca Operação Lava Jato,
no Brasil, estão chegando a Pittsburgh, nos EUA, onde a U.S. Steel
Corp. analisa as acusações de pagamento de propina por um de seus
empreendimentos locais.
A Polícia Federal e o Ministério Público
Federal estão investigando a fornecedora de tubos Apolo Tubulars, na
qual a U.S. Steel possui 50 por cento, e também a Confab, unidade da
Tenaris, que tem sede em Luxemburgo, por suspeita de envolvimento em um
esquema para conseguir contratos na Petrobras, disseram as autoridades
na terça-feira.
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As empresas teriam pago cerca de R$ 40 milhões (US$ 11 milhões) em
propinas de 2009 a 2013, disseram procuradores, incluindo Roberson
Pozzobon, a repórteres em Curitiba. Uma gravação das declarações foi
postada no YouTube.
“Estamos analisando esse assunto e mantendo contato com a Apolo”, disse
Sarah Cassella, porta-voz da U.S. Steel, em resposta por e-mail. A
empresa obteve uma participação de 50 por cento na Apolo por meio da
aquisição da Lone Star Technologies em 2007.
A Confab não possui evidências de que algum de seus funcionários tenha
realizado pagamentos ilegais para fechar negócios com a Petrobras e está
colaborando com as autoridades, disse a Tenaris em resposta enviada por
e-mail.
A Petrobras está no centro da investigação da Operação Lava Jato e
alguns de seus ex-executivos foram presos e alguns fornecedores foram à
falência.
Está em curso uma apuração interna que envolve a empresa Apolo e, a
partir dos desdobramentos da 30ª fase da Operação Lava Jato, será
avaliada a necessidade de novas apurações internas, disse a Petrobras em
resposta por e-mail na terça-feira.
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