Eduardo
Rodrigues - O Estado de S.Paulo
Indicador da CNI que mede a confiança do empresário
industrial registrou a maior variação mensal desde janeiro de 2010
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Resultado
mostra que indústria está menos pessimista
BRASÍLIA
- Em meio à expectativa de afastamento da presidente Dilma Rousseff pelo
Senado, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei), medido pela
Confederação Nacional da Indústria (CNI), chegou ao maior patamar dos últimos
16 meses. Auferido no começo de maio, o indicador subiu 4,5 pontos e chegou aos
41,3 pontos neste mês. O salto foi ainda a maior variação mensal desde janeiro
de 2010, quando a pesquisa começou a ser realizada.
Pela
metodologia da CNI, valores abaixo dos 50 pontos indicam falta de confiança e
acima desse patamar significam uma melhor aposta dos empresários com relação à
economia brasileira e seus próprios negócios. Desta forma, a melhora de maio
significa que a indústria no geral está menos pessimista, mas ainda não
inverteu a confiança a ponto de estar propriamente otimista. Para se ter uma
ideia, a média histórica do indicador é de 54,3 pontos.
O retorno
da confiança ao empresariado - e também às famílias - tem sido apontado pelo
ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e pelo presidente em exercício, Michel
Temer, como o grande trunfo do novo governo para destravar a economia ainda nos
180 dias de afastamento de Dilma, que até o fim deste período deverá ser
julgada pelo Senado Federal. Com mais confiança do setor produtivo e da
população, a nova equipe econômica espera um rápido retorno dos investimentos e
consumo.
Recortes.
Em maio,
todas as variáveis que compõem o Icei também apresentaram melhora
significativa. As expectativas com relação ao futuro da economia brasileira
cresceram nada menos que 8,6 pontos e chegaram aos 40,6 pontos. Já as perspectivas
para o futuro das empresas aumentaram 4,1 pontos e alcançaram a marca de 50,3
pontos, voltando para o lado otimista da escala pela primeira vez desde março
de 2015.
Embora os
empresários da indústria tenham começado a enxergar um futuro melhor para o ambiente
de negócios, a avaliação da atual situação da economia continuou bastante
deprimida. Mesmo com uma alta de 3,7 pontos no mês, essa variável ainda está em
22,6 pontos, muito distante ainda da linha divisória dos 50 pontos. Já a
percepção sobre a situação das indústrias hoje passou de 32,7 pontos para 33,9
pontos em maio. A pesquisa foi realizada com 3.137 empresas entre os dias 2 e
12 deste mês.
http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,com-saida-de-dilma--confianca-do-empresario-atinge-maior-patamar-em-16-meses,10000051557
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