terça-feira, 7 de junho de 2016

Falência de empresa argentina atrasa eólicas no Nordeste






Wikimedia Commons
Torre de energia eólica da Impsa Wind
Impsa: documento da Aneel aponta que pelo menos 300 turbinas eólicas encomendadas não foram entregues
 
André Borges, do Estadão Conteúdo


Brasília - A construção de cinco complexos de energia eólica no Ceará e no Rio Grande do Norte se converteu em uma grande usina de atrasos, reflexo da quebradeira financeira que atingiu uma das maiores fornecedoras de turbinas no Brasil, a empresa argentina Impsa.

O jornal O Estado de S. Paulo teve acesso a um relatório da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que analisou otamanho do estrago causado pelo processo de recuperação judicial da fornecedora e a consequente paralisação de suas operações.
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O documento aponta que pelo menos 300 turbinas eólicas encomendadas não foram entregues pela Wind Power Energy (WPE), fábrica que a Impsa montou no Brasil para atender o mercado local.

Cinco complexos de geração de energia, que somam 26 parques eólicos espalhados por municípios do Ceará e do Rio Grande do Norte, tinham previsão de entrar em operação entre julho de 2013 e novembro de 2016. Nenhum empreendimento foi entregue até hoje.

Nos cálculos da Aneel, pelo menos 1.580 megawatts (MW) de geração eólica e outros 2.800 MW de geração hidrelétrica devem sofrer impactos em seus cronogramas por conta da falência da empresa e do atraso na entrega dos equipamentos.

É quase o mesmo volume médio de energia que será entregue anualmente pela hidrelétrica de Belo Monte, quando a usina estiver em operação plena.

As empresas Furnas, Comercial Mineira, EBDP, Energimp, Tecneira e o Fundo de Investimento em Participações Caixa Milão (FIP Caixa Milão), donas dos cinco complexos eólicos, entregaram à Aneel pedidos de adiamento dos cronogramas e de perdão pelos atrasos nas obras.

As empresas responsabilizaram a falência da Impsa pelos atrasos e solicitaram o chamado "excludente de responsabilidade", sob alegação de que foram prejudicadas pela situação da companhia.

Os 13 parques eólicos de Furnas e o FIP Caixa Milão tinham previsão de serem entregues em setembro do ano passado.

As empresas pediram que o prazo fosse adiado em 24 meses, prazo que passaria a ser contado somente após a decisão da diretoria colegiada da Aneel sobre o assunto.

Outros projetos que deveriam ser entregues em 2013, 2014 e em novembro de 2016 tiveram seus cronogramas reorganizados para julho de 2021.

A empresa Tecneira, por exemplo, solicitou prorrogação de entrada em operação comercial para janeiro de 2019, além de alegar que seu projeto não será mais viável se não houver mudança no preço da energia já negociada com o mercado.

Mais que a mudança no cronograma, ela pede revisão tarifária de sua energia, saltando de R$136,60 o megawatt-hora (MWh) já negociados para R$ 286 o MWh.

 

Pedido negado


Depois de analisar cada um dos argumentos apresentados pelas empresas, a Superintendência de Concessões e Autorizações de Geração da Aneel rejeitou integralmente os pedidos.

Na maioria dos casos, segundo a área técnica da agência, constatou-se que as obras sequer começaram ou estão paralisadas há anos, situações que não teriam relação direta com a quebradeira da Impsa.

Os técnicos também avaliaram que a decisão de contratar qualquer fornecedor de equipamentos é algo estritamente privado, e que suas consequências não podem onerar o consumidor de energia.

"Todos os agentes alegam que se cercaram de todas as precauções, utilizando as melhores práticas do mercado para a escolha da empresa fornecedora dos equipamentos geradores e que a falência desta era um fato imprevisível", afirma a área técnica da Aneel, em seu relatório.

"Mas, o que se pode inferir é que apesar de terem declarado diligência e tentado diminuir o atraso em seus cronogramas, a decisão de contratar a WPE como fornecedora partiu dos agentes."

Segundo a agência, a aceitação do pedido significaria abrir um "precedente", porque "as empresas poderiam ser estimuladas a relaxar a gestão de governança na celebração de seus contratos com fornecedores de equipamentos".

As empresas seguem com seus processos administrativos em andamento na Aneel, uma vez que a decisão final sobre os pedidos ainda depende de votação pela diretoria colegiada da agência. A reportagem não conseguiu contato com a Impsa.


MercadoLivre compra Axado por R$ 26 mi e avança em logística





Divulgação
Escritório do MercadoLivre, em São Paulo
MercadoLivre: com aquisição, markeplace quer melhorar a experiência de compra do cliente
 
 
 
 
São Paulo - O MercadoLivre acaba de anunciar a compra do parceiro Axado por 26 milhões de reais.

A startup, que precifica, rastreia e faz a gestão de fretes para varejistas, passa a integrar o Mercado Envios, braço de logística da empresa.
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Fundada em 2013, a unidade já entregou mais de 50 milhões de encomendas e é responsável por remeter 70% das compras feitas na plataforma do MercadoLivre.

Basicamente, ela oferece dois tipos de serviços: o de venda de etiquetas que possibilitam o despacho de pedidos em qualquer agência dos Correios (mais voltado para vendedores ocasionais) e o de coleta de produtos para envio junto a pequenos e médios comerciantes.

Firmas de grande porte (como Ricardo Eletro, Brastemp e Decathlon) que também anunciam no MercadoLivre, porém, têm operações de logística próprias que precisam ser integradas ao site. E foi aí que entrou a parceria com a Axado, há cerca de dois anos.

"Juntos, vamos maximizar a presença de lojas oficiais no MercadoLivre e aprimorar nosso sistema interno de gestão de transportes", disse Leandro Bassoi, diretor da Mercado Envios, em teleconferência com jornalistas.

Ele destacou também que, com a associação das duas marcas, os vendedores da vitrine virtual passarão a ter acesso à malha de 580 transportadoras conectadas ao Axado.

Atualmente, a empresa já calcula fretes para 2.500 e-commerces consolidados como Arezzo, Raia Drogasil, Leroy Merlin e Extra.

Ela está no mercado há cinco anos. "Dentro do Mecado Livre, conseguiremos atingir nosso propósito de revolucionar a logística. Chegaremos a pequenas e médias empresas, um segmento em que antes não conseguíamos entrar", disse Guilherme Reitz, sócio-fundador da startup.
 

Como fica


Com a compra, os 50 funcionários do Axado serão absorvidos pelo MercadoLivre, mas a empresa funcionará de forma independente e manterá os clientes que tem atualmente.

Sua sede continua em Florianópolis (SC) e os sócios Guilherme Reitz, Leandro Baptista, Michel Kommers e Eduardo Fraceschett seguem no comando da operação.

"Essa separação faz todo o sentido. Quando você compra uma startup nesse estágio de maturidade, você quer dar fôlego a ela, e não sufocá-la com seu negócio", diz o professor professor Pedro Waengertner, coordenador do núcleo de estudos e negócios em marketing digital da ESPM e CEO da aceleradora Ace, que também é uma das investidoras do Axado.

Segundo o MercadoLivre, a aquisição visa aprimorar a experiência de compra para o cliente, e não ganhos financeiros.

"Essas melhorias naturalmente se traduzem em receita, mas esse não é o foco principal, é secundário", disse Helisson Lemos, presidente da companhia no Brasil.

Para Waengertner, da ESPM, o movimento do MercadoLivre também pode ser visto como uma resposta ao aumento da concorrência no segmento, já que cada vez mais grandes varejistas estão abrindo vitrines para outras firmas eu seus sites.

"Essa é uma tendência no mundo todo. Mas, o MercadoLivre está muito bem posicionado, já nasceu como um marketplace e transaciona volumes muito grandes. Ele está se mantendo competitivo nesse jogo de inovação", analisou.

Já faz algum tempo a companhia busca diversificar seu negócio.

Além da Mercado Envios, ela tem também a unidade de pagamentos MercadoPago, que valida as operações feitas em sua plataforma, num sistema parecido com o do PayPal.

Também possui um segmento de publicidade virtual e comprou no ano passado a KPL, que desenvolve sistemas ERP, de gestão de lojas online, num investimento inicial de 50 milhões de reais.

"Nosso propósito é oferecer serviços para pessoas e empresas que atuam no mercado de comércio eletrônico. A MercadoLivre é nossa marca mais conhecida, mas não quer dizer continuará sendo assim no futuro", disse Lemos, presidente da empresa.
 

Números


O MercadoLivre não abre as receitas individuais de suas unidades de negócio, apenas diz que a parte de marketplace ainda responde por cerca de 60% de seu faturamento.

No primeiro trimestre, a receita líquida do grupo foi de 158 milhões de dólares, alta de 6,4% ante os mesmos meses do ano passado.

No período, foram 38,3 milhões de itens vendidos, totalizando 1,78 bilhão de dólares. O lucro líquido ultrapassou os 30 milhões de dólares.

As transações feitas pela MercadoPago chegaram a 27,5 milhões, somando 1,4 bilhão de dólares.

O Axado não abre seus números, mas estima-se que suas receitas girem em torno de 5 milhões de reais por ano – ela foi comprada por 26 milhões de reais e o mercado costuma precificar companhias do setor por um múltiplo de aproximadamente cinco vezes o faturamento.

Brasileiro ganha prêmio científico mais importante da França





Reprodução/ Youtube
Marcelo Viana, ganhador do Grande Prêmio Científico Louis D
Marcelo Viana: o cientista também foi o primeiro matemático do mundo ganhar o prêmio
 
Helô D'Angelo, da Superinteressante


Se você é adepto da frase "todo dia um 7 x 1 diferente", saiba que, dessa vez, foi o Brasil que venceu de goleada. Mas não foi no campo de futebol, não: foi no da matemática.

Pela primeira vez, o Grande Prêmio Científico Louis D. foi entregue a um brasileiro, o diretor geral do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) Marcelo Viana.
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De quebra, o cientista também foi o primeiro matemático do mundo ganhar o prêmio.

Quem atribui o título é a Academia de Ciências da França, formada pelas cinco academias francesas mais importantes do país.

Com 16 anos de existência, o Grande Prêmio é concedido anualmente a um ou dois projetos de pesquisa em qualquer área da ciência.

Esse ano, foram dois vencedores: Viana e o francês François Labourie, da Universidade de Nice, na França. Os dois dividirão um prêmio de 450 mil euros (ou R$ 1,8 milhão).

O projeto de Viana consistia em estudar os chamados sistemas dinâmicos: equações que servem para prever, entender e até controlar situações da vida real - um bom exemplo de aplicação desses sistemas é a previsão do tempo.

Em agosto de 2014, outro matemático foi o primeiro brasileiro a receber uma honraria científica nessa mesma área: Artur Ávila, que ganhou a Medalha Fields, tido como o Nobel da matemática.

O Grande Prêmio será entregue a Viana no próximo dia 8, em Paris, e o dinheiro será usado para desenvolver um projeto de estudo dos sistemas dinâmicos, no qual trabalharão 12 jovens matemáticos - seis brasileiros e seis franceses.

O diretor do IMPA também pretende abrir espaço para que mais brasileiros proponham pesquisas colaborativas em outras áreas da matemática.

Os 450 mil euros vieram em boa hora para a nossa produção científica: em clima de instabilidade política, a ciência tem sido muito prejudicada.

Em maio, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) foi fundido ao das Comunicações, o que trouxe corte de verbas para as duas pastas.

Nesse contexto, um incentivo à pesquisa no país é indispensável. Valeu, Viana: seu gol foi lindo!


Participação de renováveis na matriz energética do Brasil chega a 41,2%




A energia hidráulica proporciona indicadores de emissões de CO2 bem menores do que a média mundial


Por Agência Brasil


A participação das energias renováveis na matriz energética brasileira passou de 39,4% em 2014 para 41,2% no ano passado. O etanol e o bagaço de cana tiveram a maior participação entre as renováveis, com 41,1%, seguidos da energia gerada por hidrelétricas (27,5%), lenha e carvão vegetal (19,9%), biodiesel (2,5%) e eólica (1,5%). Os dados estão na Resenha Energética Brasileira de 2016, divulgada nesta segunda-feira (6) pelo Ministério de Minas e Energia.

O indicador brasileiro é superior ao dos países desenvolvidos, que têm 9,4% de renováveis. “A expressiva participação da energia hidráulica e o uso representativo da biomassa na matriz energética brasileira proporcionam indicadores de emissões de CO2 bem menores do que a média mundial e dos países desenvolvidos”, revela o estudo. Entre as fontes usadas especificamente para gerar energia elétrica, 75,5% são renováveis. No Brasil, as emissões de CO2 recuaram 4,6% em 2015, em razão da queda de 7,2% no consumo de derivados de petróleo. Entre as fontes de energia não renováveis usadas no país, a maioria refere-se a óleo (63,4%) e gás (23,3%), além de carvão, energia nuclear e gás industrial.

A oferta interna de energia no ano passado ficou 2,1% menor que a de 2014, informa a resenha. De acordo com o documento, a queda é coerente com o recuo de 3,8% na economia e teve como principais indutores as taxas negativas de 3% no consumo industrial de energia e de 2,6% no consumo de energia em transportes. A resenha mostra ainda que 99,3% dos domicílios particulares do país tinham acesso à eletricidade no fim de 2015. Cerca de 500 mil domicílios ainda não contam com energia elétrica.

A Resenha Energética é um documento oficial elaborado pelo Ministério de Minas e Energia para divulgar os principais indicadores de desempenho do setor energético brasileiro nas áreas de petróleo, gás, bioenergia, energia elétrica, carvão mineral e setores intensivos. O levantamento de dados é feito pela Empresa de Pesquisa Energética, com a participação de agentes do setor e de outros ministérios.


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Dilma diz ao NYT que ainda tem esperanças de voltar





Ueslei Marcelino / Reuters
Presidente afastada Dilma Rousseff durante lançamento de livro "Resistência ao golpe de 2016", dia 30/05/2016
Dilma Rousseff: Dilma negou as duas acusações na entrevista ao jornal, afirmando que fazem parte de uma campanha caluniosa de parte da mídia para ferir sua "honra pessoal"
 
Altamiro Silva Junior, do Estadão Conteúdo
correspondente, do Estadão Conteúdo


Nova York - A presidente afastada Dilma Rousseff classificou seus opositores como "parasitas", afirmou ter esperança em sua volta ao comando do Brasil e disse que nunca imaginou que fosse ver um governo tão conservador como o de Michel Temer em uma entrevista ao The New York Times publicada na página do jornal norte-americano na internet nesta terça-feira, 7.

A presidente afastada, destaca a reportagem do Times, espera que os recentes episódios que marcaram o início do governo de Temer, incluindo a saída de dois ministros, possam fazer os senadores mudarem de ideia sobre o voto para afastá-la definitivamente.
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A entrevista foi feita antes de a imprensa noticiar o pedido de prisão ao Supremo Tribunal Federal (STF) de caciques do PMDB.

Ao mesmo tempo em que o presidente em exercício Michel Temer sofre "tropeços embaraçosos", o jornal destaca que Dilma também vem sendo alvo de acusações pesadas nos últimos dias.

A reportagem cita a delação do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, que contou que a presidente afastada mentiu ao falar que não sabia sobre as irregularidades na empresa, além da informação publicada pela revista IstoÉ de que o empresário Marcelo Odebrecht informou o pagamento de R$ 12 milhões para a campanha de reeleição da petista.

Dilma negou as duas acusações na entrevista ao jornal, afirmando que fazem parte de uma campanha caluniosa de parte da mídia para ferir sua "honra pessoal".

O NY Times destaca que Dilma tem passado os dias preparando sua defesa no processo de impeachment. Ela voltou a afirmar ao jornal norte-americano que não vai renunciar.

"Eles sempre quiseram que eu renunciasse, mas eu não vou", disse ela. "Eu realmente perturbo os parasitas e vou continuar a perturbá-los", afirmou.

Sobre a crítica de que suas políticas levaram o Brasil a mergulhar em uma forte recessão, Dilma respondeu ao Times que a situação já estaria melhorando caso o Congresso tivesse aprovado as medidas necessárias para restaurar a confiança de consumidores e investidores.

O correspondente do jornal no Brasil, Simon Romero, descreve o clima como de "indignação" e uma sensação de falta de poder, diferente do que se deveria esperar em um país prestes a sediar as Olimpíadas.

O texto ressalta ainda que a presidente afastada é cercada por luxo, um batalhão de empregados, piscina aquecida em um jardim bem cuidado e obras de Di Cavalcanti e Alfredo Volpi penduradas na parede.

Beto Richa deseja retomar Sudesul




Na presidência do Codesul, governador do Paraná propõe maior integração dos Estados da região

Da Redação

redacao@amanha.com.br



O governador do Paraná, Beto Richa, tomou posse da presidência do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul) nesta terça-feira (7). No comando da instituição, Richa (na foto, à esquerda) quer voltar a discutir a retomada da Superintendência do Desenvolvimento da Região Sul (Sudesul), extinta em 1990. Em 2013, os governadores integrantes do Codesul chegaram a enviar uma proposta ao governo federal na qual propunham a recriação do órgão. O objetivo é ter acesso a fundos de apoio a programas de desenvolvimento. 

O governador paranaense, que ficará no cargo por um ano, defendeu ainda a maior integração entre os Estados do Codesul, com ações sintonizadas nas áreas de segurança pública e infraestrutura, principalmente relacionada ao setor de transportes de cargas. Além disso, Richa ressaltou a importância da união de forças dos Estados para reivindicações junto à União, que, segundo ele, “precisa ser mais solidária nas suas relações com a região Sul”. 

O desejo de Richa vai ao encontro de seu antecessor José Ivo Sartori (na foto, ao centro), governador do Rio Grande do Sul. Durante a cerimônia de transmissão do cargo, Sartori destacou o trabalho em conjunto dos Estados na renegociação da dívida com a União. "Defendemos uma verdadeira, completa e profunda reforma do pacto federativo. Seguimos com a missão de avançar em ações integradas, que resultem no bem-estar social", sublinhou. Na sua gestão à frente do Codesul, Sartori implementou o programa BRDE Municípios, que auxilia o financiamento de obras de saneamento, mobilidade e infraestrutura por meio do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE).

 Lançado em outubro do ano passado, o projeto prevê, até dezembro de 2018, o repasse de R$ 450 milhões a municípios do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, divididos em R$ 150 milhões para cada um dos Estados da região. O governador gaúcho também trabalhou na reativação do Mercosul. Em maio, o embaixador da Argentina no Brasil, Carlos Alfredo Magariños, esteve no Rio Grande do Sul para tratar sobre a reconstituição do bloco econômico que ajudou a criar em 1985, como secretário argentino de Relações Internacionais, Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico. 

Na mesma solenidade, Odacir Klein foi empossado como presidente do BRDE. Também estiveram presentes o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo (na foto, à direita), e a vice-governadora do Mato Grosso do Sul, Rose Modesto, representando o governador Reinaldo Azambuja.


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segunda-feira, 6 de junho de 2016

Temer manterá no cargo advogado-geral e ministro do Turismo






Ueslei Marcelino / Reuters
Presidente interino Michel Temer, dia 06/06/2016
Michel Temer: nas duas últimas semanas, o governo sofreu duas baixas com a saída de Romero Jucá (Planejamento) e Fabiano Silveira (Transparência)

Tânia Monteiro, do Estadão Conteúdo
Carla Araújo, do Estadão Conteúdo


Brasília - Após conversar com o ministro da Advocacia-Geral da União, Fábio Medina Osório, nesta segunda-feira, 6, o presidente em exercício, Michel Temer, decidiu mantê-lo no cargo.

Na conversa, que aconteceu em seu gabinete minutos antes de dar um pronunciamento à imprensa, Temer relativizou as declarações de Osório e optou por dar sobrevida ao ministro.
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A decisão também visa "interromper o ciclo" de que a cada denúncia ou crítica a alguém ligado a seu governo acarrete em uma baixa.

Nas duas últimas semanas, o governo sofreu duas baixas com a saída de Romero Jucá (Planejamento) e Fabiano Silveira (Transparência).

O receio de ampliar o desgaste e gerar mais uma nova turbulência acabou beneficiando os titulares de pastas envolvidos em polêmicas. Além de Osório, o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, e a secretária das Mulheres, Fátima Pelaes permanecerão nos cargos.

Osório foi alvo de inúmeras críticas de auxiliares diretos do presidente em relação à sua atuação.

"Ele ficou deslumbrado com o cargo e agiu de forma indevida em muitos casos", comentou um interlocutor do Planalto ao lembrar que até os servidores da própria AGU já fizeram chegar à Presidência inúmeras críticas a ele, pelas suas ações.

"Está ficando muito difícil de conviver com ele", emendou outro assessor palaciano. "A sua situação está extremamente delicada."

Na manhã desta segunda-feira, Temer reuniu-se com os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) para também avaliar a situação de outros dois casos de autoridades de seu governo que estão na berlinda.

Embora o pedido de investigação e as citações ao ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves (PMDB) na Operação Lava Jato preocupem o governo pelo desgaste que causa, a avaliação no encontro entre a cúpula era de que não haveria fato novo em relação às investigações que estão sendo feitas.

Amigo pessoal de Temer, Alves tem apoio dos peemedebistas. "Não há nada diferente do que já havia saído", disse um ministro, que reforçou a ideia de que o governo precisa de estabilidade e novas demissões causariam mais turbulência.

Segundo a força-tarefa, Alves atuou junto à empreiteira OAS para obter recursos para sua campanha ao governo do Rio Grande do Norte em 2014.

O dinheiro teria sido desviado da Petrobras, conforme publicado nesta segunda pelo jornal Folha de S. Paulo. A denúncia foi encaminhada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF) em abril.

O presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), teria participado da negociação com o então presidente da OAS, Léo Pinheiro. O ministro, que perdeu as eleições em 2014, nega qualquer irregularidade.

No caso da secretária das Mulheres, Fátima Pelaes, que a situação também é considerada delicada, mas o governo também optou por não ceder as pressões.

Além do problema que Fátima tem com a Justiça, a avaliação é que há o bombardeio de petistas e movimentos sociais que querem a sua saída pela sua posição em relação ao aborto. A secretaria já se manifestou contrária ao aborto até em caso de estupro.

Fátima é alvo de investigação na Justiça Federal por supostamente haver participado de um esquema de desvio de R$ 4 milhões em verbas no Ministério do Turismo, objeto da Operação Voucher, da Polícia Federal, iniciada em 2011.