segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Jornal americano Wall Street diz que Lula enganou o mundo





 

O jornal americano Wall Street Journal (http://www.wsj.com/articles/howbrazils-lula-conned-the-world-1470606701) traz neste final de semana um artigo escrito por uma de suas editoras Mary Anastasia O'Grady bastante crítico ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à Dilma Rousseff, chamado "Como Lula enganou o mundo" (em tradução livre). 

O artigo começa falando sobre os Jogos Olimpícos do Rio de Janeiro de 2016, que tiveram início sem grandes incidentes, o que parece "um milagre" após semanas de "relatos sombrios" sobre construções de má qualidade, segurança despreparada e engarrafamentos montruosos. "Se os atletas, visitantes e cariocas passsarão as próximas duas semanas sem uma catástrofe, esta continua a ser uma questão em aberto", afirma a publicação. 

Porém, destaca a editora, não era para ser assim. "Quando o Rio venceu a disputa para sediar os jogos, em 2009, não estava previsto que o Brasil estivesse nesta situação, com um déficit orçamentário de cerca de 8% do PIB, inflação próxima de 10%, dois anos de contração econômica e diversos escândalos de corrupção", diz ela. E é nesse contexto que O'Grady fala sobre Lula: em 2009, o petista estava no comando há mais de seis anos e era para o mundo algo como um "rock star". 

Sua retórica denegria o liberalismo econômico da década de 1990, "enquanto mostrava um novo e melhorado tipo de socialismo com um toque de samba", diz a publicação. O WSJ afirma que grande parte da região comprou a versão do grande governo sob o comando de "Lula 2.0", enquanto preocupações sobre o retorno do populismo da esquerda latino-americana pareciam menores com as garantias de que desta vez seria diferente. Isso porque Lula era um homem da esquerda, mas não era Hugo Chávez. A The Economist destacou em 2009 o "Brasil decolando", com a previsão da PWC de que São Paulo seria a quinta cidade mais rica do mundo em 2025 e que o Brasil seria uma superpotência mundial.

Após dois anos, Lula deixou o cargo e foi substituído por Dilma Rousseff. Segundo o jornal, em 2016, os Jogos Olímpicos deveriam ter mostrado o paraíso socialista que haviam cultivado: uma utopia urbana misturada com habitação a preços acessíveis, campeões nacionais da indústria e redes de transportes públicos organizados para proporcionar uma experiência tranquila. Porém, não foi isso o que se viu, diz o WSJ, destacando os diversos problemas que o Brasil teve para organizar os Jogos. "O mundo parece atordoado, mas não deveria estar. 

O Rio é um microcosmo do Brasil de Lula, onde a burocracia dirige de cima para baixo e os seres humanos são olhados depois. A única coisa que falta na analogia com o Rio é a corrupção que floresceu no âmbito federal durante 14 anos de governo do PT", diz a editora. "Os políticos do Brasil aspiram a grandeza de primeiro mundo, mas insistem em preservar as instituições do terceiro mundo. Não é porque eles não entendem a eficácia das instituições independentes e freios e contrapesos. É justamente porque eles entendem isso". 

A editora faz elogios a Fernando Henrique Cardoso que, segundo ela, pareceu uma exceção à regra ao aderir a políticas de estabilidade macroeconômica e maior transparência do Banco Central. Já com Lula e Dilma, aos poucos, a disciplina foi se corroendo. "A Caixa Econômica Federal e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) expandiram rapidamente o crédito, o que foi inflacionário e arriscado, mas banco central ignorou o problema. "Enquanto Lula e Dilma buscaram vender o Brasil como um jogador de classe mundial, pouco fizeram para reduzir o fardo do governo sobre os empresários", diz o jornal, citando o estudo de 2016 do Banco Mundial "Doing Business" em que classifica o Brasil na posição 174 entre os melhores lugares para se começar um negócio entre 189 países. 

Além disso, eles destacam que, no final de julho, Lula foi acusado por obstrução da justiça em uma investigação de corrupção, enquanto Dilma está sofrendo um processo de impeachment. "Se a fraude política para levar uma nação para a ruína fosse crime, ambos já teriam sido condenados", finaliza. 

(Infomoney)

Cade aprova compra da AES Sul pela CPFL Energia






Duda Pinto
AES Sul pela CPFL Energia
CPFL Energia: a transação envolve o pagamento pela CPFL de 1,7 bilhão de reais mais a assunção de 1,1 bilhão de reais em dívidas
 
Da REUTERS


São Paulo  - O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou sem restrições a aquisição da distribuidora de energia elétrica AES Sul, da norte-americana AES Corp, pela holding brasileira CPFL Energia, maior companhia elétrica privada do país, segundo publicação no Diário Oficial da União desta segunda-feira.

A transação envolve o pagamento pela CPFL de 1,7 bilhão de reais mais a assunção de 1,1 bilhão de reais em dívidas.

Otimismo do mercado com Temer resiste a delação






Reuters/Adriano Machado
Michel Temer
Michel Temer: investidores apostam alto na aprovação do impeachment e não se abalam com denúncias ao presidente em exercício
 
Josué Leonel e Marisa Castellani, da Bloomberg



A informação de que Michel Temer foi citado na delação da Odebrecht por supostamente ter pedido dinheiro para políticos do PMDB teve impacto reduzido nos mercados

O dólar sobe 0,5%, muito pouco perto da queda acumulada de quase 20% no ano. O risco Brasil chegou a ensaiar alta, mas retomou a queda e chegou à mínima de 266 pontos, metade dos 533 pontos atingidos em setembro de 2015, quando o Brasil perdeu o grau de investimento, no auge do pessimismo com o governo de Dilma Rousseff.

A resiliência do sentimento otimista do mercado tem um nome: impeachment. Os investidores mantêm inabalada a aposta de que o afastamento definitivo de Dilma será aprovado no Senado.

Pelo mesmo motivo, as dificuldades enfrentadas por Temer na negociação do teto dos gastos e da dívida dos estados são relevadas. Acredita-se que só após o impeachment o governo terá condições políticas para aprovar medidas impopulares no Congresso.

É provável que o mercado fique mais exigente com Temer após o presidente em exercício se tornar definitivo.

“A hora da verdade está chegando”, diz Daniel Weeks, economista-chefe da Garde Asset Management. “Espera-se um governo mais duro, que consiga se impor aos interesses de grupos específicos”.

O sangue-frio do mercado, contudo, está condicionado à evolução do noticiário envolvendo a citação de Temer na Lava Jato.

O maior receio é que a confirmação das denúncias possa enfraquecer o governo tanto na decisão do impeachment quanto na votação das reformas. Por ora, esse risco é visto como limitado, mas entrou para o radar dos investidores.

A eventual continuidade de divulgações de delações ou notícias negativas para Temer poderia impactar mais expressivamente o mercado, diz Leonardo Monoli, sócio da gestora de recursos Jive Asset. Esse é um cenário que atingiria em cheio o ânimo do investidor, que começa a melhorar em relação ao Brasil.

Sem a confirmação das denúncias e com Dilma definitivamente afastada, o caminho estará livre para um otimismo mais aberto em relação ao Brasil. Para Monoli, o dólar poderia cair ainda mais, para níveis mais próximos aos R$ 3,00.

Apesar da piora marginal gerada pelas notícias sobre delações, a tendência para os ativos brasileiros continua positiva, diz Matheus Gallina, trader de renda fixa da Quantitas Gestão de Recursos.

Nem mesmo as notícias sobre supostas concessões do governo nas negociações sobre as dívidas estaduais parecem tirar o sono dos investidores.

Para Gallina, já está precificado no mercado que os dois lados vão ceder parcialmente para chegarem a um meio termo.

Mais cedo, o Palácio do Planalto disse à Bloomberg que Temer e a Odebrecht tiveram um jantar para tratar de auxílio financeiro ao PMDB em absoluto acordo com legislação.


Incerteza faz bilionários guardarem dinheiro no colchão





Thinkstock
dinheiro

São Paulo - Ultimamente, a palavra chave entre as pessoas mais ricas do mundo tem sido "liquidez".

Um relatório da consultoria Wealth X lançado recentemente verificou um aumento grande de dinheiro vivo (e seus equivalentes) na proporção da riqueza de bilionários.

A liquidez não pára de subir desde 2012 e atingiu em 2015 a taxa de 22,2% do patrimônio líquido total dos bilionários, a maior desde que a medição começou em 2010.

Em outras palavras: as pessoas mais ricas do mundo estão mantendo em dinheiro ou outro formato equivalente, ao invés de em ações e propriedade, 22 de cada 100 dólares que possuem.

"Os bilionários estão tirando o seu dinheiro da mesa quando possível, enquanto incertezas na economia e altas históricas em acordos resultaram em portfólios com muito dinheiro vivo", diz o relatório.

Ou seja, a liquidez começa pelo fato de que 2014 e 2015 tiveram vários eventos, como ofertas públicas de ações, que geraram fluxo de dinheiro para os bilionários.

Esse dinheiro não foi aplicado de volta para o mercado por causa do nível de incerteza econômico causado pela piora constante das projeções de crescimento global e do uso de instrumentos excepcionais de política monetária, como juros negativos.

O cenário turbulento atingiu um novo patamar nos últimos meses com ataques terroristas, a saída do Reino Unido da União Europeia e a candidatura de Donald Trump à presidência americana. 

A Wealth X prevê que o processo se reverta na medida em que as avaliações patrimoniais retornem para "níveis mais atrativos".

Foram levados em conta pelo relatório 2.473 bilionários ao redor do mundo com uma riqueza total estimada em US$ 7,7 trilhões.

As cidades que mais criaram empregos em tempos de crise







Reprodução/Facebook/Prefeitura de Canaã dos Carajás (PA)
Canaã dos Carajás (PA)
Canaã dos Carajás (PA): de 2014 até junho de 2016, a cidade contratou mais de 5,1 pessoas
 
 
 
 
 
São Paulo – Desde 2014, quando a economia brasileira esfriou e o país passou a trilhar um caminho de desempenho fraco, mais de 1,5 milhão de pessoas perderam seus empregos

Só no mês de junho, por exemplo, foram 91 mil demissões no Brasil. A cidade que mais passou sufoco e teve a maior redução de postos de trabalho no mês foi São Paulo (SP): 29,9 mil foram demitidos.

Os dados são do Ministério do Trabalho no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). 

Alguns municípios, porém, nadam contra a maré da baixa geração de emprego no país. De 2014 até junho de 2016, Canaã dos Carajás, no Pará, desponta como a cidade que mais abriu vagas com carteira assinada – o saldo de contratações foi de 5,1 mil.

Ponto fora da curva em relação às demais, o resultado da cidade de apenas 33,6 mil habitantes se deu principalmente pelo desempenho no setor de construção civil, responsável por 82% das vagas formais criadas no período. 

Um projeto bilionário da Vale, considerado o maior empreedimento da história da mineradora, também responde pelo saldo positivo. A operação do S11D, que implantará um complexo minerário em Canaã dos Carajás, alcançou a marca de 12,6 mil empregados trabalhando no pico das obras, em 2015. Na fase atual, o projeto está gerando 2 mil empregos permanentes. 


Grupos internacionais mostram interesse na concessão dos aeroportos do Sul

Ao menos seis empresas devem participar do leilão dos terminais de Florianópolis e Porto Alegre previsto para dezembro

Da Redação

redacao@amanha.com.br
Sete grupos nacionais e estrangeiros manifestaram interesse em obter a concessão dos quatro aeroportos que o governo deve encaminhar à iniciativa privada ainda este ano, entre eles os de Florianópolis (SC) e de Porto Alegre (RS).
A francesa Vinci, que recentemente assumiu o controle de aeroportos em Portugal e em Santiago, no Chile, é uma das empresas interessadas nos ativos do Sul. Ela também teria confirmado sua participação no leilão dos aeroportos de Salvador (BA) e Fortaleza (CE) que completam o pacote de concessão previsto pelo governo. O edital deve ser publicado em setembro para que o leilão ocorra em dezembro
Entre as demais candidatas internacionais estão a alemã Fraport, que administra o aeroporto de Frankfurt; a argentina Corporación América, que controla a Inframérica; a espanhola Ferrovial; e a suíça Flughafen Zurich, já presente no Brasil na administração do aeroporto de Confins (MG) em parceria com a brasileira CCR, que também deve participar do certame isoladamente. O grupo alemão Avialliance tem uma parceria no Brasil com o fundo Pátria Investimentos e também estuda a participação no próximo leilão.
O valor mínimo de outorga é de R$ 329 milhões para o aeroporto de Florianópolis (foto), de R$ 729 milhões para o de Porto Alegre, R$ 1,4 bilhão para Salvador e R$ 1,5 bilhão para Fortaleza.  Os investimentos para os quatro terminais estão estimados em R$ 6 bilhões. O período de concessão é de 30 anos, com exceção de Porto Alegre (25 anos).
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Grupos internacionais mostram interesse na concessão dos aeroportos do Sul

Ao menos seis empresas devem participar do leilão dos terminais de Florianópolis e Porto Alegre previsto para dezembro

Da Redação

redacao@amanha.com.br
Sete grupos nacionais e estrangeiros manifestaram interesse em obter a concessão dos quatro aeroportos que o governo deve encaminhar à iniciativa privada ainda este ano, entre eles os de Florianópolis (SC) e de Porto Alegre (RS).
A francesa Vinci, que recentemente assumiu o controle de aeroportos em Portugal e em Santiago, no Chile, é uma das empresas interessadas nos ativos do Sul. Ela também teria confirmado sua participação no leilão dos aeroportos de Salvador (BA) e Fortaleza (CE) que completam o pacote de concessão previsto pelo governo. O edital deve ser publicado em setembro para que o leilão ocorra em dezembro
Entre as demais candidatas internacionais estão a alemã Fraport, que administra o aeroporto de Frankfurt; a argentina Corporación América, que controla a Inframérica; a espanhola Ferrovial; e a suíça Flughafen Zurich, já presente no Brasil na administração do aeroporto de Confins (MG) em parceria com a brasileira CCR, que também deve participar do certame isoladamente. O grupo alemão Avialliance tem uma parceria no Brasil com o fundo Pátria Investimentos e também estuda a participação no próximo leilão.
O valor mínimo de outorga é de R$ 329 milhões para o aeroporto de Florianópolis (foto), de R$ 729 milhões para o de Porto Alegre, R$ 1,4 bilhão para Salvador e R$ 1,5 bilhão para Fortaleza.  Os investimentos para os quatro terminais estão estimados em R$ 6 bilhões. O período de concessão é de 30 anos, com exceção de Porto Alegre (25 anos).
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BB consulta JPMorgan para vender participação no Patagonia










Pilar Olivares/REUTERS
Banco do Brasil
Banco do Brasil: banco quer se desfazer de ativos para reforçar capital e adiar necessidade de repasse do governo 

Aline Bronzati, do Estadão Conteúdo


São Paulo - O Banco do Brasil iniciou conversas com o JPMorgan para eventualmente contratá-lo como assessor na venda da fatia que detém no banco argentino Patagonia, apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado.

O contrato ainda não teria sido fechado, conforme fonte. O movimento vai na direção da estratégia de desinvestimentos da instituição para reforçar o seu capital, antecipada pelo Broadcast, no mês passado.

Também não estaria definido, segundo fonte, se o BB deve se desfazer da totalidade das ações que possui do Patagonia ou se apenas parte delas.

O banco anunciou a compra de 51% do argentino em 2010. Na época, desembolsou US$ 479,6 milhões pelo Patagonia na esteira do seu processo de internacionalização.

Para os bancos locais, um possível interessado poderia ser o Santander que tem apetite por crescer na Argentina e, inclusive, teria feito oferta pela operação local do Citi.

O Bradesco sequer integrou o HSBC e tem restrições pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) para fazer aquisições. Já o interesse do Itaú Unibanco está voltado para Chile e Colômbia. Em abril último, concluiu a fusão com o chileno CorpBanca.

Desde que adquiriu o Patagonia, porém, o foco do BB mudou. A pedido do governo, voltou-se mais para a economia local no intuito de estimular a atividade doméstica. Foi, inclusive, em parceria com a Caixa Econômica Federal, indutor da política de redução de juros no Brasil.

Agora, o banco quer se desfazer de ativos para reforçar o seu capital e, assim, postergar uma eventual necessidade de injeção de capital por parte da União.

O assunto voltou com a nomeação de Paulo Caffarelli, escolhido pela equipe econômica do governo atual para comandar o BB.

Além de sua fatia no banco Patagonia, conforme antecipou o Broadcast, outros possíveis desinvestimentos podem ocorrer na área de cartões e na de administração de recursos de terceiros e ainda na participação que possui no Votorantim.

"Há tempos o BB quer sair da Votorantim e nunca conseguiu avançar sua estratégia na América Latina", diz uma fonte.

No caso de cartões e administração de recursos, a ideia do BB seria vender uma fatia bem menor do que a da oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da área de seguros, de acordo com a fonte a par das negociações.

Na mesa, estuda-se algo entre 5% e no máximo 10%, segundo a mesma fonte. Quando abriu capital, a BB Seguridade, que concentra os negócios de seguros, previdência e capitalização do BB, vendeu 33,75% de suas ações.

Procurados, o BB e o JPMorgan não comentaram.

Empresas com negócios entre si e mesmos sócios cometem gun jumping, diz Cade

Concorrência desleal


Empresas que possuem os mesmos sócios e fazem comércio entre si e não notificam as autoridades dessa dinâmica estão cometendo gun jumping. O entendimento é do Tribunal do Conselho Administrativo de Defesa Econômica, que multou em R$ 5 milhões duas companhias que admitiram essa prática. O processo está agora em vista, já que um conselheiro quer analisar a dosimetria da pena. O caso chegou ao órgão por meio de denúncia feita no site.

A superintendência-geral do Cade promoveu instrução que identificou cruzamento de nome dos sócios. Questionadas, as empresas admitiram a operação e alegaram não ter feito a notificação devida por desconhecimento da necessidade do procedimento.

As empresas notificaram a operação em junho de 2016, enquanto a operação teria sido feita em abril de 2016, momento em que empresa foi constituída, e o capital, totalmente integralizado. O relator, João Paulo de Resende, destacou que as partes envolvidas celebraram um acordo de acionistas para organizar a gestão da empresa.

Inicialmente foi feita uma proposta de acordo pelas empresas para pagamento de multa no valor de R$ 60 mil. Elas alegavam desconhecer a obrigação legal e que a operação teria baixo impacto no mercado. O conselheiro Resende negou o pedido, argumentando que as partes não agiram de boa-fé e a notificação somente se deu após a instrução de investigação do órgão.

Para o relator, a multa por gun jumping deve ser maior que os patamares do antigo sistema de notificação a posterior e rigorosa como medida de desincentivo da prática. Como resultado, o relator votou pela aplicação de multa de R$ 5 milhões. Aberta a votação, o conselheiro Paulo Burnier pediu vista para avaliar a dosimetria da multa. 


*A informação está no boletim informativo elaborado pela Advocacia José Del Chiaro, disponibilizado todas as terças-feiras no site da banca. Clique aqui para ler.


 http://www.conjur.com.br/2016-ago-07/empresas-negocios-entre-si-mesmos-socios-cometem-gun-jumping