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São Paulo - Ultimamente, a palavra chave entre as pessoas mais ricas do mundo tem sido "liquidez".
Um relatório da consultoria Wealth X lançado recentemente verificou um aumento grande de dinheiro vivo (e seus equivalentes) na proporção da riqueza de bilionários.
A liquidez não pára de subir desde 2012 e atingiu em 2015 a taxa de
22,2% do patrimônio líquido total dos bilionários, a maior desde que a
medição começou em 2010.
Em outras palavras: as pessoas mais ricas do mundo estão mantendo em
dinheiro ou outro formato equivalente, ao invés de em ações e
propriedade, 22 de cada 100 dólares que possuem.
"Os bilionários estão tirando o seu dinheiro da mesa quando possível,
enquanto incertezas na economia e altas históricas em acordos resultaram
em portfólios com muito dinheiro vivo", diz o relatório.
Ou seja, a liquidez começa pelo fato de que 2014 e 2015 tiveram vários
eventos, como ofertas públicas de ações, que geraram fluxo de dinheiro
para os bilionários.
Esse dinheiro não foi aplicado de volta para o mercado por causa do
nível de incerteza econômico causado pela piora constante das projeções
de crescimento global e do uso de instrumentos excepcionais de política
monetária, como juros negativos.
O cenário turbulento atingiu um novo patamar nos últimos meses com
ataques terroristas, a saída do Reino Unido da União Europeia e a
candidatura de Donald Trump à presidência americana.
A Wealth X prevê que o processo se reverta na medida em que as avaliações patrimoniais retornem para "níveis mais atrativos".
Foram levados em conta pelo relatório 2.473 bilionários ao redor do mundo com uma riqueza total estimada em US$ 7,7 trilhões.
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