Após o afastamento de Dilma Rousseff,
agora completando um pouco mais de dois meses, ficou nítido para a
população, para a imprensa e até mesmo para os governos estrangeiros que
o Brasil voltou a ser, de fato, governado, uma situação que não se via
há muitos anos. Michel Temer, presidente interino que, ao que tudo
indica, permanecerá até o fim de 2018, tem realizado ações práticas no
sentido de cortar gastos, evitar o aumento de despesas e não procura
ações meramente eleitoreiras, talvez pelo fato de que também não
pretenda ser candidato novamente, conforme ele mesmo já disse.
Temer tem como seu primeiro grande mérito
a montagem de uma boa equipe econômica, que vem trabalhando firme na
busca para amenizar os efeitos da crise brasileira – e tem dado
excelentes resultados. Tudo isso não vem de ações pontuais, mas de ações
essenciais, como a proposta para renegociar a dívida dos estados, ou o
projeto para dar maior transparência às agências reguladoras, bem como o
claro intuito de privatizar estatais falidas e, acima de tudo, corte de
centenas de cargos comissionados. Ontem mesmo o Ministério do
Planejamento cortou mais de 100 cargos dispensáveis, que eram mantidos
lá pelo governo anterior apenas por conveniência política.
Dilma, desde seu primeiro mandato,
trabalhou claramente em interesse próprio. Diversos especialistas em
economia a alertaram sobre a eminente crise, mas ela os ignorou
solenemente para, aparentemente, dar sequência às suas agendas
político-partidárias. O próprio Michel Temer, enquanto ainda era
vice-presidente, demonstrava preocupação com o quadro econômico, mas
Dilma também o ignorou.
Desde sua reeleição, a presidente
afastada procurava, diante dos fatos, falar sempre em boatos ou em
propostas superficiais e ininteligíveis. De fato, não havia a devida
preocupação em solucionar problemas, na maior parte do tempo ela só se
dedicava às ações meramente politiqueiras. A prova de que a petista não
fez o que era preciso apenas porque não quis é o momento atual. Bastou
Temer assumir o posto e as coisas começaram de fato a melhorar, o
mercado voltou a crescer, ainda que de forma um pouco tímida, a
inflação, que ainda cresce, está mais estável.
Segundo a IstoÉ, Dilma é o retrato da
teimosia, da persistência no erro e, acima de tudo, um retrato daquilo
que há de pior na política: um político que confunde governo e partido e
acaba, de fato, governando para a legenda e não para o país.
https://jornalivre.com/2016/07/23/brasil-volta-a-ter-governabilidade-diz-istoe/
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