Emmanuel Dunand/AFP
Moody's: além disso, o elevado desemprego pode elevar os calotes de pessoas físicas
Da REUTERS
São Paulo - As condições de crédito seguirão frágeis na América Latina em 2017, especialmente no Brasil, diante do fraco desempenho econômico regional, afirmou a Moody's nesta quarta-feira.
As condições econômicas mais baixas pesarão sobre os bancos da região,
prejudicando a qualidade dos ativos e pressionando os lucros.
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No Brasil, os bancos seguirão sob pressão mesmo quando a economia emergir de uma recessão de dois anos.
Além disso, o elevado desemprego pode elevar os calotes de pessoas
físicas. "A previsão da Moody's para as condições de crédito na America
Latina melhorou no último ano, mas continuamos a esperar condições
fracas", disse Paloma San Valentin, diretora-gerente da Moody's.
"Desde o mesmo período do ano passado, as condições de crédito se
deterioraram antes de melhorarem recentemente, mas a região tem um longo
caminho a percorrer."
A agência avalia que o crescimento baixo deve persistir e tende a ser
mais baixo do que a América Latina experimentou na última década.
Além disso, com expectativas econômicas frágeis, em meio a ajustes
políticos e ao risco de reversões bruscas, o prazo para normalização das
condições de crédito é incerta.
No geral, grandes conglomerados latino-americanos expostos às economias
domésticas do México, Chile e Peru têm a vantagem de um crescimento
econômico mais forte, enquanto as empresas brasileiras enfrentam
condições mais difíceis, disse a Moody's no relatório.
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