quarta-feira, 10 de agosto de 2016

As vaias brasileiras estão chamando a atenção do mundo





Mariana Bazo/Reuters
A goleira americana é fotografada em jogo no Mineirão, em Belo Horizonte, Minas Gerais
Hope Solo: ela tem sido vaiada durante as partidas da Rio-2016
 
 
 
 
São Paulo - A goleira americana Hope Solo, que jogou na última terça-feira contra Colômbia em Manaus, no Amazonas, tem dado o que falar no Brasil. 
 
Ela tem sido vaiada frequentemente durante as partidas da Rio-2016, após ter causado polêmica no Instagram, com uma postagem jocosa sobre a epidemia de zika no Brasil. 

Mas a americana está longe de ser o único alvo das reações inflamadas dos brasileiros.

A torcida já vaiou o tenista alemão Dustin Brown, quando torceu o tornozelo, e alguns nadadores russos, que, mesmo tendo sido liberados para competir, causaram alvoroço devido ao escândalo nos casos de doping.

Além de dividir opiniões entre os próprios brasileiros, a controversa postura da torcida ganhou repercussão na imprensa internacional.

O jornal americano The New York Times, por exemplo, já descreveu que é comum os alertas de “Silêncio” e “Shh!” nas competições, dados pelos torcedores e pelos próprios atletas, incomodados com as vaias.

O jornal afirma que, ainda que cada esporte tenha suas particularidades sobre os momentos adequados para torcer ou fazer silêncio, "nenhuma delas se aplica aqui (nos Jogos do Rio)".

A agência de notícias Reuters chegou a explicar que as vaias são chamadas de "zoeira" pelos brasileiros, que as destinam principalmente aos grandes nomes dos esportes, tais como EUA, Rússia e China, além da principal rival, a Argentina.

E lembra que nem mesmo "os deuses do esporte brasileiro", a Seleção de futebol, estão "imunes às vaias”.

O site da rede de televisão BBC, por outro lado, criou um guia para explicar aos estrangeiros a diferença de 6 tipos de vaias na Olimpíada do Rio.

Entre as definições levantadas, estão as vaias por diversão; aos favoritos; aos russos e aos políticos. 
Há também aquelas que são geradas por patriotismo e, claro, as direcionadas aos juízes.


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