Mariana Bazo/Reuters
Hope Solo: ela tem sido vaiada durante as partidas da Rio-2016
São Paulo - A goleira americana Hope Solo, que jogou na última
terça-feira contra Colômbia em Manaus, no Amazonas, tem dado o que falar
no Brasil.
Ela tem sido vaiada frequentemente durante as partidas da Rio-2016, após ter causado polêmica no Instagram, com uma postagem jocosa sobre a epidemia de zika no Brasil.
Mas a americana está longe de ser o único alvo das reações inflamadas dos brasileiros.
A torcida já vaiou o tenista alemão Dustin Brown, quando torceu o
tornozelo, e alguns nadadores russos, que, mesmo tendo sido liberados
para competir, causaram alvoroço devido ao escândalo nos casos de
doping.
Além de dividir opiniões entre os próprios brasileiros, a controversa
postura da torcida ganhou repercussão na imprensa internacional.
O jornal americano The New York Times, por exemplo, já descreveu que
é comum os alertas de “Silêncio” e “Shh!” nas competições, dados pelos
torcedores e pelos próprios atletas, incomodados com as vaias.
O jornal afirma que, ainda que cada esporte tenha suas particularidades
sobre os momentos adequados para torcer ou fazer silêncio, "nenhuma
delas se aplica aqui (nos Jogos do Rio)".
A agência de notícias Reuters chegou a
explicar que as vaias são chamadas de "zoeira" pelos brasileiros, que
as destinam principalmente aos grandes nomes dos esportes, tais como
EUA, Rússia e China, além da principal rival, a Argentina.
E lembra que nem mesmo "os deuses do esporte brasileiro", a Seleção de futebol, estão "imunes às vaias”.
O site da rede de televisão BBC, por outro lado, criou um guia para explicar aos estrangeiros a diferença de 6 tipos de vaias na Olimpíada do Rio.
Entre as definições levantadas, estão as vaias por diversão; aos
favoritos; aos russos e aos políticos.
Há também aquelas que são geradas
por patriotismo e, claro, as direcionadas aos juízes.
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