A fabricante de carrocerias de ônibus Marcopolo (foto) registrou um lucro líquido de R$ 42,9 milhões no segundo trimestre de 2016 – um avanço de 16,2% em relação a igual período de 2015. Na mesma base de comparação, a receita da companhia recuou 2,6%, para R$ 619,7 milhões. A Marcopolo destaca o projeto Conquest, que busca o aumento das exportações através do fortalecimento da atuação nos mercados tradicionais da América Latina e também da cobertura de novos mercados e clientes no exterior. O crescimento de 78,4% da receita das exportações a partir do Brasil e de 63,4% em unidades físicas exportadas é resultado direto das ações oriundas dessa estratégia. Elas permitiram à companhia revisar a meta interna de crescimento da receita em dólar de exportações de carrocerias, que passou de 30% para 50% em relação a 2015.
No mercado interno, entretanto, a demanda segue abaixo do nível normalizado. No segmento de rodoviários, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) iniciou a emissão do Termo de Autorização de Serviços Regulares (TAR), que dispõe sobre as regras do modelo de autorização das linhas interestaduais e internacionais. “O início da emissão do TAR era muito aguardado pelo setor e poderá destravar a demanda no médio prazo, uma vez que as empresas terão quatro anos para adequar a frota à limitação da idade máxima e média, conforme estabelecido pela resolução”, projeta a empresa em comunicado. 
Já no segmento de urbanos, a proximidade com as eleições municipais, a Olimpíada no Rio de Janeiro, as licitações em andamento e repasses pontuais de tarifas em algumas cidades do país, impulsionaram a demanda ao longo do segundo trimestre. A unidade Marcopolo Rio, dedicada a fabricação de urbanos, retomou a produção no início de junho, após o período de lay-off. “No entanto, a pressão de custos e a concorrência por preço estão afetando a rentabilidade nesse segmento”, revela a companhia.