quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Para diretor do Inpe, Brasil pode exportar conhecimento na área espacial

http://www.inpe.br/noticias/imagens/portaria_principal2.jpg

  in Clipping
 
Jornal da Ciência, 5 de agosto de 2016


Segundo Leonel Perondi, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais foi fundamental para o País se consolidar como um player mundial em economia espacial. Entidade vinculada ao MCTIC completou 55 anos nesta quarta-feira (3)

O Brasil poderá exportar conhecimento na área espacial. A avaliação é do diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Leonel Perondi. Segundo ele, o instituto, que completou 55 anos nesta quarta-feira (3), foi fundamental para o País se consolidar como um player mundial em economia espacial. Vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), o Inpe é uma das principais instituições produtoras de conhecimento no setor aeroespacial – está entre as 40 mais prolíficas do mundo, segundo estudo publicado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em 2014.

“Somos uma peça importante para o Brasil se consolidar como um player mundial em economia espacial. Já temos a expertise construída em uma série de atividades relacionadas ao setor e temos também atuação forte na fabricação de satélites. Assim como produzimos aviões, podemos produzir e exportar nossos satélites e conhecimento na área espacial”, afirma Perondi.

Para ele, o Inpe só conseguiu alcançar este patamar porque transformou o conhecimento adquirido em produtos e serviços para a sociedade e a indústria. As principais áreas de atuação são meteorologia e mudanças climáticas; observação da Terra; ciências espaciais e atmosféricas; e engenharia espacial. “Isso é um fato muito importante. O que nós produzimos ajuda diversas atividades econômicas e a sociedade como um todo.”

Um dos serviços mais disseminados são as previsões produzidas diariamente pelo Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), que servem de base para a modelagem do clima em toda a América do Sul. Há ainda os programas de monitoramento por satélite de áreas desmatadas e de focos de queimadas. Mas Perondi destaca outra atividade: o monitoramento da ionosfera. Ele explica que variações na ionização nesta camada da atmosfera da Terra podem interferir nas telecomunicações e na área de energia.

“As ondas eletromagnéticas trafegam na ionosfera e podem gerar interferências nas comunicações e na modulação da energia. A aviação civil e as plataformas de exploração de petróleo em alto mar, por exemplo, precisam dos nossos dados para validar o posicionamento do GPS. O Operador Nacional do Sistema Elétrico também usa esses dados, porque o campo eletromagnético pode interferir na transmissão de energia elétrica”, conta.
MCTIC


Nenhum comentário:

Postar um comentário