Jornal da Ciência, 5 de agosto de 2016
Segundo Leonel Perondi, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais foi
fundamental para o País se consolidar como um player mundial em
economia espacial. Entidade vinculada ao MCTIC completou 55 anos nesta
quarta-feira (3)
O Brasil poderá exportar conhecimento na área espacial. A avaliação é
do diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Leonel
Perondi. Segundo ele, o instituto, que completou 55 anos nesta
quarta-feira (3), foi fundamental para o País se consolidar como um
player mundial em economia espacial. Vinculado ao Ministério da Ciência,
Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), o Inpe é uma das
principais instituições produtoras de conhecimento no setor aeroespacial
– está entre as 40 mais prolíficas do mundo, segundo estudo publicado
pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em
2014.
“Somos uma peça importante para o Brasil se consolidar como um player
mundial em economia espacial. Já temos a expertise construída em uma
série de atividades relacionadas ao setor e temos também atuação forte
na fabricação de satélites. Assim como produzimos aviões, podemos
produzir e exportar nossos satélites e conhecimento na área espacial”,
afirma Perondi.
Para ele, o Inpe só conseguiu alcançar este patamar porque
transformou o conhecimento adquirido em produtos e serviços para a
sociedade e a indústria. As principais áreas de atuação são meteorologia
e mudanças climáticas; observação da Terra; ciências espaciais e
atmosféricas; e engenharia espacial. “Isso é um fato muito importante. O
que nós produzimos ajuda diversas atividades econômicas e a sociedade
como um todo.”
Um dos serviços mais disseminados são as previsões produzidas
diariamente pelo Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos
(CPTEC), que servem de base para a modelagem do clima em toda a América
do Sul. Há ainda os programas de monitoramento por satélite de áreas
desmatadas e de focos de queimadas. Mas Perondi destaca outra atividade:
o monitoramento da ionosfera. Ele explica que variações na ionização
nesta camada da atmosfera da Terra podem interferir nas telecomunicações
e na área de energia.
“As ondas eletromagnéticas trafegam na ionosfera e podem gerar
interferências nas comunicações e na modulação da energia. A aviação
civil e as plataformas de exploração de petróleo em alto mar, por
exemplo, precisam dos nossos dados para validar o posicionamento do GPS.
O Operador Nacional do Sistema Elétrico também usa esses dados, porque o
campo eletromagnético pode interferir na transmissão de energia
elétrica”, conta.
MCTIC
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