Adriano Machado / Reuters
José Eduardo Cardozo: advogado de defesa de Dilma disse que não queria expor uma das testemunhas à "vingança" da base de Temer
Isadora Peron, do Estadão Conteúdo
Bernardo Caram, do Estadão Conteúdo
Isabela Bonfim e Fábio Fabrini, do Estadão Conteúdo
Brasília - O advogado de defesa da presidente Dilma Rousseff, o ex-ministro José Eduardo Cardozo, decidiu retirar duas das seis testemunhas que iriam depor durante o julgamento final do impeachment.
Ele aproveitou o início da sessão desta sexta-feira, 26, para dizer que
estava abrindo mão do depoimento da ex-secretária de Orçamento Federal
Esther Dweck e pediu para que o professor da UERJ Ricardo Lodi fosse
ouvido apenas como informante.
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Cardozo argumento que não queria expor Esther à "vingança" dos senadores
da base aliada do presidente Michel Temer, que teriam ficado irritados
com o fato de Lewandowski ter impugnado uma das testemunhas de acusação.
"Estou fazendo isso para preservá-la de ataques", afirmou.
Já havia um pedido de suspeição em relação a Esther. A advogada de
acusação, Janaína Paschoal, argumentou que era muito grave o fato de ela
ter sido contratada para trabalhar no gabinete da senadora Gleisi
Hoffmann (PT-PR), que é "uma das mais ferrenhas defensoras de Dilma".
No caso de Lodi, a acusação era porque ele tem procuração para representar a presidente afastada e não poderia testemunhar.
As outras quatro testemunhas de defesa são o economista Luiz Gonzaga
Belluzzo, o ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa, o ex-secretário
executivo do Ministério da Educação no governo de Dilma Rousseff, Luiz
Cláudio Costa, e o consultor jurídico Luiz Mascarenhas Prado.
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