sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Cardozo tira duas testemunhas de defesa do impeachment



Adriano Machado / Reuters
Advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, faz defesa da presidente Dilma no Senado, dia 05/05/2016
José Eduardo Cardozo: advogado de defesa de Dilma disse que não queria expor uma das testemunhas à "vingança" da base de Temer
 
Isadora Peron, do Estadão Conteúdo
Bernardo Caram, do Estadão Conteúdo
Isabela Bonfim e Fábio Fabrini, do Estadão Conteúdo


Brasília - O advogado de defesa da presidente Dilma Rousseff, o ex-ministro José Eduardo Cardozo, decidiu retirar duas das seis testemunhas que iriam depor durante o julgamento final do impeachment.

Ele aproveitou o início da sessão desta sexta-feira, 26, para dizer que estava abrindo mão do depoimento da ex-secretária de Orçamento Federal Esther Dweck e pediu para que o professor da UERJ Ricardo Lodi fosse ouvido apenas como informante.
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Cardozo argumento que não queria expor Esther à "vingança" dos senadores da base aliada do presidente Michel Temer, que teriam ficado irritados com o fato de Lewandowski ter impugnado uma das testemunhas de acusação. "Estou fazendo isso para preservá-la de ataques", afirmou.

Já havia um pedido de suspeição em relação a Esther. A advogada de acusação, Janaína Paschoal, argumentou que era muito grave o fato de ela ter sido contratada para trabalhar no gabinete da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), que é "uma das mais ferrenhas defensoras de Dilma".

No caso de Lodi, a acusação era porque ele tem procuração para representar a presidente afastada e não poderia testemunhar.

As outras quatro testemunhas de defesa são o economista Luiz Gonzaga Belluzzo, o ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa, o ex-secretário executivo do Ministério da Educação no governo de Dilma Rousseff, Luiz Cláudio Costa, e o consultor jurídico Luiz Mascarenhas Prado.


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