Marcos Santos/USP Imagens
Arrecadação de impostos: recessão vai afetar receitas dos governos federal, estaduais e municipais
São Paulo - Confira as principais novidades do mercados desta sexta-feira (19):
Recessão deve levar carga tributária ao menor nível em 15 anos
A carga tributária brasileira (volume de impostos arrecadados em relação
ao PIB) caminha para fechar o ano no menor patamar em 15 anos, afetada
pela recessão econômica.
Estudo mostra que o total de impostos pagos aos governos federal,
estaduais e municipais chegará a 33,15% do PIB, menor nível desde 2001,
quando a relação era de 32,05%.
Anúncio de pacote de concessões e privatizações fica para setembro
O Planalto decidiu esperar a aprovação do Congresso da medida provisória
que cria o Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) para anunciar o
primeiro pacote de concessões e privatizações.
Assim, segundo a Folha de S.Paulo,
o anúncio ficou para setembro. Há receio de que, sem a criação do PPI, a
insegurança jurídica afaste investidores e prejudique os negócios.
Justiça anula acordo entre Samarco, Vale, BHP e União
Atendendo a pedido do MPF, a Justiça anulou o acordo
firmado entre União, os estados de Minas Gerais e do Espírito Santo e a
empresa Samarco e suas acionistas, Vale e BHP Billiton, para a
recuperação da bacia do Rio Doce.
O acordo, que prevê a recuperação dos rios depois do rompimento da
barragem de Fundão, em Mariana (MG), faz parte de uma ação civil
pública.
Petros cobra R$ 843 milhões da Vale Fertilizantes
O Petros, fundo de pensão dos funcionários da Petrobras, está cobrando
R$ 843 milhões da Vale Fertilizantes para sanar o deficit do plano
Petros Ultrafértil.
Em fevereiro, a Vale pediu formalmente para sair do fundo, mas uma
decisão ontem na Justiça a obrigou a permanecer no negócio até que os
pedidos de ressarcimento sejam julgados.
Camargo Corrêa diz não ter data para fechar venda da CPFL
A Camargo Corrêa informou que não possui neste momento confirmação ou previsão de quando poderá ser fechada a venda de sua fatia na elétrica CPFL Energia à chinesa State Grid.
Em comunicado à CVM, a Camargo Corrêa disse ainda que desconhece
"quaisquer notícias ou intenções" da State Grid em fechar o capital da
CPFL.
Embraer se defende de críticas do sindicato dos metalúrgicos
Depois de ser criticada pelo sindicato de metalúrgicos por ter anunciado um plano de demissões voluntárias (PDV), a Embraer divulgou comunicado se defendendo.
"O programa, como o próprio nome diz, é de caráter voluntário: ou seja,
cabe ao empregado decidir se adere ou não. A iniciativa, informada na
semana passada, é parte de uma série de medidas de redução de custos
para superar o cenário desafiador enfrentado hoje pela indústria global
aeroespacial e de defesa", diz a companhia.
Eletropaulo fala em acordo para encerrar ação da Eletrobras
A Eletropaulo espera resolver ainda neste ano uma disputa judicial da
Cteep com a Eletrobras que já se arrasta por 28 anos e pode chegar a R$
2,5 bilhões, segundo o Valor Econômico.
A empresa acredita, no entanto, que pode chegar a um acordo com a
Eletrobras, caso a Justiça tome uma decisão desfavorável para a
Eletropaulo.
Novo consórcio deve apresentar plano para Oi
Um novo consórcio se formou para apresentar um plano de reestruturação financeira para a Oi, de acordo com o Valor Econômico.
Fazem parte do grupo os escritórios de advocacia Felsberg e Morrison
& Foerster; o ex-presidente da Claro João Cox; o ex-presidente da
TIM, Mario Cesar de Araújo; a butique de investimento ACGM; e a Íntegra
Associados.
NEC Corp. adquire a brasileira Arcon
A japonesa NEC Corporation comprou a empresa brasileira de segurança cibernética Arcon Informática por R$ 60 milhões.
O grupo adquiriu 75% da Arcon, segundo informações do Valor Econômico. Os outros 25% continuam nas mãos de Marcelo Barcellos, fundador da empresa, que mantém a presidência.
Petrolíferas travam "briga de bar" por corte de custos
Em todo o setor petrolífero,
as empresas cortaram as despesas com serra elétrica, reduzindo os
gastos para o período de 2015 a 2020 em US$ 1 trilhão, por meio de
demissões de funcionários, adiamento de projetos, mudança de técnicas de
perfuração e ajustes nos trabalhos terceirizados, de acordo com a
empresa de consultoria Wood Mackenzie.
Isso protegeu os negócios diante da queda de 60% dos preços do petróleo
desde 2014. Agora, as produtoras querem mostrar que podem fazer com que
essas economias perdurem, mas os prestadores de serviços tentam reverter
perdas.
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