quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Empresários pedem a Meirelles simplificação de impostos




Ueslei Marcelino / Reuters
Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, durante conferência no Palácio do Planalto, dia 07/07/2016
Impostos: segundo o consultor de gestão Vicente Falconi, as empresas têm custo alto para conseguir pagar os impostos devido à complexidade dos tributos


Brasília - Empresários defenderam hoje (10), em reunião com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, a simplificação dos impostos no país.

O ministro recebeu em Brasília representantes do Instituto Talento Brasil, uma organização que reúne empresários, executivos, acadêmicos, entre outros.
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Segundo o consultor de gestão Vicente Falconi, as empresas têm custo alto para conseguir pagar os impostos devido à complexidade dos tributos.

“Um dos empresários disse que só ele tem 29 mil taxas de imposto [de Circulação de Mercadorias e Serviços]. Cada estado tem uma taxa para cada produto diferente. Tem que ter um quadro enorme de pessoal para cuidar disso tudo”, disse Falconi.

“Não houve nenhum pedido de diminuição de imposto porque a gente sabe que isso é impossível. O que a gente deseja é: mantenha-se o nível de impostos, mas simplifique-se”, acrescentou o empresário.

De acordo com Falconi, outro tema tratado na reunião com o ministro foi o projeto que define teto para as despesas federais, além da reforma da Previdência.

“O teto vai viabilizar a reforma fiscal, que é o que o Brasil precisa no momento. E a reforma da previdênciaé uma coisa que vai ter que acontecer”, disse ele, ao sair do Ministério da Fazenda.


Santa Catarina lança Associação Brasileira de Internet Industrial





Entidade, que é uma iniciativa da Fiesc, Pollux e Embraco, pretende criar soluções tecnológicas integradas 



 

  
Da Redação
redacao@amanha.com.br

O que um refrigerador inteligente, que permite controlar a validade dos produtos e mostra receitas com os itens armazenados, tem a ver com o Waze, aplicativo que a partir de informações geradas em smartphones ajuda a evitar engarrafamentos no trânsito? As duas inovações são frutos da internet industrial, que une máquinas inteligentes, análise avançada e a criatividade das pessoas para gerar profundas transformações e trazer grande eficiência para setores industriais diversos, como manufatura, transporte, energia e cuidados com a saúde. Essa nova revolução tecnológica promete um forte crescimento econômico, a geração de mais e melhores empregos e a elevação dos padrões de vida da população.  A internet industrial também está presente em linhas de montagens automotivas, sistemas de geração e distribuição de energia, centros hospitalares, monitoramento de manutenções e condições de funcionamento, comunicação entre plantas industriais. 

Numa iniciativa da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) em parceria com a Pollux Automation e a Embraco, será instalada nesta quarta (10) a Associação Brasileira de Internet Industrial (ABII).  O lançamento será realizado às 19h30, na sede da Associação Empresarial de Joinville (Acij). O evento prevê a participação de 200 representantes dos setores público e privado, academia e outras entidades. Entre os principais objetivos da ABII estão a divulgação e o fortalecimento da internet industrial no Brasil, a criação de um fórum permanente de discussões sobre o tema, o intercâmbio tecnológico e de negócios com parceiros internacionais e a promoção do desenvolvimento econômico e geração de novos empregos. Após a apresentação da nova entidade e de seus objetivos, os fundadores irão mostrar como poderá ser feita a filiação das empresas, os ganhos que a iniciativa trará para o crescimento e fortalecimento da internet industrial no Brasil, além de apresentar o concurso para criação da identidade visual. Também será realizada a posse da primeira diretoria da ABII.

O presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, entende que a internet industrial está mudando a forma com que as empresas se relacionam dentro de uma cadeia de suprimentos, desde o fornecedor da matéria-prima até o cliente final. “Ela permite que uma grande quantidade de dados, antes apenas coletados, sejam tratados e organizados para gerar informações úteis para a tomada de decisão. “Aderir aos conceitos da internet industrial não é uma opção, mas um requisito da competitividade da indústria e do País”, afirma Côrte, para quem esta nova onda da revolução industrial está promovendo inúmeras mudanças na sociedade e no mundo do trabalho.

Análises recentes indicam o potencial de criação de um mercado de até US$ 15 trilhões até 2031. Gigantes globais, novas empresas de tecnologia, universidades e institutos de pesquisa trabalham fortemente para vencer um a um os inúmeros desafios técnicos, incluindo o atingimento de um nível de segurança viável para troca de informações sensíveis e a criação de padrões e referências que garantam a interoperabilidade entre diferentes tipos de máquinas e dispositivos.


Inspiração em consórcio internacional
 

A criação da Associação Brasileira de Internet Industrial é inspirada no consórcio internacional (Consórcio de Internet Industrial - IIC) criado em 2014 nos Estados Unidos, com o mesmo fim, pela AT&T, IBM, GE e Intel, e do qual a Pollux Automation de Joinville é uma das duas empresas brasileiras presentes. O consórcio já conta com cerca de 250 associados de mais de 30 países. O IIC é um consórcio internacional aberto, sem fins lucrativos, que está definindo a estrutura de arquitetura e as direções para a internet industrial. A missão do consórcio é coordenar as vastas iniciativas do ecossistema que irá conectar e integrar objetos com pessoas, processos e dados utilizando arquiteturas comuns, interoperabilidade e padrões abertos.

A intenção de transformar Joinville em capital brasileira da internet industrial surgiu em um dos painéis da Expogestão 2016 sobre o tema. “Joinville já teve sua economia pautada na indústria tradicional e viveu o florescimento e  expansão da tecnologia da informação. A cidade agora tem a oportunidade de ser protagonista no mundo da internet industrial”, provocou na ocasião José Rizzo Hahn Filho, presidente da Pollux Automation e um dos painelistas da Expogestão. Rizzo afirma que a internet industrial está gerando uma ampla gama de dados. “A tecnologia reduziu a latência de informação para que máquinas e pessoas tomem decisões mais rápidas e se tornou de baixo custo”, reitera Rizzo que será o primeiro presidente da entidade. 

A Embraco, líder mundial em tecnologia para refrigeração e parceira do Senai e da Pollux de longa data, busca estar sempre à frente em projetos relacionados à inovação e competitividade. “O mais importante para o fortalecimento e desenvolvimento do tema e da ABII é o envolvimento de cada vez mais empresas e instituições, de segmentos diferentes, estimulando a troca de conhecimento”, destaca Luciano Borges Lopes, gerente global sênior de TI na Embraco. Na multinacional do setor de compressores, a discussão sobre como incentivar a internet industrial começou há, pelo menos, quatro anos e continua atual e importante. “O tema muda a forma como nos relacionamos com as pessoas, com os dados e com nossos clientes.  Entendemos a ABII como uma oportunidade de discutir e compartilhar os desafios, aprendizados e iniciativas para inspirar o uso da tecnologia embarcada em produtos”, reforça.  Lopes lembra que Joinville não é somente um polo industrial, mas também, é cada vez mais um polo de tecnologia, com talentos formados na região. “Com isso é possível reunir muito conhecimento sobre o tema na cidade, evoluindo para um processo de aprendizado e desenvolvimento que abranja todo o país”, garante.


Como integrar a ABII
 

A admissão de associados se dará por meio de proposta de filiação do interessado e estará sujeita à avaliação e decisão da diretoria da ABII. O custo para integrar a entidade varia de acordo com a modalidade do associado: Fundador, Mantenedor, Honorário e Contribuinte. Para se associar, a empresa ou entidade deverá preencher um formulário de proposta de adesão que será disponibilizado na internet. Para mais informações os interessados podem ligar para 0800 606 0800. As primeiras reuniões da ABII serão realizadas na Softville até a realocação para a sede definitiva. A diretoria terá um mandato de dois anos, permitida a reeleição, e composta por até sete diretores. Entre eles serão eleitos o presidente, vice-presidente, secretário, tesoureiro e três diretores. A primeira diretoria terá como presidente José Rizzo Hahn Filho, presidente da Pollux Automation, vice-presidente, André Marcon Zanatta, diretor do Instituto Senai de Inovação em Sistemas de Manufatura, e diretor, Luciano Borges Lopes, gerente global sênior de TI na Embraco. O secretário será Marcus Silva, da SST Advogados e o tesoureiro Luiz Jung, da Moore Stephens. Os demais membros da diretoria serão definidos até o final do ano.



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terça-feira, 9 de agosto de 2016

Marcopolo tem lucro 16% maior entre abril e junho




O resultado foi alcançado graças ao projeto Conquest, que busca o aumento das exportações

Da Redação


redacao@amanha.com.br



A fabricante de carrocerias de ônibus Marcopolo (foto) registrou um lucro líquido de R$ 42,9 milhões no segundo trimestre de 2016 – um avanço de 16,2% em relação a igual período de 2015. Na mesma base de comparação, a receita da companhia recuou 2,6%, para R$ 619,7 milhões. A Marcopolo destaca o projeto Conquest, que busca o aumento das exportações através do fortalecimento da atuação nos mercados tradicionais da América Latina e também da cobertura de novos mercados e clientes no exterior. O crescimento de 78,4% da receita das exportações a partir do Brasil e de 63,4% em unidades físicas exportadas é resultado direto das ações oriundas dessa estratégia. Elas permitiram à companhia revisar a meta interna de crescimento da receita em dólar de exportações de carrocerias, que passou de 30% para 50% em relação a 2015. 

No mercado interno, entretanto, a demanda segue abaixo do nível normalizado. No segmento de rodoviários, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) iniciou a emissão do Termo de Autorização de Serviços Regulares (TAR), que dispõe sobre as regras do modelo de autorização das linhas interestaduais e internacionais. “O início da emissão do TAR era muito aguardado pelo setor e poderá destravar a demanda no médio prazo, uma vez que as empresas terão quatro anos para adequar a frota à limitação da idade máxima e média, conforme estabelecido pela resolução”, projeta a empresa em comunicado. 

Já no segmento de urbanos, a proximidade com as eleições municipais, a Olimpíada no Rio de Janeiro, as licitações em andamento e repasses pontuais de tarifas em algumas cidades do país, impulsionaram a demanda ao longo do segundo trimestre. A unidade Marcopolo Rio, dedicada a fabricação de urbanos, retomou a produção no início de junho, após o período de lay-off. “No entanto, a pressão de custos e a concorrência por preço estão afetando a rentabilidade nesse segmento”, revela a companhia. 


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Marcopolo tem lucro 16% maior entre abril e junho

O resultado foi alcançado graças ao projeto Conquest, que busca o aumento das exportações

Da Redação

redacao@amanha.com.br
A fabricante de carrocerias de ônibus Marcopolo (foto) registrou um lucro líquido de R$ 42,9 milhões no segundo trimestre de 2016 – um avanço de 16,2% em relação a igual período de 2015. Na mesma base de comparação, a receita da companhia recuou 2,6%, para R$ 619,7 milhões. A Marcopolo destaca o projeto Conquest, que busca o aumento das exportações através do fortalecimento da atuação nos mercados tradicionais da América Latina e também da cobertura de novos mercados e clientes no exterior. O crescimento de 78,4% da receita das exportações a partir do Brasil e de 63,4% em unidades físicas exportadas é resultado direto das ações oriundas dessa estratégia. Elas permitiram à companhia revisar a meta interna de crescimento da receita em dólar de exportações de carrocerias, que passou de 30% para 50% em relação a 2015.
No mercado interno, entretanto, a demanda segue abaixo do nível normalizado. No segmento de rodoviários, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) iniciou a emissão do Termo de Autorização de Serviços Regulares (TAR), que dispõe sobre as regras do modelo de autorização das linhas interestaduais e internacionais. “O início da emissão do TAR era muito aguardado pelo setor e poderá destravar a demanda no médio prazo, uma vez que as empresas terão quatro anos para adequar a frota à limitação da idade máxima e média, conforme estabelecido pela resolução”, projeta a empresa em comunicado. 
Já no segmento de urbanos, a proximidade com as eleições municipais, a Olimpíada no Rio de Janeiro, as licitações em andamento e repasses pontuais de tarifas em algumas cidades do país, impulsionaram a demanda ao longo do segundo trimestre. A unidade Marcopolo Rio, dedicada a fabricação de urbanos, retomou a produção no início de junho, após o período de lay-off. “No entanto, a pressão de custos e a concorrência por preço estão afetando a rentabilidade nesse segmento”, revela a companhia. 
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Presidente da OAB diz que saúde não pode sofrer cortes




Evandro Oliveira/PMPA
Paciente é vacinado em um posto do Sistema Único de Saúde (SUS)
Vacinação no SUS: Lamachia lembrou que mais de 70% da população depende do Sistema Único de Saúde e garantiu que a entidade rechaça qualquer tentativa de corte no setor
 
 


O presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamachia, afirmou hoje (9) que a saúde não pode sofrer cortes em meio ao ajuste fiscal promovido pelo governo. 

“Vivemos, no Brasil, uma crise econômica sem precedentes, que demanda um ajuste fiscal, com corte de despesas em diversas áreas”, disse Lamachia, na audiência pública Saúde na UTI, organizada pela própria OAB e que reuniu entidades do setor e representantes do governo federal – inclusive o ministro da Saúde, Ricardo Barros. Ele ressaltou, porém, que áreas como saúde, educação e segurança pública não podem sofrer cortes.
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Lamachia lembrou que mais de 70% da população depende do Sistema Único de Saúde (SUS) e garantiu que a entidade rechaça qualquer tentativa de corte ou contingenciamento de recursos no setor.

O presidente citou, entre outras, a proposta de emenda à Constituição (PEC 241/16), que limita gastos públicos para despesas primárias no Executivo, Legislativo e Judiciário.

O ministro da Saúde, por sua vez, concordou que é preciso ampliar o financiamento da saúde, mas voltou a defender que “há amplo espaço para se fazer mais com o mesmo”.

“Sabemos que há subfinanciamento, mas podemos produzir, com os recursos que temos, mais qualidade e quantidade para os brasileiros”, disse Ricardo Barros.

Durante o evento, o ministro destacou ainda que o governo busca formas de diminuir a judicialização da saúde por meio de parceria com o Conselho Nacional de Justiça e que, entre as prioridades da pasta, estão melhorias na gestão e no financiamento e o aperfeiçoamento do sistema de informações.

As 4 áreas mais quentes para advogados no Brasil de agora



Gil Ferreira/SCO/STF
Estátua da Justiça na porta do prédio do STF (Supremo Tribunal Federal)
 
 
 
 
São Paulo – A crise tem dado trabalho para os advogados de algumas áreas. Enquanto empresas vêm seu fluxo de caixa minguar, enxugam equipes e a Serasa divulga recordes atrás de recordes em pedidos de recuperação judicial no Brasil, há quem só veja o volume de trabalho aumentar. É o caso de quem atua nestas quatro áreas, segundo especialistas:


1. Recuperação judicial, restruturação de dívida e falência
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“Esse setor tem sido o carro chefe dos escritórios”, diz Rodrigo Carmargo, consultor da Talenses. Cenário econômico travado só faz crescer o número de empresas com problemas. “Essas dificuldades acabam gerando trabalho para advogados”, diz Guilherme Forbes, advogado do Stocche Forbes.

Advogados especializados nessa área conduzem o procedimento jurídico de uma recuperação judicial. “Seu objetivo é ajudar a empresa a sair do crítico de endividamento, por meio de renegociação de eventuais dívidas e créditos”, diz Tauan Mendonça, sócio da Vittore Partners.

De acordo com Indicador Serasa Experian de Falências e Recuperações, em 2015, foram requeridos 1.287 pedidos de recuperações judiciais, 55,4% a mais do que em 2014. E neste ano, até julho já foram 1.098 pedidos, segundo a Serasa, levando 2016 para perto do recorde quantitativo de pedidos.

Além do aumento de volume, a complexidade também cresceu e empresas grandes com estruturas mais labirínticas também estão pedindo recuperação judicial. O caso mais emblemático da atualidade brasileira talvez seja o da Oi, a maior  recuperação judicial já vista no Brasil.

Profissionais que se destacam têm perfil conciliador e são bons negociadores. Um diferencial que o sócio da Vittore Partners cita é o domínio de inglês. “Como a maior parte dos credores nesses procedimentos judiciais são instituições financeiras ou multinacionais, a exigência é que esses advogados atuem também como interface da matriz de seus clientes exigindo o inglês no currículo”, diz Mendonça.

Advogados com especializações fora do país (como um L.LM) também saem na frente. Escritórios têm montado equipes focadas nesse setor e um advogado júnior começa com uma remuneração fixa de 6 mil reais (líquido) e um profissional sênior pode ganhar 25 mil reais (líquido) além da remuneração variável, segundo o sócio da Vittore Partners.
 

2. Compliance


Antigamente era uma frente dominada por advogados criminais que só entravam em ação quando havia denúncia, segundo Guilherme Forbes, do Stocche Forbes. Hoje compliance é visto por jovens advogados como uma atividade atrativa e em ascensão.

A área começou a ser estruturada no Brasil há sete anos, mas com a operação Lava Jato e a Nova Lei Anticorrupção o tema ganhou muito mais destaque nos últimos tempos.

“Hoje virou uma questão corporativa e as empresas estão implementando programas e dando treinamentos de compliance”, diz o advogado.

“É ainda uma novidade, não se estuda compliance na faculdade de direito e não há muitos cursos”, diz Camargo, da Talenses. De acordo com ele, muitos profissionais que trabalham hoje nesta área migraram da área tributária ou até trabalhista. Experiências em auditoria são diferenciais importantes.
Estudo da consultoria Hays, mostra que a remuneração na área de compliance pode variar entre 8 mil reais (nível de coordenação em empresa de médio porte) a até 30 mil reais (nível de diretoria em empresa grande).
 

3. Tributário


É um campo de trabalho em que o profissional do Direito pode oferecer consultoria, planejamento, atendimento à fiscalização, controle e gerenciamento de escritórios terceiros, implementação de projetos fiscais, acompanhamento da legislação, além de suporte tributário às áreas de negócios, segundo Bruno Lourenço, sócio da Vittore Partners.

Há uma demanda grande agora com a retomada das atividades do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), que teve sessões de julgamento suspensas, por conta da Operação Zelotes da PF que investiga corrupção no órgão. A fase agora, segundo Camargo, é de aceleração dos processos que deveriam já ter sido julgados.

A crise e a necessidade de maior fluxo de caixa e resultado financeiro também faz crescer a demanda por profissionais, já que um planejamento tributário eficiente pode significar a economia de grandes somas. Os salários variam entre 8 mil reais e 15 mil reais, segundo dados da Vittore Partners.
 

4. Trabalhista


Advogados nesta área são responsáveis por assuntos trabalhistas de uma empresa, no âmbito consultivo, preventivo ou mesmo litigioso.

O aumento no número de demissões e só fez crescer o volume de processos trabalhistas, diz Camargo, da Talenses. Com isso a área trabalhista também aparece em evidência no mercado jurídico.
 
“A desatualização da legislação - e seu impacto sobre as empresas com relação ao Direito do Trabalho Coletivo (Direito Sindical) - é outro fator que leva tanto empresas como escritórios de advocacia estarem sempre na busca por profissionais qualificados”, diz Raul Cury Neto, sócio da Vittore Partners

Chinesa State Grid quer comprar fatia da Previ na CPFL






Divulgação
CPFL Energia
CPFL: State Grid estaria comprando fatias da empresa antes de fazer uma oferta completa pelo resto


Washington - A estatal chinesa State Grid deseja comprar a participação de outros acionistas da CPFL, segundo pessoas familiarizadas com o assunto. 

A Previ, maior fundo de pensão da América Latina, possui uma participação de 29,4% na CPFL, e disse em comunicado que avalia a oferta. Além disso, segundo as fontes ouvidas, outros que detêm participações na CPFL têm sido cortejados pela companhia asiática.
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Maior fornecedora de eletricidade do mundo em receita, a State Grid deseja, de acordo com as fontes, garantir fatias dos grandes controladores da CPFL neste mês, antes de fazer uma oferta completa pelo resto.

Caso se confirme, o acordo seria o maior investimento da China já feito no Brasil e uma dose extra de capital estrangeiro para um país que enfrenta sua pior recessão.

A State Grid, com ativos globais de mais de US$ 450 bilhões no fim de 2015, já anunciou no mês passado um acordo com a Camargo Corrêa para comprar quase 23% da CPFL da empreiteira, um negócio de R$ 5,85 bilhões.

Também fechou negócio para comprar a fatia da Camargo Corrêa na CPFL Renováveis, segundo o anúncio de julho.

A companhia estatal chinesa está otimista de que assegurará uma fatia de controle da empresa, segundo uma das fontes. Isso levaria a uma oferta por todas as ações restantes pelo mesmo preço. No início do mês de julho, a Camargo Corrêa aceitou a oferta da State Grid no valor de R$ 25 por ação. 

Fonte: Dow Jones Newswires.

Energia eólica já começou a mudar o Brasil






iStockphoto
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Turbinas na Praia de Tourinhos, no Rio Grande do Norte: fonte eólica atende 30% da necessidade elétrica do Nordeste brasileiro
 
Os ventos fortes e constantes que sopram no Nordeste brasileiro fazem da região um polo importante de produção de energia eólica. Turbinas gigantes com mais de 100 metros de altura e rotores de 120 metros de diâmetro, o equivalente a um prédio de 40 andares, já fazem parte do cenário naturalmente formado por belas praias de mar esverdeado. 

Os mais de 200 equipamentos de última geração instalados nos estados do Rio Grande do Norte, Bahia, Pernambuco e Ceará são operados remotamente e permanentemente controlados para extrair o máximo potencial das correntes de vento. A energia eólica gerada com alta eficiência tem ajudado a região a enfrentar os extensos períodos de seca e ainda coloca o Nordeste como a melhor área do país para a produção de energia com a força dos ventos. 

“A fonte eólica tem atendido cerca de 30% da necessidade do Nordeste e contribui para aumentar a segurança do fornecimento de energia por esse sistema”, afirma Élbia Silva Gannoum, presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica). Sem a energia eólica, a região poderia estar em situação de racionamento. 

A forte seca expandiu-se nos últimos anos pelo Brasil e colocou os principais reservatórios do país em estado de emergência. Veio à tona, com a escassez de água, o risco iminente de apagão, uma vez que o país depende predominantemente da geração de energia proveniente de hidrelétricas. A crise hídrica deixou uma mensagem clara: é preciso, mais do que nunca, diversificar a matriz elétrica para evitar problemas de abastecimento de energia no futuro.   

As hidrelétricas produzem 61% da energia do país hoje. Mas esse cenário já apresenta sinais de mudanças. “Até 2040, projetamos que a dependência da geração de eletricidade a partir de fontes hídricas acabará”, afirma Lilian Alves, diretora para a América Latina da Bloomberg New Energy Finance. Segundo a projeção, as fontes eólica e solar representarão 42% da matriz brasileira até 2040. 

A energia eólica começou a se tornar representativa nos últimos cinco anos e já tem 7% da matriz elétrica brasileira. Se, no fim de 2014, a capacidade instalada de energia eólica era de 5,9 gigawatts, esse número está em 9,9 gigawatts hoje.

Segundo o Conselho Global de Energia Eólica (GWEC, na sigla em inglês), o Brasil foi, nos dois últimos anos consecutivos, o quarto país onde a fonte mais cresceu. Ficou atrás de China, Estados Unidos e Alemanha.

Apesar do ambiente macroeconômico desfavorável, 111 usinas eólicas começaram a funcionar em 2015. Hoje, existem 392 usinas em operação em 70 municípios brasileiros. “Houve um crescimento de 46% da capacidade instalada no período de um ano e a geração de 40 000 postos de trabalho”, afirma Élbia. 

A energia eólica gerada em 2015 também pode ser medida pela quantidade de lares abastecidos por essa fonte. De acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), cerca de 33 milhões de brasileiros usaram eletricidade proveniente de fonte eólica em todos os meses do ano. Isso equivale ao dobro da população do estado de Minas Gerais. 

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou, desde 2003, financiamentos superiores a 20 bilhões de reais para projetos eólicos no país. Além de ajudarem a diversificar a matriz brasileira, os investimentos contribuem para a diminuição da emissão de gases poluentes, uma vez que o vento é uma fonte limpa e inesgotável. O total de emissões evitadas em 2015 foi de 10,42 milhões de toneladas de CO2, o mesmo que a emissão anual de uma frota com cerca de 7 milhões de automóveis.

Os empreendimentos eólicos também mudam a realidade no entorno dos parques industriais. Considerando apenas cinco cidades do Nordeste, foram investidos 500 000 reais em projetos socioambientais no ano de 2015, que beneficiaram 5 000 pessoas com, por exemplo, tratamento odontológico e capacitação em habilidades como empreendedorismo e liderança.

Somam-se às vantagens a qualificação especializada de profissionais, a geração de emprego, o desenvolvimento das economias locais e a criação de tecnologia de última geração. Segundo Élbia, cerca de 80% da cadeia produtiva está nacionalizada. São mais de 50 geradores em funcionamento, sete fabricantes de turbinas, além de centenas de empresas especializadas na fabricação de peças e componentes.

O desenvolvimento exponencial da fonte eólica estará em discussão entre diversos empreendedores, especialistas e autoridades durante o Brazil Windpower, maior feira do setor da América Latina, que acontecerá entre 30 de agosto e 1º de setembro no Rio de Janeiro. O evento, que está em sua sétima edição, mostra que o país está empenhado em construir um futuro sustentável.