quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Potash e Agrium se fundem em empresa avaliada em US$ 36 bi





Andrey Rudakov/Bloomberg
Homem passa por galpão com sacos de fertilizante
Fertilizantes: a operação deve gerar uma sinergia de 500 milhões de dólares
 
Da AFP


A gigante canadense dos fertilizantes agrícolas Potash Corp e sua concorrente Agrium anunciaram nesta segunda-feira uma fusão que criará uma empresa avaliada em 36 bilhões de dólares.

A operação, aprovada pelos conselhos de administração das empresas, consiste em uma fusão entre iguais baseada nas cotações na bolsa de ambas em 29 de agosto, antes do primeiro anúncio de discussões, e deve gerar uma sinergia de 500 milhões de dólares, informa um comunicado.
Publicidade

Bayer adquire Monsanto por US$ 66 bilhões





Brendan McDermid/File Photo/Reuters
Logo da Monsanto visto em Nova York
Monsanto: “transação cria um motor para a inovação”, afirmou a Bayer em comunicado

São Paulo – A Bayer anunciou hoje, 14, que chegou a um acordo para comprar a Monsanto por US$ 66 bilhões.

O valor da aquisição será de US$ 128 por ação da Monsanto, valor 44% superior ao fechamento das ações da companhia no dia 9 de maio.

Essa foi a data da primeira oferta oficial da Bayer pela companhia, que era de US$ 122 por ação. Nos quatro meses desde a primeira proposta, a Bayer aumentou sua oferta duas vezes.

Em 2015, as receitas das duas companhias somaram US$ 23 bilhões. 

A sinergia esperada com a combinação das duas companhias será de US$ 1,5 bilhão após três anos, além de novos cortes de custos ganhos com soluções integradas nos anos futuros.

“Estamos felizes em anunciar a combinação de duas grandes organizações. Essa operação representa um passo importante para o nosso negócio de Ciência do Cultivo e reforça a posição de liderança da Bayer como companhia líder em inovação em Ciência da Vida”, afirmou Werner Baumann, CEO da Bayer AG.

Juntas, as duas empresas investem aproximadamente 2,5 bilhões de euros em pesquisa e desenvolvimento todos os anos.Os conselhos das companhias aprovaram a operação. 

Muitos investidores da Bayer questionaram se a aquisição seria uma operação vantjosa para a companhia, por conta de sua alta dívida, afirmou o Wall Street Journal.

Em 2015, a dívida era de 17,45 bilhões de euros, mais do que o dobro da posição de cinco anos atrás, de 7 bilhões de euros.

Para pagar pela transação, a Bayer irá levantar US$ 19 bilhões com emissão de títulos de dívida conversíveis. Além disso, US$ 57 bilhões virão de empréstimos dos bancos BofA Merrill Lynch, Credit Suisse, Goldman Sachs, HSBC e JP Morgan. 

 

Mudança de portfólio


A aquisição marca uma grande mudança no portfólio da Bayer, cujo principal negócio são produtos voltados à saúde.

Com a Monsanto, ela reforça sua posição no agronegócio, setor apontado como desafiador e fonte de crescimento no futuro pelo conselho da companhia.

"A indústria da agricultura é o coração de um dos maiores desafios do nosso tempo: como alimentar mais 3 bilhões de pessoas no mundo ate 2050 de uma maneira sustentável para o meio ambiente", afirmou Liam Condon, membro do Conselho de Administração da Bayer AG e diretor da Divisão de Ciência do Cultivo.

Com a expertise da Monsanto, ele acredita que as duas companhias poderão criar soluções para sementes e proteção de plantações que sejam mais sustentáveis.


Ex-ministro Antonio Cabrera deve retomar construção de duas usinas

Ex-ministro Antonio Cabrera deve retomar construção de duas usinas
Livre da sociedade que mantinha com a norte-americana ADM na usina de etanol de Limeira do Oeste (MG), Antonio Cabrera decidiu por uma trajetória independente no setor sucroalcooleiro, Vai retomar por conta própria a construção de duas usinas, projeto que foi cancelado pela ADM quando eram sócios.

Cabreira, ministro da Agricultura no governo Collor, vai pisar nas pegadas dos yankees. Pretende comprar uma participação no capital da usina do grupo FIP Marseille. Adivinhem quem vendeu a planta industrial ao FIP Marseille? Adivinhão quem cravou a ADM (Relatório Reservado, 13/8/16)

http://www.brasilagro.com.br/conteudo/ex-ministro-antonio-cabrera-deve-retomar-construcao-de-duas-usinas.html?utm_source=Newsletter&utm_medium=E-mail-MKT&utm_campaign=E-Mkt_RGB/#.V9mRQiGnyTZ

IBGE: saldo de empresas ativas no País recuou 4,6% em 2014





Eric Gaillard/Reuters
Trabalhador posa com bandeira do Brasil em linha de VLT sendo construída em Cuiabá
Empresas brasileiras: houve queda ainda de 0,2% no pessoal ocupado total
 
Daniela Amorim, do Estadão Conteúdo


Rio - O País tinha 4,6 milhões de empresas ativas que ocupavam 41,8 milhões de pessoas em 2014, segundo os dados do Cadastro Central de Empresas (Cempre) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No entanto, o saldo de empresas foi negativo pela primeira vez. As saídas totalizaram 944 mil empresas e as entradas somaram 726,3 mil empresas, o equivalente a um decréscimo de 4,6% em relação a 2013, ou 217,7 mil a menos.

Houve queda ainda de 0,2% no pessoal ocupado total, 71,1 mil pessoas a menos, e aumento de 0,5% no pessoal ocupado assalariado, 170,4 mil empregados a mais.

Entre os trabalhadores ocupados, 35,2 milhões eram assalariados em 2014, o equivalente a 84,2%, enquanto 6,6 milhões (15,8%) estavam na condição de sócio ou proprietário.

Os salários e outras remunerações pagos pelas entidades empresariais totalizaram R$ 939,8 bilhões no ano, com um salário médio mensal de R$ 2.030,70, ou 2,8 salários mínimos mensais médios.

A idade média das empresas ativas em 2014 era de 10,6 anos. A taxa de saída das empresas cresceu 6,1 pontos porcentuais, passando de 14,6% em 2013 para 20,7% em 2014, a maior taxa da série histórica iniciada em 2008.

Todas as seções de atividades apresentaram aumento nas taxas de saída de empresas do mercado. As maiores elevações foram verificadas em Outras atividades de serviços (10,5 pontos porcentuais); Artes, cultura, esporte e recreação (8,7 pontos porcentuais); Construção (7,9 pontos porcentuais); e Informação e comunicação (6,8 pontos porcentuais).

Ao mesmo tempo, a taxa de entrada diminuiu de 18,3% em 2013 para 15,9% em 2014, a menor desde 2008. A taxa de sobrevivência ficou em 84,1%, com um total de empresas sobreviventes de 3,8 milhões, patamar inferior ao verificado em 2013.

Na passagem de 2013 para 2014, todas as seções de atividades tiveram queda nas taxas de entrada de empresas no mercado, com exceção de Eletricidade e gás.

As maiores reduções foram nas seções Indústrias extrativas (-4,9 pontos porcentuais); Construção (-4,0 pontos porcentuais); Artes, cultura, esporte e recreação (-3,5 pontos percentuais); e Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação (-3,5 pontos percentuais).

O comércio representa 44,9% do total de empresas (2,0 milhões). O segmento deteve 39,8% do número absoluto de empresas que entraram (289,3 mil), 46,4% das que saíram (437,7 mil) e 45,8% entre as que sobreviveram (1,8 milhões).

Em 2014, 39,6% das 694,5 mil empresas que nasceram em 2009 ainda estavam ativas no mercado, o que significa que mais de 60% das empresas não sobrevivem cinco anos após o nascimento, apontou o IBGE.

No período 2010-2014, as seções de atividades que apresentaram as mais altas taxas de sobrevivência foram saúde humana e serviços sociais (55,3%), atividades imobiliárias (51,5%) e atividades profissionais, científicas e técnicas (47,3%).

“Reforma política é fundamental para o futuro do país”, afirma Lamachia


 


















Brasília – O presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, afirmou nesta terça-feira (13) que o Brasil precisa ter a coragem de adentrar em temas áridos para uma reforma política efetiva, clamando ainda os cidadãos para que tenham consciência na hora de escolher seus representantes. A fala ocorreu durante a abertura do III Fórum de Direito Eleitoral organizado pela Ordem.

“Estamos em um importante momento da democracia brasileira e precisamos discutir o que queremos para o futuro de nosso país. Em especial, temos que trabalhar com uma reforma política efetiva, pois temas importantes têm escapado de um necessário debate. Assuntos áridos, como fundo partidário e a criação de partidos de aluguel”, sugeriu.

Segundo Lamachia, a OAB não tem se furtado ao seu papel institucional de lutar por melhorias nas instituições republicanas, tendo sido protagonista em conquistas como a proibição do financiamento empresarial em partidos e candidatos políticos. Para as eleições deste ano, a entidade montou comitês de fiscalização do caixa 2 em todas as 27 Seccionais. 

“Temos que pensar também na responsabilidade que cada eleitor tem. A Constituição Federal é clara ao afirmar que o poder emana do povo. Grande parte da crise ética e moral que atravessamos vem por força da omissão de cada cidadão, todos nós, ao longo do processo eleitoral. Precisamos ter visão exata do poder e do significado do voto, o exercício pleno da cidadania. Voto não tem preço, voto tem consequências”, finalizou.

Presidente da Comissão Especial de Direito Eleitoral, Erick Pereira destacou o papel do advogado nas mudanças da sociedade, principalmente na questão do direito eleitoral. “Isso só pode ser feito com militância e com a proposição de ideias, que serão disseminadas através de debates como este que organizamos”, explicou.

José Alberto Simonetti, diretor-geral da Escola Nacional de Advocacia, organizadora do evento, elogiou medidas tomadas para as próximas eleições, como a diminuição do tempo de campanha. “É o impacto social que se fomenta por meio do direito. Eleitorialistas se tornam porta-vozes da democracia. Tudo o que vier pelo futuro depende do que fazemos agora. Portanto, façamos nossa parte”, disse.

O III Fórum de Direito Eleitoral, cujo tema são as mudanças nas eleições de 2016, reúne especialistas no tema para debater a minirreforma eleitoral trazida pela Lei nº 13.165/2015. 


Conferência de abertura


O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Gilmar Mendes, proferiu a conferência magna de abertura do fórum, discorrendo em sua fala sobre os desafios do sistema eleitoral brasileiro e a atual crise de representatividade por que passa o país atualmente.

“Todos sabemos que passamos agora por uma profunda crise político-institucional. Muito do que se está vivendo tem a ver com o sistema político eleitoral. Produzimos sistema que ao longo do tempo revelou suas distorções, e responsabilidade do eleitor não pode ser esquecida: temos parte grande nisso, no processo de escolha”, afirmou Gilmar Mendes na abertura de sua palestra.

Em seguida, o ministro listou algumas das distorções de nosso sistema, como o sistema de lista aberta com quociente eleitoral. Também elencou a questão das coligações e uma tentativa frustrada de se estabelecer uma cláusula de barreira, além do excesso de partidos com pouca representatividade no Congresso. “O sistema tornou-se artificial”, criticou.

“É difícil fazer a reforma política, pois estaremos realizando o conserto do avião em pleno voo. Participantes estão decidindo o próprio futuro, então é preciso sempre que se dê prazo. Não se faz revolução, é preciso haver cuidado. Sabemos, também, que não temos mais alternativa, pois p sistema está exaurido. Pelo menos não chegamos a crise institucional sem controle, vivendo maior período de normalidade republicana de nossa história. O cidadão está virando as costas para o sistema, porque a dignidade dele caiu demais. Não podemos ter descrença na democracia”, continuou.

“Com tanto pessimismo, como fazer a reforma? Com a Operação Lava Jato, os participantes desta cena sabem que há risco para políticos e doadores. Esse pode ser o grande estimulo para mudar cultura. Vamos fazer dessas eleições um laboratório, para que possamos, OAB e Judiciário, saber quais propostas de reforma podem ser consistentes”, sugeriu.  

“Temos tido vitalidade e criatividade institucional para superar desafios. Poderíamos ter chegado a essa era em estágio melhor, se tivéssemos sabido ler os sinais de exaustão anteriores. Mas não o fizemos, acreditamos na ideia do milagre, com certo populismo, nos deixando anestesiar. Não lamento o desfecho que nós tivemos, mas lamento que tivéssemos que chegar ao ponto que chegamos para perceber o problema”, finalizou.


Painéis 


O membro honorário vitalício Marcus Vinicius Furtado Coêlho foi o palestrante do primeiro painel do III Fórum de Direito Eleitoral, abordando em sua aula os princípios do direito constitucional. Também saudou o papel da OAB e da ENA no processo de melhoria do país, lutando sempre pelo aprimoramento das instituições republicanas.

Entre os pontos apresentados pelo ex-presidente da OAB estão a normalidade e a legitimidade das eleições, ou seja, não basta que os cidadãos compareçam às urnas e votem, é necessário que o processo seja legítimo, sem abusos de poder econômico e com paridade de armas e igualdade de chances.

“Com a urna eletrônica temos autenticidade garantida, mas é preciso dar salto na legitimidade: como a vontade do eleitor está sendo construída? Eleitor põe o voto na urna de forma livre ou está sendo proferido através de práticas que firam a igualdade entre candidatos?”, exemplificou. 

“Há de um lado o princípio do respeito ao mandato outorgado pelo povo e de outro a legitimidade. Princípios basilares do direito eleitoral. Sempre que o julgador cassar um mandato, tem que avaliar esses dois princípios. Não vulgarizar a cassação de mandato, mas também não ser leniente com abuso e práticas que ferem igualdade de chances”, continuou.

Marcus Vinicius abordou em sua aula os princípios da celeridade e da indisponibilidade das ações eleitorais. O primeiro, explicou, garante a tramitação mais acelerada dos processos, pois os mandatos têm prazos fixos. O segundo é sobre a predominância do interesse público e da normalidade, ou seja, não pode haver desistência das ações.


Confira neste link a apresentação elaborada por Marcus Vinicius Furtado Coêlho sobre os princípios do direito eleitoral.
O III Fórum de Direito Eleitoral teve continuação no período da tarde. Assessor chefe do TSE e consultor legislativo da Câmara dos Deputados, Carlos Eduardo Frazão abordou questões relativas ao combate ao caixa 2 e o modelo de “compliance” para a advocacia. O debate teve o juiz do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba Marcos Souto Maior Filho como presidente e os advogados Fabrício Medeiros e Marilda Silveira como moderadores.

Em seguida, a ministra do TSE Luciana Lóssio ministrou palestra sobre o desafio da igualdade de gênero no âmbito do direito eleitoral e das eleições. Diana Câmara, secretária da Comissão Especial de Direito Eleitoral da OAB, também expôs sobre o tema. Leonardo Roberto Vasconcelos, presidente da Comissão Eleitoral da OAB-CE, presidiu a mesa, tendo como moderadores Luciana Diniz Nepomuceno e Solano Damacena, membros da Comissão Especial.

Atualização do Código e da Legislação Eleitoral foi o tema da mesa seguinte, que teve como expositores o presidente da OAB do Amazonas, Marco Aurélio Choy, e o presidente da Comissão Especial de Direito Eleitoral, Erick Pereira. Gabriela Rollemberg, vice da Comissão Especial, moderou o encontro.

Na mesma mesa foram debatidos os próximos desafios da Justiça Eleitoral e o aprimoramento dos sistemas eleitorais. Admar Gonzaga, ministro do TSE, foi o palestrante convidado. Delmiro Dantas Neto, da comissão da OAB, moderou a mesa, que teve presidência de Carolina Louzada Petrarca, conselheira federal da OAB e membro do Conselho Consultivo da ENA. 

O advogado Gustavo Severo foi o palestrante do último painel, falando sobre o abuso do poder nas eleições e os mecanismos de controle. Marisa Almeida, vice-presidente da OAB-RN, presidiu a mesa, tendo como moderador Joelson Dias, vice-presidente da Comissão Especial dos Direitos da Pessoa com Deficiência.

O evento, que contou com mais de 1.200 inscritos, teve transmissão ao vivo pelo portal da OAB. Posteriormente, os vídeos dos painéis serão disponibilizados nos canais da Ordem e da ENA.

Cármen Lúcia debate crise financeira e guerra fiscal com governadores




Nova presidente do STF pediu para que os Estados busquem um acordo que acabe com a disputa tributária

Da Redação
redacao@amanha.com.br



 


Recém-empossada, a nova presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, recebeu governadores para uma reunião nesta terça-feira (13), em Brasília. Ao longo de mais de cinco horas, foram abordados temas como a guerra fiscal, a atual situação de crise financeira nos Estados e a judicialização da saúde. Em relação à guerra fiscal, houve um apelo por parte da nova presidente do STF para que os Estados busquem um acordo que acabe com a disputa tributária entre as federações, que oferecem descontos diferenciados para atrair investimentos.

"A guerra fiscal, no fundo, prejudica todo mundo. Em alguns momentos, incentivos fiscais podem ser essenciais para manutenção do equilíbrio. Mas há uma guerra histórica no país que afeta o setor público com incentivos absurdos e desnecessários", afirmou Raimundo Colombo, governador de Santa Catarina. Os governadores agora terão dois meses para construir uma proposta comum entre os Estados e, então, realizar novo encontro no STF. 

Presente no encontro, o governador Raimundo Colombo elogiou a iniciativa da ministra. "Há uma simbologia muito grande no fato da primeira reunião da nova presidente ser com os governadores. Isso fortalece o princípio federativo", avaliou Colombo. “A ministra Cármen Lúcia está preparada para este novo desafio e não tenho dúvida de que o Supremo, sob a sua presidência, continuará exercendo um papel central neste delicado momento que vive o País, buscando as melhores soluções para a consolidação das nossas instituições", afirmou o governador Beto Richa, do Paraná. 

A questão dos precatórios também foi abordada. Os governadores querem negociar uma solução para enquadrar os atuais valores de pagamentos à realidade dos Estados. Cármen Lúcia também promoveu o debate em torno da judicialização da saúde, o que envolve a revisão de decisões que atualmente impõem aos Estados o fornecimento de determinados medicamentos e procedimentos médicos. 

Atualmente, o Rio Grande do Sul destina R$ 20 milhões mensais para demandas dessa natureza, o que representa um impacto de R$ 240 milhões por ano nas contas estaduais, por exemplo. 

Os governadores reforçaram à presidente do STF que aguardam a liberação do saldo acumulado do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen), que pode chegar a R$ 2,5 bilhões. O recurso, dividido entre todos os Estados, pode ser aplicado em reformas de unidades prisionais já existentes. Apesar de limitada, a verba é considerada muito necessária pelos gestores estaduais. Dados do Departamento Penitenciário Nacional do Ministério da Justiça revelaram que a população carcerária brasileira cresceu 78% em dez anos, enquanto o aumento populacional do país subiu 30%. O Brasil já chegou a ocupar o 20º lugar entre os países onde há mais mortes no mundo.

Para José Ivo Sartori, governador do Rio Grande do Sul, é urgente a aplicação de uma política penitenciária nacional, que enfrente o déficit de vagas e combata a sensação de impunidade. "Esse é um tema que afeta a todos e um dos assuntos que vou tratar com o ministro da Justiça. Já apresentamos o nosso interesse em abrigar um presídio federal no Rio Grande do Sul e adotamos medidas recentes para ampliar o número de vagas prisionais no Estado", salientou Sartori, ao se referir ao decreto de emergência no sistema penitenciário gaúcho, em vigor desde agosto deste ano. 


- See more at: http://www.amanha.com.br/posts/view/2808#sthash.E4E2ULd0.dpuf



Comil entra com pedido de recuperação judicial




Queda de 60% na demanda por veículos foi a principal causa

Da Redação

redacao@amanha.com.br



A fabricante de ônibus Comil (foto) anunciou na terça-feira (13) que entrou com pedido de recuperação judicial. A companhia de Erechim (RS) apresentou o pedido à Justiça do Estado do Rio Grande do Sul. A companhia destacou que a principal causa foi a situação econômica brasileira. O cenário levou a uma queda de 60% na demanda por veículos nos últimos três anos.

“A crise econômico-financeira que avassala as empresas brasileiras, especialmente o setor industrial automobilístico, trouxe dificuldades sem precedentes em nossa indústria”, afirma a nota. A crise sem precedentes do setor reduziu o mercado interno de ônibus em 16% em 2014 e 45% em 2015. O cenário foi agravado por forte redução nos preços praticados no mercado de carrocerias e sem perspectivas de retomada do mercado no médio prazo. 

Em recente entrevista ao jornal Boa Vista, que circula na região nordeste gaúcha, o presidente Deoclécio Corradi informou que 50% da produção da companhia tinha como destino o exterior – metade desse volume para a Argentina. “O ideal seria que 75% da produção ficassem no mercado interno e apenas 25% da produção fossem destinados ao mercado externo”, calculou. Em julho, a Comil fabricava cerca de 8 ônibus por dia. No seu melhor momento, a empresa chegou a produzir cerca de 15 veículos diariamente. 

No início do ano, a fábrica em Lorena (SP foi fechada por tempo indeterminado (veja mais detalhes aqui). No início de setembro, a empresa demitiu 850 funcionários na planta de Erechim. “Essa crítica situação nos impeliu a tomar medidas duras e traumáticas, como o encerramento das atividades industriais da unidade em Lorena e demissões de número expressivo de trabalhadores na planta de Erechim, o que fizemos com enorme tristeza”, relembra a companhia no comunicado. 


- See more at: http://www.amanha.com.br/posts/view/2811#sthash.B2BU0ShC.dpuf