quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Cade aprova compra de fatia da CPFL pela chinesa State Grid





Duda Pinto
AES Sul pela CPFL Energia
CPFL: compra de fatia pela State Grid foi fechada por R$ 25 por ação
 
Da REUTERS


São Paulo - O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a compra pela chinesa State Grid da fatia de 23 por cento da Camargo Corrêa na maior elétrica privada do Brasil, a CPFL Energia, segundo despacho publicado no Diário Oficial da União nesta quinta-feira.

A CPFL informou que a venda ocorreu ao preço de 25 reais por ação, o que deve representar cerca de 6 bilhões de reais, e envolveu também a participação de 51,6 por cento da companhia na subsidiária CPFL Renováveis, avaliada no negócio em 3,17 bilhões de reais.

Com a oficialização do negócio, os demais controladores da CPFL, que incluem o fundo de previdência dos funcionários do Banco do Brasil, Previ, e a Bonaire, que representa diversos fundos, poderão exercer direito de preferência na compra da fatia da Camargo ou decidir pela venda conjunta de suas participações à State Grid, pelo mesmo valor por ação.

Apesar do aval do Cade, a conclusão do negócio depende também de aprovação pela Agência Nacional de Energia Elétria (Aneel).


Internet banking facilita a gestão das empresas




iStockphoto
Nativa-BancoABC
Na palma da mão: internet e mobile banking facilitam o gerenciamento de contas pessoais e de empresas

Ir pessoalmente até o banco para resolver pendências financeiras na mesa do gerente é, definitivamente, uma ação em desuso. Pesquisa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) mostra que mais da metade do total de transações feitas em 2015 foi realizada por meio de canais digitais, o que demonstra a consolidação não só do internet banking como também do mobile banking.

O consumidor quer mais praticidade e mobilidade dos serviços financeiros, desejo a que os bancos respondem oferecendo cada vez mais funcionalidades tanto no site quanto nos aplicativos para smartphones. “Hoje, tempo é algo imprescindível, e a velocidade e a praticidade permitidas pelos meios digitais são fatores cruciais na tomada de decisão”, afirma Adriano Lucas Balaguer, gerente de projetos da GFT, consultoria especializada em tecnologia da informação para bancos. “A evolução das ferramentas de autenticação utilizadas nesses canais tornou seu uso muito mais seguro”, diz. O Brasil é o sétimo país no mundo que mais investe em tecnologia da informação no setor bancário.

Essa realidade não se limita ao universo das contas-correntes de pessoas físicas. O estudo da Febraban aponta que o total de contas bancárias de pessoas jurídicas com acesso ao internet banking avançou 75% entre 2011 e 2015. “A facilidade de movimentar os produtos e serviços de sua conta de qualquer lugar e em qualquer momento é fundamental para esse público”, diz Balaguer. “A capacidade de utilizar linhas de crédito imediatamente após o fechamento de um novo negócio, por exemplo, faz com que pessoas jurídicas sejam muito beneficiadas pela mobilidade e pela liberdade de horários.”

Além das operações mais comuns, como consulta às informações sobre a conta-corrente, é possível contar com serviços eletrônicos mais sofisticados, como solicitação e aprovação de pagamentos e recebimentos, transferências e acompanhamento de investimentos. Além disso, todo o gerenciamento de fluxo de caixa pode ser realizado digitalmente, com soluções personalizadas propostas com base na análise do perfil financeiro da empresa.

O Débito Direto Autorizado (DDA) é um bom exemplo da digitalização cada vez maior dos serviços bancários. Lançado em 2009 no Brasil, o serviço permite que boletos de cobrança sejam apresentados ao cliente de forma totalmente eletrônica. Após um cadastro, os boletos são disponibilizados no internet banking, o que facilita a organização e a aprovação das contas a pagar. O DDA gera eficiência no controle e na gestão do fluxo de caixa e facilidades para realizar os muitos pagamentos realizados pelas empresas, sem papel e sem a necessidade de troca de arquivos ou digitação.

Para as empresas, serviços como o DDA e os demais oferecidos pelos canais digitais de atendimento representam agilidade e eficiência. E o melhor, com uma camada de segurança que permite acessar as informações de qualquer lugar e a qualquer hora, pelo computador ou pelo celular.


Terceirização de escritórios pela União é mercado concentrado de R$ 2 bilhões


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Os contratos de empresas estatais com escritórios de advocacia chamam atenção pelo volume de dinheiro e pela concentração em poucas bancas. É o que conclui o Ministério da Transparência, antiga Controladoria-Geral da União, da análise preliminar sobre todos os contratos de terceirização de serviços jurídicas por estatais federais.

O estudo foi divulgado nesta terça-feira (20/9), mas não mencionou as bancas com as quais os contratos foram celebrados. É a primeira fase do trabalho da CGU de fiscalização da terceirização de serviços jurídicos por estatais.

A partir desta terça, tem início a segunda fase, que é o envio de questionamentos às estatais sobre os contratos celebrados com escritórios de advocacia. O objetivo final é dar transparência o processo de contratação desses serviços, hoje submetidos ao regime de inexigibilidade de licitação, conforme manda a Lei 8.666/1993.

De acordo com o documento, a União tem em vigor contratos no valor de R$ 2,2 bilhões, entre serviços de consultoria e defesa jurídica, dos quais 91% correspondem à “sociedades de economia mista”. São as empresas cujo controle é compartilhado entre a União e o mercado, caso da Petrobras e da Eletrobras, por exemplo.

A estatal de petróleo chama especial atenção da CGU. Só ela responde por 36% de todo o volume contratado pela União, ou R$ 819 milhões. Somada à BR Distribuidora, uma de suas subsidiárias, que tem contratos no valor de R$ 314 milhões, as empresas públicas de petróleo são metade do que a União gasta com terceirização de serviços advocatícios.

O Banco do Brasil também representa volume considerável dos gastos totais. Um quarto do levantado pela CGU, ou R$ 581 milhões, correspondem ao BB. Em contrapartida, a Caixa Econômica Federal, o outro banco estatal, tem contratados R$ 2 milhões.


Próximo passo
 

Segundo o estudo, ainda há muitas discrepâncias entre as informações divulgadas pelas estatais. Por exemplo, não são publicados critérios claros, nem padronizados, sobre a necessidade de terceirização de serviços jurídicos. E nem para que situações ela é necessária, já que a maioria das companhias dispõe de departamentos jurídicos internos.

Outro dado importante que a CGU quer ter em mãos é o de contratos internacionais. Hoje, a Lei de Licitações permite que eles não sejam registrados pelas companhias, até porque são celebrados em dólar. Mas a pasta quer ter acesso a essas informações, afinal são dólares do erário.

A CGU ainda não quer concluir se os contratos são caros ou não. Justamente porque uma das informações que faltam é a respeito do tipo de serviço que é contratado — e esta é uma das perguntas enviadas às estatais nesta primeira fase do levantamento.

Faltam dados inclusive sobre quais escritórios prestam quais tipos de serviços para determinada empresa. Ou sobre a remuneração: se depende da prestação do serviço, da quantidade de processos em trâmite, se há uma taxa fixa por mês etc.

E embora reconheça uma concentração de poucos escritórios, a pasta ainda não observa um padrão para essa concentração. Há desde muitos serviços prestados por poucos escritórios até a repetição de dezenas de bancas pequenas prestando poucos serviços para muitas companhias.

A CGU espera que essas questões sejam respondidas para que se dê início à próxima fase, de análise das informações que faltam.

 http://www.conjur.com.br/2016-set-21/terceirizacao-bancas-uniao-mercado-bilhoes

Moro manda soltar Guido Mantega, que foi preso nesta quinta


Nacho Doce/Reuters
Ex-ministro da Fazenda Guido Mantega é conduzido pela Polícia Federal em São Paulo no dia 22/09/2016
Guido Mantega é conduzido pela PF em SP: ele acompanhava a mulher em uma cirurgia quando foi abordado pelos agentes
 
 
 
 
 
São Paulo - O juiz Sergio Moro, da Justiça Federal de Curitiba, revogou há pouco a prisão preventiva do ex-ministro Guido Mantega, alvo da 34ª fase da Operação Lava Jato. 

O ex-chefe da Fazenda dos governos de Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva foi preso enquanto acompanhava sua esposa em um procedimento cirúrgico no Hospital Albert Einstein em São Paulo (SP), onde ela faz tratamento contra um câncer.

"Não obstante, considerando os fatos de que as buscas nos endereços dos investigados já se iniciaram e que o ex-Ministro acompanhava o cônjuge no hospital e, se liberado, deve assim continuar, reputo, no momento, esvaziados os riscos de interferência da colheita das provas nesse momento", afirmou Moro em despacho protocolado há pouco. "Assim, revogo a prisão temporária decretada contra Guido Mantega". 

Moro afirmou que tanto ele quanto os agentes da Polícia Federal (PF) não sabiam do estado de saúde da mulher de Mantega e que a prisão teria sido feita com "toda discrição, sem ingresso interno no hospital".

Veja a íntegra da decisão: 


"DESPACHO/DECISÃO

1. Decretada, a pedido do MPF, medidas de busca e apreensão e prisões temporárias, envolvendo pagamentos, em cognição sumária, de propinas em contrato da Petrobrás com o Consórcio Integra.

Entre os fatos, há prova, em cognição sumária, de que Eiken Fuhrken Batista teria pago USD 2.350.000,0 em 16/04/2013 a João Cerqueira de Santana Filho e a Mônica Regina Cunha Moura mediante depósito, comprovado documentalmente nos autos, em conta da off-shore Shellbill Financeira mantida no Heritage Bank, na Suíça.

Segundo o próprio depositante, tais valores seriam destinados a remunerar serviços por eles prestados ao Partido dos Trabalhadores e teriam sido solicitados pelo investigado Guido Mantega, então Ministro da Fazenda e Presidente do Conselho de Administração da Petrobrás.

O pagamento estaria vinculado ao esquema criminoso que vitimou a Petrobrás e a propinas também pagas a agentes da Petrobrás no âmbito do contrato da Petrobrás com o Consórcio Integra.

Com base nesses fatos e para preservar as buscas e apreensões, acolhi, em 16/08/2016 (evento 3), pedido do MPF para decretação da prisão temporária dele e de outros investigados.

Sem embargo da gravidade dos fatos em apuração, noticiado que a prisão temporária foi efetivada na data de hoje quando o ex-Ministro acompanhava o cônjuge acometido de doença grave em cirurgia.

Tal fato era desconhecido da autoridade policial, MPF e deste Juízo.

Segundo informações colhidas pela autoridade policial, o ato foi praticado com toda a discrição, sem ingresso interno no Hospital.

Não obstante, considerando os fatos de que as buscas nos endereços dos investigados já se iniciaram e que o ex-Ministro acompanhava o cônjuge no hospital e, se liberado, deve assim continuar, reputo, no momento, esvaziados os riscos de interferência da colheita das provas nesse momento.

Procedo de ofício, pela urgência, mas ciente de essa provavelmente seria também a posição do MPF e da autoridade policial.

Assim, revogo a prisão temporária decretada contra Guido Mantega, sem prejuízo das demais medidas e a avaliação de medidas futuras.
 
Expeça-se o alvará de soltura. Encaminhe-se para cumprimento. Ciência ao MPF e à autoridade policial.

2. Defiro o pedido de habilitação da Petrobras neste processo, eis que suposta vítima dos crimes aqui investigados (evento 66).

Cadastrem-se e intimem-se os advogados da Petrobras.

Curitiba, 22 de setembro de 2016."

Situação em hospital foi triste coincidência, diz Lava Jato





Nacho Doce / Reuters
Ex-ministro da Fazenda Guido Mantega preso pela Lava Jato 22/09/2016
Mantega: o advogado do ex-ministro, disse que a esposa de Matega teria percebido a movimentação do marido, que estava falando no telefone por várias vezes e teve que sair do hospital de forma súbita
 
Ricardo Brandt, do Estadão Conteúdo
Elizabeth Lopes e Daniel Weterman, do Estadão Conteúdo

Curitiba e São Paulo - A equipe da Operação Lava Jato justificou a ida dos policiais federais ao Hospital Albert Einstein, na zona sul de São Paulo, onde a esposa do ex-ministro Guido Mantega era submetida a um procedimento cirúrgico, como "uma triste coincidência".

"A Polícia Federal agiu com o máximo cuidado possível que as circunstâncias exigiam", afirmou o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, em coletiva de imprensa.

O delegado Igor Romário de Paula explicou que não sabia da cirurgia. "A cirurgia não era de conhecimento nosso, estava agendada pela família. Nosso acompanhamento é para saber o momento de cumprimento das medidas onde os alvos estão", disse.

José Roberto Batochio, advogado de Mantega, disse que a esposa do ex-ministro, mesmo prestes a ser operada em um centro cirúrgico, teria percebido a movimentação do marido, que estava falando no telefone por várias vezes e teve que sair do hospital de forma súbita.

A esposa de Mantega enfrenta um câncer. Petistas e integrantes de partidos aliados ao governo da ex-presidente Dilma Rousseff criticaram a forma na qual a prisão foi feita

O delegado considerou um "procedimento natural" o deslocamento dos policiais até o hospital quando descobriram que Mantega não estava em seu apartamento.

Segundo de Paula, chamou a atenção dos agentes o fato de Mantega ter saído uma hora ou uma hora e meia antes da chegada dos policiais na residência, que fica na zona oeste da capital paulista.

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

USP contrata consultoria privada para discutir nova gestão





Usp Imagens/Marcos Santos
Escola Politécnica da USP (Poli-USP)
USP: Segundo a universidade, o programa está em sua fase inicial de diagnóstico, com entrevistas com gestores, dirigentes, ex-alunos e outros representantes da universidade


São Paulo - A Universidade de São Paulo (USP) anunciou que está desenvolvendo um projeto para melhorar a gestão da universidade, inclusive com o aprimoramento e ampliação da relação da instituição "com a sociedade e o setor produtivo". 

O projeto, batizado de USP do Futuro, está sendo desenvolvido pela consultoria McKinsey, que está sendo paga por doações de ex-alunos da universidade. O valor do contrato não foi divulgado.
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Segundo a USP, o programa está em sua fase inicial de diagnóstico, com entrevistas com gestores, dirigentes, ex-alunos e outros representantes da universidade. A proposta já foi apresentada ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) em setembro do ano passado.

A proposta foi anunciada depois de a Associação dos Docentes da USP (Adusp) ter publicado nota nesta terça-feira, 20, informando que recebeu uma denúncia anônima de que a reitoria da instituição estaria em tratativas para "criar um novo modelo de captação de recursos e gestão de orçamento para a universidade".

De acordo com a denúncia, haveria inclusive "uma possível mudança de legislação, bem como uma possível cobrança de mensalidade em cursos oferecidos pela USP". A universidade, em nota, negou que esteja em discussão a cobrança de mensalidades.

Anbima prevê retomada lenta do mercado de fusões no Brasil




Thinkstock/anyaberkut
Executivo de novos negócios/ fusões e aquisições
Fusões: "O pior ficou para trás e temos otimismo cauteloso, mas não vai ter um movimento tão forte de uma hora para outra" 

Da REUTERS

São Paulo - O mercado de compra e venda de participações de empresas no Brasil voltará a ganhar tração de forma gradual, previu nesta segunda-feira a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

"Não vamos voltar aos níveis de 2014 tão rápido", disse em teleconferência com jornalistas o presidente do comitê de Fusões e Aquisições da Anbima, Ubiratan Machado.
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"O pior ficou para trás e temos otimismo cauteloso, mas não vai ter um movimento tão forte de uma hora para outra".

Na primeira metade de 2014, as operações anunciadas envolvendo empresas do país movimentaram 70 bilhões de reais.

A Anbima divulgou mais cedo que os anúncios de fusões e aquisições no primeiro semestre, incluindo ofertas de aquisições de ações e reestruturações societárias, somaram 57 bilhões de reais no país, alta de 128 por cento ante mesma etapa de 2015.

O número de operações caiu de 50 para 38 na mesma comparação. De acordo com Machado, setores como os financeiro, de óleo e gás e de energia elétrica, que lideraram o movimento de fusões e aquisições no primeiro semestre, devem continuar sendo os destaques.