quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Um raio-x das obras que estão no centro da prisão de Cabral

Segundo Ministério Público Federal, no mínimo, governo de Sergio Cabral desviou 244 milhões de reais em contratos destas três construções





São Paulo – Até a prisão preventiva do ex-governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral (PMDB-RJ) nesta quinta-feira, a reforma do estádio do Maracanã, o PAC das Favelas e o Arco Metropolitano tinham ao menos uma característica em comum: todas faziam parte da narrativa de modernização do estado do Rio de Janeiro, alardeada durante o governo do peemedebista.

A primeira obra colocava a principal arena do estado nos moldes do padrão Fifa. A segunda prometia urbanização para as maiores favelas da capital e a terceira, um salto de produtividade. Hoje, quase uma década depois da chegada de Cabral ao poder, esse grupo de projetos está no centro dos motivos que o conduziram para a cadeia sob a suspeita de chefiar um sistema de corrupção.

No mínimo, de acordo com as investigações,  224 milhões de reais teriam sido desviados só dessas três obras. Segundo delatores, sozinho, o ex-governador teria levado ao menos 38 milhões de reais em propina da Andrade Gutierrez e Carioca Engenharia.

A detenção de Cabral nesta quinta-feira não poderia ser mais emblemática. Ela acontece menos de 24 horas depois que o centro do Rio foi palco de um confronto entre a Polícia Militar e servidores públicos que manifestavam contra as medidas anticrise proposta pelo atual governo. Durante a coletiva de imprensa, os procuradores chegaram a afirmar que a crise que hoje aflige o estado seria fruto da corrupção.

Foi esse rombo nas contas públicas que levou o governo do Rio a decretar estado de calamidade pública às vésperas da abertura dos Jogos Olímpicos deste ano. Um paradoxo já que Cabral foi o principal fiador da candidatura da capital fluminense para sediar as Olimpíadas. Ele também responde pela criação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP), cuja continuidade está em xeque.


Veja quais são as principais obras sob suspeita:

 

REFORMA DO MARACANÃ

 

Abertura das Olimpíadas do Rio de Janeiro, no estádio do Maracanã. 05/08/2016
Abertura das Olimpíadas do Rio de Janeiro, no estádio do Maracanã. 05/08/2016 (Pawel Kopczynski/Reuters/)


Segundo dados do site da Transparência Brasil, as obras de adequação do estádio do Maracanã para a Copa do Mundo de 2014 custaram ao menos 1,05 bilhões de reais – tornando a arena uma das mais caras do mundo. Desses 400 milhões de reais foram financiados pelo BNDES e o restante com recursos do governo do estado do Rio.

Com a reforma, o Maracanã recebeu uma nova cobertura em membrana de teflon  e fibra de vidro com tecnologia autolimpante, além de modificações nos acessos do estádio, ampliação do número de banheiros (que passou a comportar 292 unidades) e lanchonetes (no total, 60).

A arena, que tem capacidade para 78,8 mil pessoas, recebeu sete partidas da Copa do Mundo – entre elas, a final – e a abertura e encerramento das Olimpíadas.

 

PAC DAS FAVELAS

 

Testes do teleférico do Alemão com Cabral, Lula, Paes e Pezão
Início dos testes do teleférico do Alemão com Sergio  Cabral, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva,  Eduardo Paes e o então vice, Luiz Fernando Pezão

Segundo dados do Ministério do Planejamento, entre 2007 e 2010, foram investidos cerca de 1,29 bilhões de reais em projetos de urbanização dos complexos do Alemão, da Rocinha e de Manguinhos, no Rio de Janeiro.

Entre as obras previstas no plano estavam a instalação do teleférico ligando a base e o alto da favela do Alemão, construção de 5 mil moradias construção de moradias, obras de saneamento e pavimentação, entre outras.

No total, nove empreiteiras venceram a licitação para as obras. São elas: Odebrecht, OAS, Delta, Andrade Gutierrez, EIT, Camter, Queiroz Galvão, Caenge e Carioca Engenharia.

 

ARCO METROPOLITANO

 

Trecho do Arco Metropolitano no Rio de Janeiro
Trecho do Arco Metropolitano no Rio de Janeiro (Secretaria de Obras do Rio/Divulgação)

Com investimentos de R$ 1,9 bilhões de reais, o Arco Metropolitano – rodovia de 145 quilômetros que liga os municípios de Itaboraí ao Porto de Itaguaí – foi alardeado pelo governo estadual como “uma das mais importantes obras do estado do Rio das últimas décadas”.

O primeiro trecho da rodovia foi inaugurado em julho de 2014 e compreende 72 quilômetros de estrada entre o município de Duque de Caxias e o Porto de Itaguaí. Na época, um estudo da Firjan estimava um incremento de R$ 1,8 bilhão de reais no PIB do estado.
 
A previsão era de que 30 mil veículos cruzassem a rodovia diariamente, mas, um ano e meio depois de sua inauguração, são apenas 7 mil por dia devido, em partes, ao aparente abandono e falta de segurança que permeiam a via, segundo reportagem recente do G1.
 
 
O esquema
 
 
De acordo com o Ministério Público Federal, o esquema de licitações fraudadas teria atingido “praticamente todas as grandes obras públicas de construção civil realizadas pelo ente público”. Em troca, empreiteiras previamente definidas para comandar cada empreendimento pagariam 5% de propina em cima do valor da obra mais 1% de “taxa de oxigênio”, pedida pelo então secretário de obras, Hudson Braga.
 
Segundo as investigações, Cabral cobrava uma mesada das empreiteiras, paga em dinheiro vivo. Os valores variavam entre 200 mil e 500 mil reais. No total, a Carioca Engenharia teria desembolsado R$ 32,5 milhões para o ex-governador e seus supostos comparsaas. Já a Andrade Gutierrez, R$ 7,7 milhões.
 
Os investigadores afirmam que há indícios de que cerca de 950 mil reais foram pagos a Cabral por meio de lavagem de dinheiro. Os valores pagaram até vestidos de festa para a mulher do ex-governador, que foi chamada hoje para depor.
 
O MPF afirma que esses pagamentos penduraram entre 2007 e 2014, quando Cabral renunciou ao cargo para tentar uma cadeira no Senado Federal abrindo caminho para seu então vice e atual governador do estado, Luiz Fernando Pezão (PMDB).
 
 

AOL cortará 500 vagas em movimento de consolidação pós aquisições


A maioria dos cortes ocorrerá nas unidades corporativas, incluindo recursos humanos, finanças, marketing e comunicação



Washington e Bangalore – O grupo de mídia digital AOL, da Verizon Communications, vai cortar 5 por cento da força de trabalho, ou cerca de 500 funcionários, a fim de consolidar as operações depois das recentes aquisições.

A maioria dos cortes ocorrerá nas unidades corporativas, incluindo recursos humanos, finanças, marketing e comunicação, disse uma pessoa familiarizada com a situação. A empresa também deve transferir mais recursos para operações de dados, vídeos e dispositivos móveis, acrescentou a fonte.

O presidente executivo da AOL, Tim Armstrong, comunicou os funcionários sobre os cortes em um email na manhã desta quinta-feira.

“Devido aos acordos que fizemos nos últimos 12 meses, nós adicionamos mais de 1.500 novas pessoas ao quadro da empresa”, afirmou Armstrong no email visto pela Reuters. “Como incorporamos essas mudanças, há um número de áreas que requerem consolidação”, disse.

A Verizon comprou a AOL por 4,4 bilhões de dólares em junho do ano passado, apostando que a entrada na área de vídeos para dispositivos móveis e publicidade podem engordar a receita em meio à saturação do mercado de wireless.

Após a transação, a AOL adquiriu boa parte dos negócios de tecnologia de publicidade da Microsoft e a Millennial Media por cerca de 250 milhões de dólares.

Os cortes não decorrem dos planos da Verizon de comprar as principais operações de internet do Yahoo por 4,83 bilhões de dólares.

Em julho, a Verizon, maior provedora de wireless dos Estados Unidos, comunicou que compraria o Yahoo para combinar os ativos de sites, busca, email, messenger e também as ferramentas tecnológicas de publicidade com as do AOL.



Depois de acordo com Andrade, Cade investiga cartel em obras de Belo Monte

Resultado de imagem para fotos da usina de Belo Monte


O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) instaurou um inquérito para investigar indícios de formação de cartel na licitação para a concessão de exploração da usina hidrelétrica de Belo Monte.

A investigação tem origem a partir de informações prestadas pela construtora Andrade Gutierrez em acordo de leniência assinado com o órgão e com o Ministério Público Federal, em mais um desdobramento da operação “lava jato”.

Segundo informações prestadas pela empreiteira ao Cade, estiveram envolvidos no cartel as empresas Camargo Corrê a e Odebrecht, além da própria Andrade Gutierrez e de executivos e ex-executivos de todas as companhias.

As informações a respeito do cartel foram divulgadas em documento publicado pelo Cade, depois de acordo entre todas as partes envolvidas no acordo de leniência. O documento pode ser lido aqui.

De acordo com a Andrade Gutierrez, o cartel funcionou da seguinte forma: em 2009, as três empresas formaram um grupo e se dividiram em dois consórcios. Ao longo do processo de licitação, representantes das construtoras se reuniram para preparar as propostas em conjunto, alinhando as premissas das obras, os riscos assumidos por cada uma delas e por seus investidores e o contingenciamento desses riscos.

Para o Cade, essas reuniões configuram práticas anticompetitivas, embora o consórcio não tenha saído vencedor do primeiro leilão. Em 2011, segundo a Andrade Gutierrez, as empresas ajustaram sua proposta e foram contratadas para a construção da usina na modalidade EPC, que envolve todo o empreendimento.

Ao final do inquérito, caberá à superintendência-geral do Cade decidir, depois de os envolvidos apresentarem suas defesas, se instaura ou não um processo administrativo para definir punições às empresas. Depois disso, a Superintendência do Cade envia um parecer opiniativo ao tribunal do órgão, que julgará o caso.

Caso sejam condenadas, as empresas estão sujeitas a multas de até 20% de seus faturamentos. As pessoas físicas podem receber multas que vão de R$ 50 mil a R$ 2 bilhões.  

Com informações da assessoria de imprensa do Cade.

Natura vai encerrar venda direta na França


O plano faz parte da estratégia da empresa em mercados maduros, com foco em três canais: loja própria, e-commerce e varejistas multimarcas

São Paulo – A fabricante de cosméticos Natura informou o início de uma reestruturação de seu modelo de negócios na França, encerrando a venda direta naquele país.

Em comunicado, a empresa informou que o canal de venda direta, com 1.100 consultoras, será encerrado até 31 de dezembro de 2016 e que a mudança visa garantir o crescimento sustentável da marca no mercado francês.

O plano faz parte da estratégia de internacionalização da empresa em mercados maduros, com foco em três canais: loja própria, e-commerce e varejistas multimarcas.

A fabricante brasileira de cosméticos afirmou que o movimento é concentrado no mercado francês, com base no comportamento dos consumidores daquele país.

“Diferentemente da América Latina, onde a venda por relações representa quase 30 por cento do faturamento do setor de cosméticos, na França essa participação é de apenas 2 por cento”, disse a Natura em comunicado, acrescentando que no Brasil e na América Latina, a venda direta “é e continuará a ser o principal canal da Natura”.

A empresa afirmou ainda que a internacionalização da marca é um dos objetivos estratégicos para os próximos anos, sendo que as operações fora do Brasil já representam mais de 30 por cento da receita líquida da Natura.


Dono da rede Ipiranga deve anunciar compra da Liquigás


Apontado como favorito para levar o negócio, o Ultra também é dono da Ultragaz, que é líder em venda de botijão de gás no País




São Paulo – A Petrobrás deve anunciar ainda nesta semana a venda da sua divisão de gás de cozinha, a Liquigás, para o grupo Ultra, dono da rede de postos Ipiranga, segundo apurou o Estadão. A operação é avaliada em até R$ 2,8 bilhões. Em outubro, as duas companhias informaram ao mercado que estavam em conversas adiantadas para um acordo.

Apontado como favorito para levar o negócio, o Ultra também é dono da Ultragaz, que é líder em venda de botijão de gás no País. Com a transação, Ultra passará a deter 45% do segmento.

A empresa disputou o ativo com concorrentes como a holandesa Supergasbras (SHV); a Nacional Gás, do grupo nordestino Edson Queiroz; e a Copagaz, do empresário Ueze Zahran. Também tiveram interesse pelo negócio investidores de fora, como a turca Aygaz. Nos últimos meses, a Nacional Gás e a Copagaz chegaram a fazer proposta conjunta pelo ativo.

Fontes afirmaram que as conversas entre as duas empresas avançaram nas últimas semanas e dependiam de acertos contratuais. Procurada, a Ultrapar, holding do grupo Ultra, não comentou. A Petrobrás não retornou os pedidos de entrevista. A transação está sendo costurada pelo Itaú BBA, que também não se manifestou.

O clima é de incerteza dentro da Liquigás, que teme corte de pessoal com a chegada do novo dono, apurou o Estadão.

O mercado nacional de gás de cozinha está concentrado nas mãos da Ultragaz, maior deste segmento, com 23,11% de participação. A companhia da Petrobrás é a segunda, com 22,61%; seguida da Supergasbras, com 20,42%. A Nacional Gás é quarta maior empresa, e a Copagaz está na quinta posição.

A transação dependerá do aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Fontes afirmaram ao Estadão que o órgão antitruste poderá apontar sobreposições em Estados onde haverá maior concentração, como Bahia (61%), Santa Catarina (51%), Rio Grande do Sul (57%) e São Paulo (57%), conforme dados levantados pela Ecostrat Consultores.

Os riscos de concentração relativos à aquisição já tinham sido apontados pela Associação Brasileira dos Revendedores de GLP (Asmirg-BR), uma vez que, com a incorporação da companhia, o Ultra terá 45% de domínio no País.

O Ultra, contudo, estaria disposto a negociar os ativos com sobreposição de mercado. Na sexta-feira passada, durante teleconferência com analistas, após divulgação de resultados, Thilo Mannhardt, diretor presidente da Ultrapar, disse que, caso o negócio seja fechado, o fiel da balança será o Conselho Administrativo de Defesa Econômica. “É muito óbvio que esse caso vai demandar muita atenção do Cade”, disse.


Gigante nacional.


Com faturamento de R$ 75,7 bilhões em 2015, o grupo Ultra está mais agressivo em aquisições este ano. Em junho, o conglomerado, anunciou a compra da rede de postos de combustíveis Ale, por R$ 2,17 bilhões, reforçando a Ipiranga. Com essa transação, tornou-se o vice-líder em distribuição de combustíveis, atrás da BR Distribuidora, da Petrobrás, que também está à venda.

Fontes afirmam que a Extrafarma (rede de farmácias que o grupo adquiriu em 2013) poderá comprar a bandeira Big Ben, que pertence à empresa de varejo farmacêutico da BR Pharma, do BTG, que atualmente enfrenta dificuldades financeiras. Ambas as empresas têm forte atuação no Estado do Pará.

Ainda na mesma conferência, Mannhardt disse que o plano de expansão da empresa é baseado no crescimento orgânico e também em aquisições. “A compra da Ale e outras aquisições que estão por vir buscam o reforço da estratégia de cada um dos negócios.”

No terceiro trimestre, o Ultra encerrou com receita líquida de R$ 19,45 bilhões, alta de 1% sobre o mesmo período de 2015. O lucro líquido ficou em R$ 376,8 milhões, aumento de 27,3% em relação a julho e setembro de 2015.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Helicóptero e joias: a suposta farra de Cabral com nosso dinheiro


Mesmo antes de ser preso, as acusações contra Cabral se acumulavam


Corrupção passiva, ativa e quadrilha. A chamada taxa de “oxigênio” cobrada, segundo a Polícia Federal (PF), era destinada ao governo do ex-governador Sérgio Cabral. Cabral foi preso preventivamente na manhã desta quinta-feira (17) num desdobramento da Operação Lava Jato.

A operação que prendeu Cabral e alguns de seus principais assessores se deu contra uma “organização criminosa”, conforme classificação da PF, que teria desviado R$ 220 milhões de obras públicas.

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), Cabral recebeu ao menos R$ 2,7 milhões entre os anos de 2007 e 2011, da empreiteira Andrade Gutierrez, por meio de entregas de dinheiro em espécie, realizadas por executivos da empresa para emissários do então governador.

Antes de ser preso, as acusações contra Cabral se acumulavam:

Obra do Maracanã, a gota d’água

 

Segundo a Polícia Federal, um dos motivos da prisão de Cabral foi a reforma do estádio Maracanã para a Copa do Mundo. Investigado por suspeita de formação de cartel pelas empresas que integraram o consórcio que reformou a arena — Andrade Gutierrez e Odebrecht.

A obra do Maracanã é alvo de investigação sobre pagamentos de propinas para agentes públicos. A obra custou R$ 1,2 bilhão, o dobro do valor previsto.

Em depoimentos feitos entre 2010 e 2011, a construtora Andrade Gutierrez fez pagamentos mensais de R$ 300 mil em dinheiro vivo ao então governador.

“Me dá um oxigênio aí”

 

Segundo O Globo, o ex-secretário estadual de Obras Hudson Braga chamava o suborno exigido das empresas em contratos de grandes obras: “oxigênio”. O apelido foi relevado nas delações premiadas das empreiteiras Andrade Gutierrez e Carioca Engenharia.

O anel de R$ 800 mil

 

Uma foto de Cabral com a esposa, Adriana Ancelmo, na qual ela mostra um anel na mão esquerda tornou-se célebre. Ela acabou sendo exibida por Fernando Cavendish, dono da Delta Construções, à força-tarefa da Lava Jato no Rio e em Brasília para provar a compra de um anel de R$ 800 mil em Mônaco como forma de “troca de favores” entre empreiteira e governador.

A fotografia, segundo O Globo, foi feita no restaurante Luís XV, do chef Alan Ducasse, no Hotel de France, em Mônaco.


O propósito era fazer uma surpresa à mulher, mas o primeiro a se espantar com o presente de Sérgio Cabral para a então primeira-dama, Adriana Ancelmo, foi o empreiteiro Fernando Cavendish, dono da Delta Construções.

Cabral o convidou para bater perna pelas lojas de Mônaco, onde ambos estavam, atrás de uma recordação para a Adriana. Ela aniversariava no dia seguinte, 18 de julho de 2009. Na porta da filial da Van Cleff & Arples, famosa joalheria, na Place du Casino, o governador do Rio pegou o empresário pelo braço e entrou.

Nada olhou, pois o presente já estava reservado: um anel de ouro branco e brilhantes. Só ali, quando tudo já estava decidido, Cavendish descobriu que a conta lhe caberia. Valor: 220 mil euros (cerca de R$ 800 mil).

 

As farras com empreiteiros


Durante uma viagem a Paris em companhia do dono da Delta Engenharia, Fernando Cavendish, e secretários da alta cúpula do governo apareceu em uma foto com o grupo em um restaurante de luxo com guardanapos da cabeça. O encontro aconteceu em 2009. Na foto aparecem os secretários de Saúde, Sérgio Côrtes, da Casa Civil, Wilson Carlos, e outros.

Foram presos nesta quinta Wilson Carlos, seu ex-assessor Wagner Jordão Garcia, e ex-secretário de Obras, Hudson Braga. Todos são suspeitos de lavagem de dinheiro, corrupção e associação criminosa.

Helicóptero para o cão Juquinha


Em matéria da revista Veja publica em julho de 2013, foi relevado o uso do helicóptero oficial do governo – um Agusta AW109 Grand New, que Cabral mandou comprar por R$ 15 milhões em 2011 – para viajar com a mulher, os dois filhos, duas babás e o cachorrinho de estimação, Juquinha, para a mansão da família em Mangaratiba.

O uso particular do meio de transporte comprado com dinheiro público se dava da seguinte forma, de acordo com a revista: sextas-feira a aeronave levava todos, menos Cabral.

O governador seguia para a mansão no sábado. Aos domingos, o “helicóptero da alegria”, como chamavam os pilotos, fazia duas viagens, sendo um o “voo das babás”.

O helicóptero também se tornou o meio de transporte oficial para os dias de trabalho para Cabral. Regularmente, o ex-governador se deslocava 10 km entre seu apartamento e o Palácio Guanabara num voo de três minutos de duração.

*Esta matéria foi originalmente publicada no HuffPost Brasil.

Demanda por petróleo não terá pico antes de 2040,mesmo com acordo de Paris

Demanda por petróleo não terá pico antes de 2040,mesmo com acordo de Paris

A Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) prevê que o consumo global de petróleo não deverá atingir um pico antes de 2040, o que mantém inalteradas as perspectivas de longo prazo para oferta e demanda mesmo com a entrada em vigor do Acordo de Paris para conter as mudanças climáticas.

O acordo de Paris para cortar as emissões pretende reduzir a dependência da economia global dos combustíveis fósseis na segunda metade do século em uma tentativa de limitar o aumento da temperatura média global.

Mas enquanto a demanda por petróleo poderá cair no caso de carros de passeio, por exemplo, outros setores podem compensar essa baixa, como os de fretes rodoviários, aviação e petroquímica, disse a IEA em relatório anual sobre as perspectivas do setor.

O cenário base da IEA assume que a demanda irá alcançar 103,5 milhões de barris por dia em 2040, ante 92,5 milhões em 2015, com a Índia como a principal fonte do crescimento e com a China ultrapassando os Estados Unidos como o país com maior consumo de petróleo.

Em geral, o cenário aponta para uma visão da IEA de que a demanda dos países de fora da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) deverá crescer ao menor ritmo em mais de 20 anos. Isso, no entanto, deverá ser suficiente para compensar uma contínua queda na demanda dos países da OCDE, que será guiada pelas políticas para aumento da eficiência no uso de combustíveis por veículos.

Em um cenário alternativo que não considera a implementação do Acordo de Paris, a IEA avalia que a demanda por petróleo poderia subir para 117 milhões de bpd em 2040.

Um terceiro cenário, que prevê as políticas do Acordo de Paris e um crescente uso de veículos elétricos e biocombustíveis, aponta para uma pico da demanda global por petróleo em 2020, pouco acima de 93 milhões de bpd. A partir daí haveria uma queda que aceleraria a cada ano, e ao final da década de 2020 a demanda global estaria caindo mais de 1 milhão de bpd por ano (Reuters, 16/11/16)


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