Expectativa é por novas negociações para que a PEC
do teto de gastos seja votada; Carmen Lúcia promete análise rápida
Da redação
redacao@amanha.com.br
Após o
afastamento de Renan Calheiros da presidência do Senado pelo ministro do
Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello – que acolheu o pedido liminar
feito pela Rede Sustentabilidade na noite desta segunda-feira (05), o mercado
reage com cautela aos próximos passos do cenário político e sua influência no
plano econômico.
A
Ibovespa apresentou volatilidade na manhã desta terça-feira, com queda
revertida para alta, após o mercado reavaliar a possibilidade que a votação da
PEC 55 se mantenha na pauta do Senado, mesmo com o senador petista Jorge Viana
(AC) assumindo o comando da casa após o afastamento de Renan.
O índice Ibovespa
tem alta de 1,0% no início da tarde, aos 60.419 pontos, enquanto o dólar
comercial opera com alta de 0,17%, cotado a R$ 3,435 na venda.
Carmen
Lúcia promete urgência em análise de liminar
A
presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, afirmou
hoje (6) que dará “urgência” à análise da liminar que afastou o senador Renan
Calheiros (PMDB-AL) da presidência do Senado, caso a matéria seja liberada para
a pauta do plenário.
Ela
acrescentou, no entanto, que não pode afirmar com certeza se o recurso será
julgado ainda nesta semana, pois depende de um posicionamento prévio do
ministro Marco Aurélio, relator da ação que resultou no afastamento.
No que
diz respeito ao mérito do processo, uma ação de descumprimento de preceito
fundamental (ADPF) em que a Rede Sustentabilidade pede que o STF declare que
réus não podem ocupar cargos na linha de sucessão presidencial, Cármen Lúcia
disse que a análise final depende de uma liberação pelo ministro Dias Toffoli,
que pediu vistas do processo.
A ação
ficou interrompida com 6 votos a favor de que réus não ocupem a presidência da
Câmara, do Senado e do STF, que fazem parte da linha sucessória da Presidência
da República.
Cármen
Lúcia negou que haja clima de “retaliação” entre os poderes da República. “Até
porque não há motivo. Os poderes trabalham de maneira realmente harmônica”,
disse ela, em café da manhã com jornalistas nesta terça-feira.
Com
informações do Infomoney e da Agência Brasil.