quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Depois de susto com Trump, José Cuervo retoma planos para IPO


Quase 75% de tudo o que é produzido pela empresa têm como destino os Estados Unidos e o Canadá; receio com Trump fez empresa adiar IPO duas vezes





São Paulo — A mexicana Becle, dona da tequila José Cuervo, deve retomar o processo de abertura de capital no início de fevereiro. No ano passado, a maior produtora de tequila do mundo adiou seu IPO (oferta inicial de ações, na sigla em inglês) duas vezes após a vitória de Donald Trump nas eleições norte-americanas.

De acordo com fontes consultadas pela agência Reuters, a Becle deve fixar os preços das ações já no próximo dia 8. O valor estaria na faixa de 30 a 34 pesos por papel. A expectativa é que o IPO renda à empresa até 1 bilhão de dólares.

Conhecida mundialmente, a tequila começou a ser produzida há mais de 250 anos por José Antonio de Cuervo y Valdés, em uma cidadezinha mexicana que leva o mesmo nome da bebida, no estado de Jalisca. Até hoje, a fabricação do destilado é controlada por herdeiros de José Cuervo.


Futuro com Trump


Quase 75% de tudo o que é produzido e comercializado pela Bacle têm como destino os Estados Unidos e o Canadá. Por isso, qualquer movimentação de Trump para modificar acordos com o México deve impactar diretamente a produtora de bebidas.

As perspectivas não são as melhores. No último domingo (22), Trump disse que pretende renegociar o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta, em inglês), sob o qual o Canadá e o México enviam a maior parte de suas exportações para os Estados Unidos.


Stories no Facebook? Novidade faz a alegria dos investidores


Ações subiam nesta quarta-feira (25), depois que um porta-voz disse ao Business Insider que o recurso copiado do Snapchat será adotado na rede social




São Paulo — As ações do Facebook subiam cerca de 1,5% nesta quarta-feira (25) depois que um porta-voz da companhia disse ao site Business Insider que o recurso Stories — que permite ao usuário postar vídeos e fotos que desaparecem em 24 horas — começou a ser testado na rede social.

Segundo o executivo, a novidade está restrita aos usuários da Irlanda, mas deve chegar a outros países nos próximos meses.

Em agosto do ano passado, a empresa de Mark Zuckerberg lançou o mesmo recurso no Instagram, numa tentativa de criar algo parecido com o que era feito pelo seu rival, o Snapchat. Em menos de cinco meses, o Stories alcançou a marca de 150 milhões de usuários diários.

Há algumas semanas, o Instagram informou que passaria a incluir anúncios publicitários no recurso à medida que os usuários da rede passassem as fotos e vídeos. Ao menos 30 anunciantes teriam apostado no recurso.
De acordo com o Business Insider, o plano deve ser reproduzido no Facebook, que hoje conta com cerca de 1,8 bilhão de usuários.



Glencore avalia mais aquisições de usinas de açúcar no Brasil


Glencore avalia mais aquisições de usinas de açúcar no Brasil
A trading suíça de commodities Glencore está considerando mais aquisições de usinas de açúcar e etanol no Brasil, onde recentemente comprou uma segunda unidade, para aumentar as operações no maior produtor mundial do adoçante, disseram três pessoas familiarizadas com o plano nesta terça-feira.Segundo a primeira fonte, que pediu anonimato porque os planos seguem privados, a Glencore busca adicionar outra usina a seu portfólio, que já inclui duas unidades, a fim de expandir seu polo produtivo no Estado de São Paulo. 

A fonte não deu detalhes sobre possíveis alvos.Outra pessoa disse que a Glencore também está em negociações com a Odebrecht Agroindustrial, o braço de biocombustíveis do grupo empreiteiro Odebrecht, para uma possível parceria na qual a Glencore reabriria e operararia a usina de Alcídia, localizada no Estado de São Paulo.A assessoria de imprensa da Glencore não quis comentar, enquanto a Odebrecht Agroindustrial não respondeu imediatamente a pedidos de comentário.

A Glencore e outras empresas de commodities têm buscado oportunidades para comprar empresas brasileiras de açúcar, muitas das quais seguem atoladas em dívidas mesmo com os preços do açúcar atualmente próximos de uma máxima de cinco anos.Muitas usinas reestruturaram suas operações e outras entraram com pedidos de recuperação judicial após um ciclo de baixos preços que durou anos e acabou em 2015.A Glencore fez a maior proposta em um leilão realizado em novembro para venda de uma usina que pertencia à Unialco Álcool e Açúcar, que está em recuperação judicial. A usina de Guararapes, que terá o controle assumido pela Glencore nos próximos dias, custou à empresa suíça 347 milhões de reais.

"A mudança efetiva de administração está marcada para acontecer após 30 de janeiro", disse o advogado da R4C Assessoria Empresarial, Fernando Castellani, que assessora a recuperação judicial da Unialco.A usina adquirida pela Glencore processou 2,1 milhões de toneladas de cana-de-açúcar em 2016. Ela fica próxima da outra usina de açúcar e etanol operada pela Glencore no Brasil, conhecida como Rio Vermelho. Companhias de açúcar e biocombustíveis costumam tentar manter suas usinas próximas para gerir melhor a oferta de cana e reduzir custos de transporte."A logística foi certamente um fator chave por trás da compra", disse uma das fontes.A usina de Alcídia, da Odebrecht Agroindustrial, tem uma capacidade de moagem de 2 milhões de toneladas por ano, mas ficou ociosa em 2015.

Na época, a empresa disse que iria concentrar a moagem na usina Conquista do Pontal, que fica nas proximidades.Glencore avalia mais aquisições de usinas de açúcar no Brasil buscado vender ativos após assinar um acordo de leniência que prevê o pagamento de 6,7 bilhões de reais em multa após o envolvimento da empresa em um enorme escândalo de corrupção no Brasil

 (Reuters, 24/1/17)

Os 10 maiores riscos para as empresas em 2017






Instabilidade econômica mundial encabeça a lista


Da Redação
redacao@amanha.com.br
Estudo da consultoria global Protiviti revela os 10 maiores riscos para as empresas em 2017


Um estudo da consultoria global Protiviti revelou as maiores apreensões dos empresários para este ano. Na quinta edição do relatório “Perspectivas de executivos para os principais riscos em 2017” foram ouvidos 735 CEOs. As incertezas associadas à conjuntura econômica terão um maior impacto significativo para as empresas em 2017, em comparação aos anos anteriores, na visão de 72% dos entrevistados. De acordo com Maurício Reggio, sócio-diretor da operação nacional da Protiviti, muitos deles são relevantes para o mercado brasileiro. “Estes 10 principais riscos são bastante aplicáveis à realidade das empresas que atuam no país, e são úteis para o planejamento estratégico deste ano, podendo trazer impactos para o negócio como um todo”, explica Reggio, líder da consultoria no Brasil. 

Para Rodrigo Castro, líder da Prática de Riscos da Protiviti, as empresas brasileiras devem ponderar junto ao resultado da lista a instabilidade política “Apesar de ter ficado em 11º lugar na pesquisa global, as incertezas acerca das lideranças políticas em mercados nacionais e internacionais devem ser consideradas como prioritárias por aqui” alerta Castro. Confira, a seguir, os 10 maiores riscos identificados para os negócios em 2017.

1) Condições econômicas do mercado nacional e internacional – Considerado o principal risco para 2017, o item apresentou o maior aumento em relação a 2016. No Brasil, a instabilidade econômica o colocou como prioritário em razão de indicadores negativos como a perda do grau de investimento, descontrole da inflação e recessão econômica. 

2) Mudanças de regulamentações – A alta na demanda de programas efetivos de compliance combinada com as mudanças legais e uma atuação incisiva de órgãos reguladores, fiscalizadores e investigativos aumentaram a percepção de criticidade dos empresários.

3) Ameaças cibernéticas – Ataques cibernéticos, roubo de propriedade intelectual e violação de bases de usuários de serviços de informação marcaram 2016 e podem se manter neste ano. 

4) Novas tecnologias e inovações disruptivas – O fortalecimento de aplicativos como Uber, o crescimento de redes como o Airbnb e a evolução das fintechs ameaçam o mercado de empresas tradicionais. 

5) Segurança da informação – As empresas estão adotando com maior frequência medidas preventivas de segurança e controle da informação. A prevenção contra ataques de hackers ou incidentes de funcionários é uma das maiores aflições dos executivos.

6) Capacidade de atrair talentos – As mudanças no mercado de trabalho exigem que as empresas invistam em desenvolvimento e retenção de profissionais capacitados para o novo cenário. Esse risco é tensionado localmente pela falta de mão de obra qualificada.

7) Volatilidade nos mercados financeiros e moedas globais – As incertezas do cenário internacional agravadas pelo Brexit, pela recessão da economia chinesa, pela eleição de Donald Trump e pela oscilação do preço das commodities elevaram o risco de economias. O Brasil, que depende do comércio exterior para a estabilidade interna, sentirá os efeitos de qualquer mudança.

8) Cultura da gestão de riscos – Executivos revelaram que as organizações ainda não preparam seus colaboradores para temas como gestão de riscos,  identificação de vulnerabilidades e de potenciais problemas. 

9) Modelos de negócio fluidos – As empresas estão receosas com as resistências internas diante de transformações do modelo de atuação. Cientes de que os negócios estão cada vez mais fluidos, CEOs preocupam-se com a obsolescência e inflexibilidade da organização. 

10) Manter a fidelidade e reter clientes – Novos hábitos de consumo e as inconstâncias econômicas desafiarão marcas tradicionais.


- See more at: http://www.amanha.com.br/posts/view/3428#sthash.YmSLoqVB.dpuf

Membros do Conselho de Política Penitenciária pedem demissão


Em carta de renúncia coletiva, integrantes criticam plano nacional de segurança pública e protestam contra decisões de Alexandre de Moraes





Brasília – Membros do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária do Ministério da Justiça encaminharam nesta quarta-feira (25) ao ministro da Justiça Alexandre de Moraes (PSDB) uma carta de renúncia coletiva.

No documento, os integrantes do conselho criticam o plano nacional de segurança pública e protestam contra decisões do chefe da pasta de justiça. De acordo com os integrantes do Conselho, a política criminal do Ministério da Justiça produzirá ainda mais tensões no sistema prisional.

“A índole assumida por esse Ministério, ao que parece, resume-se ao entendimento, para nós inaceitável, de que precisamos de mais armas e menos pesquisas”, avaliam os membros do conselho. “A atual política criminal capitaneada pelo Ministério da Justiça, a seguir como está, sem diálogo e pautada na força pública, tenderá, ainda mais, a produzir tensões no âmago de nosso sistema prisional, com o risco da radicalização dos últimos acontecimentos trágicos a que assistiu, estarrecida, a sociedade brasileira.”

Os signatários da carta ainda afirmam que o uso de “mais armas conduz à velha política criminal leiga, ineficaz e marcada por ares populistas e simplificadores da dimensão dos profundos problemas estruturais de nosso País”.

Sobre o lançamento do Plano Nacional de Segurança Pública, os membros do conselho lamentaram a falta de debate com a sociedade ou com as instâncias consultivas do Ministério. “Ao mesmo tempo, incentiva-se uma guerra às drogas no Brasil que vai, outra vez, na contramão das orientações contemporâneas das Nações Unidas e de diversas experiências bem-sucedidas em países estrangeiros”, concluem.

Ao todo, sete membros do conselho pediram demissão: Alamiro Velludo Salvador Netto, Gabriel de Carvalho Sampaio, Hugo Leonardo, Leonardo Costa Bandeira, Leonardo Isaac Yarochewsku, Marcellus de Albuquerque Uggiette e Renato Campos Pinto de Vitto.


Leia a carta na íntegra:

carta-renu_ncia_cnpcp
 
 

Indústria quer retirar juros e multas da renegociação de dívidas






Ministro Henrique Meirelles recebeu bem a sugestão dos empresários

Por Agência Brasil 

 Representantes da indústria pediram a retirada de juros e multas da renegociação de dívidas prevista no programa de regularização tributária para empresas

Representantes da indústria pediram nesta terça-feira (24) aos ministros da Fazenda, Henrique Meirelles (foto), e do Planejamento, Dyogo de Oliveira, a retirada de juros e multas da renegociação de dívidas prevista no programa de regularização tributária para empresas, instituído pela Medida Provisória (MP) 766/2017, editada no início do mês. O vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Marcos Guerra, declarou que a retirada dos juros é necessária para aumentar a adesão ao programa. 

“Entendemos que ela [MP] não atende à indústria e para a gente ter uma adesão maior precisa ser revista. Não só no Congresso, mas o governo federal também tem que estar aberto para receber a sugestão da indústria”, afirmou após o encontro com os ministros, que também reuniu senadores.

Segundo Guerra, os empresários não terão condições de arcar com a renegociação da maneira como está proposta na MP. “Os valores de face vão dobrar. Automaticamente os devedores não terão condições de pagar, principalmente porque a economia do país não sinalizou crescimento para 2017, 2018. Quem está devedor não consegue fazer financiamento em bancos públicos, se habilitar em licitações”, alertou. De acordo com o representante da CNI, Meirelles recebeu “bem” a sugestão dos empresários. “O ministro é um grande técnico, conhecedor dos problemas do Brasil. Eu acredito que [a proposta] será bem avaliada”, projeta. Guerra também criticou pontos da MP 765/2016, que, entre outras medidas, cria um bônus de eficiência para auditores fiscais da Receita Federal e do Trabalho. “Temos a preocupação que essa medida pode incentivar a indústria da multa e não é o momento para isso. 

Quando você cria um incentivo às multas, pode ser dificultador para a criação de emprego e recuperação do país”, reiterou. A MP 765 estabelece que a base de cálculo do valor global do bônus para os auditores virá da arrecadação de multas, impostos, taxas, contribuições e alienação de bens apreendidos no caso da Receita. Para os auditores do trabalho, o bônus será composto das receitas decorrentes de multas pelo descumprimento da legislação trabalhista.


Reforma
 

O presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Glauco José Côrte, destacou que o setor também pediu à equipe econômica para ser ouvido antes de o governo encaminhar ao Congresso Nacional a reforma tributária. “Há disposição do governo para esse diálogo. A carga [tributária] é altíssima, o sistema é muito complexo. Temos de simplificar a legislação”, pediu . Outros assuntos da reunião foram a reforma trabalhista, proposta pelo governo em dezembro, e a convalidação dos incentivos fiscais concedidos à revelia do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). O Projeto de Lei do Senado 54/15, que trata da convalidação, atualmente tramita na Câmara dos Deputados.


- See more at: http://www.amanha.com.br/posts/view/3460#sthash.todytfr5.dpuf

Tabaco movimenta economia de quase metade das cidades do Sul





De acordo com dados da safra 2015/2016, cultivo da folha rendeu R$ 5,2 bilhões aos produtores da região


Da Redação
redacao@amanha.com.br
Cultivo de fumo rendeu R$ 5,2 bilhões aos produtores da região Sul

Com mais de 98% da produção concentrada no Sul, o tabaco é em muitos municípios a mola propulsora do desenvolvimento. É o caso de Canguçu, no Rio Grande do Sul, que na última safra ocupou a liderança do ranking de maiores produtores de tabaco, seguido de São Lourenço do Sul e Venâncio Aires – que por muitos anos foi considerado o maior produtor de tabaco do Brasil de acordo com dados da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra).

Atualmente, a cultura está presente em 574 dos 1.191 municípios da região, envolvendo mais de 144 mil famílias. De acordo com dados da safra 2015/2016, os 293 mil hectares plantados renderam 539 mil toneladas produzidas e R$ 5,2 bilhões aos produtores. Para o presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), Iro Schünke, o fumo é uma cultura fundamental nos aspectos sociais e econômicos. "O tabaco continua sendo referência de qualidade de vida e de renda para a agricultura familiar e a qualidade do produto segue sendo reconhecida pelos importadores", avalia. 

O Rio Grande do Sul possui sete dos 10 maiores produtores de tabaco do Brasil: Canguçu, São Lourenço do Sul, Venâncio Aires, Santa Cruz do Sul, Candelária, Camaquã e Vale do Sol. Juntos, esses municípios respondem por 16% do total produzido no Sul, com 87.164 toneladas. Ao todo, 236 municípios gaúchos plantam tabaco e o Estado responde por mais da metade da produção brasileira.

Santa Catarina aparece no ranking com as cidades de Canoinhas (4ª) e Itaiópolis (6ª). Mais de 70% dos municípios catarinenses produzem tabaco. Além de Canoinha e Itaiópolis, Santa Terezinha, Irineópolis, Bela Vista do Toldo, Mafra, Papanduva, Vidal Ramos, Ituporanga e Içara estão entre os maiores produtores na última safra. Rio Azul, no Paraná, ficou na 10ª posição. Outros 130 municípios paranaenses cultivaram tabaco na última safra, com destaque também para São João do Triunfo, Prudentópolis, Ipiranga, Irati, Imbituva, Palmeira, Guamiranga, Piên e Ivaí.

Cerca de 90% da produção é exportada para 90 países, colocando o Brasil na primeira posição do ranking mundial de exportação desde 1993 e gerando uma intensa movimentação logística, bem como milhares de empregos diretos e indiretos. Bélgica, China e Estados Unidos estão entre os principais destinos do produto.  

 http://www.amanha.com.br/posts/view/3464