Instabilidade econômica mundial encabeça a lista
Da Redação
redacao@amanha.com.br
Um estudo
da consultoria global Protiviti revelou as maiores apreensões dos empresários
para este ano. Na quinta edição do relatório “Perspectivas de executivos para
os principais riscos em 2017” foram ouvidos 735 CEOs. As incertezas associadas
à conjuntura econômica terão um maior impacto significativo para as empresas em
2017, em comparação aos anos anteriores, na visão de 72% dos entrevistados. De
acordo com Maurício Reggio, sócio-diretor da operação nacional da Protiviti,
muitos deles são relevantes para o mercado brasileiro. “Estes 10 principais
riscos são bastante aplicáveis à realidade das empresas que atuam no país, e
são úteis para o planejamento estratégico deste ano, podendo trazer impactos
para o negócio como um todo”, explica Reggio, líder da consultoria no
Brasil.
Para
Rodrigo Castro, líder da Prática de Riscos da Protiviti, as empresas
brasileiras devem ponderar junto ao resultado da lista a instabilidade política
“Apesar de ter ficado em 11º lugar na pesquisa global, as incertezas acerca das
lideranças políticas em mercados nacionais e internacionais devem ser
consideradas como prioritárias por aqui” alerta Castro. Confira, a seguir, os
10 maiores riscos identificados para os negócios em 2017.
1)
Condições econômicas do mercado nacional e internacional – Considerado o principal risco
para 2017, o item apresentou o maior aumento em relação a 2016. No Brasil, a
instabilidade econômica o colocou como prioritário em razão de indicadores
negativos como a perda do grau de investimento, descontrole da inflação e
recessão econômica.
2)
Mudanças de regulamentações – A alta na demanda de programas efetivos de compliance
combinada com as mudanças legais e uma atuação incisiva de órgãos reguladores,
fiscalizadores e investigativos aumentaram a percepção de criticidade dos
empresários.
3)
Ameaças cibernéticas –
Ataques cibernéticos, roubo de propriedade intelectual e violação de bases de
usuários de serviços de informação marcaram 2016 e podem se manter neste
ano.
4) Novas
tecnologias e inovações disruptivas – O fortalecimento de aplicativos como Uber, o
crescimento de redes como o Airbnb e a evolução das fintechs ameaçam o mercado
de empresas tradicionais.
5)
Segurança da informação – As empresas estão adotando com maior frequência medidas preventivas
de segurança e controle da informação. A prevenção contra ataques de hackers ou
incidentes de funcionários é uma das maiores aflições dos executivos.
6)
Capacidade de atrair talentos – As mudanças no mercado de trabalho exigem que as
empresas invistam em desenvolvimento e retenção de profissionais capacitados
para o novo cenário. Esse risco é tensionado localmente pela falta de mão de
obra qualificada.
7)
Volatilidade nos mercados financeiros e moedas globais – As incertezas do cenário
internacional agravadas pelo Brexit, pela recessão da economia chinesa, pela
eleição de Donald Trump e pela oscilação do preço das commodities elevaram o
risco de economias. O Brasil, que depende do comércio exterior para a estabilidade
interna, sentirá os efeitos de qualquer mudança.
8)
Cultura da gestão de riscos – Executivos revelaram que as organizações ainda não preparam seus
colaboradores para temas como gestão de riscos, identificação de
vulnerabilidades e de potenciais problemas.
9)
Modelos de negócio fluidos – As empresas estão receosas com as resistências internas diante de
transformações do modelo de atuação. Cientes de que os negócios estão cada vez
mais fluidos, CEOs preocupam-se com a obsolescência e inflexibilidade da
organização.
10)
Manter a fidelidade e reter clientes – Novos hábitos de consumo e as inconstâncias
econômicas desafiarão marcas tradicionais.
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