quinta-feira, 16 de março de 2017

Lagarde condena “covarde ato de violência” contra sede do FMI


A diretora-gerente do fundo acrescentou que a organização está "trabalhando estreitamente com as autoridades francesas para investigar este incidente"

 





Washington – A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, qualificou nesta quinta-feira de “covarde ato de violência” o atentado com uma carta-bomba na sede da organização em Paris, que deixou um ferido.

“Me informaram sobre a explosão no escritório de Paris, que causou ferimentos a um de nossos funcionários. Condeno este covarde ato de violência e reafirmo a intenção do FMI de continuar com nosso trabalho em linha com nosso mandato”, afirmou Lagarde em comunicado.

Lagarde acrescentou que a organização está “trabalhando estreitamente com as autoridades francesas para investigar este incidente e garantir a segurança de nossos empregados”.

A ferida é uma secretária, que foi atingida nas mãos e no rosto pela deflagração ao abrir o carta, que estava destinada ao chefe do escritório europeu do FMI, explicou o chefe da polícia de Paris, Michel Cadot, que se deslocou ao local.

Em declarações aos veículos de imprensa, Cadot ressaltou que a vida da mulher não corre perigo e que “os danos estão bastante limitados”.

Com relação ao pacote, que tinha chegado por correio, disse que “parece uma bomba pirotécnica ou fogos de artifício”.

No momento da explosão havia três pessoas no escritório. A investigação foi encarregada aos serviços secretos e à polícia.

O fato aconteceu no edifício que o FMI compartilha com o Banco Mundial na avenida de Iena, no distrito XVI da capital francesa, que abriga várias embaixadas.


Moody’s melhora perspectiva do Brasil de negativa para estável





Agência informou que a estabilização da economia e a queda da inflação ajudaram a conter o crescimento da dívida pública


Da Redação, com Agência Brasil

redacao@amanha.com.br
Moody’s altera perspectiva de nota do Brasil de negativa para estável


A agência de classificação de risco Moody’s (foto) manteve o Brasil dois níveis abaixo do grau de investimento, mas melhorou de negativa para estável a perspectiva negativa para a nota do país, o que significa que a classificação da dívida pública brasileira não corre mais o risco de ser rebaixada a qualquer momento. O grau de investimento representa a garantia de que o país não corre risco de dar calote na dívida pública. Desde fevereiro do ano passado, o Brasil está enquadrado dois níveis abaixo dessa categoria.

Em comunicado, a Moody’s informou que a estabilização da economia e a queda da inflação ajudam a conter o crescimento da dívida pública. “A expectativa da Moody's é de que os riscos de deterioração refletidos na perspectiva negativa estão diminuindo e as condições macroeconômicas se estabilizando, enquanto a economia apresenta sinais de recuperação, com inflação em queda e cenário fiscal mais claro”, explicou a agência em nota. De acordo com a agência, existem indicações de que o funcionamento da estrutura de políticas econômicas está melhorando as condições para o país adotar reformas estruturais. “As instituições estão recuperando sua solidez, o que dá sustentação à planejada implementação de reformas fiscais estruturais”, destacou o comunicado.

A Moody’s informou que espera o início da recuperação da economia brasileira para este ano, enquanto a situação financeira da Petrobras começou a melhorar. Apesar de ter custos para as contas do governo federal nos próximos anos, a renegociação da dívida dos Estados, informou a agência, trará impactos limitados sobre os cofres federais. “O surgimento, no ano passado, de um ambiente positivo para as reformas sinaliza a melhora do funcionamento das instituições que darão suporte à implementação da reforma fiscal e a aprovação da reforma da Previdência neste ano. Os riscos de passivos contingentes relacionados ao apoio financeiro à Petrobras diminuíram, reduzindo em consequência os riscos de deterioração, enquanto o custo fiscal do alívio da dívida concedido aos governos estaduais permanece limitado”, acrescentou a agência. Apesar de ressaltar a melhoria do clima para a aprovação das reformas, a agência advertiu que existe o risco de a instabilidade política comprometer a aprovação de reformas como a da Previdência Social.


Análise
 

“O encaminhamento da reforma da previdência para discussão no Congresso e a sinalização de uma pequena retomada dos dados econômicos são fatores fundamentais para as agências internacionais de risco começarem a rever a nota de crédito do país. Embora no curto prazo o endividamento público ainda continuará a subir, importante indicativo para as agências, a perspectiva de equacionamento das contas públicas com a reforma da previdência coloca um sinal positivo na questão do risco de crédito do país”, opina Rogério Storelli, gestor da GGR Investimentos.  

"A elevação da nota da Moody's está ligada ao aumento de confiança no atual governo e sua capacidade de implementar as reformas necessárias, em especial a reforma da Previdência, algo que nenhum dos presidentes anteriores conseguiu. Mostra que o Brasil deve conseguir estancar a sangria causada pelo déficit do INSS. Este é o primeiro passo. O segundo momento é a subida no rating do grau de rating, o que impactaria no na taxa de juros, câmbio e investimento estrangeiro", explica Fernando Bergallo, diretor de câmbio da FB Capital.

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As 20 empresas mais reclamadas do Procon-SP em 2016


Dica: operadoras de telecom e bancos lideram o ranking, mas o GPA fez sua estreia na segunda posição, graças ao seu e-commerce 

 


São Paulo – As empresas da América Móvel – Claro, Net e Embratel, lideram o ranking das mais reclamadas de 2016 no estado de São Paulo, segundo ranking do Procon-SP divulgado hoje. A líder é seguida das companhias do Grupo Pão de Açúcar e Telefônica Vivo.

A lista, formulada com apoio de 41 Procons municipais do estado paulista, é repleta de operadoras de telecom e bancos, como de costume. No caso da América Móvel, o órgão ressalta que houve diminuição no número de queixas, mas o índice de solução piorou.

A novidade, segundo o Procon-SP, foi o grupo Pão de Açúcar figurar no segundo lugar, com as empresas Pontofrio.com.br, Casasbahia.com.br, Extra.com.br, Casas Bahia, Ponto Frio, Via Varejo S/A, Pão de Açúcar, Comprebem, Eletro, Companhia Brasileira de Distribuição, Extra Hipermercado e Sé Supermercados.

“É a primeira vez que um grupo varejista ocupa um lugar de destaque entre as mais reclamadas”, destacava o órgão por meio de comunicado. A maior parte das reclamações do grupo, 89% delas, está concentrada no e-commerce.

O resultado se dá com uma relação entre as que mais tiveram reclamações atendidas e não atendidas feitas pelos consumidores durante o ano passado.

Ao todo foram registrados 894.845 atendimentos entre consultas, orientações, carta de informações preliminares e reclamações. Destes, 55.539 geraram reclamações fundamentadas.

Veja, a seguir, a lista das 20 empresas mais reclamadas, de acordo com o Procon-SP. A lista completa pode ser conferida neste link.


Ranking Empresa Reclamações atendidas % Não atendidas % Total
Claro, Net e Embratel 3.473 74% 1.231 26% 4.704
GPA, Casas Bahia e Ponto Frio 3.104 72% 1.196 28% 4.300
Vivo, Telefônica 2.710 67% 1.312 33% 4.022
TIM 1.353 81% 323 19% 1.676
SKY 1.119 73% 414 27% 1.533
Bradesco 660 53% 595 47% 1.255
Itaú Unibanco 582 47% 653 53% 1.235
Samsung 486 42% 683 58% 1.169
OI 589 54% 499 46% 1.088
10º Caixa 412 45% 509 55% 921
11º B2W, Lojas Americanas, Shoptime, Submarino 403 49% 415 51% 818
12º Lenovo, Motorola, CCE 593 75% 198 25% 791
13º Eletropaulo 240 38% 393 62% 633
14º Nextel 344 62% 212 38% 556
15º Sony 305 57% 233 43% 538
16º BMG 126 24% 408 76% 534
17º Assoc Brasil de Apoio aos Aposentados 15 3% 485 97% 500
18º Santander 203 48% 224 52% 427
19º Zurich Seguros 137 33% 278 67% 415
20º PAN 84 21% 325 79% 409

Veja os vencedores dos leilões de 4 aeroportos realizados hoje


Aeroportos de Salvador, Fortaleza, Porto Alegre e Florianópolis foram levados por grupos europeus em leilão que rendeu R$ 1,46 bi em lances mínimos

 






São Paulo – O governo federal leiloou hoje quatro aeroportos: Salvador, Fortaleza, Porto Alegre e Florianópolis.

O valor em lances mínimos, que devem ser desembolsados no momento da compra, ficou em R$ 1,46 bilhão, ágio de 93,7% sobre o mínimo estabelecido.

O valor a ser desembolsado no período total da outorga foi de R$ 3,72 bilhões, ágio de cerca de 23%. Todos os leilões foram vencidos por grupos europeus.


Lances e vencedoras


O aeroporto de Salvador foi arrematado por R$ 660,9 milhões pela Vinci Airports, um grupo francês que tem se expandido para mercados emergentes.

Foi a única proposta e o ágio foi de 113,2% em relação ao valor mínimo, de R$ 310 milhões.

O aeroporto de Fortaleza foi levado por R$ 425 milhões (ágio de 18%) pela Fraport AG Frankfurt Airport Services, um consórcio alemão que hoje administra o aeroporto de Frankfurt, um dos mais movimentados do mundo.

O de Porto Alegre foi leiloado por R$ 290,5 milhões (ágio de 852%) também pela Fraport, que já havia participado dos leilões de aeroportos em 2013 mas não havia conseguido levar nenhum.

Um mesmo grupo podia vencer mais de um aeroporto, desde que não estivesse na mesma região.

O aeroporto de Florianópolis foi arrematado por R$ 83,3 milhões, ágio de 57%. A vencedora foi a suíça Zurich International Airport AG, que também administra o aeroporto de Zurique.


Investimentos e demanda


O governo estima que um total de R$ 6,6 bilhões seja investido nos 4 aeroportos ao longo do período de concessão de 30 anos (25 anos para o de Porto Alegre). Todos são prorrogáveis por 5 anos.

Os contratos exigem melhorias específicas em cada um, como ampliação dos terminais e dos pátios das aeronaves.

Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), os quatro aeroportos leiloados são responsáveis por 11,6% dos passageiros, 12,6% das cargas e 8,6% das aeronaves do tráfego aéreo brasileiro total.

O processo foi marcado pela alta participação estrangeira em um cenário onde as construtoras brasileiras foram atingidas pela Lava Jato e estão com baixa capacidade financeira.

A concorrência também foi menor. 5 consórcios participaram quando os aeroportos de Galeão e Confins foram leiloados em 2013, e os aeroportos de Guarulhos, Brasília e Campinas tiveram 11 concorrentes em 2012.

Uma das preocupações expressas por empresas que não participaram foi de que as projeções de utilização futura do governo não estavam atualizadas.

A demanda por voos domésticos no Brasil caiu 5,7% em 2016, a primeira queda desde 2003, e a oferta de lugares em voos caiu 5,9%, primeira redução desde 2013.

O leilão foi visto como um teste da capacidade do governo Temer de atrair investimentos na infraestrutura do país.

Uma das principais mudanças em relação às rodadas anteriores é que a Infraero deixou de ter participação majoritária.


Alemães e suíços levam aeroportos de Porto Alegre e Florianópolis




Fraport ofereceu R$ 290 milhões pelo Salgado Filho, enquanto a Zurich ofertou R$ 83 milhões pelo terminal catarinense



Da Redação

redacao@amanha.com.br
 Grupos alemão e suíço arrematam aeroportos de Porto Alegre e Florianópolis


O grupo alemão Fraport AG Frankfurt venceu a disputa pelo Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre (RS), enquanto a operadora Zurich Airport AG, da Suíça, arrematou a concessão do aeroporto Hercílio Luz, de Florianópolis (SC). O leilão foi realizado pela Agência Nacional da Aviação Civil (Anac) na manhã desta quinta-feira (16) na sede da BM&FBovespa, em São Paulo. O Fraport ofereceu R$ 290,5 milhões pelo Salgado Filho, enquanto a Zurich ofertou R$ 83,3 milhões pelo terminal catarinense. 

O resultado causou surpresa tendo em vista que analistas cogitavam pouco interesse pelo terminal gaúcho (foto) em razão da complexidade das obras. O Grupo Fraport opera o aeroporto de Frankfurt e mais nove terminais na Europa, Ásia e América do Sul. A empresa alemã administrará o Salgado Filho pelos próximos 25 anos, prorrogáveis por mais cinco. Entre as obrigações contratuais está a necessidade de fazer a ampliação da pista do aeroporto em mais 920 metros, dentro de um prazo de 52 meses após assinar o contrato de concessão, o que deve ocorrer até julho. Também será exigido que o grupo Fraport faça a ampliação do terminal de passageiros e erga um novo prédio-estacionamento.

Com o arremate do Hercílio Luz, a operadora Zurich Airport AG terá o direito de operar o aeroporto pelos próximos 30 anos. Entre as melhorias que o grupo suíço terá de fazer estão o recapeamento e ampliação das existentes e construção de novas pistas de táxi aéreo, a construção de novo terminal para passageiros e a reforma do atual terminal para que se torne um terminal de aviação geral (voos particulares). Além do maior aeroporto da Suíça, a Zurich atua também em Confins, em Belo Horizonte (MG), com 25% do controle da estrutura.

Com o leilão, o governo receberá R$ 1,4 bilhão dos lances mínimos, valor que terá de ser pago à vista no momento da assinatura do contrato, e garantiu uma arrecadação de R$ 3,7 bilhões no período da concessão.


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quarta-feira, 15 de março de 2017

EFG disputa com BTG Pactual preço final de compra do BSI


Empresa comunicou ajustes pós-fechamento no valor de aquisição do BSI de cerca de 277,5 milhões de francos suíços (275,3 milhões de dólares)

 






Zurique – O EFG International se prepara para uma batalha com o grupo brasileiro BTG Pactual em relação ao valor do BSI, com o banco suíço agora esperando reduzir o preço de compra em mais de 25%.

Nesta quarta-feira, o EFG International comunicou ajustes pós-fechamento no valor de aquisição do BSI de cerca de 277,5 milhões de francos suíços (275,3 milhões de dólares).

Em comunicado divulgado nesta manhã, contudo, o BTG refuta o montante e informa que, após levar em consideração as opiniões de seus assessores, o preço deveria ser ajustado em 95,7 milhões de francos para cima.

“Se as partes não chegarem a um acordo durante a fase de negociações, as diferenças serão resolvidas oportunamente por um especialista independente, de acordo com os documentos da alienação do BSI”, esclareceu o BTG Pactual na nota.

Ao comprar o BSI do BTG no ano passado, o EFG quase dobrou de tamanho, tornando-se um dos 10 maiores bancos privados da Suíça, atrás de rivais como UBS, Credit Suisse e Julius Baer.

Contudo, o acordo foi complicado por problemas legais do BSI incluindo um escândalo envolvendo o fundo do governo malaio 1Malaysia Development Bhd (1MDB), que afugentou muitos clientes.

Com isso, o EFG assumiu menos ativos que o esperado quando o acordo foi assinado. Os ativos administrados pelo banco caíram para 144,5 bilhões de francos suíços ao fim de 2016, ante total estimado em cerca de 170 bilhões de francos.

Em novembro, o EFG reduziu o valor de compra do BSI a 1,06 bilhão de francos, de 1,3 bilhão de francos na data de anúncio do acordo.

Ao divulgar os resultados do ano, o banco suíço informou nesta quarta-feira que agora espera que o preço seja de 783,9 milhões de francos.

O banco alertou que o ajuste estava “sujeito à objeção esperada do BTG e, se necessário, à verificação por parte de um especialista independente”.

A revisão do valor do acordo ajudou o EFG a reportar lucro líquido de 339,3 milhões de francos em 2016, bem acima dos 13,8 milhões de francos apontados em pesquisa Reuters com quatro analistas.

O BSI sofreu uma fuga líquida de capital de 4,9 bilhões de francos em novembro e dezembro do ano passado, o que resultou em saques totais líquidos de 5,4 bilhões de francos para o EFG no ano, informou o banco.

“Na nossa perspectiva, a saída de capital do BSI de 4,9 bilhões de francos em apenas dois meses de 2016 é surpreendentemente elevada”, disse Tomasz Grzelak, analista da Helvea, atribuindo recomendação de “manutenção” para o papel.
 
 

UE aprova acordo de US$85,4 bi da AT&T com Time Warner


A fusão, no entanto, ainda precisa ser aprovada pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos

 




A AT&T recebeu a aprovação da Comissão Europeia para a planejada aquisição da Time Warner por 85,4 bilhões de dólares, anunciou nesta quarta-feira a operadora de telefonia sem fio dos Estados Unidos.

A fusão ainda precisa ser aprovada pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos. A expectativa é que o acordo seja concluído até o final do ano, disse a AT&T.

Durante sua campanha eleitoral, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que se opunha à fusão e, em janeiro, um funcionário da transição disse à Reuters que Trump seguia contra o acordo.

A Comissão Federal de Comunicações dos EUA não espera rever o acordo, disse um porta-voz da agência no mês passado.

O Departamento de Justiça, que está analisando os documentos apresentados sobre a fusão, tem de provar que o acordo proposto prejudica a concorrência para bloqueá-lo.

“Acho que o que todos estão esperando é ver quem vai se tornar chefe da divisão antitruste do Departamento de Justiça”, disse Roger Entner, analista da Recon Analytics.