quinta-feira, 11 de maio de 2017

Policiais vão processar Lula após insinuação durante depoimento

 

Ao ser apresentado a um documento por Moro, o ex-presidente "insinuou" que agentes federais teriam "plantado provas em seu apartamento" 

 








São Paulo – A Federação Nacional dos Policiais Federais afirmou, por meio de nota, nesta quinta-feira, 11, que vai processar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por “denunciação caluniosa”.

A entidade afirmou que, ao ser apresentado a um documento pelo juiz Sérgio Moro, durante interrogatório, o ex-presidente Lula “insinuou” que agentes federais teriam “plantado provas em seu apartamento”.

As declarações, segundo a entidade, foram feitas no âmbito de processo em que Lula é réu pelo suposto recebimento de R$ 3,7 milhões de propinas da OAS.

O presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais, Luís Boudens, afirmou que “atribuir a inserção de provas dentro do local de busca é uma afronta à Polícia Federal”.

Lula teria feito a insinuação de prova plantada quando o juiz Sérgio Moro, que o interrogou nesta quarta-feira, 10, o questionou sobre documento sem assinatura que agentes da Polícia Federal apreenderam no apartamento em São Bernardo do Campo onde o ex-presidente mora.

O endereço foi alvo de buscas na Operação Aletheia, desdobramento da Lava Jato, no dia 4 de março de 2016. Naquele mesmo dia, os federais conduziram coercitivamente o petista para depor em uma sala no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Congonhas.

“Lula foi pego de surpresa pelo documento exibido por Moro. Ele reagiu de pronto, não pode ter uma reação calculada ou ensaiada. Não vamos permitir que essa alegação de Lula gere como efeitos processos administrativos contra os colegas federais ofendidos”, declarou Luís Boudens.

A entidade ainda afirma que “a fala de Lula vai gerar consequências” e que o ex-presidente fez uma “denunciação caluniosa contra a PF”.

“Vamos esperar os efeitos do judiciário em resposta ao que Lula alegou. A fala dele exige uma reação, foi uma afronta à PF jamais ocorrida durante toda a Lava Jato”, afirmou o presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais.

A reportagem entrou em contato com a defesa do ex-presidente Lula, mas não obteve resposta.


Força-tarefa da Lava Jato vê contradições em depoimento de Lula

 

 

A defesa do ex-presidente também foi acusada de prestar informação falsa ao afirmar que não teve acesso a um documento citado no interrogatório

 






São Paulo – A força-tarefa da operação Lava Jato em Curitiba disse nesta quinta-feira que houve “muitas contradições” no depoimento prestado na véspera pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e acusou a defesa do ex-presidente de prestar informação falsa ao afirmar em entrevista coletiva que não teve acesso a um documento citado no interrogatório.

Em nota, a força-tarefa afirmou que se manifestará oportunamente sobre essas contradições que os procuradores dizem ter identificado no depoimento, concedido no âmbito da ação penal em que Lula é acusado de ter recebido um apartamento tríplex como propina no esquema de corrupção na Petrobras.

“Quanto às muitas contradições verificadas no interrogatório do ex-presidente Lula, à imputação de atos à sua falecida esposa, à confissão de sua relação com pessoas condenadas pela corrupção na Petrobras e à ausência de explicação sobre documentos encontrados em sua residência, o Ministério Público Federal se manifestará oportunamente, no processo, especialmente nas alegações finais”, afirma a nota.

No depoimento da quarta-feira, Lula disse que sua mulher, a ex-primeira-dama Marisa Letícia, que morreu em fevereiro vítima de um acidente vascular cerebral, teve interesse na aquisição de um apartamento tríplex no Guarujá e que era ela quem tratava dos assuntos relacionados ao apartamento e à cota de um imóvel da Bancoop, a cooperativa dos bancários, que ela havia adquirido no mesmo prédio onde fica o tríplex.

Os procuradores negaram que os advogados de Lula não tenham tido acesso a uma ata de reunião de diretoria da Petrobras usada na audiência e afirmaram que o documento foi anexado ao processo em setembro de 2016.

“A informação (dos advogados de Lula) é falsa, uma vez que o documento está no processo desde 14 de setembro de 2016, data da acusação criminal”, informou a força-tarefa.

Lula é acusado de ter recebido o tríplex da OAS em troca de beneficiar a empreiteira em contratos de refinarias com a Petrobras.

O ex-presidente nega ser o dono do imóvel e sua defesa afirma que ele é alvo de perseguição política promovida por parte dos integrantes do Judiciário e do Ministério Público.



Gramado, capital da “Serra do Silício”

Gramado Summit, em agosto, terá a participação de fundos com mais de R$ 500 milhões para investir em empresas inovadoras

 

Por Marcos Graciani

graciani@amanha.com.br
Gramado Summit, em agosto, terá a participação de fundos com mais de R$ 500 milhões para investir em empresas inovadoras


Um evento que evidenciará as mais inovadoras startups para investidores interessados em como essa inovação pode impactar negócios e vidas. Assim é definida a Gramado Summit (o credenciamento pode ser feito aqui) que tem o objetivo de transformar Gramado (RS) em um grande polo de tecnologia e local ideal para a indústria criativa. O evento será realizado pela empresa Rossi & Zorzanello entre 10 e 12 de agosto.  e alguns números preliminares são impactantes. Serão, por exemplo, mais de R$ 500 milhões em fundos de investimento e 70 startups apresentando seus mais variados e inovadores projetos. Entre os investidores estão nomes de peso como Guilherme Paulus, da GJP, e Leandro Teixeira, do Fundo Criatec 2. 

Marcus Rossi (foto), CEO e co-fundador da Summit, deseja tornar o município da serra gaúcha, mais conhecido nacionalmente pelo seu festival de cinema, em uma espécie de Serra do Silício, onde empreendedores digitais receberão uma série de benefícios para instalação de suas empresas. Porém, como destaca Rossi na entrevista a seguir, a cidade tem uma atração a mais frente a São Paulo, por exemplo. “Identificamos um custo de vida mais baixo em Gramado. Mobilidade urbana e segurança também são dois pontos fortes, tendo em vista que a indústria de inovação não trabalha com horários tradicionais”, lista ele. Acompanhe os principais trechos da entrevista a seguir. 


Na sua avaliação, como está o nível de empreendedorismo digital no Sul?
Vivemos em uma região inovadora. Constantemente nos reinventamos e buscamos implantar novas oportunidades de negócios. Tomando o Rio Grande do Sul como exemplo, já existem players com projetos ambiciosos no meio digital. Porém, ainda não temos um ambiente propício para expansão e visibilidade nacional destas iniciativas. Com a Gramado Summit iremos dar palco, não apenas para um, mas para todos que buscam empreender na área.


Quais os principais trunfos da região Sul?
Hoje as principais universidades do Estado estão criando seus próprios parques tecnológicos como o TecnoPuc, o TecnoSinos, o TecnoUCS e o Feevale Techpark. São apenas algumas iniciativas que estão estimulando a criação de grandes negócios. Já em Gramado temos um cenário estrutural muito parecido com o Vale do Silício: uma cidade pequena com potencial econômico estratosférico e qualidade de vida que não se encontra em outro destino do Brasil. Nos falta apenas trazer para cá grandes iniciativas do meio digital. 


Como os fundos de investimentos de startups analisam as oportunidades do Paraná para baixo?
Existe uma concentração de investimentos no centro do país. Mas temos percebido, muito em vista dos contatos para a Gramado Summit, que os investidores estão buscando novas possibilidades de negócios fora dos grandes centros. Acredito que um dos motivos para o interesse seja o baixo custo de operação de uma startup quando comparado a uma cidade como São Paulo, por exemplo. Tendo Gramado por base, identificamos um custo de vida mais baixo. Mobilidade urbana e segurança também são dois pontos fortes, tendo em vista que a indústria de inovação não trabalha com horários tradicionais. Ou seja, é um ambiente ideal, pois une menor custo e melhores resultados na produtividade.


Há algum segmento específico de startups que tem atraído aportes dos fundos?
O mercado das fintechs é um deles por causa da alta escalabilidade do setor. Outra área que vem recebendo uma atenção especial é de aplicativos para a saúde. No Sul, considerando principalmente Santa Catarina, notamos a maior parte das iniciativas voltadas para marketing e vendas.


Como está sendo recebida a Gramado Summit pelos investidores e empreendedores do país?
A iniciativa de colocar em exposição startups inovadoras, com modelos de negócios disruptivos, e promover o seu encontro com um seleto e qualificado grupo de investidores, tem sido a base para o sucesso do evento. Paralelo a isso, estamos preparando uma grade temática com painelistas de peso e muito conteúdo para que os visitantes tenham uma perspectiva real da importância do mercado digital.

 http://www.amanha.com.br/posts/view/3978

Randon: setor automotivo ainda demonstra prudência

Até março, produção de implementos rodoviários teve queda de 15%

 

Da Redação

 

redacao@amanha.com.br
Entre janeiro e março, a produção de implementos rodoviários da Randon teve queda de 15% em relação ao mesmo período de 2016

O primeiro trimestre de 2017 encerrou com otimismo moderado para as Empresas Randon, apesar dos desafios para a retomada do crescimento econômico sustentável e com reflexos efetivos sobre os resultados. Entre janeiro e março, a produção de implementos rodoviários teve queda de 15% em relação ao mesmo período de 2016. Por outro lado, a produção de caminhões apresentou crescimento de 4%, no comparativo com o mesmo período do ano passado, suportado, principalmente, pelo aumento das exportações, impulsionando os volumes de vendas de autopeças.

 “Mesmo com a confiança de consumidores e empresários melhorando e com o controle da inflação e redução de juros, o cenário do setor automotivo ainda demonstra prudência nos investimentos por parte dos clientes”, afirma Geraldo Santa Catharina, diretor Financeiro e de Relações com Investidores, para quem ainda é preocupante a alta ociosidade do parque fabril automotivo brasileiro. 

Diante deste cenário, a receita bruta total, com impostos e antes da consolidação, somou R$ 841,5 milhões ou 17,5% menor quando comparada ao mesmo período do ano anterior (R$ 1 bilhão). No comparativo com o quarto trimestre de 2016, em que a receita bruta era de R$ 866,8 milhões, houve redução de 2,9% nos três meses seguintes. A receita líquida consolidada atingiu R$ 579,7 milhões, retração de 21,1% no comparativo com o mesmo trimestre de 2016. No primeiro trimestre de 2016 foram vendidos 726 vagões, contra 169 unidades em igual período de 2017 (-76,7%). Esta redução impactou negativamente o comparativo da receita trimestral. Além disto, a apreciação do real frente ao dólar afetou positivamente as receitas oriundas do exterior. 

As exportações das Empresas Randon representaram 17% da receita líquida consolidada no primeiro trimestre deste ano, contra 16,6%, no mesmo período de 2016. As exportações para os países do Mercosul e Chile cresceram e representaram 45% do total exportado até março. Alguns países deste bloco foram beneficiados pelo aumento da safra, que assim como no Brasil, foi superior ao ciclo anterior e movimentou os negócios. Já as vendas para o continente africano permanecem perdendo relevância nos volumes exportados, representando apenas 4,2% do total exportado (8% no primeiro trimestre de 2016), principalmente devido ao preço do petróleo estar abaixo das marcas históricas.

O lucro bruto alcançou R$ 118,4 milhões no primeiro trimestre de 2017 e representou 20,4% da receita líquida consolidada, sendo 9,6% inferior ao total obtido no primeiro trimestre de 2016, quando totalizou R$ 131 milhões ou 17,8% da receita líquida consolidada. No comparativo com o quarto trimestre de 2016, o lucro bruto teve acréscimo de 2,6%. Até março, foi obtido lucro líquido de R$ 1,6 milhão contra R$ 9,6 milhões de prejuízo líquido no mesmo trimestre de 2016. 

http://www.amanha.com.br/posts/view/3973

quarta-feira, 10 de maio de 2017

Procura-se líder climático




Procura-se líder climático
Por Carlos Rittl

Nos próximos dias, os Estados Unidos de Donald Trump poderão se tornar o primeiro país do mundo a abandonar o acordo do clima de Paris, ratificado por 142 nações. A decisão será tomada por um grupo de assessores mais próximos do presidente, que estão no momento divididos, de um jeito que reflete bem a insanidade dos dias atuais: o ministro do Meio Ambiente é a favor de abandonar o tratado, enquanto o secretário de Estado, ex-CEO da maior petroleira do mundo, defende a permanência dos EUA na mesa.

Qualquer que seja o veredicto, será provavelmente um gesto apenas simbólico. Afinal, semanas atrás, Trump tomou a decisão política que importava mais sobre o assunto, ao assinar um decreto que autoriza a Agência de Proteção Ambiental a desmontar o Plano de Energia Limpa de Barack Obama. O plano é a principal regulação federal destinada a cortar emissões de carbono do setor de geração de energia.

O ato significa que o segundo maior emissor de gases de efeito estufa do mundo está abandonando a ação contra as mudanças climáticas num momento em que os fatos e a ciência nos gritam que ela deveria estar sendo criticamente acelerada. Os impactos da decisão para os objetivos do Acordo de Paris deverão ser gravíssimos. Mas igualmente ruim fica a situação da economia americana: Trump entregou de bandeja sua competitividade à China.

A premissa por trás do desmonte do Plano de Energia Limpa é uma suposta “guerra ao carvão” que teria sido movida por Obama. Mentira pura – ou, para usar uma expressão do léxico trumpista, “fato alternativo”: o que condenou o carvão à morte nos EUA não foi a regulação ambiental, mas sim a competição com tecnologias energéticas melhores e mais eficientes. O carvão declinou porque os americanos descobriram no gás natural extraído por fraturamento hidráulico uma fonte mais barata, abundante, eficiente e menos poluente. E foi só quando a realidade dessa competição já estava precificada na economia americana que o ex-presidente pôde adotar suas regulações mais ousadas da poluição das termelétricas e ampliar os incentivos às energias renováveis, que são o futuro da energia global.

Com o decreto, Trump dá uma banana para a inovação tecnológica, que sempre foi a pedra de toque da economia de seu país, na tentativa de prover uma sobrevida a duas fontes energéticas condenadas – o carvão e o petróleo. Esses dois setores hoje geram menos empregos do que as energias renováveis, mas isso não importa para Trump, mais interessado em proteger os investimentos de seus aliados na indústria fóssil.

O plano tende a fracassar, já que enfrentará forte oposição da sociedade civil, de Estados, de estados, cidades e de diversas indústrias poderosas, que apostam num futuro descarbonizado. A cruzada obscurantista de Trump contra a ciência da mudança climática foi alvo de uma marcha de cientistas no dia 22 de abril, que ocorreu em 600 cidades em todos os continentes, inclusive no Brasil. E, no dia 29, 200 mil pessoas marcharam pelo clima em Washington e outros milhares em mais de 370 cidades mundo afora.

É previsível, ainda, que haja uma chuva de ações judiciais exigindo a manutenção do plano energético de Obama. Que ninguém tenha dúvida: a matriz energética americana já está embicada para a descarbonização, e a maior prova disso foi que as emissões do país no ano passado caíram 1,6% - as menores desde 1990 – mesmo com um crescimento econômico de 3%. Isso quer dizer que o PIB americano está enfim desacoplado dos combustíveis fósseis.

No entanto, o decreto autorizando o fim do Plano de Energia Limpa terá repercussão imediata em dois aspectos. O primeiro é que, mesmo sem sair formalmente do Acordo de Paris, Trump terá provavelmente minado a chance de a humanidade alcançar sua meta mais ambiciosa, a de estabilizar o aquecimento global em 1,5oC.

Para que isso tivesse uma chance razoável de ocorrer, o mundo precisaria cortar profundamente emissões até 2020. Como os EUA respondem por 17% das emissões do mundo, precisariam liderar esse esforço. Mas nem mesmo o Plano de Energia Limpa, se fosse 100% implementado, daria conta da tarefa: ele contempla menos de 20% da NDC, a tarefa que os EUA impuseram a si mesmos como contribuição ao Acordo de Paris de cortar de 26% a 28% das emissões até 2025 em relação a 2005. Ou seja, os EUA precisariam estar criando novas políticas de corte de emissões para que a meta do 1,5oC tivesse mais chance. E estão fazendo o oposto. O sinal é o pior possível, já que outros países, como a Rússia, podem sentir-se tentados a agir de forma análoga.

O segundo efeito é deixar um vácuo de liderança na área de clima e energia, a ser preenchido por quem se apresentar. O primeiro candidato natural é a China, que tem nas energias renováveis prioridade de sua política industrial e já se apresentou neste ano, no Fórum de Davos, como substituta dos EUA nessa agenda. Investimentos que iriam para os Estados Unidos (“America First”?) agora farão a curva e tomarão rumo ao leste.

Mas há outros países que perderam relevância internacional recentemente e que deveriam estar interessados nisso. Veja, por exemplo, o Brasil: o país teve um grande sucesso recente de combate às emissões, com a queda do desmatamento na Amazônia; possui vasta experiência em biocombustíveis; e uma matriz energética ainda relativamente limpa. Caso resolvesse encarar o desafio, como fez a China, o Brasil poderia investir num programa maciço de descarbonização, de produção de commodities agrícolas com baixa emissão e de criação de uma indústria de base florestal.

Infelizmente, porém, nossos líderes parecem quase tão apegados ao passado quanto Donald Trump: destinamos 70% dos nossos investimentos em energia aos combustíveis fósseis, como o petróleo do pré-sal. Sintomático, aliás, nossa direita e nossa esquerda estejam engalfinhadas atualmente num debate sobre qual é o melhor método de jogar o carbono do pré-sal na atmosfera: se o “neoliberal” ou o “estatista”. E nosso Congresso, amplamente representado no Executivo, está mais ocupado em dizimar terras indígenas, unidades de conservação e regulações ao agronegócio do que em olhar para a frente. Na pátria das oportunidades perdidas, estamos deixando passar mais uma. A China agradece (Carlos Rittl é secretário-executivo do Observatório do Clima e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza)

Petrobras ainda não decidiu modelo de venda da BR Distribuidora

Petroleira disse que "está analisando o reinício de um novo processo de desinvestimento" de sua participação na BR Distribuidora





São Paulo – A Petrobras informou que não há nenhuma deliberação de sua diretoria executiva ou Conselho de Administração sobre o modelo de venda da unidade de combustíveis, a BR Distribuidora, segundo comunicado da companhia nesta terça-feira.

O comentário da petroleira foi divulgado após reportagem do jornal O Estado de S. Paulo nesta terça-feira dizer que a Petrobras voltou a cogitar a hipótese de uma abertura de capital da BR Distribuidora como forma de levantar recursos sem vender o controle da companhia a um sócio.

A reportagem, que não cita fontes, disse que a proposta foi apresentada por diretores da Petrobras como uma alternativa.

No comunicado ao mercado sobre a BR Distribuidora, a Petrobras disse que “está analisando o reinício de um novo processo de desinvestimento” de sua participação na empresa, seguindo procedimentos de uma sistemática para vendas de ativos que foi revisada e aprovada pela diretoria e “está alinhada às orientações do Tribunal de Contas da União”.


Petrobras e Exxon negociam parceria no Brasil e exterior


Segundo fontes, executivos de alto escalão das duas empresas se encontraram na semana passada nos EUA

 




Petrobras e Exxon estão negociando uma parceria estratégica que pode envolver vários ativos no Brasil e no exterior em diferentes segmentos da indústria, segundo pessoas familiarizadas com a negociação que pediram para não serem identificadas porque as conversas não são públicas.

Executivos do alto escalão das empresas se encontraram na semana passada em Houston. Parceria em negociação segue modelo do acordo de US$ 2,2 bilhões fechado com a Total em dezembro.

O Brasil se prepara para dois leilões de blocos no pré-sal neste ano. Carla Lacerda, presidente da Exxon no país, disse na semana passada que a cia. está pronta para voltar para o Brasil.

Na semana passada, Parente teve encontros privados com Carla e Felipe Arbelaez, chefe da BP na América Latina, durante a Offshore Technology Conference in Houston, segundo informaram as fontes.

Arbelaez, que confirmou conversa com Parente, disse que com as mudanças nas regras, “todas as companhias estão reavaliando as suas estratégias para Brasil. Eventos como esses são oportunidades para os executivos se encontrarem,”, disse em entrevista; “tivemos alguns encontros com eles”.

No passado, a Exxon teve um raro caso de fracasso na exploração do pré-sal, concessão foi vendida em 2012. “Estamos aqui para dizer que vamos tentar novamente”, disse Carla durante o evento em Houston.

A Petrobras disse que está em constante contato com empresas do setor de petróleo e gás natural para avaliação de oportunidades e compartilhamento de experiências.