Até março, produção de implementos rodoviários teve queda de 15%
O primeiro trimestre de 2017 encerrou com otimismo moderado
para as Empresas Randon, apesar dos desafios para a retomada do
crescimento econômico sustentável e com reflexos efetivos sobre os
resultados. Entre janeiro e março, a produção de implementos rodoviários
teve queda de 15% em relação ao mesmo período de 2016. Por outro lado, a
produção de caminhões apresentou crescimento de 4%, no comparativo com o
mesmo período do ano passado, suportado, principalmente, pelo aumento
das exportações, impulsionando os volumes de vendas de autopeças.
“Mesmo
com a confiança de consumidores e empresários melhorando e com o
controle da inflação e redução de juros, o cenário do setor automotivo
ainda demonstra prudência nos investimentos por parte dos clientes”,
afirma Geraldo Santa Catharina, diretor Financeiro e de Relações com
Investidores, para quem ainda é preocupante a alta ociosidade do parque
fabril automotivo brasileiro.
Diante deste cenário, a receita
bruta total, com impostos e antes da consolidação, somou R$ 841,5
milhões ou 17,5% menor quando comparada ao mesmo período do ano anterior
(R$ 1 bilhão). No comparativo com o quarto trimestre de 2016, em que a
receita bruta era de R$ 866,8 milhões, houve redução de 2,9% nos três
meses seguintes. A receita líquida consolidada atingiu R$ 579,7 milhões,
retração de 21,1% no comparativo com o mesmo trimestre de 2016. No
primeiro trimestre de 2016 foram vendidos 726 vagões, contra 169
unidades em igual período de 2017 (-76,7%). Esta redução impactou
negativamente o comparativo da receita trimestral. Além disto, a
apreciação do real frente ao dólar afetou positivamente as receitas
oriundas do exterior.
As exportações das Empresas Randon
representaram 17% da receita líquida consolidada no primeiro trimestre
deste ano, contra 16,6%, no mesmo período de 2016. As exportações para
os países do Mercosul e Chile cresceram e representaram 45% do total
exportado até março. Alguns países deste bloco foram beneficiados pelo
aumento da safra, que assim como no Brasil, foi superior ao ciclo
anterior e movimentou os negócios. Já as vendas para o continente
africano permanecem perdendo relevância nos volumes exportados,
representando apenas 4,2% do total exportado (8% no primeiro trimestre
de 2016), principalmente devido ao preço do petróleo estar abaixo das
marcas históricas.
O lucro bruto alcançou R$ 118,4 milhões no
primeiro trimestre de 2017 e representou 20,4% da receita líquida
consolidada, sendo 9,6% inferior ao total obtido no primeiro trimestre
de 2016, quando totalizou R$ 131 milhões ou 17,8% da receita líquida
consolidada. No comparativo com o quarto trimestre de 2016, o lucro
bruto teve acréscimo de 2,6%. Até março, foi obtido lucro líquido de R$
1,6 milhão contra R$ 9,6 milhões de prejuízo líquido no mesmo trimestre
de 2016.
http://www.amanha.com.br/posts/view/3973
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