Proposições passam por modernização e reformas
As ações prioritárias para o desenvolvimento da indústria
foram apresentadas ao presidente da República Michel Temer, nesta
terça-feira (16), pelos representantes das Federações das Indústrias dos
três Estados do Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul,),
liderados pelo presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, e
acompanhados dos principais empresários da região.
O presidente
da Fiep, Edson Campagnolo, ressaltou que o momento é decisivo para o
futuro do país. “O Brasil precisa avançar nas reformas para criar um
ambiente mais favorável aos negócios e aos investimentos. Somente assim
teremos condições de recuperar os mais de 13 milhões de empregos
perdidos nesta crise e garantir desenvolvimento em longo prazo”,
declarou. Campagnolo destacou que, depois de encaminhada a aprovação da
Reforma Trabalhista, é necessário que seja aprovada também a
Previdenciária, fundamental para o equilíbrio das contas públicas,
manutenção da estabilidade econômica e retomada da confiança de
investidores.
No documento entregue a Temer, Glauco Côrte, da
Fiesc, ao avaliar os ajustes necessários ao país, avaliou que os
primeiros passos já estão sendo dados, principalmente com a tramitação
de reformas importantes, como é o caso do estabelecimento de um teto
para os gastos públicos e o programa de regularização tributária (com os
ajustes incorporados pelo Congresso Nacional). “Essas medidas indicam
que o governo está assumindo a tarefa de remover barreiras ao pleno
crescimento do Brasil, missão esta que a Fiesc reconhece como essencial e
apoia integralmente. Adiciona-se a necessidade de avanços em relação ao
sistema tributário (incluindo a reforma do ICMS), à política de
concessões e ao fortalecimento das agências reguladoras, entre outras”,
cobrou Côrte. Na área de infraestrutura, entre as solicitações da
federação catarinense estão a continuidade da duplicação das BRs 280 e
470; ampliação da capacidade e restauração das BRs 282, 163 e 116;
investir na ampliação da BR-101 no sentido norte; restauração das BRs
153 e 158 e finalização das obras da BR-285. Também há demandas
relacionadas aos investimentos em portos, em aeroportos e em ferrovias.
O
presidente da Fiergs, Heitor José Müller, destacou a importância do
encontro pela oportunidade de repassar ao presidente Temer a realidade
do setor produtivo, ao mesmo tempo em que frisou a necessidade de
melhorar a confiança na economia para o crescimento do Brasil,
estabelecendo prazos e horizontes para investir e crescer. "O setor
empreendedor atua muito em cima do aumento da confiança, da perspectiva
do horizonte de futuro e da modernização que o atual governo está
implantando. Com as reformas nós realmente vamos dar um salto, porque
lamentavelmente em um mundo de indústria 4.0, que é a quarta revolução
industrial, no Brasil ainda atuamos com muitas leis 1.0", alertou
Müller.
Da comitiva paranaense que acompanhou Campagnolo na
audiência também presidentes ou executivos de seis empresas do Estado:
Renault, Grupo Boticário, Coamo, Grupo Plaenge, Grupo Hübner e Cimento
Itambé. A convite da Fiesc, participaram os industriais Mario Cezar de
Aguiar, Décio Silva, Cesar Bastos Gomes, Gilberto Seleme, Mario
Schlickmann, Edvaldo Ângelo, Vilson Hermes e Maria Regina de Loyola
Rodrigues Alves. Pela Fiergs, estiveram presentes Antônio Roso, Cláudio
Amoretti Bier, David Randon, Gilberto Porcello Petry, Maristela Cusin
Longhi, Marcos Odorico Oderich e Walter Lidio Nunes.
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