sexta-feira, 26 de maio de 2017

O que era improvável no setor de cartões deu certo

 

A PagSeguro, processadora de operações com cartões controlada pelo UOL, conseguiu crescer num mercado dominado por gigantes — mas a concorrência acordou

 







São Paulo – Até alguns anos atrás, poucos setores eram tão hostis ao surgimento de novas empresas quanto o de cartões. O mercado de processamento de operações com cartões é dominado por duas- gigantes, que, por sua vez, são controladas pelos maiores bancos do país. A Cielo, cujos maiores acionistas são Bradesco e Banco do Brasil, é a líder. A Rede, do Itaú, vem em segundo lugar. Ambas têm margens de lucro elevadas, superiores a 30% ao ano.

Suas maquininhas estão espalhadas pelas principais lojas do país, e as duas empresas têm capital de sobra para investir em marketing e novas tecnologias — e, se for o caso, derrubar preços para ganhar clientes. Para completar, até 2010 havia uma reserva de mercado: os cartões da bandeira Visa só podiam ser usados nas maquininhas da Cielo;  os da Mastercard, nas da Rede. Montar um negócio do zero para concorrer com essas companhias parecia loucura — mas foi exatamente isso que uma empresa de internet, o UOL, decidiu fazer. Em 2007, lançou a processadora PagSeguro, que tinha tudo para dar errado, mas deu certo.

O modelo de negócios da Cielo e da Rede é, essencialmente, voltado para grandes empresas, que pagam um aluguel mensal para ter as maquininhas de cartões em suas lojas e uma taxa variável sobre cada venda. Mas esse sistema acaba custando caro demais para muitos pequenos empresários e trabalhadores autônomos. Pagar um aluguel mensal pode não compensar para quem recebe boa parte dos pagamentos em dinheiro, como taxistas e donos de food truck. “Sabíamos que tínhamos de chegar a esses clientes para continuar crescendo, só não sabíamos como fazer isso”, diz um executivo do setor de cartões.

Fundada como uma processadora de pagamentos online, a PagSeguro criou um modelo em 2013: em vez de aluguel, os clientes compram a maquininha (que custa de 118 a 838 reais, e o valor pode ser parcelado) e pagam uma taxa por venda. Com o custo fixo menor para os pequenos clientes (já que não pagam aluguel), a maquininha colou. A empresa também vende cartões pré-pagos que podem ser usados para fazer e receber pagamentos por quem não tem conta em banco.

Com isso e pesados investimentos em marketing, a empresa conseguiu cerca de 500 000 clientes (além de 250 000 no segmento online), segundo estimativas da consultoria Boanerges, especializada no setor de cartões (a PagSeguro não divulga números nem deu entrevista). Analistas acreditam que ela fature menos de um décimo da Cielo, cujas receitas alcançaram 12 bilhões de reais em 2016, mas o potencial de crescimento levou a PagSeguro a se preparar para abrir o capital — de acordo com executivos do mercado financeiro, o banco Goldman Sachs foi contratado para assessorá-la.

Uma pesquisa do banco UBS, que ouviu 505 varejistas de 2015 a 2017, mostra que mais empresários estão usando a Moderninha, nome do principal serviço da PagSeguro: o percentual passou de 1% para 5% nesse período, a maior expansão entre as empresas pesquisadas. “Não vemos a PagSeguro roubando espaço da Cielo e da Rede, mas desbravando um novo mercado em que o principal concorrente é o pagamento em dinheiro”, diz Frederic de Mariz, diretor executivo de análise de empresas financeiras do UBS.

 

Mais concorrência


Diante do novo cenário, os concorrentes resolveram se mexer. Cielo e Rede passaram a vender um pacote com um valor fixo mensal, que cobre os custos da maquininha e das taxas de transação e oferece sistemas de controle de recebimentos. O Santander, dono da processadora Getnet, lançou a máquina Vermelhinha, que pode ser usada por profissionais liberais (a tradicional só pode ser utilizada por empresas com CNPJ).

Os clientes da Vermelhinha pagam uma mensalidade menor, mas a taxa por transação é maior do que a dos usuários da Getnet, e têm acesso a serviços financeiros, como antecipação de recebíveis. A startup Stone, que foi fundada em 2014 e comprou em 2016 a operação brasileira da processadora americana Elavon, uma das maiores do mundo, decidiu criar dois modelos: é possível alugar a maquininha, como no sistema tradicional da Cielo e da Rede, ou comprá-la.

A PagSeguro já sofre com o aumento da concorrência. Depois de liderar o mercado de pagamentos online, com 60% de participação, a empresa perdeu espaço para a brasileira MundiPagg, que tem entre seus clientes as varejistas B2W e Ponto Frio, e para a holandesa Adyen, que opera com os aplicativos iFood e Uber e com o serviço de distribuição de filmes Netflix, por exemplo.

Como opera num segmento instável  por natureza, a PagSeguro tem de lidar com a rotatividade dos clientes — pequenos varejistas que quebram, taxistas que migram para o Uber, gente que desiste quando a maquininha quebra. Por isso, o modelo de negócios só se mantém de pé com fortes investimentos em marketing, necessários para atrair novos clientes e compensar os que se vão. Segundo executivos do setor, isso faz a margem de lucro da PagSeguro ser, necessariamente, muito menor do que a das grandes do setor.

Além do aumento da concorrência, outro risco para a PagSeguro é ver as empresas que são suas clientes crescer e precisar de outros serviços bancários, como crédito e seguro. Caso a abertura de capital saia, a PagSeguro terá mais dinheiro para fazer frente aos desafios de um mercado ainda bastante concentrado. Mas, desta vez, os concorrentes parecem estar mais atentos.


BRF pode ganhar terreno com crise que abalou a JBS


Empresa catarinense deve ser favorecida pelo varejo, pois muitos comerciantes não estão comprando produtos da Seara

 

Da Redação

 

redacao@amanha.com.br
Centro de Inovação da BRF, em Jundiaí (SP)


Depois de anunciar prejuízos inéditos nos últimos trimestres e perder R$ 24,7 bilhões em valor de mercado desde 2015, a BRF voltou a ter fôlego por causa da crise que abalou a JBS, sua maior rival. Desde a divulgação da delação premiada dos Batista, a BRF já somou R$ 2,5 bilhões em valor de mercado. A companhia catarinense também será favorecida pelo varejo, pois muitos comerciantes não estão comprando produtos da Seara, marca da JBS. Com isso, Sadia e Perdigão poderão ganhar terreno. De acordo com a edição desta quinta-feira (25) do jornal Valor Econômico, o impacto sobre a competição entre a BRF e a Seara, por enquanto, é "praticamente zero". 

Há quem aposte que a imagem da Seara poderá ser ainda mais contaminada pela crise de imagem. Há uma expectativa para que as marcas Sadia e Perdigão voltem à mídia. Com a Operação Carne Fraca, deflagrada em março, a BRF optou por veicular vídeos institucionais que ressaltavam a qualidade dos alimentos. Agora, porém, as propagandas devem ser mais emocionais lembrando que existem no mercado outras alternativas de produtos.

Na última teleconferência sobre seus resultados, a companhia catarinense afirmou que perdeu fatias de mercado entre janeiro e março. Na linha de embutidos, por exemplo, a participação caiu de 35,9% no quarto trimestre de 2016 para 35,2%. Na ocasião, os executivos também reclamaram do ganho de mercado de novos concorrentes como os frigoríficos regionais. De acordo com analistas, outras marcas como a catarinense Aurora também poderão ser beneficiadas pela crise da JBS.

 http://www.amanha.com.br/posts/view/4043


Cooperalfa adquire setor de grãos da Sementes Estrela

Cooperativa de Chapecó fechou o negócio por R$ 44 milhões

 

Da Redação

 

redacao@amanha.com.br
Cooperalfa adquire setor de grãos da Sementes Estrela


A Cooperativa Agroindustrial Alfa, de Chapecó (SC), anunciou nesta quinta-feira (25) em Erechim (RS), a compra de um dos vários ramos de negócio do grupo gaúcho Sementes Estrela. O contrato prevê a aquisição de sete unidades de armazenamento de grãos por R$ 44 milhões, sendo 100% de recursos próprios e máximo de seis meses de prazo para quitação. 

O negócio envolve unidades de recebimento, secagem e armazenamento de grãos em Erechim, Paulo Bento, Quatro Irmãos, Erebango, Três Arroios, Áurea e Viadutos. Os estabelecimentos negociados permitem estocar 1,4 milhão de sacas. "Já na próxima safra estaremos aptos a receber trigo e outros cereais", antecipou Romeo Bet (na foto, o terceiro da esquerda para a direita), presidente da Cooperalfa. 

Ele também afirmou que a produção de leite da região gaúcha, bem como a de suínos e aves, será industrializada pela Aurora Alimentos.  Na coletiva, a diretoria da Cooperalfa, que em 2017 festeja 50 anos e pretende ultrapassar a fita dos R$ 3 Bilhões em receita total, anunciou o aluguel de oito unidades da Cotrel, de Erechim, para atendimento aos agricultores e demais públicos. Indagado sobre investimentos em supermercados na região do Alto Uruguai, Bet pediu paciência. "Vamos caminhar como sempre o fizemos, com os pés no chão. Se, no futuro, surgirem oportunidades nessa área, certamente serão estudadas com carinho", declarou. 

http://www.amanha.com.br/posts/view/4044

Comissão de Valores Mobiliários julgará Petrobras e JBS


Resultado de imagem para logo da CVM



Depois de mais de três anos de investigações da Lava Jato, operação que levou à prisão grandes empresários e políticos de renome e lança agora suspeitas sobre a conduta do presidente Michel Temer, não teve o mesmo impacto no mercado de capitais – um dos setores mais dinâmicos da economia. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) iniciou 17 apurações relacionadas direta ou indiretamente ao caso, mas nenhuma foi concluída até o momento – uma dezena contra a Petrobras e o restante contra a JBS.

Diferentemente da esfera criminal no Ministério Público Federal, dos cartéis investigados pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da conduta de servidores sob escrutínio da Controladoria-Geral da União (CGU), a CVM analisa se a Petrobras e a JBS enganaram investidores, impondo prejuízos ao mercado como um todo. 

A lentidão da autarquia pode provocar um dos maiores prejuízos da história do mercado de capitais no país. A Petrobras é questionada sobre repassar informações equivocadas e dados inflados ao mercado, a partir dos quais investidores compraram ações apostando na empresa. Como possui ações negociadas na Bolsa de Nova York, a postura da companhia culminou não apenas em processos administrativos na CVM, mas também na abertura de uma class action nos Estados Unidos por um grupo de investidores que aponta prejuízos causados pela gestão da estatal.

A situação gerou um desafio institucional para o mercado e seu regulador. Uma decisão favorável aos acionistas nos EUA levará fatalmente a uma migração para a bolsa norte-americana, uma vez que lá é maior a sensação de proteção judicial em caso de problemas – movimento que esvaziaria a B3 brasileira.

“O impacto de um julgamento nos EUA antes daqui é terrível. É a mesma coisa que chegar ao investidor e dizer: ‘se você quer investir em companhias brasileiras, compre títulos fora do país, não compre no Brasil, pois aqui você estará totalmente desprotegido’”, disse a advogada Érica Gorga, perita na class action envolvendo a Petrobras e professora da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da FGV (EAESP). “Os grandes fundos vão preferir investir em outras economias emergentes, e não aqui.”

A correlação com o mercado americano também está presente no caso da JBS. A CVM enfrenta o teste de avaliar a venda de ações por controladores da JBS durante o período em que eles negociaram um acordo de colaboração premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR). A companhia tinha o interesse de abrir o capital na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), onde mora atualmente o empresário Joesley Batista, responsável por gravar conversas com o presidente Michel Temer e com o deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR). Nos diálogos, o auxiliar presidencial manifesta o plano de nomear integrantes da CVM alinhados aos interesses do empresário.

Os casos embutem o cumprimento de dois princípios basilares do mercado de capitais: a transparência das empresas listadas em Bolsa e o grau de confiança que os investidores podem ter sobre os negócios realizados ali.

Nenhum outro gestor ou político nacional sofre pressão maior sobre este tema que o presidente da CVM, Leonardo Pereira, cujo mandato pode terminar em julho sem que os casos da Lava Jato sejam julgados pela autarquia. A eventual migração de investidores para outra jurisdição em busca de maior segurança jurídica seria um duro golpe na reputação da CVM. O paradigma quebrado pela JBS também indica o alcance da cooperação da comissão com outros órgãos investigadores.


 https://jota.info/especiais/lava-jato-poe-credibilidade-da-cvm-em-xeque-25052017

quinta-feira, 25 de maio de 2017

JBS dispara na Bolsa com possibilidade da J&F vender empresas


O jornal O Estado de S Paulo afirma que a J&F, dona da marca JBS, planeja vender outras empresas do grupo, como a Alpargatas

 






São Paulo – As ações da JBS disparavam na tarde desta quinta-feira. Os papéis da companhia subiam 18,46% e eram negociados em 7,97 reais.

O mercado repercute a notícia publicada pelo O Estado de S. Paulo que afirma que a J&F, holding da JBS, contratou o Bradesco BBI para vender as Alpargatas, Eldorado e Vigor.

O jornal afirma ainda que com a venda das empresas a J&F  possa centrar forças na operação da JBS que deve passar por forte turbulência com os acordos de delação, já fechado, e o de leniência que está em negociação com o Ministério Público Federal (MPF).

Em nota enviada J&F negou que contratou o Bradesco BBI ou qualquer outro banco para a venda de ativos. O Bradesco BBI também negou que teria sido contratado pela J&F para realizar a venda de ativos.


Permanência de ministro garante planos para biocombustíveis,diz secretário


 







1-Permanência de ministro garante planos para biocombustíveis,diz secretário

A decisão do ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, de ficar no governo garante a permanência da atual equipe e a continuidade de ações de curto prazo em prol de reformas regulatórias em curso, afirmou à Reuters o secretário de Petróleo, Gás e Biocombustíveis do ministério, Márcio Félix (Foto).

Coelho Filho declarou nesta terça-feira que permanecerá na pasta mesmo com oposição de seu partido, o PSB, que pediu na semana passada que todos os filiados entreguem os cargos no governo federal após denúncias de corrupção contra o presidente Michel Temer.

Para o secretário, a posição do ministro traz "uma certa tranquilidade" para que a pasta entregue promessas amplamente aguardadas pelo mercado como forma de tornar o setor mais atrativo para investimentos.

Como exemplo, Félix destacou que há uma reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) prevista para 8 de junho, quando estão previstas aprovações relacionadas ao programa RenovaBio, cujo objetivo é revitalizar o setor de biocombustíveis do país.

Outro tema que passará por aprovações na reunião do CNPE é o programa chamado "Combustível Brasil", que tem como objetivo preparar o setor de refino e distribuição de combustíveis para uma retomada da economia brasileira, com o estimulo à livre concorrência e à atração de investimentos.

"A presença dele (Coelho Filho) garante que a equipe fique e tem muitas entregas, muitas coisas para resolver no curtíssimo prazo... tudo que foi sinalizado já foi feito ou está em vias de ser feito, mas faltam algumas coisas", afirmou Félix, por telefone, de Nova York.

LEILÕES DE PETRÓLEO
 

O secretário esteve na cidade norte-americana para conversar com investidores sobre as oportunidades no Brasil e, nos últimos dias, acompanhou a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) em seu "road show" sobre os três leilões de áreas petrolíferas do Brasil, previstos para o segundo semestre.

"Os atores que a gente conversou, muitos investidores do mercado financeiro, a preocupação deles é com médio e longo prazos, com a continuidade das ações (para reformas regulatórias)", afirmou Félix, que frisou que há tempo hábil para uma melhora do cenário político brasileiro para a realização dos leilões..

"É claro que, se os leilões fossem nesses dias, agora, seria preocupante, mas tem tempo... essa a posição do ministro hoje já dá uma acalmada nessa especulação de curto prazo", completou (Reuters, 23/5/27)


2-Minas e Energia: Coelho Filho diz que fica apesar de oposição do PSB


O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, afirmou à Reuters nesta terça-feira que permanecerá na pasta mesmo com oposição de seu partido, o PSB, que pediu na semana passada que todos os filiados entreguem os cargos no governo federal após denúncias de corrupção contra o presidente Michel Temer.

"O momento exige coragem, atitude e lealdade... a melhor contribuição que devo dar ao país é o meu compromisso com a missão que me foi atribuída. Por isso, permaneço no ministério", disse.

A atuação de Coelho Filho tem sido elogiada nos setores ligados ao ministério, à medida que o governo Temer e sua gestão apostam em uma agenda de licitações e privatizações de ativos em petróleo e energia elétrica, além de reformulações nos marcos regulatórios desses segmentos para atrair investimentos.

O PSB iniciou um processo em sua comissão de ética contra Coelho Filho que poderá até culminar em sua expulsão do partido, o que criou grande expectativa sobre a permanência ou não do ministro no cargo em meio ao acirramento da crise política no país.

"A saída do ministério como orienta meu partido não contribui para a construção de um saída para a crise que enfrentamos", disse Coelho Filho.

Ele garantiu ainda que a agenda da pasta seguirá conforme o planejado até o momento, incluindo as datas previstas para a realização de licitações de blocos para exploração de petróleo e gás

(Reuters, 23/5/17)

 http://www.brasilagro.com.br/conteudo/permanencia-de-ministro-garante-planos-para-biocombustiveisdiz-secretario.html?utm_source=Newsletter&utm_medium=E-mail-MKT&utm_campaign=E-Mkt_RGB/


Grupo dono do Ibmec muda de nome e mira expansão


Companhia passa a se chamar Adtalem Global Education, nome que, conforme disse a empresa, vem de um termo em Latim que significa "empoderar"

 




São Paulo – Sexto maior grupo de ensino privado no Brasil com mais de 110 mil alunos, a norte-americana Devry – grupo dono do Ibmec – anuncia uma mudança de nome.

A empresa passa a se chamar Adtalem Global Education, nome que, conforme disse a empresa, vem de um termo em Latim que significa “empoderar”.

De acordo com o presidente da companhia no Brasil, Carlos Degas Filgueiras, a mudança reflete o novo foco de diversificação para além dos Estados Unidos. Após várias compras de instituições de ensino no Brasil, a empresa se prepara para entrar em outros países da América Latina.

“A gente acredita que o Ibmec tem força pra se tornar uma marca da América Latina, mas isso ainda não está decidido”, comentou Degas. “Do ponto de vista operacional e de gestão vemos outros mercados com características muito semelhantes às do Brasil, caso do México e do Peru”, concluiu.

Atualmente, o grupo possui 18 instituições de ensino no País. O grupo de origem norte-americana entrou no mercado brasileiro pelo Nordeste, ao adquirir a Fanor, de Fortaleza.

Em dezembro de 2014, com a compra da Damásio Educacional, de cursos preparatórios para carreiras jurídica e pública, a empresa chegou ao Sudeste. O maior investimento aqui foi a compra de 96,4% da rede de ensino Ibmec por R$ 699 milhões.

Os nomes das instituições de ensino não mudam, mas a operação brasileira passa a ser chamada de Adtalem Educacional do Brasil.

De acordo com Degas, o objetivo da alteração no nome grupo é refletir a diversificação dos negócios para além da rede Devry University, a instituição de ensino norte-americana que deu origem ao grupo.

O executivo considera que existe um “esforço grande” de globalização. Apesar da expansão no Brasil, ainda grande parte das receitas vêm dos EUA.

“O grupo está olhando vários outros países e selecionou algumas prioridades globais, inclusive na América Latina”, concluiu.