segunda-feira, 29 de maio de 2017

Grupo omitiu que Wesley e Joesley são os novos sócios da Blessed

A Blessed Holdings passou a pertencer aos irmãos Batista. A JBS informou à CVM que alterou um formulário sobre os seus sócios, para incluir os novos donos

 




São Paulo – A JBS informou na sexta-feira (26) à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que alterou seu Formulário de Referência no item que fala sobre os seus sócios, para incluir os novos donos da Blessed Holdings, um dos acionistas indiretos da companhia. A empresa, com sede em Delaware, nos Estados Unidos, passou a pertencer a Wesley e Joesley Batista. A JBS, no entanto, tinha sido questionada na quarta-feira pela CVM e respondeu que não havia qualquer alteração a fazer.

Somente dois dias depois, após ser novamente questionada, é que a empresa fez as alterações.

O questionamento foi feito porque as declarações de imposto de renda de Joesley e Wesley entregues junto com os documentos das delações premiadas dos executivos informavam que ambos haviam comprado a Blessed, 50% para cada, por um total de US$ 300 milhões, em outubro do ano passado.

Já teriam pago cerca de US$ 30 milhões aos antigos controladores. Mesmo sendo Wesley presidente da JBS e Joesley, do Conselho, a informação continuou sendo omitida pela empresa.

A Blessed entrou na sociedade do JBS na época da fusão com o frigorífico Bertin. Em 2014, o Estado questionou à companhia a à própria CVM quem eram os sócios da Blessed. Como a Blessed tinha, mesmo que indiretamente, mais de 5% das ações da JBS, era obrigação, segundo a lei das S/As, ter o nome de seus sócios divulgados. A JBS, no entanto, nunca tinha feito isso até então.

Naquela ocasião, informou que os sócios eram duas seguradoras com sede nas Ilhas Cayman e em Porto Rico, que tinham sócios idênticos. A Receita Federal chegou a dizer que esse tipo de estrutura era usado para esconder patrimônio. Em nota, a J&F, que controla a JBS informou que todos os atos ilícitos foram comunicados à Procuradoria-Geral da República.
  

Brasileiros deixam carreira aqui para começar do zero no exterior


Em meio ao cenário de crise no país, cada vez mais pessoas decidem por deixar o Brasil definitivamente para trabalhar em outros países 

 


Tem muito brasileiro vendendo tudo, fazendo as malas e indo para o aeroporto só com uma passagem de ida: o número de pessoas que estão saindo do país abruptamente cresce cada vez mais.

Segundo a Receita Federal, pouco mais de 18,5 mil brasileiros deixaram o país em definitivo no último ano, mais do que o dobro dos quase 8 mil que foram viver no exterior em 2011.

Brasileiros com carreiras consolidadas, casa própria e vida estável estão abrindo mão de tudo isso para morar em países europeus ou norte-americanos. São pessoas em busca de melhor qualidade de vida ou de melhores oportunidades.

Alguns, com excelente condição financeira, conseguem manter os negócios no Brasil enquanto vivem fora, mas há uma classe média brasileira considerável que deixa o país para começar tudo do zero no exterior.

MaCson Queiroz JP, diretor da M.Quality, empresa brasileira especializada em intercâmbio, imigração e negócios na Austrália, define o perfil do brasileiro que se muda de vez para Austrália como “um profissional com nível universitário, pertencente às classes A/B, na faixa etária de 30 a 48 anos, casado, um filho e com nível de inglês avançado”.

Para ele, a insegurança no Brasil estimula a decisão. “Eles não suportam o nível de insegurança vivido hoje no país e não querem que os filhos cresçam em um ambiente de violência como está agora. Estão, de maneira geral, desiludidos com o Brasil do futuro. Esses profissionais aceitam até mesmo reiniciar as suas carreiras em troca de uma qualidade de vida superior”.

Na Austrália, áreas como engenharia, computação, contabilidade, saúde e educação oferecem boas oportunidades para os brasileiros, desde que eles tenham uma experiência profissional superior a 3 anos e saibam falar inglês.

Para se virar no exterior, a fluência no idioma e formação acadêmica são indispensáveis. Ao menos no Canadá, o estrangeiro pode cursar dois anos em um college para se inserir com mais facilidade no mercado de trabalho. É uma espécie de “curso profissionalizante”, que deixará o estrangeiro preparado tecnicamente. Fazer uma graduação no país seria o passo seguinte, na qualificação.

Mas nem todo brasileiro está disposto a assumir um cargo “mais humilde” no exterior e isso pode trazer frustração. Rosa Maria Proes, presidente CEO da Canadá Intercâmbio, diz que crescer na carreira estando fora do Brasil é um caminho “step-by-step” (passo-a-passo).

 “Se você quer ir para as carreiras operacionais, que são indicadas para os brasileiros, você vai para um college. Já inserido no mercado de trabalho, você cursa a universidade e consegue crescer aqui na sua área”, afirma.

Bruno C. Sibella, de 32 anos, vive Kitchener, cidade a 100 km de Toronto. Trabalhava como operador de câmera de TV no Brasil, mas após ser demitido, decidiu, em conjunto com sua mulher, vender tudo, alugar a sua casa e se mudar para o Canadá. “Colocamos o nosso sonho em duas malas e fomos”, diz Bruno, que atualmente cursa o college na área de broadcasting.


Bruno e a esposa Izabel no Canadá (Facebook/Reprodução) (Facebook/Reprodução)

“Aqui não tem muito isso de subemprego, a visão é muito diferente. Eu, particularmente, gosto de fazer TV, farei um college e farei meu networking na área. Mas se fizesse o curso, eu não veria problema em trabalhar em qualquer outra coisa”.

Bruno e a esposa Izabel no Canadá (Facebook/Reprodução) (Facebook/Divulgação)

Marcelo Gidaro, de 28 anos, mudou-se para a Escócia este ano com a esposa Gabriela Rolim, de 30 anos. No Brasil, era gerente de projetos e agora trabalha em um café, porém não se arrepende da “troca de carreira”.

O casal resolveu abrir mão de cargos gerenciais para trabalhar em funções que nunca realizaram, tudo em prol da qualidade de vida que a Escócia oferece.

Marcelo e a esposa Gabriela na Escócia (Facebook/Reprodução) (Facebook/Reprodução)

“O fato de trabalhar em fast food, café, pubs, restaurantes e até mesmo com limpeza, não te diminuirá de forma alguma como profissional. Não é demérito trabalhar em ‘subemprego’ quando for morar no exterior, só não posso dizer que é fácil, pois as empresas sempre solicitam referências profissionais (dentro do país), dando mais relevância aos candidatos que as possuem”.


Marcelo e a esposa Gabriela na Escócia (Facebook/Reprodução) (Facebook/Reprodução)

Registro Nacional de Estrangeiro equivale a registro civil brasileiro, diz STJ Imprimir



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O documento de identidade emitido a partir do Registro Nacional de Estrangeiro (RNE) equivale ao registro civil de pessoas naturais do Brasil. A decisão é da 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, que, por unanimidade, determinou o cancelamento do registro civil brasileiro de uma criança congolesa refugiada no Brasil.


STJ afirmou que Registro Nacional de Estrangeiro é documento idôneo, definitivo e garantidor de direitos fundamentais iguais aos de brasileiros. Divulgação
 
No caso analisado, que tramita em segredo de Justiça, a mãe de menor estrangeira refugiada, sem documento de identidade, requereu judicialmente a aplicação de medidas protetivas, com deferimento de registro de nascimento brasileiro para que a filha pudesse exercer direitos como ser matriculada em escola pública e utilizar o sistema de saúde.

O relator, ministro Luis Felipe Salomão, ao acolher o recurso especial do Ministério Público, mostrou que a impossibilidade de registro em cartório de registro civil de pessoa cujo nascimento não se deu em território brasileiro não significa, necessariamente, o impedimento de exercício da cidadania aos estrangeiros refugiados no Brasil.

“É assegurado aos estrangeiros refugiados a emissão do Registro Nacional de Estrangeiro, documento idôneo, definitivo e garantidor de direitos fundamentais iguais aos de brasileiros”, afirmou o ministro.


Direitos para refugiados


Salomão explicou, em seu voto, que o sistema jurídico brasileiro e os tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário preveem, sim, a proteção do estrangeiro, do refugiado e do menor, assim como a garantia da identidade e do exercício de direitos.

O ministro afirmou que as instituições constitucionalmente competentes funcionam de maneira satisfatória, e o sistema brasileiro “possui instrumental adequado à proteção integral da criança refugiada”. Mas não é possível expedir registros de nascimento para não nascidos no Brasil, exceto se previsto em lei, uma vez que a questão esbarraria na soberania nacional.

“A Lei de Refúgio é clara quanto aos direitos das crianças e adolescentes dependentes dos refugiados no Brasil, pelo que a certidão de nascimento brasileira não é requisito para o reconhecimento da identidade formal da criança dependente do refugiado, nem mesmo para que essa criança seja matriculada em estabelecimento de ensino ou, ainda, que receba atendimento médico pela rede pública de saúde”, observou o ministro. Com informações da Assessoria de Imprensa do STJ. 

Revista Consultor Jurídico.

 http://www.conjur.com.br/2017-mai-27/registro-nacional-estrangeiro-equivale-registro-civil-brasileiro

Joesley teme ter mesmo destino de Al Capone, diz jornal

 

Segundo a jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, o empresário poderia ter o mesmo destino do gângster, preso por outros crimes

 







São Paulo – Al Capone, denunciado por vários crimes, foi finalmente preso por sonegação de impostos na década de 1930 nos Estados Unidos.

A JBS, empresa de Joesley Batista, se prepara para a possibilidade de que o empresário tenha um destino análogo, de acordo com a coluna de Mônica Bergamo no jornal Folha de S.Paulo.

A percepção seria de que juízes de diferentes locais do país, que cuidam de processos contra Batista em outras áreas, estejam correndo para tentar condená-lo por outros motivos.

No acordo de delação premiada, combinado com a Procuradoria Geral da República, Joesley recebeu o benefício de não ser preso em troca das informações que forneceu.

O acordo, segundo a coluna, causou perplexidade em vários setores do Judiciário, inclusive no próprio STF.

 

Delação


Joesley Batista entregou, em suas delações, subsídios para abertura de um inquérito envolvendo o presidente Michel Temer, o senador afastado Aécio Neves e o deputado afastado Rodrigo Rocha Loures.

Ele gravou uma conversa com o presidente na qual os dois supostamente tratam do pagamento de propina ao deputado afastado Eduardo Cunha, que está preso.

Ele também documentou a entrega de R$ 500 mil em uma mala ao deputado Rocha Loures.


Renova Energia fecha acordos para venda de ações na TerraForm


Empresa de geração limpa irá receber um total de 107,8 milhões de dólares pela venda de suas ações na empresa de energia renovável

 






São Paulo – A Renova Energia, empresa de geração limpa controlada por Cemig e Light, fechou acordos para receber um total de 107,8 milhões de dólares pela venda de suas ações na empresa de energia renovável TerraFormGlobal e pelo encerramento de uma arbitragem movida contra a companhia.

Segundo fato relevante divulgado na noite de sexta-feira, a Renova Energia celebrou acordo para vender à canadense Brookfield Asset Management as ações que a companhia detém na TerraForm Global por 92,8 milhões de dólares, a serem pagos em dinheiro na data de fechamento do negócio.

A Renova também receberá outros 15 milhões de dólares como parte de acordo com a TerraForm Global para encerrar um processo de arbitragem contra a companhia.

A Renova informou que “este é mais um importante passo em direção à sua nova trajetória” e para “restabelecer a estabilidade financeira da companhia.”

A Reuters publicou no início de maio, com informação de uma fonte, que a Renova chegaria a um acordo de cerca de 120 milhões de dólares com a Brookfield por sua fatia na TerraForm Global. Segundo essa fonte, as negociações envolveriam ainda a compra do controle da Renova pela Brookfield e a injeção de novos recursos na empresa.

A TerraForm Global gere ativos de energia renovável ao redor do mundo e era controlada pela norte-americana SunEdison. Em março deste ano, a Brookfield anunciou negociações para a compra da totalidade da TerraForm Global.

A Renova havia vendido ativos à TerraForm em troca de ações, mas posteriormente viu os papéis perderem o valor devido a uma crise financeira da SunEdison, o que levou à abertura da arbitragem contra a empresa.


Cel.Lep compra a rede de ensino de programação MadCode


Com a aquisição, rede expande seu ramo de atividades e passará a ensinar programação, além de inglês, para crianças e adolescentes 

 







São Paulo – Em vez de crescer por meio da compra de rivais de negócios semelhantes, como é o habitual, a rede de idiomas Cel.Lep decidiu diversificar a forma de atuação. Anunciou hoje a compra da MadCode, especializada em ensinar programação para crianças e adolescentes.

A companhia estima que, em 2020, o déficit de programadores no país atinja 408.000 profissionais – e espera lucrar com isso, bem como com o ensino de inglês.

A aquisição integral da MadCode, de valor não divulgado, foi estudada por seis meses pela Cel.Lep antes de ser fechada. De acordo com a empresa, a aposta se dá pela crença de que se trata de um setor promissor.

“A aquisição da MadCode reforça nossa visão inovadora de ensino e abre um novo caminho para atuarmos no desenvolvimento de duas competências – o inglês e a programação – que são fundamentais para o futuro das crianças e adolescentes”, afirma o diretor geral do Cel.Lep, Felipe Franco, em comunicado.

Fundada pelos sócios Daniel Cleffi e Ralph Sapoznik, a MadCode é uma empresa nova, criada em 2014, mas que vinha dobrando de tamanho a cada ano, graças a alta demanda do mercado.

Possui hoje mais de 23 unidades e InSchools nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, com currículo plurianual desenvolvido de programação para ensino de jovens brasileiros. A ideia era  seguir a tendência já consolidada em outros países, como a Inglaterra, onde o tema já faz parte da vida escolar.

“O mundo é muito tecnológico para não alfabetizarmos digitalmente nossos filhos”, afirma Daniel Cleffi.

Já a Cel.Lep é uma das redes de ensino de idiomas mais tradicionais do país, com 50 anos de atividade, com 15.000 estudantes atendidos nas 45 unidades.

Comprada pelo grupo inglês HIG Capital, em 2012, a companhia pode agora ampliar o número de escolas, ainda que as duas marcas seguirão independentes.
 
 

BRF conclui aquisição de quase 80% das ações da turca Banvit

 

 

A compra será realizada pela subsidiária TBQ Foods, em conjunto com o Qatar Investment Authority, que detém 40% do capital da TBQ

 

 




São Paulo – A BRF comunicou nesta quinta-feira, 25, a conclusão da aquisição de 79,48% das ações da Banvit, líder na produção de aves na Turquia.

A compra será realizada pela subsidiária TBQ Foods, em conjunto com o Qatar Investment Authority, fundo soberano do Qatar, que detém 40% do capital da TBQ.

A transação foi anunciada pela BRF em janeiro. A companhia não revela os valores envolvidos na aquisição.

No comunicado divulgado no início do ano, a BRF revelou que o valor da Banvit foi avaliado em cerca de US$ 470 milhões, e portanto, o valor das ações adquiridas pela BRF seria de aproximadamente US$ 340 milhões.

A TBQ fará uma oferta para aquisição da participação dos minoritários da Banvit, nas mesmas condições oferecidas aos controladores.