terça-feira, 6 de junho de 2017

JBS vende operações na Argentina, Paraguai e Uruguai para Minerva


Companhia informou que pretende utilizar os recursos obtidos com a transação para diminuir sua dívida

 





São Paulo – A JBS, maior produtora global de carnes, vendeu por 300 milhões de dólares a totalidade das ações de suas subsidiárias detentoras das operações de carne bovina na Argentina, Paraguai e Uruguai para subsidiárias da Minerva nos respectivos países, informaram as duas empresa de alimentos nesta terça-feira.

A JBS informou que pretende utilizar os recursos obtidos com a transação para diminuir sua alavancagem financeira. A empresa terminou março com dívida líquida de 47,8 bilhões de reais. Em termos de alavancagem financeira, esse número equivalia a 4,2 vezes o Ebtida de 12 meses.

Investidores vêm especulando sobre potencial venda de ativos pela JBS e sua controladora J&F em razão de multas pelo acordo de leniência e de delação premiada com autoridades brasileiras, além de outras eventuais penalidades, após executivos admitirem pagamento de propina para obter facilidades para o conglomerado.

A aquisição ocorreu por meio das subsidiárias da Minerva Frigomerc, Pul Argentina e Pulsa.

“A aquisição da JBS Paraguay, IPF, JBS Argentina e Frigorifico Canelones pelas subsidiárias da companhia constitui oportunidade estratégica de complementação das operações do Grupo Minerva e representa mais um passo em sua diversificação geográfica na América do Sul”, disse a Minerva.

O frigorífico disse que, após a conclusão da operação, o grupo passará a ter uma capacidade total de abate de 26,380 mil cabeças por dia.

O valor da operação, segundo a JBS, está sujeito a um ajuste em valor equivalente à diferença entre o capital circulante líquido e o endividamento de longo prazo das sociedades na data de fechamento, cujo valor estimado em 31 de março de 2017 era positivo em aproximadamente 40 milhões de dólares.

A transação foi aprovada pelos conselhos de administração de ambas as companhias e está condicionada a condições precedentes usuais em operações dessa natureza, incluindo a aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

A Minerva realizará nesta terça-feira, 10:30 (horário de Brasília) teleconferência sobre a operação.


Moro e defesa de Lula discutem em ação sobre imóvel de instituto


O juiz responsável pela Lava Jato investiga a suposta compra de um imóvel ao Instituto Lula, que seria pagamento de propina para o ex-presidente




O presidente do conselho de administração da Construtora Norberto Odebrecht (CNO), Emílio Odebrech, e dois executivos da empreiteira prestaram depoimento ontem (5) ao juiz Sergio Moro na ação que investiga se um imóvel que supostamente seria destinado ao Instituto Lula seria pagamento de propina para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Mais uma vez, houve bate-boca, por diversas vezes, entre a defesa de Lula e o juiz responsável pelos inquéritos da Operação Lava Lajo na primeira instância.

De acordo com o Ministério Público Federal, a DAG Construtora, ligada à Odebrecht, comprou um imóvel que seria usado como sede o Instituto Lula como retribuição a atuação do ex-presidente em favor da construtora. A defesa de Lula nega.

A defesa do ex-presidente tentou suspender os depoimentos marcados para essa segunda-feira, alegando não ter tido tempo para preparar as perguntas. Moro negou e disse que, posteriormente, a defesa poderia pedir outra oitiva.

 

Discussão


O ex-executivo da DAG João Alberto Lovera disse em depoimento que não houve locação e nem venda de imóvel para o instituto. “O [Instituto Lula] nunca foi proprietário. Comprou-se, tentou-se viabilizar [o imóvel], e não houve [negócio], então, vendeu-se, como outro empreendimento qualquer”, disse Lovera.

“Esse caso específico do Instituto Lula seria tratado com outro empreendimento que a gente emprestou para empresários, uma iniciativa privada como outra qualquer. Não tinha conceito de qualquer subterfúgio”.

Moro perguntou, insistentemente, a Lovero sobre um e-mail no que ele fala de um pagamento de R$ 500 mil refente ao imóvel. O depoente, disse que não se lembrava.

O advogado de Lula, Cristiano Zanin, interrompeu e questionou a insistência do juiz, que estaria, segundo ele, assumindo a tese do Ministério Público Federal. Moro respondeu que o advogado estava atrapalhando.

“Vossa excelência, se quiser, represente à OAB [Ordem dos Advogados do Brasil]. Tenho o direito”, disse Zanini. Moro rebateu, advertindo Zanini sobre seu “comportamento inapropriado à audiência”.

O advogado respondeu que não cabia advertência. “Represente à OAB. Estou dizendo que não há premissas colocadas por vossa excelência”, disse.

Moro, interrompeu e pediu silêncio. “Sua questão foi indeferida. O senhor está interrompendo. Respeite o juízo”. E o advogado retrucou: “Casse a palavra [da defesa]”.

O juiz voltou a questionar Lovera sobre o e-mail e o ex-executivo respondeu que não lembrava. Moro pergunta então quem estava liberando o adiantamento.

“Provavelmente a área financeira da DAG, porque tínhamos pagamentos a fazer: IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), segurança”, diz a testemunha. Moro então pergunta se não era a CNO (Odebrecht) que estava liberando e a testemunha disse que não sabia.

 

Odebrecht


Emílio Odebrecht, ao responder o Ministério Público, disse desconhecer que o ex-presidente Lula tinha o codinome “Amigo”, como afirmou seu filho Marcelo Odebrecht.

Perguntado sobre a fala de Marcelo de que teria destinado R$ 300 milhões a Lula, Emílio diz que recebeu a informação do filho, mas que não repassou o dado para o ex-presidente.

“Tive conhecimento que Marcelo me trouxe para informar o presidente Lula e eu não levei ao presidente. Eu não levava números para ele. O que perguntei foi: ‘você [Marcelo] e o interlocutor indicado pelo presidente, vocês acertaram?’ Eu não levei, mas esse número [R$ 300 milhões], ele [Marcelo] me falou que tinha acertado para o partido. Isso foi que ficou, acertado. Essas notas que ele não fala, não deu para interpretar complemente. Não fico seguro como entre outras notas”, disse Emílio.

O ex-vice-presidente da Brasken e ex-diretor de novos negócios da Odebrecht, Alexandrino Alencar, disse acreditar que o imóvel comprado pela DAG seria uma “contrapartida” ao que Lula fez no passado para a empresa, mas disse que não participou da decisão.

“Soube depois que o nosso grupo teria comprado, não um terreno, mas um imóvel, e que esse imóvel seria para o Instituto Lula. O ex-presidente não quis e conversei com Paulo Okamotto para que buscasse outra alternativa de imóvel, aí que eu entro”, disse o ex-executivo,

 

Outro lado


A defesa do ex-presidente Lula disse que “ficou claro nos depoimentos prestados que o Instituto Lula jamais solicitou ou recebeu a posse ou a propriedade do imóvel”.

“Louveira, o único que participou do processo de compra do imóvel, depôs sob o compromisso de dizer a verdade e afirmou que a Odebrecht Realizações viu uma oportunidade de negócio, sendo uma hipótese a venda ou locação ao Instituto Lula. Confirmou que, após visita ao local por parte da diretoria do Instituto, o interesse não se materializou”, afirmou a defesa.

No documento, os advogados do ex-presidente dizem que os depoimentos “mostram, mais uma vez, o caráter irreal da acusação, pois o MPF tenta atribuir a Lula, ou a pessoa a ele relacionada, um imóvel que jamais solicitou ou recebeu.”
  
 

AINMT faz acordo para controlar a Nextel Brasil por US$ 200 mi


Grupo escandinavo investirá inicialmente 50 milhões de dólares por uma fatia de 30 por cento na Nextel Holdings, subsidiária integral da NII

 






São Paulo – A NII Holdings e o grupo escandinavo AINMT Holdings divulgaram nesta terça-feira acordo em que a controladora da operadora norueguesa Ice pode investir até 200 milhões de dólares na brasileira Nextel, assumindo o controle da companhia brasileira de telecomunicações móveis.

De acordo com o comunicado conjunto das empresas, a AINMT investirá inicialmente 50 milhões de dólares por uma fatia de 30 por cento na Nextel Holdings, subsidiária integral da NII, atual controladora da Nextel Brasil. Posteriormente, terá a opção de investir 150 milhões de dólares adicionais.

“Se essa opção for exercida, o investimento total da AINMT, de 200 milhões de dólares, resultará em um controle majoritário equivalente a 60 por cento do capital da companhia”, diz o comunicado. A NII contribuirá com capital e deterá fatia 40 por cento na empresa caso a AINMT exerça sua opção.

A opção deve ser exercida até 15 de novembro. Este segundo passo da operação deve ser concluído até 31 de janeiro de 2018 e a Nextel Holdings espera que a operação seja concluída durante o primeiro trimestre de 2018.

Se a AINMT realizar o investimento adicional de 150 milhões de dólares, “a Nextel terá maior solidez financeira para seguir sua recém-desenvolvida estratégia de expansão comercial que contempla investimentos contínuos em mercados-chave para a Nextel Brasil com foco na expansão da base de clientes”.

Segundo o comunicado, a transação fornecerá à Nextel um aumento significativo de capital para revitalizar o negócio e permitir que a Nextel siga uma estratégia de crescimento que não seria possível para a NII financiar sozinha.

A conclusão da transação está sujeita a um aditamento das dívidas da Nextel Brasil e à liberação e substituição de determinadas garantias existentes, além de outras condições usuais de fechamento, incluindo aprovações regulatórias e antitruste, aprovação dos acionistas da NII e aprovações de terceiros.

A equipe do Bradesco BBI disse em nota a clientes que a venda da Nextel para o grupo AINMT é inesperada, acrescentando que enxergava os três principais participantes do mercado como principais compradores da Nextel, principalmente TIM.

Para os analistas Fred Mendes e Tales Freire, o aporte de até 200 milhões de dólares deve ajudar, mas não resolver os desafios de liquidez da companhia, que pode precisar de outra injeção de capital no futuro.

“Ainda não está claro qual é a principal estratégia da AINMT para o Brasil. Por enquanto, acreditamos que esta notícia é relativamente negativa para Vivo, TIM e Claro, já que as três empresas estavam ganhando participação de mercado na Nextel, que não conseguiu investir significativamente em suas operações”, disse o Bradesco BBI.


Site expõe seu e-mail, endereço e celular na internet


Seus dados pessoais estão públicos na internet, ao alcance de uma pesquisa

 






São Paulo — Já imaginou se qualquer pessoa pudesse ter acesso aos seus dados pessoais, como onde você mora ou qual é o número do seu celular? Um novo site mostra exatamente isso para qualquer internauta interessado–tudo sem a sua devida autorização e se apoiando sobre uma lei referente a listas telefônicas. A página em questão é a telefone.ninja.

Basta fazer uma pesquisa no site pelo nome completo da pessoa sobre a qual você quer saber os dados e clicar sobre o nome dela na página de resultados. Em alguns casos, o endereço de e-mail da pessoa também é mostrado.

O número de consultas no site é limitado. Após cerca de dez pesquisas, você tem acesso restringido por alguns dias. Entretanto, com o uso de outro dispositivo e ponto de internet, você pode fazer mais consultas.

O site fica hospedado nos Estados Unidos e seu domínio está vinculado uma empresa chamada Bytecode Tech Inc, sob administração de um cidadão chamado Ricardo Torres, que mora em SP, segundo o registro da URL.

Quem quiser remover seus dados dessa ferramenta de busca pode fazer isso pesquisando seu próprio nome e abrindo sua página de dados para encontrar a opções de remoção na parte inferior da interface.

Para divulgar as informações no site, a empresa por trás dele indica que seu serviço é legal ao se apoiar sobre artigos da lei geral de telecomunicações, como este: “Será livre a qualquer interessado a divulgação, por qualquer meio, de listas de assinantes do serviço telefônico fixo comutado destinado ao uso do público em geral”, artigo 213, de 1997.

Porém, a companhia nem sequer menciona o artigo 7ª do Marco Civil da Internet, que assegura ao cidadão brasileiro o não repasse de informações a terceiros, salvo mediante consentimento livre, de acordo com a lei.

EXAME.com tentou, sem sucesso, contato com a equipe do site por meio do e-mail informado em sua página de contato. A redação também contatou o SinditeleBrasil (sindicato das operadoras de telefonia) e com o Ministério Público de São Paulo. Caso uma das fontes se pronuncie, a reportagem será atualizada.

Empresa chinesa assumirá projeto de energia de R$ 3,3 bilhões no Sul


Shanghai Electric assinou acordo preliminar com a Eletrosul

 

Da Redação

 

redacao@amanha.com.br
Shanghai Electric assinou acordo preliminar com a Eletrosu

A Eletrobras informou que a Eletrosul e a Shanghai Electric Power Transmission and Distribution Engineering, uma subsidiária da chinesa Shanghai Electric (foto), assinaram um acordo preliminar visando à transferência total do conjunto de projetos que compõem o Lote A, referente à implementação e operação de projetos de transmissão de energia no Rio Grande do Sul.

O investimento total foi orçado em R$ 3,2 bilhões para viabilizar a construção de 1.900 quilômetros de linhas de transmissão, sete novas subestações e a ampliação de 16 subestações existentes.  A Shanghai Electric deve constituir uma Sociedade de Propósito Específico para a construção, operação e manutenção dos futuros empreendimentos. 

O acordo prevê a possibilidade de a Eletrosul deter até 25% de participação na SPE. Segundo o comunicado da Eletrobras, o negócio com a Shanghai Electric é o resultado da chamada pública lançada pela Eletrosul, em 2015, para a seleção de empresas interessadas em estabelecer uma parceria para a implementação dos empreendimentos do Lote A do Leilão Aneel de novembro de 2014. 

http://www.amanha.com.br/posts/view/4088

segunda-feira, 5 de junho de 2017

Entra em operação parque de geração de energia solar na Bahia

O parque está localizado em uma área com altos níveis de radiação solar e é capaz de gerar cerca de 340 gigawatts de energia por ano






O parque solar Lapa, considerado o maior parque solar fotovoltaico em operação no Brasil, entrou em operação hoje (5).

Localizado em Bom Jesus da Lapa (BA), o parque é composto por duas usinas, com capacidade instalada total de 158 megawatts.

A operação do parque é da Enel Green Power, subsidiária brasileira do grupo italiano Enel.

Lapa está localizada em uma área com altos níveis de radiação solar e, de acordo com a Enel, é capaz de gerar cerca de 340 gigawatts de energia por ano.

A energia é suficiente para atender às necessidades anuais de consumo de energia de mais de 166 mil lares brasileiros, evitando a emissão de cerca de 198 mil toneladas de CO2 na atmosfera.

A Enel investiu cerca de US$ 175 milhões na construção do parque solar.

O projeto foi concedido ao grupo em agosto de 2015 no leilão de reserva feito pela Agência Nacional de Energia Elétrica e o contrato de fornecimento é de 20 anos.


Jack Ma é convidado a fazer oferta conjunta por The Body Shop


A The Body Shop também atraiu interesse de outros grupos, incluindo a brasileira Natura, a qual participou dos estágios iniciais do processo, segundo fonte

 




Londres – A empresa europeia de private equity Investindustrial convidou a companhia de investimentos do fundador do Alibaba, Jack Ma, para apresentar uma proposta conjunta de mais de 800 milhões de euros pela The Body Shop, da francesa L’Oreal, disseram fontes familiares com o assunto nesta sexta-feira, pouco antes do prazo final para ofertas.

A Blue Pool Capital, de Hong Kong, tem recebido pedidos para se aliar à Investindustrial e à brasileira GP Investments, uma das maiores empresas de private equity da América Latina, para fazer uma proposta pela varejista de cosméticos com sede no Reino Unido, disseram as fontes.

A The Body Shop também atraiu interesse de outros grupos industriais, incluindo a brasileira Natura, a qual participou dos estágios iniciais do processo, segundo as fontes. A Natura não estava imediatamente disponível para comentários.

A europeia CVC Capital também planeja enviar uma oferta concorrente antes do prazo final de 7 de junho, de acordo com as fontes, acrescentando que outra empresa de investimentos, a Advent, decidiu abandonar a disputa.

A L’Oreal pediu para que potenciais compradores não ofereçam menos de 800 milhões de euros, segundo as pessoas com conhecimento do assunto. A The Body Shop foi adquirida pela companhia em 2006 por cerca de 840 milhões de dólares.