sexta-feira, 14 de julho de 2017

Financial Times comenta sentença de Moro: “impressionante”

Publicação britânica afirmou que o resultado da condenação de Lula era esperado, mas que mesmo assim o teor do texto surpreendeu

 




São Paulo – O jornal britânico Financial Times publicou, em seu site, uma análise da sentença de Sérgio Moro condenando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a nove anos e meio de prisão.

A publicação afirma que a decisão é a mais recente medida de uma limpeza necessária, mas paralisante.

O FT elogia amplamente a operação Lava Jato, que expôs a corrupção da classe política brasileira com imparcialidade e apartidarismo do Judiciário.

A limpeza, no entanto, apesar de necessária, tem o efeito de um nocaute: uma das consequências das investigações é de que toda a classe política está desacreditada.

Lula é o maior exemplo: há sete anos, era o líder mais popular do Brasil, tinha projetado o país no exterior ao erradicar grande parte da pobreza, era considerado um forte candidato às eleições de 2018.

Agora, o cenário para a próxima eleição não poderia estar mais em aberto.

O atual presidente e um terço do Congresso estão implicados em denúncias. Cada acordo leva a novas e mais amplas delações.

Além disso, a amplitude das investigações e a incerteza política têm inibido os investimentos, o que dificulta a retomada econômica do país.

A opinião do jornal, no entanto, é de que sem a Lava Jato o preço a ser pago seria ainda mais alto. Eles citam como exemplo a Venezuela, que vive uma situação caótica devido a fraudes de corrupção que foram acobertadas.

A condenação de Lula, para o jornal, representa um ponto significativo da limpeza que está sendo feita no país, mas ela precisa ser mais profunda e levar a uma reforma no sistema eleitoral.

Segundo o Financial Times, a máquina eleitoral brasileira está na raiz dos esquemas de corrupção. Quem quer que seja o próximo presidente, o jornal conclui, terá a tarefa de fazer essa reforma e resgatar a confiança dos brasileiros na política.

http://exame.abril.com.br/brasil/financial-times-comenta-sentenca-de-moro-impressionante/

Reforma trabalhista é “uberização” e tira direitos, diz professor

"O objetivo da lei não foi reequilibrar uma partida, mas fortalecer um lado enfraquecendo outro", diz Marcelo Paixão, economista e sociólogo

 








São Paulo – A reforma trabalhista sancionada ontem pelo presidente Michel Temer traz mudanças profundas nas regras da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).


Mas esta não é a visão de Marcelo Paixão, economista e sociólogo licenciado da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) atualmente na Universidade de Austin, no Texas.

Ele diz que a reforma vai tornar mais vulneráveis as categorias com menor poder de pressão e aprofundar a “uberização” do trabalho. Veja a entrevista:


EXAME.com – O principal aspecto da reforma é possibilidade de que acordos coletivos entre sindicatos e empresas prevaleçam sobre o determinado por lei em alguns pontos. Essa flexibilidade não é positiva?
Marcelo Paixão – Quando falamos em reformas, existem vários caminhos; foi adotado um. Essa proposta supõe que as categorias profissionais tenham todas o mesmo poder de barganha, e não tem.

Determinados sindicatos ligados às maiores empresas vão ter maior capacidade de fazer valer seus interesses, mas há uma heterogeneidade muito grande mesmo no mercado de trabalho formal, e isso potencialmente aumenta o leque de assimetrias em um mercado já reconhecidamente assimétrico.

Uma legislação trabalhista tem que proteger o lado mais fraco, que é o do trabalho na relação com o capital. É por isso que a OIT, por exemplo, foi criada: para criar um padrão internacional e evitar que os países criem competição espúria pela redução do valor da força de trabalho.

A reforma tem um problema político: não passou pelo crivo da população e foi adotada por um governo que não foi eleito com este programa. Ela só leva em consideração uma determinada realidade e vai vulnerabilizar as categorias com menor poder de pressão, por isso que não acho inteligente. Saiba mais: Veja com a ContaAzul o que a reforma prevê sobre mudanças trabalhistas 

Houve também o fim do imposto sindical, que sustentava essas entidades. Isso enfraquece esse lado da barganha ou vai gerar sindicatos mais comprometidos?
O fim do imposto sindical foi uma reivindicação histórica do novo sindicalismo. O imposto sindical sempre foi uma forma de tributação dos trabalhadores que dava aos sindicatos uma dimensão quase para-estatal, algo dúbio.

Sempre fui crítico a isso, pois contribuiu para manter sindicatos ilegítimos e fantasmas. Foi uma verdadeira fábrica de pelegos, usando a linguagem sindicalista.

Mas mesmo apoiando sua extinção, há uma realidade que vai ser modificada. É como tirar o produto da pessoa viciada, precisa de um período de transição.

Se é derrubado de uma hora para a outra e as instituições existentes não tem tempo para se preparar, vai reduzir o poder de barganha dos sindicatos diante dos interesses do patronato. No longo prazo, acredito que os sindicatos vão realmente ter uma preocupação maior em garantir sua legitimidade diante das suas categorias.

Isso vai significar superação da atual fragmentação que vem ocorrendo desde o inicio dos anos 2000, mas sou cético em relação a capacidades das categorias estruturarem sindicatos com algum grau de barganha.

Metalúrgicos, bancários, petroleiros, petroquímicos são categorias com tradição de organização maior, enquanto outras como comerciários e trabalhadores da construção civil vem demonstrando uma histórica dificuldade. Comerciários, por exemplo, são muito diversos e fragmentados, vai do pequeno comércio às grandes redes.

O objetivo da lei não foi reequilibrar uma partida, mas fortalecer um lado enfraquecendo outro. Mesmo algo positivo fica questionável.

Outro aspecto é a regulação de alguns contratos como de trabalho autônomo, intermitente e terceirizado. Isso não é positivo para gerar formalização?
Metade da população brasileira vive sem nenhum tipo de garantia. Essa ampliação da zona do contrato temporário que cria a figura do trabalhador autônomo com vínculos empregatícios, junto com a lei da terceirização, sinaliza a uberização, o modelo uber do trabalho no mundo.

Trabalha uma quantidade de horas e ganha pela hora. Se tiver doença ou outra coisa, problema seu. A formalização não é vara de condão, pode ocorrer com um padrão de proteção muito baixo.

O Brasil já é conhecido por ter poucos direitos do trabalho, vide número de acidentes do trabalho e resgates do trabalho escravo, por exemplo. Não é só no Xingu, é na construção nas cidades. É um país que não superou a memória de escravidão.

A figura do trabalhador autônomo com vínculos empregatícios tem o efeito trágico de tirar o direito e levar da justiça do trabalho para o direito contratual e civil. Passa a estabelecer subordinação onde os trabalhadores não podem barganhar nem no coletivo, pois são apenas prestadores de serviço.

Uma grande empresa é uma grande empresa, você conta nos dedos a quantidade em cada setor. Mas os trabalhadores são uma legião. A empresa barganha com cada um e impõe seus termos e direitos e uma relação de prestação de serviços não tem 13º salário, férias, etc.

Até pouco tempo havia um consenso na sociedade brasileira de que nosso grande problema era a desigualdade social. Nossos exemplos históricos mostram que o desenvolvimento econômico produzindo concentração de renda é equivocado e estamos insistindo de novo nele.

É uma tragédia, aprovada sem debate, por um Congresso em dias tenebrosos e um governo com acusações graves de corrupção. Não tinha legitimidade para ser aprovado.

Também houve um aperto nas condições de acesso à Justiça do trabalho, mas com aumento do teto de isenção. A ideia é desestimular o uso de quem não tem uma razão clara e dar mais segurança jurídica. Isso não é positivo?
O problema do acesso à Justiça transcende o trabalho. Só 4% dos homicídios são elucidados, por exemplo. Houve um aumento grande dos casos de emprego doméstico, porque ocorreu um grande esforço de formalização desse trabalho e as empregadas estão mais conscientes e procuram mais o que me parece óbvio: hora extra, carteira assinada, etc.

Se a Justiça está sobrecarregada, não é retirando direito que vamos resolver. Diria que é preciso ter mais juiz, reequipar o Judiciário e fazer com que os donos das grandes empresas respeitem as leis.

Muitas vezes o trabalhador vai de má fé, tem muitos que vão pedir o que não merecem. Mas com esse nível de informalidade e assimetrias, a maior parte é porque os trabalhadores se sentiram lesados. Reduzir direitos em nome de maior racionalidade é um contrassenso. O presidente diz que entramos no século XXI, mas eu diria que voltamos ao XIX.


Mas e sobre o nível de emprego, qual o efeito a ser esperado?


Se a legislação trabalhista fosse um empecilho para a criação de empregos, a economia brasileira não teria vivido os vários ciclos dos últimos 70 anos. Não acho que exista uma correlação entre reduzir direitos trabalhistas e aumento de emprego.

Poderíamos notar que o Brasil tem que competir com a Ásia, que produz mais barato. Longe de mim achar que o mundo é o mesmo de 40 anos atrás. Temos temos novas tecnologias, mas há várias formas de enfrentar. Pode crescer reduzindo direitos e produzindo muito barato, mas é incoerente com um mundo cada vez mais depende do conhecimento.

Com todos os equívocos das politicas adotadas desde 2010 e que sentimos até hoje, o fato é que quando estimulamos o mercado interno e distribuímos renda, há mais dinheiro circulando e mais horizonte de retorno pros empresários que investem na produção. O que garante é a existência de demanda efetiva, e medidas de concentração de renda não são coerentes com isso.

 http://exame.abril.com.br/economia/reforma-trabalhista-e-uberizacao-e-tira-direitos-diz-professor/

Juiz decreta a falência do grupo Infinity, dos Bertin

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O grupo sucroalcooleiro Infinity Bio-Energy - controlado pela Tinto Holding, do empresário Natalino Bertin - teve a falência decretada pelo juiz Marcelo Barbosa Sacramone, da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Tribunal de Justiça de São Paulo, conforme decisão publicada ontem no Diário Oficial.

Natalino Bertin foi condenado por lavagem de dinheiro na Operação Lava-Jato, mas teve sua pena prescrita pelo juiz Sérgio Moro.

A companhia estava em recuperação judicial desde 2009, ainda antes de Bertin assumir seu controle, e no ano passado reduziu parte de sua dívida de R$ 2 bilhões ao passar duas de suas seis usinas a credores. A unidade Usinavi, em Naviraí (MS) foi assumida pelas gestoras Amerra e Carval, enquanto a Ibirálcool, em Ibirapuã (BA), ficou com a Amerra. Com isso, o endividamento da Infinity recuou para menos de R$ 1 bilhão.

Tais dívidas, porém, não estavam sendo pagas, conforme prevê o plano de recuperação. As outras quatro usinas do grupo continuaram sem operar nem gerar nenhuma receita. De acordo com informações dos autos, a empresa mantém em seu quadro de funcionários apenas seguranças, para evitar roubos nas unidades.

De acordo com o plano aprovado no ano passado, três dessas usinas, a Alcana, localizada em Nanuque (MG), a Disa, em Conceição da Barra (ES), e a Cridasa, em Pedro Canário (ES) - também deveriam ter sido vendidas. Contudo, o processo ficou paralisado porque os credores não retiraram o gravame da alienação fiduciária.

A primeira usina a ser alienada seria a Disa, para pagar cerca de R$ 30 milhões aos credores trabalhistas, seguida das demais. Após o pagamento a esses credores, os recursos levantados com os leilões seriam destinados, em sequência, aos credores extraconcursais e concursais.

Porém, a Infinity não constituiu sociedade para a formação de uma unidade produtiva isolada (UPI) para os ativos da Disa dentro do prazo. Com isso, a empresa deixou de pagar os credores trabalhistas, perdendo o prazo em 25 de maio.

Também não foram pagos R$ 341.877 de dívidas com credores extraconcursais (não submetidos à recuperação), que no total têm R$ 177 milhões a receber.

O plano ainda previa que a Infinity ficaria com a usina Cepar, localizada em São Sebastião do Paraíso (MG) e com os canaviais da Cridasa para manter sua atividade econômica. As unidades deveriam ter sido arrendadas, mas os contratos não foram firmados.

Essas quatro unidades, porém, estão há muito tempo sem operar, com indústria e canaviais em deterioração. As usinas Cepar, Cridasa e Alcana não operam desde a safra 2013/14, e Disa não mói mais cana desde meados de 2015/16.

Questionada pelo juiz, a empresa informou nos autos que não possuía recursos para realizar os pagamentos e que seu único plano de atuação para quitar seus créditos seria a alienação das usinas.

A decisão judicial pode ser contestada em segunda instância. Porém, a falência pode facilitar a venda das unidades, segundo fontes que participaram da recuperação.

Agora, as usinas do grupo passarão para uma massa falida, a ser administrada pela Deloitte 

(Assessoria de Comunicação, 13/7/17)

 http://www.brasilagro.com.br/conteudo/juiz-decreta-a-falencia-do-grupo-infinity-dos-bertin.html?utm_source=Newsletter&utm_medium=E-mail-MKT&utm_campaign=E-Mkt_RGB/

Congresso aprova verba extra para emissão de passaportes

Congresso aprova verba extra para emissão de passaportes




O Congresso Nacional aprovou na noite de quinta-feira, 13, o projeto de lei que reforça o Orçamento da Polícia Federal em R$ 102,4 milhões para permitir a retomada da emissão de passaportes. O serviço está suspenso desde o dia 27, às vésperas das férias escolares, por alegada “insuficiência de verbas da PF”. 

Inicialmente, o recurso destinado à Polícia Federal seria retirado do Orçamento do Ministério da Educação, o que causou polêmica entre os parlamentares. Em seguida, o Ministério do Planejamento alterou a fonte de recursos e retirou verba que inicialmente iria para o pagamento de convênios com organismos internacionais.

A matéria segue agora para a sanção do presidente Michel Temer. Após a liberação dos recursos, a retomada do serviço dependerá da PF, que deve ainda informar sobre os envios pendentes do documento. Os agendamentos têm sido feitos normalmente, mas sem prazo para entrega do documento. 

No dia seguinte à suspensão, o governo enviou projeto de lei pedindo dinheiro extra, mas a liberação dependia do aval dos parlamentares. A abertura de crédito suplementar não pode ser feita por meio de medida provisória. Nas últimas semanas, a PF tem emitido só passaportes de emergências – restritos a algumas situações, como as de saúde e de trabalho. 

Em 2016, durante a discussão do Orçamento deste ano, a PF pediu R$ 248 milhões para passaportes. Mas o governo enviou uma proposta de R$ 121 milhões. Com a suplementação, o valor para emissão do documento chegará a R$ 223,4 milhões. Segundo a PF, no primeiro semestre foram enviados dez ofícios ao governo, alertando para a insuficiência de verbas. 

A taxa de R$ 257,25 cobrada para a emissão do passaporte não é diretamente vinculada ao serviço. O dinheiro vai para a Conta Única do Tesouro Nacional e está sujeito às restrições de gastos impostas ao restante da administração federal. A Polícia Federal não tem autonomia para gerir esse dinheiro. 

Há projeto de lei no Congresso que prevê proibir o governo de fazer esse tipo de contingenciamento.


Expectativas


Quem tem viagem marcada para as próximas semanas ficou à espera da definição do impasse. “Estou feliz, mas já contava com isso, até pela quantidade de dias que o serviço ficou suspenso”, comemorou na noite desta quinta-feira, aliviado, o estudante de Jornalismo Gabriel Waisel, de 23 anos. 

Desde o início do ano, ele planejava uma a viagem de intercâmbio – a primeira do jovem – para Los Angeles, nos Estados, entre este mês e agosto. A viagem está programada para o dia 29 e ele acredita que vai conseguir o documento. 

A agência de intercâmbio havia aconselhado o estudante a remarcar, até o dia 12 sem multas, a viagem para dezembro de 2017. Gabriel resolveu arriscar. “Recebi a notificação (na noite desta quinta) na tela do celular e fiquei confuso. Achei que a votação (sobre a liberação da verba no Congresso) seria só na segunda-feira”, contou. (Colaboraram Ana Paula Niederauer e Julia Marques)

http://istoe.com.br/congresso-aprova-verba-extra-para-emissao-de-passaportes/

AT&T vai criar divisão de emissoras após compra da Time Warner (imprensa)


AT&T vai criar divisão de emissoras após compra da Time Warner (imprensa)

 Logos da AT

A gigante de telecomunicações americana AT&T vai separar suas atividades de telefonia da dos veículos de comunicação uma vez que o processo de compra da Time Warner estiver finalizado, afirmou nesta sexta-feira (14) o The Wall Street Journal.

As atividades de telecomunicações e o operador de satélites DirecTV vão formar uma divisão separada das atividades dos meios provenientes da Time Warner (a emissora HBO, o estúdio Warner Bros, a CNN, entre outros), segundo uma fonte anônima informou ao jornal. 

“Ainda não foi tomada uma decisão definitiva sobre a organização ou a direção”, e os diretores dos dois grupos “estão trabalhando nisso”, declarou à AFP um porta-voz da AT&T.

O atual presidente “Randall Stephenson vai continuar como presidente da AT&T após o fim da operação”, completou.

Anunciada em outubro passado, a compra da Time Warner deve ser concluída antes do fim deste ano, mas ainda precisa receber o sinal verde das autoridades.


BNDES/Rabello: o aparelho do Estado está constrangido por um teto de gastos JÁ NO EMPRESA E SETORES –

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Envolvido em uma polêmica com a equipe econômica do governo após criticar a nova taxa de juros proposta para o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), a Taxa de Longo Prazo (TLP), o presidente do banco de fomento Paulo Rabello de Castro conclamou o empresariado a tomar a dianteira da retomada do crescimento uma vez que “o aparelho do Estado está constrangido por um teto de gastos”.

“O empresário não pode esperar a máquina pública destravar. Tem que arrombar a porta da máquina pública. Não podemos esperar que o setor público venha resgatar o setor privado. O aparelho do Estado está constrangido por um teto de gastos. Não nos iludamos: a viúva está pobre, a festa acabou”, disse Rabello em debate na cerimônia de posse dos conselheiros da Associação Comercial do Rio.

Rabello disse que acredita no crescimento porque o Brasil não tem mais os problemas dos anos 70, tem reservas internacionais de US$ 370 bilhões e, assim, descolou a economia da política. “Não temos o direito de achar que nós não vamos mais resgatar o crescimento”, disse.

Habituado a frases de efeito, o presidente do banco disse que se sente no BNDES um “banqueiro por um dia” e um “presidente diarista”. “Em um dia limpo a mesa e no dia seguinte não tem nada no Diário Oficial, então continuo no banco”, brincou. Na semana passada dois diretores do banco pediram demissão em reação às críticas de Rabello à TLP, aprovada na gestão de Maria Silvia Bastos Marques.

O economista saiu em defesa do BNDES, afirmando que o banco é articulador e fomentador do crédito de forma que seja concedido sem ágio. Segundo ele, as prioridades são a inovação e buscar a interiorização vertical do desenvolvimento. A ideia é redescobrir o que chamou de empresário anônimo, pequenos e médios do interior, a quem o banco sim privilegiará com seus subsídios.

Segundo ele o papel do BNDES é importante porque os bancos privados não sabem mais emprestar, já que estão rolando a dívida interna. “Mas o Brasil não come juros, come alimentos, serviços”, disse.

Rabello também afirmou que o BNDES é um banco ético e limpo. “Tem gente que trabalha direito e o Tribunal de Contas da União (TCU) não precisa ficar no pé”, afirmou. O TCU fará uma auditoria para analisar possíveis irregularidades em empréstimos do banco. “Brasil não precisa de babá, muito menos vestida de preto, para poder trabalhar bem”, afirmou. (- mariana.durao@estadao.com)

Estrella Galicia Investe R$ 100 Mi em Fábrica de Cerveja no País

 Plano Estratégico














A cervejaria espanhola Estrella Galicia anunciou, nesta semana, um plano de investimento de R$ 100 milhões para instalação de uma cervejaria em Poços de Caldas (MG). A unidade é a primeira da companhia fora da Espanha. A fábrica terá capacidade para produzir 20 milhões de litros de bebidas por ano e vai gerar 100 postos de trabalho direto no país.

Além disso, segundo informações da companhia, o local vai produzir bebidas para o Brasil e, posteriormente, poderá abastecer outros países da América Latina. Na América do Sul, a Estrella Galicia opera no Uruguai, na Argentina, no Equador e no Chile. A empresa não informou quais rótulos de cerveja pretende fabricar no Brasil, nem se vai nacionalizar o envase de água. 

Atualmente, a companhia possui filiais no Brasil, na China, no Japão, nas Filipinas, nos Estados Unidos e em Portugal. Em 2016, fechou com receita global de 408 milhões de euros, 12,7% acima do registrado em 2015. O lucro cresceu 18%, para 49 milhões de euros. Já a produção de cerveja aumentou 16,2%, para 237 milhões de litros.  

 http://www.gironews.com/informacoes-de-fornecedores/plano-estrategico-43631/