quarta-feira, 30 de agosto de 2017

BNDES ainda não recebeu pedido do governo de devolução de R$ 100 bi, diz diretor

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O diretor financeiro do BNDES, Carlos Thadeu de Freitas Gomes, afirmou nesta quarta-feira, 30, que o pedido de devolução antecipada de mais cerca de R$ 100 bilhões de empréstimos de longo prazo ao Tesouro Nacional ainda não foi encaminhado “nem formalmente, nem informalmente” pela equipe econômica do governo, mas já é esperado pelo banco de fomento. 

“Não foi encaminhado formalmente e não está em discussão, mas isso é uma realidade orçamentária. Não é uma questão do BNDES com o Tesouro Nacional, é uma realidade orçamentária. A partir daí temos que seguir os passos orçamentais, como vai ser, quando vai ser, mas é uma necessidade orçamentária da União hoje”, declarou em conversa com jornalistas. Ele frisou que o banco “está sempre preparado para fazer fluxo de caixa com vários cenários”.

Como o Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, revelou, o retorno desse dinheiro ao caixa da União em 2018 deve estar previsto na proposta de projeto de Orçamento para o ano que vem, que será encaminhada ao Congresso nesta quinta-feira, 31.

Ao ser questionado sobre o assunto por jornalistas, Thadeu de Freitas afirmou não ver “nenhum inconveniente em nada disso em qualquer circunstância”. “O que é momento ideal? Aquele que o banco estiver com condições favoráveis para não depender mais desses recursos. Nesse momento depende, mas não tanto.”

Ele destacou que, embora o banco não tenha sido comunicado, o pedido é esperado devido à devolução de outros R$ 100 bilhões pelo BNDES ao Tesouro no fim do ano passado. “Já teve uma devolução, então é uma questão de tempo, o que não pode é atrapalhar a chamada dinâmica do banco, o que atrapalharia a União também, já que o banco paga dividendos para a União”, afirmou.

Thadeu de Freitas declarou que não existe a possibilidade de o banco negar um eventual pedido de devolução, mas que é possível negociar questões como volumes e forma de transferência, por exemplo. “Vai depender do momento específico da devolução. A maneira mais formal de devolução seria em títulos, porque pegou (o empréstimo) em títulos, devolve em títulos. Talvez essa seja a forma de devolução”, disse o diretor.

Ele conversou com a imprensa no Senado, onde participa na tarde desta quarta-feira, 30, de uma audiência pública da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga denúncias de irregularidades no BNDES. A oitiva também terá a participação do procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Júlio Marcelo de Oliveira.

Após enfrentar dois meses de resistência de parlamentares, a CPI do BNDES foi instalada há cerca de um mês para investigar empréstimos concedidos pelo banco de fomento desde 1997, no âmbito do programa de globalização das companhias nacionais.


 http://www.istoedinheiro.com.br/bndes-ainda-nao-recebeu-pedido-do-governo-de-devolucao-de-r-100-bi-diz-diretor/

 

Por Que a IBM do Brasil Nunca Corrompeu o Governo Brasileiro?



A IBM vende computadores ao Governo Federal desde 1962.

O IBGE, a Receita, o Banco Central, a Serpro, o INSS, o Banco do Brasil, todos compraram mega computadores da IBM, e nunca houve uma suspeita de corrupção.

Por que a IBM é diferente da OAS, Odebrecht, e tantas empresas brasileiras?

Eficiência.

A IBM sempre se preocupou em fazer produtos de qualidade, e não subornar governos mundo afora.

A ponto que quando um governo comprava um computador que não fosse da IBM, aí sim havia suspeita de algum tipo de corrupção.

Corrupção é alternativa para empresas incompetentes, que nunca se aprimoraram administrativamente, que nunca treinaram seus sucessores e diretores.

Novamente volto à mesma tecla.

Em 1945, criamos uma lei, a 7988, que extinguiu todas as nossas Faculdades de Administração, para abrir espaço para as Faculdades de Economia criadas por essa lei desonesta e corrupta.

Nossas empresas são ineficientes, mal geridas, dão prejuízo, e aí precisam de um governo corrupto que lhes deem benesses, cartórios, concessões, financiamentos que são na realidade doações, barreiras alfandegárias, e insider information.

Tragicamente ainda achamos que a solução para a corrupção é dar mais poderes ao MP, criar penas mais severas aos corruptos.

Não abrirmos novamente aquelas Faculdades de Administração fechadas pela ditadura Vargas, incentivar empresas familiares a abrir democraticamente seu capital, e o governo ouvir mais administradores profissionais e não esses economistas golpistas de 1945.

Precisamos criar, com certa urgência, empresas eficientes, administradas por profissionais bem treinados, que não precisam da corrupção para sobreviver.


 http://blog.kanitz.com.br/ibm-brasil-nunca-corrompeu/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+stephen_kanitz+%28Fa%C3%A7a+Uma+Pausa.+Levante%2C+estique+os+bra%C3%A7os%2C+leia+algo+diferente.%29

Marcos Cintra: Aperfeiçoando o obsoleto


 
O Deputado Luiz Carlos Hauly, relator da Comissão de Reforma Tributária na Câmara dos Deputados, tem realizado uma série de palestras para apresentar seu projeto de reforma tributária, cuja ideia central é juntar o PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS. A base de cobrança dessa unificação seria o valor adicionado em cada elo da cadeia produtiva, dando origem a um IVA (Imposto sobre Valor Adicionado) nacional.

O governo federal cogita apoiar essa proposta para promover mudanças amplas no sistema de impostos e contribuições do país, como alternativa ao seu projeto parcial que prevê unificar apenas PIS e Cofins.

O projeto do Deputado Hauly contempla um grave problema que é a elevada alíquota que o IVA teria, algo que impulsionaria fortemente a evasão de receita pública. Estima-se que ela seria de cerca de 30%. O ICMS, um IVA estadual com alíquota de 18%, é o tributo mais sonegado no país.

A alíquota do IVA federal seria um estímulo à sonegação, anomalia que já atinge, por ano, a casa de meio trilhão no Brasil e que provoca distorção na competição empresarial, uma vez que uma empresa que sonega pode prosperar, frente à outra que não consegue fazê-lo, e exige que contribuintes, como os assalariados, tenham que pagar mais tributos para compensar essa gigantesca evasão de arrecadação.

Para fazer frente ao tamanho da alíquota, a proposta Hauly prevê a criação de um novo imposto chamado de Seletivo (um excise tax) que incidiria sobre produtos de amplo espectro na cadeia produtiva e nos padrões de consumo, como energia e combustíveis. Mas isto teria como inevitável resultado o generalizado desalinhamento dos preços relativos, reduzindo significativamente a eficiência alocativa nos processos de produção e consumo do país.

O IVA nacional tem como méritos o alívio na complexidade do sistema, por conta da unificação de tributos, e o fim da guerra fiscal, uma vez que sua legislação seria federal. Mas, o projeto não resolve o maior problema tributário do país que é a evasão de receita. Muito pelo contrário, ele tende a piorar a situação. Com Imposto Seletivo ou sem ele, a alíquota do IVA se manteria alta e o sistema continuaria declaratório, burocrático.

Levar este projeto adiante seria o mero “aperfeiçoamento do obsoleto”, como afirmou Roberto Campos, em certa ocasião, ao avaliar proposta semelhante. Arrematando seu raciocínio, a solução seria caminhar na direção de um imposto único federal, mas não com base no valor adicionado, como propõe Hauly, e sim sobre movimentação financeira. No lugar de uma alíquota extremamente alta cobrada sobre um sistema declaratório, poder-se-ia aplicar uma alíquota reduzida sobre uma forma de cobrança automática que dispensa registros, declarações, guias, etc. A simplificação seria maior, acabaria a guerra fiscal e a sonegação seria combatida.

O intrigante neste tema é que o uso de um tributo sobre movimentação financeira havia sido inicialmente idealizado pelo deputado em seu relatório prévio, apresentado em fevereiro deste ano. 

Mas, lastimavelmente, ele voltou atrás em sua proposta inicial. Há várias hipóteses sobre as causas dessa reversão, mas a que me parece a mais provável é que um tributo insonegável e de largo alcance, como a movimentação financeira, fere os interesses de grupos econômicos e deflagra poderosas pressões contrárias. Os escândalos da Operação Zelotes estão a demonstrar a correção desta hipótese.


Fonte: “SP Norte”

 http://www.institutomillenium.org.br/artigos/marcos-cintra-aperfeioando-obsoleto/

Mahindra dobrará produção no Brasil


A empresa tem R$ 220 milhões para investimentos até 2022

 

Da Redação

 

redacao@amanha.com.br
Mahindra dobrará produção no Brasil


Menos de um ano depois de assumir a operação brasileira, a fabricante de tratores Mahindra tem um acelerado plano de expansão que inclui negócios em países da América Latina. O anúncio foi feito nesta terça (29) pelo diretor-geral de Operações da Mahindra Brasil, Jak Torretta (foto), em Esteio (RS). O avanço da empresa se dará em diferentes frentes. Com capacidade de montagem de 1 mil tratores por ano em Dois Irmãos (RS), a companhia projeta dobrar o volume de produção até 2022. Para isso, analisa a compra de uma fabricante de implementos ou tratores, ou mesmo a construção de uma nova fábrica. 

A empresa tem reservado US$ 70 milhões (cerca de R$ 221 millhões) para investimentos nos próximos cinco anos, valor destinado para aquisições ou construção de nova unidade e nacionalização de tratores fabricados em outros países pela marca originária da Índia.  “Estamos em negociações com municípios para a instalação de uma fábrica, mas a nossa preferência é ficar na Grande Porto Alegre. Se não montarmos mais em Dois Irmãos, deverá ficar na cidade um centro de distribuição de peças”, adiantou Torretta.  Pelo fato de a matriz da Mahindra ter 35% da fabricante de colheitadeiras Sampo Rosenlew, da Finlândia, Torretta também afirmou que está em estudo a fabricação de modelos no Brasil. “Os finlandeses estão bem interessados em razão do potencial do agronegócio brasileiro. Seriam colheitadeiras voltadas para o pequeno e médio produtor”, relatou. 

Focada na agricultura familiar – são 5 milhões de propriedades rurais no país com esse perfil –, a Mahindra tem o mercado consumidor concentrado no Sul e Sudeste. Mas está em andamento um plano para ampliar a rede de concessionárias. Atualmente são 15 pontos de venda. A projeção é chegar a 20 até o fim do ano, basicamente no Sul e Sudeste.  De acordo com a companhia, há compradores em potencial em São Paulo, Minas Gerais, sul da Bahia, Goiás e Mato Grosso do Sul.

Líder mundial em volume de vendas de tratores, a indiana Mahindra está presente em mais de 100 países nos cinco continentes e conta com mais de 200 mil funcionários em todo o mundo. O Grupo Mahindra possui 34 unidades de manufatura espalhadas pelo globo. Apenas nas quatro fábricas da Índia são produzidos cerca de 250 mil tratores por ano. No total, a gigante indiana já ultrapassou a marca de 2 milhões de tratores vendidos.

 http://www.amanha.com.br/posts/view/4438

terça-feira, 29 de agosto de 2017

A Fiat em cima do muro


A dois anos de se aposentar, o CEO da montadora, Sergio Marchionne, insiste em procurar um comprador para a companhia. A bola da vez é a chinesa GWM

A Fiat em cima do muro
 
 
Em 2004, quando o ítalo-canadense Sergio Marchionne assumiu o comando da Fiat, a montadora italiana estava à beira da falência. Nos anos seguintes, ele se consolidou como um nome de peso na indústria automobilística ao conduzir a companhia de volta ao lucro. Um dos destaques de sua gestão foi a fusão com a americana Chrysler, que deu origem à FCA, dona de um faturamento de € 111 bilhões de euros em 2016. No mesmo ano, a Fiat figurou entre as 50 maiores empresas do Brasil no anuário AS MELHORES DA DINHEIRO.

Aos 65 anos, Marchionne tem uma última meta antes de se aposentar, em 2019: deixar a FCA bem posicionada em um cenário de consolidação do setor, que ele classifica como inevitável diante da demanda crescente pelo desenvolvimento de tecnologias como os carros elétricos e autônomos. Depois de tentativas frustradas de aproximação com a alemã Volkswagen e a americana General Motors, essa busca por alternativas parece ter ganhado uma nova opção. No dia 14, as ações da FCA chegaram a subir 8,3% com os rumores sobre a sondagem de empresas chinesas para adquirir o grupo.
Fusão à vista: para Marchionne, CEO da FCA, a consolidação na indústria automotiva é inevitável (Crédito:Chris Helgren / Reuters)
Na segunda-feira 21, esse interesse ganhou um nome, literalmente, dentro da Grande Muralha. Em comunicado, a chinesa Great Wall Motor (GWM) confirmou que vem avaliando uma oferta pela FCA, sem especificar, no entanto, se uma eventual proposta incluiria toda a operação, cujo valor de mercado é de US$ 22,7 bilhões, ou parte dos ativos do grupo. No setor, porém, são fortes as especulações que o foco de uma investida estaria restrito à marca Jeep. À parte das especulações, a Fiat informou que não foi procurada pela GWM.

Para analistas, a aquisição da Jeep se encaixaria perfeitamente na estratégia da GWM para ganhar escala no mercado global. Em seu país, a companhia é uma das principais fabricantes de SUVs e picapes. “A Jeep é uma marca forte e não há muitas opções de ativos à disposição para que os chineses entrem nesse jogo global”, diz o executivo de uma consultoria automotiva com atuação no mercado chinês, que já foi procurada pela GWM para uma análise da FCA. “E eles têm o governo chinês como acionista. Capital não é problema para os chineses.” Contudo, sob o ponto de vista da FCA, uma eventual venda do ativo é vista com ceticismo por parte do mercado.

Alguns fatores contribuem para essa visão. As mais de 1,4 milhão de unidades vendidas da marca em 2016 representaram o quinto ano consecutivo de recordes da Jeep, classificada por alguns especialistas como a “joia da coroa” no portfólio do grupo. Em julho, Adam Jonas, analista do Morgan Stanley chegou a apontar em relatório que, sozinha, a marca valeria mais do que o restante da FCA. Outra possível barreira para um acordo seria a declarada rejeição de Donald Trump às aquisições de ativos dos Estados Unidos por companhias chinesas. A possibilidade de um símbolo americano como a Jeep seguir esse caminho fatalmente seria alvo de uma forte resistência por parte do político.

Sob esse cenário, Rodrigo Custódio, analista da consultoria Roland Berger, entende que, um caminho mais provável para a concretização de um acordo seria o modelo já adotado por outras montadoras chinesas. Em 2013, por exemplo, a Dongfeng investiu cerca de € 800 milhões na compra de 14% da francesa PSA. A cifra ajudou o grupo francês, dono da Peugeot e da Citroën, que estava próximo da falência. “Uma parceria nesses moldes faria mais sentido”, diz Custódio. “A FCA teria uma injeção de capital importante. E a GWM teria um caminho mais fácil para ganhar escala global.”


Tribunal derruba prazo para requerer seguro-desemprego




 Reforma trabalhista – Trabalhador – Trabalho: Carteiras de trabalho de candidatos a vagas de emprego Temporário – 02/06/2017

 Carteiras de trabalho de candidatos a vagas de emprego Temporário



O Ministério Público Federal (MPF) informou nesta segunda-feira que o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) negou, por unanimidade, o recurso da União e manteve a sentença de primeira instância que considera ilegal os prazos estabelecidos para a solicitação do seguro-desemprego. A decisão vale para todo o Brasil.

As requisições do benefício eram indeferidas em casos protocolados após 120 contados da rescisão do contrato de trabalho e 90 dias contados do resgate do trabalhador da situação análoga à de escravo.

A ação foi ajuizada pelo Ministério Público em 2014, na 4ª Vara Federal de Porto Alegre. O órgão diz considerar ilegal “o estabelecimento dos prazos porque a lei do seguro-desemprego nunca instituiu tais limites”.

A União, então, entrou com recurso, que foi negado pelo TRF4. Ainda cabe recurso. Procurado, o Ministério do Trabalho, que estabelece os prazos, não se posicionou até a publicação desta nota.

TLP terá atuação direta nos juros estruturais no País, diz diretor indicado do BC

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O diretor indicado para a área de Administração do Banco Central, Maurício Costa de Moura, afirmou nesta terça-feira, 29, durante sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), que a Taxa de Longo Prazo (TLP) terá atuação direta nos juros estruturais no País. “A melhoria da eficiência alocativa dos juros tende a reduzir os juros estruturais”, disse. “Enxergamos na TLP um avanço estrutural importante no ambiente de negócios. A TLP reduz subsídios implícitos, e os subsídios terão que ser concedidos de forma transparente”, acrescentou. 

Durante a sabatina, ele afirmou ainda que a medida provisória 784, que estabelece novo marco punitivo para as instituições reguladas, permitirá que o BC esteja pronto para enfrentar os desafios futuros. “Qualquer indício de crime que chegue ao BC, temos obrigação legal de comunicar ao Ministério Público”, acrescentou, ao ser questionado por senadores sobre a possibilidade de a MP 784 prejudicar os trabalhos do Ministério Público na área penal. 


Política Monetária


O diretor indicado afirmou ainda, ao defender a atuação do Comitê de Política Monetária (Copom), que a política monetária no Brasil segue o que a “boa norma” e a academia dizem. Em outro momento da sabatina, ele afirmou que o cadastro positivo, defendido pelo BC e pelo próprio governo, representa uma evolução para o crédito no Brasil, que está sendo discutida agora.