O diretor indicado para a área de Administração do Banco
Central, Maurício Costa de Moura, afirmou nesta terça-feira, 29, durante
sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), que a Taxa de Longo
Prazo (TLP) terá atuação direta nos juros estruturais no País. “A
melhoria da eficiência alocativa dos juros tende a reduzir os juros
estruturais”, disse. “Enxergamos na TLP um avanço estrutural importante
no ambiente de negócios. A TLP reduz subsídios implícitos, e os
subsídios terão que ser concedidos de forma transparente”, acrescentou.
Durante a sabatina, ele afirmou ainda que a medida provisória
784, que estabelece novo marco punitivo para as instituições reguladas,
permitirá que o BC esteja pronto para enfrentar os desafios futuros.
“Qualquer indício de crime que chegue ao BC, temos obrigação legal de
comunicar ao Ministério Público”, acrescentou, ao ser questionado por
senadores sobre a possibilidade de a MP 784 prejudicar os trabalhos do
Ministério Público na área penal.
Política Monetária
O diretor indicado afirmou ainda, ao defender a atuação do
Comitê de Política Monetária (Copom), que a política monetária no Brasil
segue o que a “boa norma” e a academia dizem. Em outro momento da
sabatina, ele afirmou que o cadastro positivo, defendido pelo BC e pelo
próprio governo, representa uma evolução para o crédito no Brasil, que
está sendo discutida agora.
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