terça-feira, 29 de agosto de 2017

Vinho estimula mais o cérebro do que música ou matemática


Cientista defende que a bebida é fortemente dependente das memórias e emoções

 

Por Marcos Graciani

 

graciani@amanha.com.br
Vinho estimula mais o cérebro do que música ou matemática, revela estudo


Um copo de vinho, quem diria, também pode ser um excelente exercício para o cérebro. Esta é a tese do neurocientista Gordon Shepherd, da Faculdade de Medicina de Yale, nos Estados Unidos. Ele afirma que beber vinho desperta reações tanto nas partes sensoriais como emocionais do cérebro. No seu livro “Neuroenology: How the Brain Creates the Taste of Wine”, o especialista criou o termo "neurogastronomia" para descrever o estudo de como o cérebro cria a sensação de sabor. No mesmo livro, Shepherd defende que o gosto é apenas uma ilusão, produzida pelos nossos sentidos e emoções que posteriormente irá traduzir a percepção que temos dos alimentos e bebidas.

"O sabor não está no vinho. O sabor é criado pelo cérebro de quem o ingere num processo que implica o movimento do vinho através da boca e do ar infundido pelo álcool através do nariz, fazendo com que o cérebro formule o sabor. A parte mais importante desta ativação do cérebro está no momento em que expiramos o ar infundido com o aroma que cheiramos”, explicou ao jornal britânico Daily Mail. 

O cérebro constrói uma imagem das cores através de informações que os olhos retiram de como a luz atinge os objetos em volta. "As moléculas do vinho não têm sabor nem cheiro, mas quando estimulam os nossos cérebros, é criado o sabor da mesma forma que cria a cor", afirmou o especialista à Rádio National Public. O neurocientista crê que o vinho é fortemente dependente das nossas memórias e emoções, conclui, então, que beber vinho estimula mais o cérebro que ouvir música ou resolver uma equação matemática.

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