O desenho que está sendo estudado para a operação prevê que a União mantenha uma "golden share", com poder veto em decisões da companhia
Brasília – O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho
Filho, disse que o governo pretende anunciar “o quanto antes” o modelo
que será utilizado para a privatização da Eletrobras, ainda este ano. Mais cedo, ele estimou que o processo possa ser concluído ainda no primeiro semestre de 2018.
Apesar da privatização, o desenho que está sendo estudado para a
operação prevê que a União mantenha uma “golden share”, com poder veto
em decisões da companhia. O nome Eletrobras também deve ser mantido.
Após o processo, a União passará a deter participação inferior na
empresa.
Coelho Filho disse que o debate sobre a desestatização já existia no
governo e repetiu que a empresa – nas condições atuais – tem
dificuldades em honrar seus compromissos e ainda competir no mercado. “O
aumento de tarifas e de encargos não são alternativas”, afirmou.
O ministro considerou a venda da empresa um movimento “fundamental”
para desenvolvimento do mercado elétrico brasileiro e citou o apoio dos
ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Dyogo Oliveira (Planejamento) e
Henrique Meirelles (Fazenda).
“A operação não é uma simples venda de ações para pagar contas.
Ficou comprovado que não era possível continuar com o atual modelo. A
União e os consumidores não têm condições de continuar pagando essa
conta. A empresa voltará a pagar dividendo, a gerar lucro e pagar
impostos, além de ter uma capacidade de investimentos que não vemos há
muito tempo”, concluiu Coelho Filho. Tudo em dia:
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O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, disse que a
privatização colocará a empresa em pé de igualdade com outras empresas
de energia internacionais, que inclusive já estão presentes no mercado
brasileiro. “No pé em que estamos, não teríamos essa condição”, admitiu.
http://exame.abril.com.br/negocios/uniao-deixa-controle-da-eletrobras-mas-deve-manter-poder-de-veto/
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