São Paulo – A possível aquisição da Eldorado Brasil
pelas rivais Fibria ou Suzano é algo positivo por envolver duas campeãs
nacionais, afirmou nesta segunda-feira o presidente do Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello de Castro.
“Vejo de forma positiva. Estamos confortáveis com o fato de estarmos
diante de duas campeãs nacionais. Não podemos deter isso, quanto mais
campeãs, melhor”, destacou o presidente do BNDES no intervalo do 16°
Congresso Brasileiro do Agronegócio, em São Paulo.
Rabello de Castro também disse que tem preferência por uma “solução
nacional” em relação à Eldorado Brasil, referindo-se à possibilidade de
aquisição da empresa da holding J&F pela chilena Arauco.
“Nós estamos muito satisfeitos que seja uma solução nacional,
preferivelmente, embora nossos irmãos chilenos tenham portas abertas”,
afirmou. O BNDES é atualmente sócio da Fibria, com participação de cerca
de 30 por cento.
JBS
O presidente do BNDES deu a entender ainda que a saída de Wesley
Batista da presidência da JBS, controlada também pela J&F, seria
positivo.
“Foi um jogador que fez gols, mas não quer dizer que o técnico vai
escalá-lo no próximo jogo”, disse Castro. “Acho que um bom jogador
precisa, no mínimo, mudar de posição”, comentou.
A Assembleia Geral Extraordinária (AGE) da JBS para tratar de
mudanças no comando da empresa será em 1° de setembro e para o
presidente do BNDES a deliberação sobre a saída do executivo não será
imediata.
“O que temos de fazer, com um pouco de gradualismo, é dar a chance
para que essa empresa tenha um espaço financeiro para que não cause mais
aperto ao setor pecuário brasileiro, para que os preços (do boi gordo)
comecem a se recuperar na entressafra e a empresa volte a comprar”,
destacou.
Para Castro, o importante é a “absoluta profissionalização da gestão” da JBS.
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