quinta-feira, 31 de agosto de 2017

OMC confirma maior condenação do Brasil por incentivo à indústria


Decisão atende a queixas feitas pela União Europeia e Japão. Governo já prepara recurso

 

Da Redação

 

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OMC confirma maior condenação do Brasil por incentivo à indústria


A Organização Mundial do Comércio (OMC) pediu nesta terça-feira (30) que o Brasil retire subsídios industriais em até 90 dias, após queixas da União Europeia e Japão contra uma série de incentivos do governo a setores da indústria. A decisão confirma uma condenação de novembro passado contra programas que beneficiaram vários segmentos. Trata-se da maior condenação contra subsídios à indústria que o Brasil já sofreu. De acordo com o site do G1, o Itamaraty e o Ministério do Desenvolvimento já preparam recurso junto ao órgão de apelação da OMC, o que fará com que o processo se arraste no decorrer de 2018.

A OMC considerou inconsistentes com as regras internacionais sete medidas adotadas em maior parte durante o governo de Dilma e mantidas por Temer. Elas incluem a isenção e redução de impostos para companhias que produzirem seus produtos no país, como o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). A decisão da OMC de condenar o Brasil foi tomada no fim do ano passado, quando o órgão atendeu a uma ação movida pela União Europeia e Japão contra, principalmente, a política de incentivos para a indústria automobilística, o Inovar-Auto, programa criado no primeiro mandato da ex-presidente Dilma Rousseff. A decisão atinge também outros instrumentos de política industrial, como a Lei de Informática, o Programa de Inclusão Digital e o Reintegra, o programa de subsídio aos exportadores.

Em nota, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) informou que está avaliando novas propostas para o setor industrial e que vai apresenta-las após a decisão final da OMC. "No momento, a CNI discute com os setores afetados e o governo propostas de novas medidas de política industrial que sejam eficazes para o desenvolvimento da indústria, respeitem as regras da OMC e ofereçam segurança jurídica aos investidores", afirma a entidade. 

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