Saiba quais foram as companhias premiadas como as de melhor desempenho por Melhores e Maiores de EXAME em 2016
São Paulo – EXAME premia, nesta segunda-feira,
as empresas que se destacaram em 20 setores da economia em 2016, além da
melhor do Agronegócio e Empresa do Ano. Elas são analisadas no
levantamento Melhores e Maiores,
realizado por EXAME em parceria com a FIPECAFI – Fundação Instituto de
Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras, ligada à Faculdade de
Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo.
Mercado retraído, valorização da moeda americana, crises
políticas (internas e externas), insegurança dos consumidores. Foram
muitos os desafios enfrentados pelas empresas em 2016, motivo pelo qual
se destacaram as que souberam se adequar ao cenário de retração ou
antever novas oportunidades de negócios.
O ranking completo
das 500 maiores empresas do país será publicado numa edição especial de
EXAME, que estará nas bancas, no site EXAME e no aplicativo EXAME na
próxima quinta-feira, dia 10. A publicação destacará as empresas que
apresentaram maior eficiência e melhor estratégia neste momento difícil
da economia brasileira.
Conheça, a seguir, as companhias premiadas como as de melhor
desempenho por Melhores e Maiores de EXAME em 2016 – e entenda por que
elas se saíram melhor.
Atacado: Rodoil
O desempenho da distribuidora de combustíveis de Caxias do
Sul, na Serra Gaúcha, ficou à frente do das grandes do setor, graças à
conquista de clientes de cidades pequenas, onde a concorrência é menor.
Autoindústria: Fras-Le
A empresa, que faz parte do conglomerado Rondon, obtém mais
da metade de sua receita com exportações e fábricas no exterior. Para
2018, o plano é expandir a presença na América do Sul e reforçar as
operações na Ásia.
Bens de Capital: WEG
A maneira rápida de identificar oportunidades e adaptar-se a
elas fez com que a catarinense WEG se destacasse novamente. Em 2016, a
companhia teve uma queda de receita de 16%, mesma fatia que conseguiu de
incremento em lucro no mesmo período.
Bens de Consumo: Bela Vista
A goiana Laticínios Bela Vista identificou uma demanda por
produtos sem lactose no mercado que não estava sendo atendida e focou na
diversificação e associação de seu leite à ideia de produto saudável.
Como resultado, as vendas cresceram 16% apenas em 2016.
Eletroeletrônicos: Whirlpool
Em tempos de crise, a Whirlpool teve queda de 1% nas vendas
no ano passado, mas conseguiu elevar o lucro em 16%. Esse bom desempenho
é, em boa parte, resultado de um planejamento financeiro e estratégico
certeiro.
Energia: CTEEP
De 2013 a 2016, a Companhia de Transmissão de Energia
Elétrica Paulista cortou 1,5 bilhão de reais em despesas e pagamentos de
dividendos – iniciativa para estancar os maus resultados do mercado.
Depois do aperto, voltou a crescer para enfrentar as rivais chinesas.
Farmacêutico: Roche
O laboratório suíço investiu 120 milhões de reais em
pesquisas clínicas no Brasil, ainda que suas vendas tenham recuado no
país. O plano é desembolsar ainda mais, no intuito de lançar novos
tratamentos para doenças como o câncer, que responde por 65% de sua
receita hoje.
Indústria da Construção: MRV
Mesmo atuando em um dos mercados mais prejudicados pela
crise econômica, a construtora mineira MRV faturou 736 milhões de
dólares em 2016, além ter engrossado o lucro em 40%, para 112 milhões de
dólares. A atenção aos custos é uma das obsessões da empresa.
Indústria Digital: Dataprev
Em 2016, um terço do que a empresa de processamento de dados
da Previdência Social (Dataprev) faturou foi resultado de serviços
prestados a bancos. A companhia tornou-se referência no setor, deixando
para trás a imagem de burocrática que teve no passado.
Infraestrutura: Sabesp
Pelo segundo ano consecutivo, a companhia de saneamento de
São Paulo conquistou o título de destaque do setor, com o dobro o lucro
líquido registrado no ano anterior e a entrega de um retorno aos
acionistas de 21% sobre o patrimônio.
Mineração: Vale
Depois de ter registrado o maior prejuízo desde a
privatização, a mineradora Vale bateu recorde de produção e atingiu
lucro de 3,8 bilhões de dólares. O resultado foi o maior obtido entre
empresas não financeiras do país.
Papel e Celulose: Klabin
Maior produtora de papéis do país, a companhia colheu os
resultados do projeto Puma, no Paraná: lucro de 886 milhões de dólares e
retorno de 34% sobre o patrimônio. A unidade industrial opera a toda
capacidade e permitirá que a Klabin volte a exportar celulose.
Química e Petroquímica: Riograndense
Em oito décadas de história, a refinaria gaúcha nunca vendeu
tanto como no ano de 2016, beneficiada pela queda dos preços mundiais
de petróleo, câmbio favorável e estratégia de comprar matérias-primas em
estado mais avançados de preparação no exterior.
Saúde: Prevent Senior
A operadora de saúde, que por 20 anos restringiu os negócios
a São Paulo, melhorou o atendimento e reviu processos para se
consolidar no mercado paulista. Assim, conseguiu obter o melhor
desempenho do setor e força para crescer em outras regiões do país.
Serviços: Cielo
Pelo 11º ano consecutivo, a empresa de serviços foi a melhor
do setor, com uma receita de 2,3 bilhões de dólares e um retorno de 36%
sobre o patrimônio líquido. Para este ano, o desfio é seguir com a
inovação, busca de eficiência, além de aumentar a proximidade com os
clientes.
Siderurgia e Metalurgia: ArcelorMittal
A siderúrgica foi, em 2016, a 11ª maior exportadora entre as
empresas analisadas por Maiores e Melhores, duas posições à frente da
que ocupou na edição anterior. Vender para fora do país foi a saída
encontrada num cenário de retração do mercado interno e câmbio
favorável.
Telecomunicações: TData
Braço de tecnologia da Vivo, a companhia registrou
faturamento de 764 milhões de dólares em 2016 com a oferta de soluções
para internet, dados e voz. É um mercado que tende a crescer, e muito,
nos próximos anos.
Têxtil: Beira Rio
Com calçados voltados para a classe C, a fabricante gaúcha
aproveitou o aumento da demanda por produtos mais baratos em meio à
crise, além de ter buscado regiões favorecidas pelo agronegócio. O
resultado foi aumento expressivo das vendas no Centro-Oeste, em São
Paulo e no Sul do país.
Transporte: PB-Log
Subsidiária da Petrobrás especializada em logística, a
companhia teve lucro de 331 milhões de dólares, em 2016, apesar das
dificuldades enfrentadas pela empresa-mãe. A PB-Log é reconhecida pelo
mercado como a joia da coroa da maior companhia do país.
Varejo: RaiaDrogasil
Com vendas superiores às das Lojas Americanas e do Magazine
Luiza, a rede de farmácias foi destaque no setor de varejo. Resultado da
fusão das então concorrentes Raia e Drogasil, em 2011, a companhia é
hoje a sétima maior varejista do país e foi eleita a Empresa do Ano da
edição.
http://exame.abril.com.br/negocios/as-20-premiadas-de-melhores-e-maiores-de-exame-por-categoria/
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