quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Fusão criaria líder absoluta em grãos no Brasil


Fusão criaria líder absoluta em grãos no Brasil

Os US$ 30 bilhões que a ADM estaria disposta a pagar para fundir suas operações com as da rival Bunge não serviriam ‘apenas’ para criar uma máquina de agronegócios do porte da Cargill, que desde o início do século passado lidera o segmento no mundo. A tacada, se confirmada, daria às americanas uma posição mais do que privilegiada no Brasil onde o potencial de expansão da produção de culturas como soja e milho é inigualável e país no qual, de olho no esperado aumento da demanda global por alimentos, todas as grandes tradings multinacionais têm feito investimentos bilionários.

Juntas, ADM e Bunge seriam líderes absolutas em originação e exportação de grãos a partir do Brasil. Segundo fontes consultadas, também teriam capacidade de armazenagem duas vezes maior que a da Cargill e quatro vezes superior à da Louis Dreyfus Company (LDC). Dentro do quarteto conhecido como ‘ABCD’, portanto, abriria no ‘celeiro do mundo’ uma dianteira difícil de ser perdida em áreas-chave desse mercado, no qual a produção de biocombustíveis a partir de culturas agrícolas também ganha peso.

Em soja, carro-chefe do agronegócio brasileiro, Bunge e ADM foram responsáveis, no ano passado, pelo embarque de 9,4 milhões e 7,6 milhões de toneladas, respectivamente. Mas a Cargill ‘roubou’ a coroa da Bunge no país nessa frente ao menos provisoriamente, com o embarque de 9,6 milhões de toneladas. Com ativos totais de R$ 17,5 bilhões e receita líquida de R$ 32,3 bilhões em 2016, conforme dados disponíveis no Valor PRO, a Bunge ainda encerrou 2016 como a maior empresa do setor agrícola do Brasil. A Cargill não divulga seus resultados no país, mas os bilhões de reais que registra serão mais do que suficientes para garantir margens melhores em um negócio no qual escala é fundamental.

Em praticamente todos os portos brasileiros, a empresa resultante de uma união de ADM e Bunge também teria posição de destaque. Em Vila do Conde (PA), no Arco Norte, região onde a Cargill anunciou investimentos de mais de R$ 400 milhões no fim de 2017, ADM e Bunge movimentaram em 2016 cerca de 70% de toda soja e milho, ou 3,3 milhões de toneladas. Em Santos, a chinesa Cofco perderia a liderança (2,9 milhões de toneladas) para Bunge (2,8 milhões de toneladas) e ADM (2,1 milhões). O mesmo cenário se repetiria em São Francisco do Sul (SC), Tubarão (ES), Salvador (BA) e Itaqui (MA). Em Rio Grande (RS) a liderança da Cofco não seria alcançada, mas ADM e Bunge ganhariam distância mais confortável de Cargill e Marumbeni na segunda posição.

Tomando-se como base a safra 2015/16, que foi prejudicada por problemas climáticos, a fusão de ADM e Bunge elevaria a originação de grãos da dupla a 24 milhões de toneladas, ante 10 milhões de toneladas da Cargill, 8,4 milhões da Cofco e 6,1 milhões de toneladas da LDC. Esses volumes foram muito maiores em 2016/17, quando o clima foi quase ideal e a colheita brasileira de soja e milho alcançou o recorde de 212 milhões de toneladas.

Segundo analistas e representantes de tradings, ainda que em números operacionais a possível união entre ADM e Bunge seja significativa no país, não se trata de um caso de concentração, dada a pulverização do segmento. Mesmo que se juntem, as duas ficariam com ‘apenas’ 23% do mercado brasileiro de originação de grãos, por exemplo, o que pode ser considerado pouco para que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) decida impor restrições. ‘Estamos longe da concentração que vemos no mercado de proteína animal, por exemplo’, diz Luis Oliveira, sócio para agricultura da Bain & Company, referindo-se ao domínio da JBS, Marfrig e Minerva no mercado brasileiro de carnes.

Mas Oliveira ressalva que o impacto de uma compra ou fusão entre as duas poderá ter implicações localizadas. Em Mato Grosso, por exemplo, ADM e Bunge ficariam com 47% da capacidade e processamento de grãos, de 12 milhões de toneladas – a fatia da Bunge chega a 30% e a da ADM é de  17%. ‘Mas se o produtor do Mato Grosso se sentir ameaçado, pode andar mais um pouco e esmagar sua soja em Mato Grosso do Sul’.

O interesse da ADM pela Bunge – que ainda está ns mira da Glencore – pegou o mercado de surpresa, mas é considerado natural e pertinente. Estrategicamente, a ADM, que passou a investir mais em produtos de maior valor agregado nos últimos anos, ganharia escala em seu ‘core business’ na América do Sul, na Europa e na Ásia e reduziria custos. ‘Na América do Sul seriam negócios complementares’, diz uma fonte. Outra fonte afirma que é possível que a sobreposição de ativos como plantas de processamento e armazenagem exija a venda ou fechamento de alguns deles. Foi o que fez a ADM décadas atrás, em um processo de consolidação de seus terminais portuários na região do Golfo dos EUA. O cenário de baixa rentabilidade do segmento, na época, era semelhante ao observado de hoje

 (Assessoria de Comunicação, 24/1/18)
http://www.brasilagro.com.br/conteudo/fusao-criaria-lider-absoluta-em-graos-no-brasil-.html

Louis Dreyfus adere ao blockchain


Louis Dreyfus adere ao blockchain

 

A Louis Dreyfus Company (LDC), uma das principais tradings agrícolas do mundo, e um grupo de bancos concluíram o primeiro negócio com commodity agrícola usando a base de dados compartilhados blockchain, em mais um sinal de como a tecnologia digital encaminha-se para transformar a maneira como as matérias-primas são compradas e vendidas.

O blockchain, originalmente idealizado para processar negócios com bitcoins, é uma espécie de livro contábil eletrônico que armazena o registro das operações em blocos digitais. Os negociantes de commodities esperam que a tecnologia leve a formas mais seguras, rápidas e baratas de compensar as transações. Comercializadoras de petróleo e petrolíferas vêm testando ativamente plataformas baseadas no blockchain.

A LDC e a Shandong Bohi Industry, uma processadora agrícola chinesa, junto com os grupos financeiros ING, Société Générale e ABN Amro testaram uma plataforma digital baseada no blockchain para vender 60 mil toneladas de soja dos Estados Unidos à China em dezembro.

As tradings esperam que a tecnologia simplifique o trabalhoso processo de troca de contratos, letras de crédito, inspeções e outras burocracias por e-mail ou fax que existem atualmente. "Nossas expectativas eram grandes, mas os resultados foram ainda melhores", disse Robert Serpollet, chefe de operações comerciais da LDC, destacando que o processamento dos documentos levou cerca de 20% do tempo que levaria para fazer o mesmo em papel.

Outros benefícios são a possibilidade de monitorar o progresso da operação em tempo real, a verificação dos dados e a redução do risco de fraude. "Os benefícios de custo são significativos", disse o chefe mundial de financiamento de negócios de commodities do ING, Anthony van Vliet, acrescentando que um teste com uma trading de petróleo permitiu economias de 25% a 30%.

Para que o uso de blockchain realmente decole é crucial que seja adotada de forma generalizada por tradings, bancos financiadores e outros participantes da cadeia de fornecimento, segundo o LDC e o ING.

A plataforma baseada em blockchain da transação de soja já havia sido usada anteriormente para vender um carregamento de petróleo, um negócio envolvendo a trading Mercuria e os bancos ING e Société Générale. Posteriormente, petrolíferas como a BP e a Shell, comercializadoras como a Gunvor e a Mercuria, e os bancos financiadores formaram um consórcio para desenvolver ainda mais a plataforma baseada em blockchain.

Paralelamente, a BP vem testando uma plataforma de blockchain com a petrolífera italiana Eni e a Wien Energie, da Áustria; e a Cargill opera uma tecnologia piloto de blockchain para acompanhar a procedência de perus, o que permite informar o consumidor sobre onde as aves foram criadas.

No negócio de venda de soja americana, participaram ainda duas empresas de navegação, que emitiram os certificados necessários, e o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), que mostrou como incluir certificados fitossanitários 

(Assessoria de Comunicação, 24/1/18)

 http://www.brasilagro.com.br/conteudo/louis-dreyfus-adere-ao-blockchain-.html



Ao lançar pré-candidatura, Lula diz que não respeitará a Justiça


Em discurso durante reunião da Executiva Nacional do PT, o ex-presidente disse ainda que está em curso uma tentativa de criminalização do PT

 



São Paulo – Um dia depois de ser condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4) a 12 anos e 1 mês de prisão, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que não respeitará a decisão da Justiça.

Em ato político que aprovou sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto, nesta quinta-feira, 25, Lula conclamou os militantes a defendê-lo nas ruas e pregou o enfrentamento político.

“Esse ser humano simpático que está falando com vocês não tem nenhuma razão para respeitar a decisão de ontem”, afirmou o ex-presidente, em reunião da Executiva Nacional do PT, em São Paulo.

“Quando as pessoas se comportam como juízes, sempre respeitei, mas quando se comportam como dirigentes de partido político, contando inverdades, realmente não posso respeitar. Se não perderei o respeito da minha neta de 6 meses, dos meus filhos e perderei o respeito de vocês.”

Lula chegou a se comparar a Jesus Cristo, ao afirmar que ele foi condenado à morte. “E olhe que não tinha empreiteira naquele tempo”, disse.

Logo em seguida, porém, o ex-presidente se corrigiu. “Eu sei que a imprensa vai dizer ‘Lula se compara a Jesus Cristo’. Longe disso”.

Com a voz que ficou embargada algumas vezes, o ex-presidente disse que manterá as caravanas pelo Brasil, mas conclamou o PT e os movimentos sociais a ajudá-lo no embate nas ruas.

“Espero que a candidatura não dependa do Lula. Que vocês sejam capazes de fazê-la, mesmo se acontecer alguma coisa indesejável, e colocar o povo brasileiro em movimento”, insistiu o ex-presidente.

Vai recorrer

 

O ex-presidente afirmou que sua defesa vai recorrer “naquilo que for possível” sobre a decisão do TRF-4. “Eles tomaram uma decisão política com o objetivo que eu não volte à Presidência”, disse.

Segundo ele, a decisão unânime dos desembargadores foi para valorizar a categoria dos juízes. “Não consigo outra explicação, porque se encontrassem um crime que cometi, não estaria aqui pedindo desculpas para vocês. O julgamento de ontem foi mais valorizar a categoria dos juízes, o corporativismo do que crime que estava em julgamento, porque não havia crime.”

Segundo Lula, os desembargadores construíram um cartel para decisão unânime por 3 a 0 no TRF-4. “Só ontem descobri que era um cartel, tinham que chamar o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica)”, disse.

O ex-presidente disse também que está com a consciência tranquila, diferente dos juízes, segundo ele.
“Eles sabem que condenaram um inocente. Mas não sofri tanto, porque sempre acreditei que iria ser do jeito que foi. Obviamente que não estou feliz, mas duvido que alguns deles que me julgaram estão com consciência tranquila como estou hoje com vocês.”


 https://exame.abril.com.br/brasil/lula-acusa-trf-4-de-cartel-e-diz-que-vai-batalhar-ate-o-fim/

Dois Novos Petz - Petz Abre Novas Unidades no Interior de São Paulo


Dois Novos Petz
  A rede de produtos para pets abre em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, sua 64ª operação no Brasil. A unidade conta com mais de 1200m² e oferece um mix de mais de 20 mil produtos nacionais e importados, além de estacionamento capaz de oferecer 57 vagas para carro e mais 10 para motocicletas. 
 
As inaugurações não param por aí. No próximo dia 04 de fevereiro, a Petz chega em São Carlos, também no interior de São Paulo. A unidade terá mais de 900m² de estrutura e também trabalhará com todo o portfólio da rede. A unidade de São José do Rio Preto está localizada na Av. Pres. Juscelino K. de Oliveira, 400, enquanto a unidade de São Carlos está na Av. Francisco Pereira Lopes, 1701 - Parque Santa Monica. 
 

http://www.gironews.com/redes-shopping/dois-novos-petz-46396/

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

“BB” com perspectiva negativa


Classificações da Petrobras, segundo a agência, também refletem sua forte ligação com o risco soberano do Brasil

 


Rio de Janeiro – A Fitch manteve o rating da Petrobras em “BB”, com perspectiva negativa, refletindo o forte incentivo do governo brasileiro para apoiar a empresa devido a sua importância estratégica para o país, informou nesta segunda-feira agência de classificação de risco em nota ao mercado.

As classificações da Petrobras, segundo a Fitch, também refletem sua forte ligação com o risco soberano do Brasil, já que a empresa é controlada pela União.

 https://exame.abril.com.br/negocios/fitch-mantem-rating-da-petrobras-em-bb-com-perspectiva-negativa/

Por atender mal, empresas brasileiras perdem R$ 400 bi


65% dos consumidores se dizem frustrados quando as empresas deixam de entregar experiências de compras relevantes e personalizadas

 




São Paulo – Encontrar um item que estava procurando ou receber um serviço que atenda diretamente uma necessidade encantam qualquer consumidor. Para as empresas, o desafio é entender o que os clientes estão buscando e oferecer experiências personalizadas. Quem não consegue, acaba perdendo a compra para o concorrente.

E essa perda não é pequena. No ano passado, as companhias brasileiras perderam 401 bilhões de reais com o mal atendimento, ou a falta de ofertas adequadas às necessidades dos consumidores, de acordo com a pesquisa Global Consumer Pulse, feita pela Accenture Strategy e divulgada em primeira mão pelo site EXAME.

O estudo ouviu 25 mil consumidores no mundo todo, incluindo mais de 1.300 brasileiros.

De acordo com a pesquisa, 65% dos consumidores se dizem frustrados quando as empresas deixam de entregar experiências de compras relevantes e personalizadas. Por isso, 47% dos clientes acaba optando por um concorrente.

No Brasil, 66% dos entrevistados disse que tem maior probabilidade de comprar de empresas que sempre personalizam experiências. Além disso, 49% dariam grande valor a serviços que identificassem suas necessidades intuitivamente ao longo do tempo.

Como exemplo, empresas podem desenvolver mecanismos para repor, de maneira inteligente, itens que estão perto de acabar. Cerca de 83% dos brasileiros usariam esse tipo de serviço.

Entender a necessidade dos clientes e oferecer produtos e serviços que atendam melhor cada público fica mais fácil com a inteligência artificial, que coleta dados sobre os hábitos de compra dos consumidores. No entanto, mesmo entre os que aprovam a tecnologia, mais de um terço (34%) dos brasileiros acham um pouco assustador quando a tecnologia começa a antecipar e interpretar corretamente as suas necessidades, por exemplo.

Isso leva a um conflito para as empresas: por mais que os consumidores queiram experiências mais personalizadas, ainda não confiam o suficiente nas empresas para passar dados pessoais a elas.

Mas há solução. A ampla maioria dos consumidores brasileiros (93%) alega que é extremamente importante que as empresas protejam a privacidade de suas informações pessoais. Outros 89% afirmam ser frustrante dar-se conta de que não se pode confiar no uso adequado de seus dados por algumas companhias. Cerca de 80% esperam que as empresas conquistem sua confiança sendo mais abertas e transparentes sobre como manejam suas informações.


 https://exame.abril.com.br/negocios/por-atender-mal-empresas-brasileiras-perdem-r-400-bi/

Walmart negocia venda de participação em unidade brasileira

As negociações são com a firma de private equity Advent International Corp e outros fundos, segundo fonte

 





São Paulo – O fundo de investimento americano Advent está em conversas com a rede varejista Walmart para comprar parte das operações da companhia no Brasil. Com quase 500 lojas no País e faturamento de R$ 29,6 bilhões, segundo dados de 2016, a gigante americana do varejo iniciou um processo de reestruturação numa tentativa de melhorar seu desempenho no mercado brasileiro.

A notícia de que Advent e Walmart se aproximaram foi publicada neste domingo, 21, na coluna do jornalista Lauro Jardim, de O Globo, que informou que a gestora teria interesse em adquirir 50% da companhia no Brasil.

O jornal O Estado de S. Paulo apurou que o formato de uma possível sociedade entre as duas partes ainda está em discussões preliminares e não há uma definição de como essa transação pode ser fechada. Fontes a par do assunto afirmaram que o Advent estuda há algum tempo como entrar nesse modelo de negócios no Brasil. Procurados pelo jornal, Advent e Walmart não comentam o assunto.

Pressionada pela matriz nos Estados Unidos por conta de seu baixo desempenho no Brasil, a rede colocou em marcha um processo de reestruturação, que inclui fechamentos de lojas que tinham resultados deficitários, mudança de seus principais executivos e uma reforma do conceito de hipermercado e supermercados.

Com 470 lojas no País, a varejista anunciou no fim do ano passado investimentos da ordem de R$ 1,5 bilhão para reformar unidades de hipermercados e supermercados no Brasil e fazer a conversão das bandeiras – Nacional e Big, líderes no Sul do País, e Bompreço, no Nordeste, para Walmart. A expectativa é que esses investimentos sejam concluídos nos próximos três ou quatro anos.

Fontes de mercado familiarizadas com o assunto afirmaram que a rede tem até o fim do ano que vem para voltar a gerar bons resultados no mercado brasileiro.

Expansão


Com apetite para negócios no Brasil e na América Latina, o Advent tem considerado diversos setores para crescer na região. Nos últimos três anos, a gestora entrou em importantes operações no Brasil, que incluem a compra de fatia no laboratório Fleury e a consolidação na área de distribuição de produtos químicos, com a quantiQ, que pertencia à Braskem. Eles também fecharam negócios para avançar no setor de autopeças e em operações financeiras.

Com a recessão, o fundo tem buscado oportunidades em setores com potencial de crescimento no País. No ano passado, também investiu pesado na compra de ações da rede de ensino Estácio. A gestora, que participou da consolidação da Kroton/Anhanguera no passado, quer replicar o mesmo modelo no grupo carioca de educação. 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.