As negociações são com a firma de private equity Advent International Corp e outros fundos, segundo fonte
São Paulo – O fundo de investimento americano Advent está em conversas com a rede varejista Walmart para
comprar parte das operações da companhia no Brasil. Com quase 500 lojas
no País e faturamento de R$ 29,6 bilhões, segundo dados de 2016, a
gigante americana do varejo iniciou um processo de reestruturação numa
tentativa de melhorar seu desempenho no mercado brasileiro.
A notícia de que Advent e Walmart se aproximaram foi publicada neste
domingo, 21, na coluna do jornalista Lauro Jardim, de O Globo, que
informou que a gestora teria interesse em adquirir 50% da companhia no
Brasil.
O jornal O Estado de S. Paulo apurou que o formato de uma possível
sociedade entre as duas partes ainda está em discussões preliminares e
não há uma definição de como essa transação pode ser fechada. Fontes a
par do assunto afirmaram que o Advent estuda há algum tempo como entrar
nesse modelo de negócios no Brasil. Procurados pelo jornal, Advent e
Walmart não comentam o assunto.
Pressionada pela matriz nos Estados Unidos por conta de seu baixo
desempenho no Brasil, a rede colocou em marcha um processo de
reestruturação, que inclui fechamentos de lojas que tinham resultados
deficitários, mudança de seus principais executivos e uma reforma do
conceito de hipermercado e supermercados.
Com 470 lojas no País, a varejista anunciou no fim do ano passado
investimentos da ordem de R$ 1,5 bilhão para reformar unidades de
hipermercados e supermercados no Brasil e fazer a conversão das
bandeiras – Nacional e Big, líderes no Sul do País, e Bompreço, no
Nordeste, para Walmart. A expectativa é que esses investimentos sejam
concluídos nos próximos três ou quatro anos.
Fontes de mercado familiarizadas com o assunto afirmaram que a rede
tem até o fim do ano que vem para voltar a gerar bons resultados no
mercado brasileiro.
Expansão
Com apetite para negócios no Brasil e na América Latina, o Advent tem
considerado diversos setores para crescer na região. Nos últimos três
anos, a gestora entrou em importantes operações no Brasil, que incluem a
compra de fatia no laboratório Fleury e a consolidação na área de
distribuição de produtos químicos, com a quantiQ, que pertencia à
Braskem. Eles também fecharam negócios para avançar no setor de
autopeças e em operações financeiras.
Com a recessão, o fundo tem buscado oportunidades em setores com
potencial de crescimento no País. No ano passado, também investiu pesado
na compra de ações da rede de ensino Estácio. A gestora, que participou
da consolidação da Kroton/Anhanguera no passado, quer replicar o mesmo
modelo no grupo carioca de educação.
As informações são do jornal O
Estado de S. Paulo.
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