quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Exportação brasileira de vinhos e espumantes cresce 39% no 1º semestre


Entre janeiro e julho de 2018, o melhor desempenho ficou com os espumantes, cujas vendas para o exterior subiram 61,2% comparado a igual período de 2017

 






São Paulo – As exportações de vinhos e espumantes brasileiros cresceram 39,3% em volume e 32,8% em receita no primeiro semestre, segundo o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin). Em nota, a entidade informa que no período foram comercializados para 29 países 1,593 milhão de litros, o que gerou receita de US$ 3,6 milhões. Os principais destinos foram Paraguai, Estados Unidos, Cingapura, Colômbia e Reino Unido. O gerente de Promoção do Ibravin, Diego Bertolini, diz que a expectativa é de que no segundo semestre a comercialização siga aquecida.

Entre janeiro e junho de 2018, o melhor desempenho ficou com os espumantes, cujas vendas para o exterior subiram 61,2% em volume e 29,2% em valor, comparados ao primeiro semestre do ano anterior. Os vinhos chamados tranquilos tiveram um incremento de 37,4% no volume e 33,6% nas vendas.

Por que a Coca-Cola colocou Temer na parede


Após aumento de imposto, empresa ameaça produzir seu xarope de refrigerante em outro país e é investigada pela Receita Federal. Entenda:

 


São Paulo – A Coca-Cola decidiu subir o tom para pressionar o governo brasileiro a voltar atrás numa decisão que, na prática, aumentou a carga de impostos paga pela companhia no país.

A empresa agora ameaça produzir seu xarope de refrigerante em outro país da região, segundo informações do jornal Folha de S.Paulo. Hoje ele é produzido na Zona Franca de Manaus. Isso porque, em junho, o governo mudou a cobrança do IPI, o que reduziu os créditos tributários recebidos pela companhia.

A mudança na regra foi a seguinte: o xarope de refrigerante passou a pagar uma alíquota de 4% de IPI, contra os 20% que eram cobrados anteriormente. Aparentemente, portanto, é uma redução no imposto.

Porém, muitas companhias do setor, em especial as grandes, produzem esse xarope na Zona Franca de Manaus, com isenção de tributos. Então, os 20% de IPI que seriam cobrados dessas companhias na verdade tornavam-se créditos para elas.

A empresa não pagava os 20% porque está na Zona Franca de Manaus. Mas na hora que o xarope sai de Manaus para as engarrafadoras que estão em outros Estados, elas ganhavam um crédito de 20%. Com a nova regra, o desconto passou a ser de 4%.

A pressão da Coca-Cola e de outras grandes empresas do setor, reunidas na Abir (Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes) é para que o governo Temer aumente o IPI para pelo menos 15%. Caso contrário, as companhias ameaçam fechar 15 mil postos de trabalho na Zona Franca de Manaus.

Porém, há mais questões em jogo. Pequenas fabricantes de refrigerantes denunciam que, além do crédito recebido, a Coca-Cola e outras grandes superfaturam o produto que sai da Zona Franca, aumentando ainda mais a distorção (leia mais no link abaixo).

Material divulgado pela Afrebras (Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil) afirma que o preço do concentrado produzido em Manaus “chega a ser 20 vezes maior que o insumo produzido nos demais estados”.

A renúncia fiscal das multinacionais de concentrado localizadas na Zona Franca de Manaus foi de 9,1 bilhões de reais em 2016, diz a entidade.

O caso é investigado pela Receita Federal. De acordo com a Folha, na investigação, executivos da Coca-Cola precisam explicar por que a fabricante vende o quilo do concentrado por cerca de R$ 200 no mercado interno se exporta o produto por aproximadamente R$ 20.

Em nota, a Abir afirma que a redução do IPI “impacta profundamente o setor” e que “nada justifica a ausência de diálogo com o setor”. Segundo a entidade, a mudança “ameaça os investimentos e mesmo a operação de diversas indústrias na Zona Franca de Manaus”.

“Em 2017, a indústria brasileira de refrigerantes e de bebidas não alcoólicas tornou-se responsável por pelo recolhimento de R$ 10 bilhões em impostos federais, estaduais e municipais e emprega direta e indiretamente mais de 1,6 milhão de brasileiros. Na Zona Franca de Manaus o setor investiu não só nos processos produtivos, mas também em toda uma cadeia econômica sustentável na Amazônia e em programas sociais e culturais da Região Norte”, completa o texto.

Em entrevista a EXAME, o vice-presidente de relações corporativas da companhia, Pedro Rios, afirmou que a multinacional permanecerá no país e continuará a atuar na Zona Franca de Manaus, mesmo que as condições tributárias permaneçam as mesmas.

“A afirmação de que ameaçamos sair do Brasil e da Zona Franca de Manaus não é verdadeira”, disse Rios (leia mais no link abaixo).

Refrigerante e filé mignon

 

Essa não é uma briga nova. Em março deste ano, o Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) julgou procedente um pedido da Fazenda Nacional sobre o caso.

Uma nota no site da Receita Federal afirma o seguinte: “(…) a prática que vem sendo adotada por grandes empresas do setor é a de se aproveitarem de benefícios fiscais oriundos de insumos de baixo valor agregado. Dentre os insumos que geram créditos os para fabricantes de bebidas, incluem-se até mesmo substâncias que são adquiridas no centro do país e passam por simples reacondicionamento em Manaus”.

Também não é primeira vez que o governo tenta mexer no IPI do xarope de refrigerante, que já foi alvo da então presidente Dilma Rousseff, em 2013.

A celeuma expõe ainda um problema antigo, que é o dos benefícios fiscais. Só em 2018 a União vai abrir mão de R$ 283,4 bilhões por causa de benefícios fiscais. Na lista dos produtos agraciados com um desconto nos impostos estão itens como salmão, caviar, filé mignon e todos os tipos de queijo.



https://exame.abril.com.br/negocios/por-que-a-coca-cola-colocou-temer-na-parede-e-ameaca-sair-do-brasil/

Cade condena multinacionais por cartel de componentes de TVs e monitores



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Fabricantes de componentes de televisão e pessoas físicas foram condenadas nesta quarta-feira (22/8) por formação de cartel pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

A entidade concluiu que fabricantes de componentes para imagem colorida de televisores (em inglês, color picture tube – CPTs) e para monitores coloridos de computadores (em inglês, color display tubes – CDTs) se uniram com o objetivo de promover práticas anticompetitivas, que causaram danos ao mercado brasileiro por mais de uma década.

Foram condenadas as empresas Toshiba Corporation e MT Picture Display, além de uma pessoa física, por cartel no mercado internacional de CPTs (08012.002414/2009-92). Elas foram multadas em R$ 4,9 milhões, no total.

Por unanimidade, o conselho seguiu entendimento do conselheiro Mauricio Oscar Bandeira Maia e arquivou o processo de cartel no mercado de CDTs (08012.010338/2014-11) em relação à MT Picture Display, única empresa que não firmou acordo de cessação com o Cade durante a investigação do caso. O tribunal entendeu que não há indícios suficientes de sua participação nesse cartel.


Troca irregular de informações 

 
As práticas anticompetitivas ocorreram entre 1995 e 2007 e envolveram os maiores fabricantes mundiais de CRTs. Os cartéis foram marcados pela troca regular de informações comercialmente sensíveis, fixação de preços, divisão de mercado e restrição da produção do produto. Segundo as investigações, os acordos entre os concorrentes foram acertados por e-mail e em reuniões bilaterais e multilaterais.

As condutas afetaram a concorrência no mercado de tubos para imagem colorida e causaram prejuízos no Brasil. Foram lesadas as empresas que adquiriram, via importação, os produtos das representadas e os consumidores brasileiros que compraram televisores e computadores fabricados com essa tecnologia.

As provas de que as condutas ocorreram e causaram prejuízos ao mercado nacional foram obtidas, principalmente, por meio dos acordos de leniência e termos de compromisso de cessação (TCCs) celebrados com o Cade por empresas e pessoas físicas envolvidas no conluio.

Os cartéis no mercado de CRTs também foram alvo de investigações e condenações em outras jurisdições, como Estados Unidos, União Europeia, Japão, República Tcheca, Hungria e Coreia do Sul.


Leniências

 
As investigações tiveram início a partir de acordos de leniência firmados em 2008 com a Samsung e pessoas físicas relacionadas ao grupo, que confessaram participação nos cartéis e apresentaram provas das infrações e de seus efeitos no Brasil. No julgamento desta quarta-feira, o conselho extinguiu a punibilidade dos beneficiários da leniência, em razão do cumprimento total dos acordos. Com informações da Assessoria de Imprensa do Cade.


Processos 08012.002414/2009-92 e 08012.010338/2009-99


 https://www.conjur.com.br/2018-ago-22/cade-condena-multinacionais-cartel-componente-televisao

quinta-feira, 26 de julho de 2018

Justiça nega pedido para condicionar acordo Boeing/Embraer a empregos


MPT informou que teve negado pedido para obrigar governo federal a condicionar a venda de parte da Embraer a garantias de preservação de empregos



São Paulo – O Ministério Público do Trabalho (MPT) informou nesta quarta-feira que teve negado pela Justiça do Trabalho um pedido para obrigar o governo federal a condicionar a venda de parte da Embraer para a Boeing a garantias de preservação de empregos.

A operação anunciada no mês passado prevê que a Boeing ficará com 80 por cento do setor de aviação comercial da Embraer. O governo brasileiro tem uma golden share na Embraer, o que na prática lhe dá poder de veto.

Segundo o MPT, a ação foi proposta após a instauração de inquérito civil enviado à Embraer e à Boeing com recomendação de que apresentassem garantias de que os empregos permaneceriam no Brasil. As empresas apresentaram respostas indicando que não pretendem dar tal garantia.

O MPT recomendou que a União exigisse a manutenção dos empregos da Embraer no Brasil como condição para aprovar o negócio, mas recebeu resposta de que a preservação dos empregos na Embraer não preocupa o governo federal.

O pedido do MPT foi indeferido pela Justiça do Trabalho, que entendeu que o exercício da golden share é um ato discricionário.

“O MPT oferecerá mandado de segurança da decisão. A ação civil pública ainda precisará ser julgada”, afirmou o MPT.

Ser Educacional negocia compra da Unigranrio


Negociações ainda não foram concluídas e não há qualquer documento assinado ou definição do conselho para assinatura de contrato




São Paulo – A Ser Educacional está em tratativas para aquisição da Unigranrio, mas as negociações ainda não foram concluídas e não há qualquer documento assinado ou definição do conselho para assinatura de contrato, informou a companhia em comunicado nesta quarta-feira.

“Dessa forma, não estão definidos os potenciais termos da eventual transação; e não há garantias de que a negociação para aquisição da Unigranrio será concluída com sucesso”, disse a Ser em resposta a questionado da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Cade aprova compra do negócio de águas da Nestlé no Brasil pela Minalba



A autoridade regulatória não impôs nenhuma restrição à compra, que envolve as marcas locais São Lourenço e Petrópolis

 




São Paulo – O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), órgão regulador antitruste do Brasil, aprovou a compra do negócio de águas da Nestlé Waters no país pela Indaiá Minalba, do Grupo Edson Queiroz. A aquisição, de valor não revelado, foi anunciada no final de março.

A autoridade regulatória não impôs nenhuma restrição à compra, que envolve as marcas locais São Lourenço e Petrópolis, além das fábricas localizadas nos estados do Rio de Janeiro, de Minas Gerais e São Paulo. A Indaiá Minalba continuará produzindo e distribuindo a marca Nestlé Pureza Vital, a partir de um acordo de licenciamento, e também terá a concessão de distribuição das marcas globais premium Perrier, S. Pellegrino e Acqua Panna.

O Grupo Edson Queiroz, fundado no Ceará em 1951, controla as distribuidoras de gás de cozinha Nacional Gás, Brasil Gás e Paragás, a fabricante de eletrodomésticos Esmaltec e as empresas de comunicação do Sistema Verdes Mares, entre outras. A companhia não comentou a decisão do Cade.

 https://exame.abril.com.br/negocios/cade-aprova-compra-do-negocio-de-aguas-da-nestle-no-brasil-pela-minalba/


A Amazon será a primeira empresa de 1 trilhão de dólares?


A varejista já vale 887 bilhões de dólares e as ações têm alta acumulada de 59,3% no ano 

 




Quando divulgar seu balanço do segundo trimestre deste ano nesta quinta-feira, a varejista digital Amazon estará comemorando dois anos de bons ventos. Em julho de 2016, a companhia apresentou seu trimestre mais lucrativo da história, com ganhos 832% maiores do que um ano antes. Hoje, a empresa, que já foi conhecida como uma exímia gastadora, apresenta resultados com investidores e analistas animados, acreditando que a Amazon pode ser a primeira empresa a alcançar o valor de mercado de 1 trilhão de dólares, à frente da gigante de tecnologia Apple.

É esperado que a Amazon atinja um faturamento de 53,37 bilhões de dólares no período, uma alta de 40,5% em relação ao mesmo trimestre do ano passado. Os lucros devem ser de 2,65 dólares por ação. A companhia já vale 887 bilhões de dólares e as ações têm alta acumulada de 59,3% no ano — o índice S&P 500, em comparação, subiu 6,45% em 2018. De 2015 pra cá, as ações já subiram 247,5%.

Entre as razões para ânimo está o número de assinaturas do serviço premium Amazon Prime, que já chega a 55 milhões de residências nos Estados Unidos e deve contribuir com 1 bilhão de dólares em lucro para a Amazon anualmente. 

Durante o Prime Day, evento de promoções da empresa que aconteceu este mês, a Amazon informou que conseguiu mais assinaturas Prime do que em qualquer outro dia de sua história. Segundo um relatório da consultoria eMarketer, a Amazon deve capturar 49,1% do mercado de e-commerce dos Estados Unidos até o final do ano, deixando grandes concorrentes como e-Bay, Apple e Walmart com fatias bem mais modestas, de 6,6%, 3,9% e 3,7%, respectivamente.

O serviço de computação em nuvem Amazon Web Services (AWS) deve apresentar também mais um trimestre de sucesso. O consenso é que o AWS cresça 46% em relação ao ano passado, para um faturamento de 5,98 bilhões de dólares. Com um lucro de 1,47 bilhão de dólares.

Jeff Bezos, presidente da empresa já é o homem mais rico do mundo, com a maior fortuna da era moderna. Se sua empresa continuar no caminho em que está, sua fortuna deve continuar crescendo.

 https://exame.abril.com.br/negocios/a-amazon-sera-a-primeira-empresa-de-1-trilhao-de-dolares/